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História Seguindo em Frente - Duas Conversas e Mais Dúvidas


Escrita por: LilBeM

Notas do Autor


Cheguei mais cedo!
Aproveitem!

Capítulo 20 - Duas Conversas e Mais Dúvidas


Hermione parou. 

Com um arrepio percorrendo suas costas, ela permaneceu de costas para o visitante. Gina também ficou quieta e se arrependeu de ter gritado; os olhos da ruiva estavam arregalados de choque.

Com uma postura nada diferente da delas, Rony apertou mais os punhos e serrou os dentes. Seus olhos não desgrudavam das costas de Hermione e a morena poderia jurar que aquilo começava a queimar seu corpo. O ruivo deu um passo a frente, fazendo a irmã recuar e dividir seus olhares para os outros dois. A tensão era grande e o ar - mesmo estando em uma varanda e o vento era forte o suficiente para sacudirem as folhas das árvores -, ficou rarefeito. 

- Eu perguntei, - Rony rosnou. - se está mesmo namorando o Jones, Hermione. 

Engolindo em seco, Hermione conseguiu fazer seu corpo reagir. Com um pequeno impulso, empurrou o corrimão com a mãos e virou-se, encarando a audácia e raiva que transbordavam pelos olhos azuis de Rony. As pupilas de seus olhos estavam dilatas e cruzou os braços, como se fosse uma forma de proteger-se. 

- Ainda com a mania impertinente de escutar a conversa dos outros, Weasley? 

Trate de responder a minha pergunta! - revidou o ruivo, assustando Gina. 

- E-eu vou d-deixá-los a sós - murmurou, caminhando até o irmão, mas dando um última olhada na amiga. Perto o bastate dele, hesitou em tocá-lo no ombro. - Escute-a. 

Rony se livrou da mão dela com brusquidão. Gina apenas suspirou e saiu do quarto, indecisa se deveria mesmo deixá-los sozinhos; a confiança que tinha no irmão as vezes a fazia duvidar do controle dele. 

Hermione encarava o... ex-amigo, tentando transmitir a mesma raiva que ele deveria sentir e não deixar transparecer amedrontamento. Cansada daquele jogo de quem-encara-mais, deu alguns passos afim de sair a varanda. Ao ficar emparelhada com Rony, sentiu o braço ser puxado e arfou, olhando para cima. 

- Não vai sair daqui até me disser a verdade. 

O modo com que ele falara - um sussurrou raivoso -, a fez tremer. 

- Não tem nada da minha vida que tem de saber - respondeu em mesmo tom. - Agora me solte! 

- Está enganada. O que quer que aconteça com você me interessa. 

Não, quis responder, não interessa, mas estava desarmada demais para reformular uma resposta. O aperto em seu braço começou a ficar insuportável e aquilo lhe despertou. 

- Está me machucando, Ronald, me solta! - gritou, conseguindo se libertar e empurrando ele pelo peito. - O que acha que vai ganhar usando a força? 

- Uma resposta, afinal, é tudo que eu quero! - o ruivo retrucou. - Que idiotice foi aquela que falou para Gina? 

- Que idiotice? - Hermione gritou. - Minha vida pessoal só diz respeito a mim e fique bem longe do Peter!

- Ah, então isso é uma confirmação - ele rosnou. - Caiu na lábia do Jones. 

- Não fale assim dele! Não o conhece para falar tantas arneiras a seu respeito! 

- Falo o quanto eu quiser de quem me incomoda - Rony berrou, o rosto vermelho. - Ele não é boa gente e você, ingênua demais para perceber, caiu nos encantos daquele fingido!

- Não me chame de ingênua, seu desgraçado, não sabe de nada sobre mim! - Hermione o socou no peito e ignorou o fato daquela parte do corpo dele está mais rígida a ponto de fazer seu punho doer. 

- Enganada de novo e vejo que é você mesma que se submete a isso! Não sabe de quase nada da vida e acha que o Jone irá reverter isso? 

