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História Segredos obscuros - Amigos


Escrita por: Byga

Capítulo 4 - Amigos


Cheguei lá em poucos minutos, confesso, fiquei assustada, a casa estava um pouco destruída, o jardim estava cheio de destroços, toquei a campanha várias vezes e quando eu estava prestes a ir embora a porta se abriu:
             - Lana é você? – A voz do Breno era roca e triste
              Breno estava sujo, mais magro e parecia não estar nem um pouco bem.
             - Hey irmãozinho? O aconteceu?
             - Várias coisas. Tentei falar com você, mas.... Não consegui
             - Desculpa, também tive problemas graves..., mas será que posso entrar? Preciso falar com você
             - Claro
            Contei ao para ele sobre meus pais, sobre a Maia e sobre a mensagem que eles me deixaram:
             - Mas é claro que eu vou te ajudar, pensa que vai se livrar tão fácil assim de mim garota? – Breno apertou minhas bochechas, ele costuma fazer isso quando eu ficava brava, ele sorriu e me abraçou
             - Obrigado, eu sabia que poderia contar com você! Mas me conta quais são as várias coisas que aconteceram nesse tempo e você queria me contar?
             - Eu nem sei por onde começar, com tantos acontecimentos ruins Lana. A minha mãe...ela morreu – Os olhos do Breno se encheram de lágrimas
              - C-como assim?
              - Lana ela estava no centro quando as explosões aconteceram...
              - E-eu sinto muito, fica calmo, tudo vai dar certo...
             Eu não sabia como consolar o Breno, pois não é a primeira vez que ele perde alguém importante. Um acidente durante uma viagem tinha matado a irmã e o pai dele, foi horrível, a irmã dele era apenas 2 anos mais nova, era linda e talentosa, cantava como ninguém e tinha vários sonhos. Já o pai dele era incrivelmente legal, ele trabalhava na área de segurança e ecologia, cuidava de uma grande área de preservação ambiental. Até hoje não se tem detalhes do acidente, as poucas coisas que todos ficaram sabendo foi que durante uma viagem para um concerto de música, onde a irmã do Breno participaria o avião em que estavam caiu no oceano e não houve nenhum sobrevivente.
             Levei o Breno para o apartamento da Carly, durante o caminho ele me contou detalhes sobre o que tinha acontecido, me contou que estava feliz com a reunião das escolhas, que estava adorando a área de pesquisas, e em dois anos se formaria como cientista, confesso que tinha ficado feliz por ele, mas de repente ele me contou como foi a manhã das explosões, ele estava em casa, e tinha acabado de tomar café da manhã com a sua mãe, ela disse pra ele que precisava ir para o escritório, era em um dos centros públicos do governo, um dos quatro que explodiram. A mãe do Breno sofreu muito depois de perder o marido e a filha, mas nunca deixou o Breno sozinho, ele era prioridade na vida dela e ela era a prioridade na dele.


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            Queria tanto poder levar todos para o local seguro que meus pais tinham reservado para mim e para Maia, é uma pena que isso não é possível. Por isso pensei cautelosamente sobre quem e porque levar, e decidi que nesse momento quero todos os meus amigos comigo.
            Quando chegamos ao apartamento apresentei Cal para Breno, e ela disse que não teria problema ele ficar lá até irmos para o outro lugar.
            Decidi conversar com a Maia, mesmo que ela seja mais nova, ela tem todo o direito de saber o que está acontecendo, até porque ela também está no meio de tudo isso:
             - Lana, está tudo bem? – Maia me olhava pensativa
             - Não... A gente precisa conversar sobre coisa importante, você precisa ser forte e entender...
             - Do que você está falando Lana?
             - Maia.... Pode ser que o papai e a mamãe não voltem mais e... – Os olhos dela se encheram de lagrimas e os meus também, era tão difícil falar isso para ela.
         - Para Lana, eu sei que eles vão voltar!
         - Eu também queria acreditar nisso! Eu sinto falta deles e queria que eles estivessem aqui, mas as coisas não são como a gente quer Maia, e você precisa entende isso... Seu prometo sempre estar com você, eu te amo Maia e pode ter certeza que queria estar com eles tanto quanto você – Eu não fazia ideia de como continuar aquela conversa, e por isso apenas a abracei e desejei que tudo aquilo acabasse.

