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História Seguir em frente - Aquele do clássico


Escrita por: malu_15

Notas do Autor


Oi, gente! Aviso logo que quem gosta de treta vai amar esse capítulo hahahaha ou não!

Espero que gostem. Boa leitura. xx

Capítulo 15 - Aquele do clássico


Fanfic / Fanfiction Seguir em frente - Aquele do clássico

Depois de onze horas quase infinitas, eu estava em terras Londrinas. Eram 17 horas da tarde e como o jogo seria às 18:30, eu tinha que chegar em casa e me arrumar em muito pouco tempo. Felizmente tinha táxi disponível e durante o caminho ao meu apartamento tratei de ligar para Caroline para combinarmos como iria ser. Acertamos que ela passaria lá em casa com o motorista daqui a uma hora. Ok, Maitê, você consegue ficar pronta no horário. Respira e vai. Percebi que tínhamos chegado quando o motorista parou o táxi, o paguei e agradeci.

O Sr. Jhonny prontamente me ajudou com a mala até a porta do apartamento, gentil como sempre. Meu corpo dava sinais de cansaço, mas essa não era a hora de descansar. Eu faria isso mais tarde. Tomei o banho mais rápido da vida e como era noite fria em Londres, coloquei uma calça e um moletom do Chelsea do David que ele esqueceu aqui em casa um dia. Ficou um pouco grande para mim, mas achei o encaixe perfeito. Nos pés, coloquei um vans preto. Não daria tempo de me arrumar perfeitamente, então coloquei apenas um pó e rímel. E, por incrível que pareça, eu estava pronta antes do combinado. Acho que estou gostando da sensação de não estar atrasada. 

Pouco tempo depois Caroline me ligou avisando que já estava na porta do prédio e eu fui ao seu encontro. Acho que já comentei o quanto ela era linda, mas a cada dia parece mais radiante. Sempre sorridente, cabelo brilhoso e sem pontas quebradas. Praticamente o meu oposto. A abracei e o seu motorista logo deu partida no carro.

- Que tal a gente sair depois do jogo? Entre casais. Acho que seria ótimo, se o resultado for positivo, é claro. - ela dizia

- Ahm... não vai dar. É que eu e o David estamos brigados e eu vou ver se consigo ajeitar as coisas entre nós hoje... você entende, né? 

- Que pena... Mas eu entendo. Então, fica devendo essa saída nos quatro, ok, mocinha? 

- Sim senhora -eu disse por fim e nós rimos. 

O Chelsea jogaria em casa e com recorde de público. A atmosfera era perfeita e as os torcedores anunciavam a todo tempo que seria uma noite perfeita para os Blues. Ficamos em um lugar mais reservado nas arquibancadas, destinados à cortesia. Apesar de não ser tão perto do gramado, era perfeito para nós. Os jogadores começavam a entrar em campo e minhas pernas tremeram ao ver aquela cabeleira linda. Ok, corta esse meu último pensamento. 
   

  David P.O.V

Só tive a noção do quanto as arquibancadas estavam lotadas ao pisar no campo. O público era tanto que não se via o vermelho do Liverpool. O Stamford Bridge estava inteiramente azul. Que dia lindo para estar vivo e jogar nesse time. 

A Bola começa a rolar e eu tento me concentrar ao máximo. Logo aos 5 minutos do primeiro tempo, devido a um erro na recepção da zaga do Liverpool, Hazard rouba a bola e numa jogada digna de prêmio Puskas, balança as redes pela primeira vez. 1-0 pra nós. Apesar da leve vantagem, o jogo seguiu catimbado. 50% de posse de bola e nenhum dos dois times conseguia fazer as finalizações. Jogo duro.

Ainda aos 40 minutos, o Fuller veio tentar o ataque e eu desarmei-o por baixo e, previsivelmente, ele jogou-se no chão. Tentei não cair na provocação, mas o Juiz veio na mesma hora me pedir calma. Fui explicar que não toquei nele e sim apenas na bola, mas não houve jeito. Apenas aceitei a broca que ele queria me dar e segui para meu lugar. Sem mais delongas, fim do primeiro tempo e ainda estava 1-0 para nós. 

No vestiário o professor tentava nos acalmar e passar os últimos toques. Todos os jogadores estavam nervosos pela possibilidade do empate do Liverpool e uma possível prorrogação seguida de pênaltis. O goleiro deles é bom e ninguém aqui queria isso. O professor faria algumas alterações de modo que o jogo ficasse mais fechado para nos defendermos e somente em alguma falha do outro time, atacarmos.