Os segundo pararam quando o tapa soou. Reunindo a força que tinha, Hermione puxara o braço e espalmou a mão contra o rosto do ruivo. Ela recuou para trás, um pouco surpreendida pelo próprio ato, mas sem arrependimento, tendo a certeza que a dor que Rony sentia pelo tapa nem se comparava com a dor em seu peito - resultado de um golpe gratuito da palavras proferidas por ele. 

Rony levou a mão até seu maxilar e voltou a olhar para Hermione. Se arrependeu do que disse ao ver os olhos da morena marejados, até uma lágrima escorrer por sua bochecha. 

- Hermione... 

- Não sabe nada sobre mim - ela repetiu com a voz baixa. - Agora eu sei que nunca me conheceu como eu pensei... e eu sou uma estúpida por pensar que você tinha mudado, amadurecido. 

- Mas eu mudei - Rony impôs. - Mudei por você! 

Aquela declaração deixou Hermione de guarda baixa. 

- Para o pior, imagino. Não vejo mais em você o garoto por quem eu... - interrompeu-se, desviando olhar. 

- Por quem você o que? - insistiu Rony e avançou até ficar de frente a Hermione, impedindo-a de sair da varanda. Seus corpos quase trombaram e tiveram que se apoiarem um no outro. A morena se afastou depressa, antes que ficasse embriagada com a cheiro doce da respiração do ruivo que ventilava seu rosto. O rapaz não parecia ter notado a reação dela e ficou impaciente. - Vamos, Hermione, converse comigo! Me fala o que foi que eu fiz para você me odiar tanto!

Ela demorou para responder e a pausa que fizera para secar as lágrimas teimosas, deixou Rony com o coração apertado. 

- Quer mesmo que eu responda? - murmurou. - Sabe exatamente o porque. 

- O motivo, talvez, mas quero ouvir da sua boca - Rony se aproximou, testando a confiança que temia já não ter mais em Hermione. 

- E vai mudar alguma coisa se eu falar? - sussurrou. - Por acaso vai fazer voltar os três anos em que você foi embora? 

- Será que dá para esquecer, por um momento se quer, a minha ida para o Brasil? - conseguiu reponde, agora perto o suficiente da garota. Se ergue-se sua mão, tocaria fácil o rosto dela. Mas ainda não era hora. 

- Eu não consigo. A sua imagem me dando a costa naquele dia, fica voltando na minha mente... e dói - asfixiou, fechando os olhos ao sentir a mão quente de Rony em seu rosto. 

- Só não pensa nisso. 

A diferença de altura fez o ruivo arriscar e puxar a morena para cima pela cintura. Não pensavam e envolvidos demais nas respirações descompassadas um do outro, foram atraídos pelas bocas famintas e necessitadas. O beijo ocorreu sôfrego e meio desesperado: na opinião deles, os três anos de distância fora torturante o suficiente. Hermione teve se esticar nas pontas dos pés e enlaçou o pescoço do ruivo, trazendo-o cada vez mais para mais perto. Rony também fazia o seu trabalho de apertar a cintura da garota. 

Quando o ar foi faltando, a morena se assustou e forçou-se a interromper o melhor momento de sua vida. 

- Não - murmurou entre os lábios do ruivo. - Isso é um erro. 

Ele franziu o cenho ao vê-la distante. 

- O que foi? - ofegou; ela não estava diferente. 

- Estou com o Peter, agora - falou de costas. - Ele é um cara legal e não merece uma traição. 

- Não é uma traição quando o que senti por ele é verdadeiro - Rony disse. - É desmerecedor você continuar com ele gostando de mim. 

A garota não respondeu, incapaz de ter algum argumento convincente que provasse o contrário e aquilo alegrou Rony, que deu um mínimo sorriso de canto. Infelizmente, não passou despercebido por ela. 

- E não sorria - avisou. - Mesmo conhecendo o Peter a pouco tempo, eu sei que ele vai fazer o que você já fez. 

- E o que eu já fiz? - Rony tentou, vendo ali uma chance de saber o porque de ser odiado por ela.

