História Carrying On - Game of feelings

Vi Zayn sentando conversando com Wallace. Me aproximei, estava nervosa, não sabia o que ia acontecer daqui pra frente.

- Oi. - falei.

- Oi. - ele respondeu.

- Vou deixar vocês sozinhos. - Wallace disse saindo. Me sentei em um dos banquinhos que tinha em volta da mesa.

- Jenna eu... - ele começou.

- Deixa eu falar por favor. - o interrompi. - Quero pedir desculpas,  - ficou surpreso - eu fui uma idiota por desconfiar de você.

- Então você sabe. - afirmei com a cabeça.

- A Daise ouviu tudo, então me contou. - ouve um silêncio, e eu estava ficando cada vez mais nervosa com aquela situação.

- Jenna eu amo você, mas queria que tivesse confiado em mim, que tivesse escutado o meu lado da história. Sei o que viu, e também pelo que já passou antes, mas eu não sou assim, eu jamais magoaria você, muito menos dessa forma. - será que eu tinha escutado direito, ele disse eu amo você?  Ta eu sabia dos sentimentos de Zayn por mim, mas ele nunca tinha dito, não com todas as letras.

Eu estava lá parada sem reação, sem saber o que dizer.

- E-u, - ta eu tinha que gaguejar - eu prometo que nunca mais vou desconfiar de você, eu disse fui uma idiota, é que quando eu vi aquela cena... um flashback passou pela minha cabeça com cenas de tudo o que eu já passei, não conseguia pensar direito, só queria sair dali.

- Eu entendo você, é por isso que não estou chateado. - sorri, então estava tudo bem? - Acho que ele entendeu a minha "pergunta", pois veio me dar um beijo.

- Zayn, eu também amo você. - ele sorriu.

Mesmo sabendo que nossos sentimentos eram mútuos, era importante tanto pra ele quando pra mim, ouvir aquelas três palavrinhas.

*

Daise estava lá em casa choramingando por que teria que ir na casa de Wallace mais tarde.

- Talvez não seja tão ruim como você pensa. - falei.

- Ta de brincadeira? Os pais dele vão estar lá.

- Então por que não marcou na sua casa?

- Já pensou se minha mãe chegasse e visse ele lá? Bom... eu não quero nem pensar. - fiquei em silêncio - Fala alguma coisa!

- O que quer que eu fale?

- Sei lá, um não vai?

- Não posso decidir por você. - ela supirou.

- Tudo bem... Mas então, como foi com o Zayn?

- Nos entendemos, e... ele disse que me amava.

- AAAAH, É SÉRIO? - Daise deu um grito e pulou em cima de mim. - quando vai ser o casamento? - ri com a sua pergunta, na verdade dei gargalhadas.

- Calminha ai, não pretendendo me casar tão cedo.

- Ai, já to imaginando como vai ser o rosto dos meus sobrinhos. - ela disse pensativa. - Você também disse que o amava né?

- Claro, é a verdade.

- Fico tão feliz por vocês.

- Sinto que não vai demorar a acontecer com você.

- Quem me dera que fosse tão fácil assim.

- Já são 16:40, posso deixar você lá, vou ter que buscar minha mãe hoje, o carro dela ta na oficina.

- Ok. - me levantei indo em direção a porta, mas Daise continuou sentada na cama.

- Ei maluca vai ficar aí?

- Era tudo o que eu mais queria nesse momento. - sorri.

- Vamos logo, se não minha mãe me mata.

*

~Daise on

Já era a terceira vez que eu tocava a campainha e nada de alguém abrir a porta. - suspirei - será que aquele idiota tinha feito eu vir aqui atoa?

Já estava pensando umas poucas e boas para falar pra ele, então ele abriu a porta.

- Então você veio. - disse sarcástico, e sorriu.

- Como se não soubesse que era eu. O que é, tava me dando um gelo?

- É bem provável.

- Vai me convidar pra entrar ou não?

- Achei que não fosse perguntar. - revirei os olhos.