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          Não via a hora de amanhecer, precisava reunir todos que levaria comigo, agora estava mais ansiosa que nunca para ter respostas:
          - Breno?
          - Bom dia Lana, não te vi no quarto quando acordei             
          - É, fiquei meia sem sono essa noite
          - Está tudo bem?
          - Sim, só quero ter respostas logo... quero que tudo isso acabe, só quero minha vida de volta
          - Eu te entendendo... Será que eu poderia te ajudar com alguma coisa?
          - Hm...Na verdade pode sim, a Carly precisou sair, ela é voluntaria em um hospital que está cuidando dos feridos e não tem ninguém para cuidar da Maia, será que você poderia olhar ela para mim?
           - Claro, mas para onde você vai?
           - Vou procurar a Laura, a Hanna e a Kim. Quero que elas venham junto com gente – Dei um beijo na bochecha do Breno, peguei as chaves e sai.
  
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              - Alana, entre querida – A mãe de Kim me atendeu, ela trazia consigo um sorriso de acolhedor, acompanhado de um olhar triste e grandes olheiras
               - Sra. Lancaster, está tudo bem? – Perguntei enquanto me sentava
               - A querida desde as explosões tudo vai de mal a pior.... Sei que você deve ter vindo por causa da Kim, mas ela não está.... Estávamos no centro na hora das explosões, e para me salvar, Kim foi atingida por um destroço de um dos prédios – A mãe da Kim disse aquilo de forma pensativa e calma, como se estivesse lembrando do enorme ato de coragem da filha 
                - E-eu sinto muito... não sei nem o que dizer, foram tantos momentos juntas – Enquanto chorava eu pude sentir o abraço quente da mãe da Kim
                - Não se preocupe querida, ela está em um lugar melhor, olhando por nós todos
Me despedi da Sra. Lancaster, mesmo abalada com tantas notícias ruins eu precisava continuar a busca por Hanna e Laura.
                  Quando estava perto de chegar na casa da Laura eu pude ver ela sentada em uma praça que ficava na esquina:
                 - Oi Lah
                 - Lana! – Pude ver a surpresa no olhar dela e um grande sorriso, acho que eu sou a ultima pessoa que ela imaginaria encontrar
                 - HAHAH, como estão as coisas?
                 - Como sempre, você sabe né?! – O sorriso se desfez, e a tristeza ficou visível novamente
                 - Eu sinto muito, mas tenho uma proposta para te fazer...
                 Comecei a contar sobre tudo, meus pais, a mensagem e a possibilidade de respostas para tudo que estava acontecendo, senti a empolgação da Laura, afinal eu sabia qual era o motivo da tristeza dela. Quando a Laura tinha aproximadamente 10 anos a mãe dela morreu, uma doença rara e grave à levou, e desde então o pai dela se transformou em um completo babaca, bebia e espancava a filha quase que diariamente, por isso ela evitava ficar em casa e, sempre estava na minha casa, ou na da Hanna ou até mesmo na da Kim:
             - É claro que eu aceito Lana, jamais te deixaria sozinha em um momento como esse, e não tenho nada que me prenda aqui. Vou buscar meu carro para irmos
            - Eu sabia que podia contar com você, mas antes de irmos preciso ir atrás da Hanna
            - Ok, eu te sigo
            A casa da Hanna era a mais distante, demoramos alguns minutos para chegar, e o que vimos quando chegamos foi assustar, a casa da Hanna estava completamente destruída, e quando pedimos informações para vizinhos descobrimos que Hanna e sua família estava dentro da casa durante o desmoronamento, e nesse acidente não houve sobreviventes.

 



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