- Fora uma outra coisa... você me abandonou - respondeu vagarosamente, fazendo-se de forte. - Virou as costa para mim como se eu fosse um nada. 

- Eu sei que errei. Errei por não ter te contado sobre o Ministério brasileiro, errei por decidi sozinho a minha vida. Errei por ter decepcionado meus pais... e errei por ter te deixado. Mas eu estou aqui, agora, e estou disposto a me redimir com você. Só preciso de uma chance e não irei desperdiçá-la. 

Hermione queria acreditar, queria mesmo. Algo nela gritava para que confirmasse e puxasse Rony para mais um beijo... mas a responsabilidade gritou mais alto e seus pedaços quebrados ainda estavam longe de se juntarem, então, recuou, negando com a cabeça. 

- Eu sinto muito... - sussurrou. - Eu tenho que voltar. Peter está me esperando. 

- Sei que não gosta dele. Vejo isso nos seus olhos - soltou Rony e encorajou-se quando Hermione parou para escutar. - Você sabe, eu sei... eu sou seu amor verdadeiro.

- Ah, é? E onde estava quando mais precisei de você? 

A respiração de Rony saiu entre sua boca em um som entrecortado de culpa. 

- Qual é a outra coisa? - conseguiu indagar. 

Considerou deixá-lo falando sozinho, mas a vontade de despejar nele o que vinha guardando por longos três anos a fizeram se virar e mirá-lo cética. 

- Eu iria pedir que você me acompanhasse na busca dos meus pais. Se fosse preciso, é claro, e eu tinha certeza que aguentaria tudo se você fosse comigo. Foi no mesmo dia em que resolveu ir embora... logo naquele maldito dia. 

Cansada daquela conversa que se alongara demais, Hermione saiu do quarto batendo a porta com agressividade. Ainda tinham perguntas a serem respondidas, mas não era o momento e sabia que não aguentaria mais uma rodada de gritaria. Tinha apenas que achar Peter e cair o fora dali o mais rápido que pudesse. Para o seu descontamento, assim que desceu as escadas, pares infinitos de olhos lhe fitavam. 

Seus pais, os senhores Weasley, Harry, Gina, os outros irmãos dela, Angelina - uma leve surpresa a mais. Nem notara que estava chorando e não falou uma palavra ao passar depressa por Peter. Correndo jardim a fora, puxou a varinha do cós da calça e desaparatou. 

***

Desabando no chão, não suportou prender os soluços. Esgotada emocionalmente e fisicamente, Hermione escondeu o rosto entre as mãos e deixou que as lágrimas escorressem, aliviando sua alma. Naquele estado, se admirou não ter se machucado e após um tempo, respirou fundo e observou em volta. A floresta estava um pouco fria e as folhas das arvores secas e amarelas cobriam todo o chão. 

Retirou sua bolsinha de contas do bolso e, para não se sentir tão sozinha, procurou um velho rádio que continha ali. Sintonizou em uma estação qualquer e se sentou, esperando por nada, exatamente. 

Um estalo alto a fez se erguer subitamente e apontar a varinha para os lados, seu coração batendo cada vez mais rápido. 

- Floresta do Deão - alguém murmurou. - Alguma escolha em particular? 

Harry tinha as mãos nos bolsos e o cabelos negros e rebeldes voavam em seu rosto. O sorriso presunçoso que ele lançava para Hermione a fez ficar furiosa. 

- Seu idiota, eu podia ter te machucado! 

- Isso deixaria a Gina bem zangada - o morena alou, caminhando até ela. A garota sorriu um pouco e suspirou. Harry, vendo que ela não estava em seus melhores momentos, se sentou de costas para uma arvore. O silêncio entre eles era interrompido pelo soar baixinho de uma música no rádio, e aquela situação trouxe um dèjá vu para Harry. 

Com Hermione encolhida no outro canto e abraçando as pernas, ele se levantou ao reconhecer a música. Estendeu uma mão para ela e esperou. A morena balançou a cabeça, mas aceitou a mão e deixou o melhor amigo lhe puxar para cima. 

