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História Seguir em frente - Aquele do tempo


Escrita por: malu_15

Notas do Autor


OIIIII, AMORES! ATUALIZANDO RÁPIDO COMO PROMETIDO HAHAHA

Alguém se assustou com a foto do Thomas aí na capa do capítulo? Hahahahah aguardemmm!!!
Sem mais delongas, espero que curtam esse capítulo que ele é a chave-mestra para o desenrolar da história a partir de agora, ok? Já estou com várias ideias e ansiosa para saber o que vocês vão achar!!!!

TRILHA SONORA RECOMENDADA: Sam Smith - Lay Me Down || eu aviso a hora de dar o play, ok?!



É isso, boa leitura!!! xx

Capítulo 26 - Aquele do tempo


Fanfic / Fanfiction Seguir em frente - Aquele do tempo


(...)
***

Eu não imaginava que subir de cargo na empresa fosse ser tão estressante. As horas passaram ao passo de uma tartaruga até dar o fim do expediente para que eu pudesse ir embora de lá. Acabei de chegar em casa e como tinha esquecido o celular aqui, me deparei com bastante notificações vindo de todas as redes sociais: whatsapp, instagram, facebook e etc. Abri a primeira que apareceu para tentar entender o porquê daquele alvoroço e dei de cara com as minhas fotos do ensaio de ontem. Nossa, eles eram rápidos! E nossa, percebi que fiquei com um super corpão nas fotos. Com certeza eles passaram um fotoshop ali. Eu não tinha aquele corpo ao vivo. Depois de responder algumas mensagens e curtir as fotos, percebi que não tinha nenhuma ligação de David. A essa hora ele já deveria ter saído do treino e não tinha me ligado o dia inteiro e nem tinha vindo até aqui e...

- MEU DEUS! ELE NÃO SABIA DAS FOTOS! -esbravejei como se tivesse alguém ali para me ouvir além do Luke.
***
(...)

- Parabéns, Maitê! -eu dizia comigo mesma- você conseguiu se superar dessa vez! 

Disquei o número dele, chamou uma vez e deu caixa postal. Outra vez. Mais uma vez e nada. Entrei no whatsapp e a última visualização dele tinha sido 8 horas da manhã, então não adiantaria nada enviar mensagem agora. Peguei o primeiro casaco que vi jogado pela casa e fui fazer a coisa certa: ir atrás dele. Fui o caminho quase inteiro mandando todas as energias positivas para que ele estivesse em casa quando parei por conta de um sinal vermelho e avistei um restaurante japonês, o que fez minha barriga automaticamente roncar e lembrei que não tinha comido nada desde o almoço. Não pensei duas vezes e dei a volta na rua e estacionei perto do restaurante para comprar algo para levar porque além da minha própria fome, suspeitei que eu teria algum tipo de vantagem se chegasse na casa dele com comida- conhecendo o namorado que tenho, claro.

O restaurante era pintado de um vermelho escuro quase por completo e tinha muitos espelhos, o que dava uma cara ainda mais oriental. Fui até o balcão e pedi uma barca para viagem, já deixei pago e sentei por enquanto em uma daquelas cadeiras super altas que sempre ficam perto dos balcões. Eu estava começando a pensar o que eu falaria para me desculpar com David até que uma voz bastante familiar chamou por mim. Virei o rosto para ter a certeza de quem era.

- Maitê? -nossos olhos se encontraram

- Thomas? -fiquei meio que sem reação e o respondi com outra pergunta

- É, sou eu -ele riu- tudo bem? -ele se aproximou um pouco

- Tu... -lembrei do acontecido de hoje- ....tudo bem. E você? 

- Também. Que coincidência a gente se encontrar logo agora, né? -ele mostrava aqueles dentes demasiadamente brancos e eu concordei com a cabeça- Eu sei que você deixou claro que não queria me ver por não ter respondido a mensagem que te mandei, mas eu queria dizer que é uma pena a nossa amizade acabar assim e que eu torço muito por você, independente de qualquer coisa e...

- Não, não -balancei a cabeça para enfatizar- eu ia te responder, Thomas, só que eu estava viajando no final de semana e aconteceram umas coisas e... e... enfim, eu acabei esquecendo... Mas, eu ia te responder sim. Acho que a gente precisa mesmo ter essa conversa. 