A bola rolava no segundo tempo e o jogo parecia não mudar. Aos 20 minutos, Cahill falhou em uma bola e deu espaço para o Fuller avançar. Só sobrava eu na linha da bola e agora estávamos no mano-a-mano. Dei um carrinho pelo lado de modo que não tocasse nele, para não haver falta, só que, como esperado, mais uma vez, o idiota se jogou em cima de mim e bateu a cabeça no meu nariz. Me levantei alegando que não tinha feito nada novamente mas não adiantou, o juiz já veio com o cartão vermelho levantado. Não é possível. Senti meu rosto quente e ao passar a mão percebi que meu nariz sangrava. Melhor ainda. Eu tentava argumentar que não houve nada seguido dos meus companheiros de time, mas ele com certeza não voltaria atrás. Saí do campo mais puto que tudo no mundo.

Depois de um atendimento médico e um longo tempo de baixo do chuveiro do vestiário eu tentava conversar comigo mesmo. O time precisava de mim e eu dei a oportunidade que ele queria para armar todo o circo. Parabéns, David. Você é uma vergonha. Ao sair de lá, avistei alguns jornalistas e tudo que eu menos precisava agora era de mais julgamentos errôneos, então, dei a meia volta. De repente começou a chover muito e decidi pegar minhas coisas e ir direto para o estacionamento por uma passagem secreta do Stamford (conhecida apenas por nós jogadores e funcionários) para que eu não tivesse que falar com ninguém.

Liguei meu carro e aquela cena não saía da minha cabeça. Todos os torcedores me olhando com cara de decepção por abandonar o time assim. Felizmente saímos vitoriosos mas a história poderia não ter sido essa. E a culpa seria minha. 

(...)

 

Ao entrar em casa, me deparei com todas as luzes apagadas e só o pequeno abajur da sala aceso, o que denunciava a presença de alguém.

- Quem é? -perguntei sem paciência.

- Sou eu. -ela nem precisou dizer o nome. A voz era mais familiar do que eu gostaria.

- Maitê? O que você tá fazendo aqui? Já voltou do Brasil? Como entrou? -só percebi que eu não parava de fazer perguntas depois dessas quatro.

Ela se virou para acender a luz da sala e só assim pude vê-la direito. Ela estava totalmente molhada da chuva, eu acho, e... Que mulher linda.

   

Maitê P.O.V

- Parece que você não costuma trancar a porta quando sai... -falei e ele me olhava de um jeito indecifrável. 

- É verdade -ele continuou- olha, eu tive um dia péssimo, se você não se importa eu prefiro ficar sozinho. 

Como ele podia falar desse jeito comigo?

- Ah, você prefere ficar sozinho, David? Você acha que eu sou o que? Se você quer me dispensar pelo menos seja homem pra dizer na minha cara! -eu disse sem pensar e quando percebi já tinha despejado tudo aquilo nele.

- Quer dizer que eu sou moleque? -ele riu- Garota, você não sabe o que tá falando... 

- Quem não sabe das coisas aqui é você. Como sempre! Eu já tô sabendo do que você... 

- Tá sabendo de quê, Maitê? 

Ele me interrompeu e foi buscar alguma coisa no armário. Eu já podia sentir calafrios devido a chuva que peguei até achar um jeito de chegar aqui depois de ter recusado a carona da Carol, para não atrapalhá-la mais. Ele voltou com umas folhas de papel e me entregou. Pelo que eu entendi era um print de um site falando sobre meu encontro com o Pedro e no final tinha uma foto nossa. Como eles conseguiram isso?

- Como você acha que eu me senti vendo isso, Maitê? -ele continuou- E ainda acha que tem o direito de vir me tirar satisfação... Eu acho que você deveria crescer e...

- Crescer? Não me faça rir, David! Você como sempre tira as conclusões erradas. Eu me encontrei com o meu ex sim e daí? -ele me olhava surpreso- mas não teve nada demais e não foi planejado, aconteceu por acaso! Ele nem chegou a dar em cima de mim porque eu não dei espaço! Ah, e essas fotos são antigas, caso não saiba. E se você acha que eu sou desse tipo... Eu estou perdendo meu tempo com você. Qual era a sua? Chegar em mim e dizer o que estava acontecendo... Mas não. Preferiu fugir de mim como se eu fosse te passar uma doença contagiosa. Você não se importou em como eu ia me sentir, só pensou em você. Acho que esse mês que passamos juntos não deu para me conhecer nem um pouco e agora eu vejo que você não passa de um moleque metido a homem! Sério, David, não faz isso comigo de novo porque eu não vou te perdoar dessa vez e...

- Para de falar besteira, garota! -ele me interrompeu novamente- Quem te disse que eu vou pedir perdão? Tudo de ruim que está acontecendo comigo agora é culpa sua. Eu fui expulso das quartas de final do campeonato inglês, você tem noção do que é isso? Fui expulso injustamente por conta daquele otário que queria me provocar e ainda por cima cortou meu nariz, adivinha por culpa de quem? Sua. Eu não vou jogar a semi-final que é quando o meu time mais vai precisar de mim. E se não passarmos para a final? A culpa vai ser de quem? Sua novamente. Porque o time vai estar desfalcado e o cara que me substitui ainda está voltando de uma lesão. Você sabe o que é isso? É a minha carreira que tá em jogo! 