Quando entrei logo a mãe de Wallace veio falar comigo.

- Daise querida quanto tempo você não vem aqui, está tudo bem? - me abraçou.

- Oi senhora Marry, está tudo bem sim, e que eu ando muito ocupada ultimamente.

- Não foi Wallace que não te convidou não é mesmo? - lançou um olhar reprovador pra ele.

- Não mãe, - ele respondeu - agora Daise passa mais tempo na casa do Bob. - me olhou.

- Mas quem é Bob? - ela perguntou.

- É meu namorado senhora Marry. - disse sem graça.

- Ah... Wallace ainda não me arrumou outra nora. - MEU DEUS, eu quero me enfiar num buraco agora e nunca mais sair de lá. Será que pode ficar pior?!

- É que eu prefiro curtir a vida do que namorar alguém por quem eu não sinto NADA. - ele ta mesmo jogando verde pra mim? Quem ele pensa que é pra saber sobre meus sentimentos?

Antes que alguém falasse mais alguma coisa, eu cortei logo o assunto.

- Wallace acho melhor começarmos logo, não quero voltar pra casa muito tarde.

- Ah mais você vai ficar pro jantar não é mesmo? - perguntou a senhora Marry. Abri a boca para protestar, mas ela continuou. - Wallace leva você pra casa, resolvido. - sorri forçado, o que eu poderia falar? Quando a senhora Marry coloca alguma coisa na cabeça não tem quem a faça mudar de idéia. - Vou preparar o jantar, ainda lembro da sua comida favorita. - Dito isso ela saiu em direção a cozinha.

- Vamos as coisas estão lá no meu quarto. - Wallace falou subindo as escadas.

- Não vou pro seu quarto.

- Então fica ai em baixo. - Mais que idiota!

O segui. Mas quando entrei no quarto todas as lembranças das quais tentei esquecer durante todos esses anos retornaram de uma só vez. Me senti meio tonta, então me apoiei na escrivaninha que tinha no canto da parede.

- Ei, ta tudo bem? - ele perguntou vindo me ajudar.

- Está sim. - respondi.

- Vem senta aqui. - ele disse me guiando até a cama.

- Vou buscar um copo d'água pra você. - ele disse se levantando.

- Não precisa Wallace, é sério eu to bem.

- Certeza? - balancei a cabeça afirmando.

- Vamos logo fazer o trabalho.

*

Finalmente tínhamos acabado. Estavamos guardado as coisas quando vi algo que me chamou atenção.

- Você ainda guarda isso? - Era uma correntinha que eu tinha dado pra ele com um "D".

- Não teria porque eu jogar fora. - ele pegou a corrente fazendo nossas mãos se tocarem.

- Acho melhor a gente descer - falei - o jantar já deve está pronto. - peguei minha mochila e sai do quarto.

*

Wallace me deixou em casa. Estava subindo as escadas quando escuto minha mãe perguntar.

- Onde estava até tão tarde?

- Por que quer saber? Nunca se importou.

- Bob ligou, disse que você não atendia o celular e queria saber se estava tudo bem.

- Vou ligar pra ele agora. - voltei a subir as escadas.

- Estava com ele não é mesmo? - parei novamente.

- E se eu estivesse?

- Não quero saber de você com aquele menino de novo, ele não é boa influência pra você. - dei uma rizada sarcástica.

- Não me venha com essa. Querer colocar a culpa em Wallace pelos seus próprios erros? Uma mãe que nunca deu atenção ou se importou com a filha?

- Eu sou sua mãe e sei o que é melhor pra você.

- Não, não sabe. Se tem uma coisa da qual me arrependo profundamente foi ter escutado a senhora, e ter terminado tudo com ele!

Cuspi as palavras na qual eu já guardava durante anos. Me virei e fui para meu quarto. Não aguentei tanta emoção em um só dia, e comecei a chorar, colocando pra fora toda mágoa, raiva e tristeza que eu sentia.