Eu esperava a resposta dele quando o garçom me entregou o pedido, o agradeci e ele sorriu como resposta.

- Sério? -ele se aproximou ainda mais- eu estou com uma pessoa ali -apontou discretamente para trás e avistei uma loira com cara de siliconada, mas, muito bonita. Thomas sempre adorou esse tipo de mulher- mas eu a deixo em casa rapidinho e daqui a 10 minutos eu tô aqui, pode ser?! A gente pode ir para algum lugar, para a minha casa ou podemos ficar aqui mesmo e...

- Agora não dá -eu ri sem graça- eu tô indo para a casa do David. -eu disse simplesmente

- Ah, claro. -ele disse e não pude deixar de perceber o tom de decepção em sua voz- essa semana então, pode ser?

- Pode, só me dizer o lugar e a hora -fiz a menção de me levantar da cadeira para ir embora

- Tudo bem, eu te ligo. Ou... mando mensagem, sei lá. -ele parecia sem graça e acho que não sabia se vinha me abraçar para se despedir. Decidi tomar a frente da situação pelo menos uma vez na vida.

- Ok! Tchau, então. Boa noite -tentei dar um sorriso sincero e passei por ele sem qualquer tipo de contato físico, afinal, nós não nos falávamos a meses e as coisas ainda estavam estranhas e precisavam ser esclarecidas.

DÊ O PLAY NA MÚSICA

 

Acomodei a comida com cuidado no banco do passageiro do carro para que não escorregasse e agradeci por já estarmos a pelo menos uns dois quarteirões da casa de David. Ao chegar lá, inventei uma história para o porteiro que a gente estava completando aniversário de namoro e queria fazer uma surpresa primeiro para me certificar de que David estava em casa e que ele não ia interfonar para avisar que eu estava subindo. Depois de todo esse protocolo, eu cheguei no último andar e toquei a campainha mas ninguém respondeu. Troquei a sacola da comida para a outra mão por já estar pesando e toquei novamente. Ouvi um "já vai" em inglês e fiquei aguardando até o próprio David abrir a porta. Não sei dizer se a cara que ele fez ao me ver foi de surpresa ou decepção. Acho que a segunda opção é mais adequada. Ele estava com um moletom cinza e terrivelmente lindo. Merda!

Ele não falou nada. Deixou a porta aberta e continuou andando até sentar no sofá como se eu não estivesse ali. Fechei a porta e deixei a comida em cima da enorme mesa de vidro da sala. Fui até o sofá e sentei no chão logo em frente a ele, mas ele não me olhava. Qualquer coisa na TV parecia ser mais importante do que eu ali. Resolvi começar a falar.

- Me desculpa, amor -segurei em sua perna- sei que você está com raiva e tem motivo para isso, mas eu não fiz por mal. Aquela confusão toda me fez deixar para contar depois e acabou que eu esqueci... Me desculpa, você tinha todo o direito de saber que eu ia fazer isso e eu errei em não conversar sobre. -esperei que ele falasse algo, o que não aconteceu. Resolvi continuar- Cara, tem dois dias que a gente praticamente só briga e eu não tô aguentando essa situação, que tal a gente tentar esquecer isso e voltar a ficar bem?

- Você tem noção do que é ser o último a saber das coisas da sua própria namorada? -ele olhou para mim pela primeira vez e despejava como se não tivesse ouvido nada do que eu disse antes- tem noção, Maitê? É uma maravilha! Além da minha namorada estar semi-nua ou sei lá o que você queira chamar para todas as pessoas do mundo verem, eu sou o último a saber disso! Nem fui informado e muito menos consultado sobre isso e... 

- Você quer que eu pare com os trabalhos de modelo? É isso, David? -o questionei

- Não, Maitê! Para de querer virar tudo para o seu lado para ser a vítima! A questão aqui é que você só pensa nas suas próprias vontades e não quer saber se aquilo vai me afetar! Você começou com essa história e NUNCA -ele disse a palavra mais alto que o normal- nunca me perguntou como eu me sentia em relação a isso, se eu estava confortável... Você sabe que eu sou ciumento e nunca se importou com isso! E é claro que eu não ia falar nada, quem sou eu para dizer o que você deve ou não fazer? Acho que o meu papel como seu namorado é te apoiar no que te fizer feliz, mas eu também tenho minhas limitações, será que você me entende? Você deveria parar de agir como uma adolescente que acha que é dona do mundo e que as suas atitudes não machucam ninguém, caramba! 