Ele praticamente gritava e eu não pude segurar as lágrimas que queriam cair. Meu corpo começou tremer por conta do frio aliado a situação que eu estava agora. Me senti fraca por um momento, então sentei no sofá. David me olhava ainda em pé mais uma vez com uma expressão indecifrável. Tentei me abraçar e esfregar as mãos para que diminuísse o frio.  Todas aquelas palavras tinham um peso enorme.

- Desculpa por ter causado tudo isso na sua vida -eu comecei- eu te digo com toda sinceridade que não foi com intenção. Se você não quiser acreditar em mim, é um direito seu e é uma pena que as coisas tenham tomado esse rumo... Sinto muito mas saiba eu não vou ficar me humilhando pra você, se é isso que está pensando -comecei a juntar minhas coisas- ainda tenho um restinho de dignidade. Tenho a plena certeza que eu mereço alguém que confie em mim e que saiba que eu não vou ficar com o primeiro que aparecer só porque estou sozinha. Aliás, que saiba que eu não ficaria com ninguém. Eu já passei por isso uma vez e não vou passar de novo.

Limpei uma última lágrima que descia e fui em direção a porta. Passei por ele, que continuava estático, de cabeça baixa. Não podia encará-lo. Eu já estava terminando aquela cena digna de novela mexicana quando ele resolveu se pronunciar. Meu corpo dava sinais de que não estava bem.

- Pra onde você vai?

- Pra... c.. casa. -meu queixo tremia muito 

- Espera aí. Você não vai conseguir táxi essa hora e ainda mais com essa chuva.

Qual é o problema desse cara? Ele me falou coisas horríveis minutos atrás e agora parece se preocupar comigo? Ele subiu as escadas e depois de um tempo, veio com uma trouxa na mão. Nesse momento eu já não conseguia raciocinar direito. 

- Toma -ele disse- foi tudo o que eu achei que caberia em você. 

Ele me trouxe roupas secas. Um shortinho térmico que com certeza era o único que caberia em mim e uma blusa que tinha aquele maldito cheiro DELE.

- Você pode ficar por aqui, no quarto de hóspedes, porque não tem como conseguir táxi agora. Amanhã de manhã você vai... -ele apontou para uma porta- É ali. Já tem tudo que você pode precisar.

Eu apenas assenti com a cabeça e ele subiu as escadas rapidamente, dessa vez por definitivo. No fundo eu me senti humilhada por tudo que ele me disse e ainda aceitar abrigo, mas nas condições que eu estava, essa era minha única opção. O quarto de hóspedes era bem luxuoso para um local só para visitas. Antes de deitar, liguei o aquecedor mas o frio seguido de calafrios mesmo assim foram aumentando. Preferi ignorar isso e tentei dormir. Acho que ainda consegui cochilar, mas acordei as 2 horas da manhã com muita febre, meu corpo estava totalmente quente e o frio me tremia cada vez mais.

Eu precisava de ajuda mas não tinha coragem de chamar David, não depois da nossa briga e da forma como ele falou comigo injustamente. Na verdade eu não queria precisar dele mais uma vez. Peguei o meu celular que estava no móvel ao lado da cama e disquei o número da primeira pessoa que poderia me ajudar. Ludmila. 

- Mai? Aconteceu alguma coisa? -ela dizia ainda com voz rouca.

- Ludy, eu.. to.. com muita... febre. Preciso de aj..uuud..a, não... tenho... nenhum... remédio.

- Calma. Eu tô indo aí, qualquer coisa a gente vai pro hospital. Me espera. 

- Eu.. tô... no... no Da..da..vid. 

- No David? Na casa dele? Cadê ele?

- Só... vem. Por... fa..vor.

(...) 

Achei um casaco na sala que deveria ser do David e vesti. Ludmila chegou depois do que pareceu uma eternidade, contando que ela mora do outro lado da rua, já me dando um remédio que era tiro e queda, segundo ela. Trouxe também soro para que eu tomasse. Tentei explicar a ela e Oscar, que veio junto, o que aconteceu de forma breve. Depois de mais de uma hora, eu acho, a minha febre começou a baixar. Pedi para eles me levarem para casa, se não fosse mais um incômodo, mas preferiram me levar para a casa deles, como prevenção se eu piorasse depois. Após chegar lá,  não me lembro de muita coisa, porque o remédio que tomei deu bastante sono e simplesmente 
apaguei.


(...) CONTINUA
 


Notas Finais


E aí????? O que acharam???? David foi injusto, né? Thomas como sempre um inútil e Ludy e Oscar sempre os melhores amigos do mundo <3

E ah, gente, sei que tem muitas pessoas que leem a fic e não comentam e eu queria saber o por que... não estão gostando do rumo das coisas? Se você for uma dessas dá um sinal de vida aqui em baixo, please! Beeijo


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