Ó filhos

Pobre do velho Jim branco como um fantasma

Ele encontrou a resposta que foi perdido

Estamos todos chorando agora, chorando porque

Não há nada que possamos fazer para protegê-lo

 

Harry virava e revirava o tronco, sacudindo as pernas enquanto segurava nas mãos da amiga. O sorriso de Hermione ia crescendo a medida que o ele dançava cada vez mais desengonçado. 

Ó filhos

Levante sua voz, levante sua voz

Crianças

Alegrai-vos, alegrai-vos

 

Rindo, Harry puxou o braço da amiga e a fez rodopiar. Ainda segurando-a com uma mão, girou o corpo, mas em uma movimento sem planejamento, acabou trombando em Hermione. Caíram na gargalhada, mas não pararam de dançar. 

Hey! Pequeno trem, nós estamos todos a bordo

O trem que vai para o reino

Nós estamos felizes, nós estamos nos divertindo

E o trem nem ao menos deixou a estação(2x)

 

O volume da música foi baixando gradativamente e Hermione tinha o queixo em cima de sua mão, que estava repousada no ombro do moreno. Após as risadas, permaneceram juntos, apenas balançando os corpo. 

- Por que ele tem que ser tão idiota? 

Harry suspirou. 

- Se ele não fosse, não seria o Rony que a gente conhece - respondeu. 

- Eu só queria... - Hermione murmurou com a voz cansada. - que tudo fosse mais fácil. 

- Fácil? - repetiu o moreno. - Nossa vida não é fácil a uns dez anos, não acha? 

Ela não conseguiu segurar a risada e se afastou do amigo quando a onda de choro deu seu primeiro sinal - lembrar das aventuras que os três sempre se metiam era doloroso. 

- O que você quer, Hermione? - Harry indagou. - Quer ficar com o Rony ou com o Peter? Escolha logo de uma vez. 

- Fazer essa pergunta não ajuda em nada, Harry.

- Então é melhor você se decidir - ele continuou sério. - Eu sei que o Rony fez muitas burradas com você e eu só não o matei porque te considero como uma irmã. O tempo está passando e daqui a pouco vai ser tarde demais para vocês dois. 

- Não é tão fácil assim, Harry, não posso escolher entre os dois como se eles fossem um objeto em uma vitrine - Hermione murmurou, quase suplicante. De que adiantava esconder para Harry? - Isso envolve sentimentos e... 

- E você ama o Rony - completou o rapaz. 

- Mas ele me magoou muito e isso o tempo não fez seu trabalho de me fazer esquecer. 

- Você se prende muito no passado - Harry falou. - Rony ainda tem muito o que contar a você e ai, e só ai, você vai se tocar que eu tenho razão. 

Uma luz azul interrompeu eles. O Patrono de Gina iluminou forte entre eles e o cavalo gracioso sacudiu a cabeça, transmitindo uma mensagem. 

"Estamos com problemas. O Ministro marcou uma reunião de emergência e chamou vocês." 


Notas Finais


Vou falar porque eu não aguento mais: SASUKE SEU FILHO DE UMA BOA MÃE! COMO VOCÊ NÃO RECONHECE A PRÓPRIA FILHA!!

Alguém ai também ficou INDIGNADA com o último episódio de Boruto? Tudo bem que eu dei uma pirada quando o meu Uchiha maravilhoso, lindo, único apareceu no episódio 17 e ainda disse "Diga a Sakura que eu sinto muito. Por tudo."
Ah! Meu forninho nessa hora desabou! Mas eu enlouquece quando ele ergueu a sua Katana dele para a Sarada.

E ELA DESPERTOU O SHARIGAN! ÇOCORRO! E o flashe que ele teve abraçando o pai? MEU KAMI!!

Ok, eu exagerei com a minha parte psicopata por Naruto/Boruto, mas eu tinha que desabafar.
Acompanhe e façam suas teorias sobre o próximo capítulo. Começara mais uma fase de investigação e situações mais sérias mas, claro, com uma parte aqui ou acolá de romance. Beijos!


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