Abaixei o rosto para que ele não tivesse visão e deixei que as lágrimas que eu estava segurando caíssem. No fundo eu sabia que tudo aquilo que ele tinha dito era verdade, só não tinha parado para pensar nisso. Doía ouvir aquelas coisas vindo dele, logo ele que nunca mediu esforços para fazer minhas vontades e eu simplesmente agi como uma adolescente egoísta.

- Eu também estou cansado de brigar, Maitê. -ele finalizou

- Me... desculpa. -eu ainda falava de cabeça baixa- desculpa por não ser a pessoa que você queria que eu fosse.

- Não é assim também... -ele levantou meu rosto- Não chora, por favor, você sabe que eu detesto te ver assim. 

- Hunf... -limpei as lágrimas- desculpa por isso também. 

O silêncio pairou por alguns minutos.

- É melhor a gente conversar outro dia, eu tô cansado e preciso acordar cedo... -ele me encarava

- Isso é uma deixa para eu ir embora? Eu trouxe comida -apontei para a mesa- porque pensei que você podia estar com fome...

- Obrigado -sorriu amarelo- eu tô mesmo. E não estou te expulsando, pode ficar aqui se quiser, mas eu queria descansar mesmo, esfriar a cabeça, entende?

- Mas, David... -tentei argumentar

- É sério, Maitê. Eu tô precisando mesmo -eu fincava seus olhos que transpareciam tanta confusão. De repente um arrepio na espinha me atingiu.

- Tudo bem. Eu entendi o recado... Pode me ligar, se quiser, se o sinal estiver ruim pode mandar mensagem... sei lá, enfim, você sabe onde eu tô. Ah, e desculpa mais uma vez. Por tudo. Boa noite? -ele fez que sim com a cabeça e me deu um beijo na testa. Meu Deus, como aquilo doeu! 

Fiz o caminho até a porta mais devagar que eu pude, rezando para que ele mudasse de ideia e me chamasse para passar a noite ali, como sempre fazíamos, mas não aconteceu. Fui para casa e passei praticamente a noite toda em claro, pensando no nosso relacionamento e minhas atitudes desde o começo. Onde foi que eu errei? Quando eu comecei a ser egoísta? Ou fui assim desde o começo? 
(...)
 

Dois dias tinham se passado desde aquela noite e as coisas não estavam muito favoráveis, se é que você me entende. David e eu mal nos falávamos e apesar de estar louca de saudade, resolvi dar esse tempo a ele. Entendi bem o recado que quando ele disse que queria "descansar, esfriar a cabeça" ele não estava falando somente daquela noite e sim de um tempo a mais. Eu não sou daquele tipo de pessoa que insiste demais e eu sabia que ele iria me procurar mais cedo ou mais tarde, o problema é que eu não sabia quando seria e pior ainda, se iria demorar. Digamos que esses dias eu sei mais o que ele está fazendo através dos fã clubes do que vindo dele mesmo, se você quer saber. Ele até postou uma foto comendo o meu hambúrguer preferido de Londres e não foi capaz de me convidar para ir também. Nesse meio tempo ficamos só eu e o Luke, e o Thomas resolveu me ligar e marcamos para ele vir aqui em casa por ser mais reservado, se é que você me entende. Eu não iria para a casa dele e também não queria correr o risco de fotos minhas estarem nos sites de fofocas pela manhã. No momento eu estou em frente ao espelho analisando a roupa que resolvi trocar, porque meu humor só me faz querer estar de pijama, mas fui forçada a trocar por conta da visita.

Ele chegou uma meia hora depois e estamos sentados no sofá desde então. No começo foi estranho, eu não sabia o que dizer e nem o que esperar da conversa e acho que ele percebeu isso e começou falando. Pediu perdão pelo modo como me tratou no dia do aniversário dele, disse que sentia muito minha falta e que ele acabou sim confundindo as coisas entre nós mas que isso já era passado para ele e que esperava que voltássemos a ser amigos como éramos antes e eu apenas concordava com a cabeça de vez em quando. Eu não sabia o que dizer, sentia muita falta dele sim, mas tudo tinha mudado agora. Em poucos meses eu tinha mudado completamente minha vida, meu jeito de agir e ser.

A conversa foi fluindo bem até que ele, como se lesse meus pensamentos, tocou num assunto delicado.

- Posso te fazer uma pergunta? -ele franziu o cenho

- Acho que sim -tentei deixar o clima, que de repente ficou mais pesado, leve

- Tá tudo bem mesmo? Você tá com aquele sêmblante de quando você ficava de castigo na adolescência e tinha que pedir desculpas pro seu pai -ele riu

- Devo estar mesmo -sorri- eu tô com uns problemas aí, mas nada que você tenha que se preocupar. -fui sincera

- É o Luiz, né? -ele disparou- eu sou muito observador, você sabe, e te achei meio tristonha desde aquele dia que nos encontramos no restaurante japonês. Eu achei que podia ser surpresa por me ver depois desses meses mas depois eu concluí que não. Desde aquele dia você não tem postado fotos naquelas stories do Instagram, não posta nada no twitter, facebook ou qualquer rede social, o que você fazia todo dia... E eu te conheço, sei que quando tá triste você se esconde do mundo.

- É -olhei para o teto na tentativa de voltar as lágrimas que estavam querendo sair. Quando consegui, voltei minha atenção para ele- é ele sim. 

- Quer me contar o que aconteceu? Eu posso te ajudar, você sabe, os meus conselhos são os melhores -ele tocou o dedo indicador na ponta do meu nariz como gesto de carinho

Pensei e repensei se devia contar a ele ou não, mas no fundo eu precisava mesmo da opinião de alguém e, quem sabe, um conselho poderia me ajudar. Eu realmente me  fechei do mundo esses dias e nem para as meninas, lê-se Ludy, Kate e Carol, contei algo se quer. Comecei, então, a história do começo. Falei da nossa viagem para Bora Bora que foi maravilhosa, da mulher dando em cima dele lá no hotel, a nossa discussão e que eu esqueci de falar a ele sobre as fotos e até que depois praticamente não estávamos nos falando há quase três dias... enfim, contei tudo que era necessário. Ele escutou tudo atentamente e só pronunciou algo quando eu disse que tinha  terminado. 

- Então, vocês brigaram por conta das fotos e depois ele pediu um tempo para ficar sozinho? -ele indagou

- É. Basicamente isso. Ele não falou a frase "queria um tempo da gente" -fiz aspas com a mão- mas está agindo como se fosse assim que gostaria que fosse.

- Mai -ele pigarreou- olha, eu vou ser sincero a você... Eu não pediria um tempo em um relacionamento se não estivesse com dúvidas de continuar ou não. Acho que você deveria respeitar esse tempo dele mesmo e...

- O que? Você acha que ele vai terminar comigo? -senti um calafrio queimar meu estômago

- Não... Quer dizer, sei lá, eu não sei mesmo. Essa vida de jogador é difícil, é cobrança o tempo todo, mulheres se jogando em cima de nós o tempo todo também e...

- Você acha que ele pode ter se interessado por outra e está tentando ver uma maneira de acabar comigo? -eu não podia acreditar naquilo. Não queria!

- Maitê -ele segurou meu rosto com as duas mãos- calma! Eu só quis dizer que com a posição que ele ocupa pode ter a mulher que quiser e na hora que quiser, entende? Só é fiel quem realmente ama.

- Não acho que o David seja capaz de me trair... -eu falava olhando para o chão

- Olha, eu só não quero que ele te machuque -ele segurou minha mão- porque se for o caso, ele não te merece, Mai. Se quiser eu posso dar umas porradas nele, não vai me custar nada. Você é boa demais para se submeter a isso e acho que já tinha te alertado disso meses atrás, né?

(...)


Notas Finais


E aí, genteeeeeee??? Me contem tudo, não me escondam nada!!! Hahahahaha
O que acharam do David, da Maite e do... Thomas? Haha
Beijooooooo, até o próximo!


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