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História Seguir em frente - Aquele da notícia


Escrita por: malu_15

Notas do Autor


Oiiii, gente!

Aqui vai a continuação do capítulo anterior... Demorou, mas saiu!!!!! Espero que gostem :))

Música do capítulo: Free Fallin' - John Mayer || eu aviso a hora de dar o play, ok?

É isso, boa leitura! xx

Capítulo 27 - Aquele da notícia


Fanfic / Fanfiction Seguir em frente - Aquele da notícia


(...)

— Mai —ele pigarreou— olha, eu vou ser sincero a você... Eu não pediria um tempo em um relacionamento se não estivesse com dúvidas de continuar ou não. Acho que você deveria respeitar esse tempo dele mesmo e...

— O que? Você acha que ele vai terminar comigo? —senti um calafrio queimar meu estômago

— Não... Quer dizer, sei lá, eu não sei mesmo. Essa vida de jogador é difícil, é cobrança o tempo todo, mulheres se jogando em cima de nós o tempo todo também e...

— Você acha que ele pode ter se interessado por outra e está tentando ver uma maneira de acabar comigo? —eu não podia acreditar naquilo. Não queria!

— Maitê —ele segurou meu rosto com as duas mãos— calma! Eu só quis dizer que com a posição que ele ocupa pode ter a mulher que quiser e na hora que quiser, entende? Só é fiel quem realmente ama.

— Não acho que o David seja capaz de me trair... —eu falava olhando para o chão

— Olha, eu só não quero que ele te machuque —ele segurou minha mão- porque se for o caso, ele não te merece, Mai. Se quiser eu posso dar umas porradas nele, não vai me custar nada. Você é boa demais para se submeter a isso e acho que já tinha te alertado disso meses atrás, né?
(...)
***

— Para com isso, Thomas! —afastei minha mão da dele— ninguém vai dar porrada em ninguém. Esquece esse assunto, tá bom? Deixa que os meus problemas com o David eu mesma resolvo —falei de forma imperativa para dar fim naquele assunto. Pelo menos por agora.

— Tudo bem. Não está mais aqui quem falou. —ele disse sem olhar para mim

Eu não vou dizer que aquelas palavras do Thomas não martelaram na minha cabeça durante o resto do dia porque seria uma grande mentira. Acho que ele percebeu minha falta de interesse nas conversas que se seguiram que fez o favor de encurtar a estadia por aqui e foi embora logo depois deixando, claro, o aviso de que se eu precisasse de alguma coisa ou se quisesse simplesmente desabafar, poderia ligar para ele. É claro que eu não faria isso. Acho que David ficaria furioso ao saber que eu estava  abrindo nosso relacionamento para alguém que ele odeia como o Thomas.

No fundo, nós, mulheres, já nascemos e crescemos vendo boa parte dos homens enganando e traindo suas namoradas/esposas, o que nos faz vir com um "pé atrás" de fábrica. Eu mesma já sofri na pele o que é estar com um cara assim e me causou uma chuva de decepções. Quando conheci o David, sabia da fama dele de "homem família" e a  convivência com o próprio me trouxe duas certezas: uma que ele não era tão santinho quanto queria transparecer. Mas, a segunda era que, apesar disso, ele era sim um cara que eu poderia confiar para ter um relacionamento e que ele não era igual aos outros. Ele era diferente. Nós seríamos diferentes. Só que quando sentimento está envolvido tudo fica mais complicado e arriscado e por isso, eu e David tivemos muitos desencontros. Idas e vindas, brigas e mais brigas. Só que, ainda assim, a minha parte não tinha dúvida que conseguiríamos passar por qualquer problema juntos. O problema é que agora me veio a dúvida se ele pensa assim também.

A noite caiu e a solidão seguida do aperto no peito aumentavam conforme o tempo ia passando. Pedi comida japonesa e agradeci mentalmente diversas vezes por ter o Luke comigo amenizando qualquer tipo de tristeza. Eu estava com o celular na mão decidindo se valia a pena dar o braço a torcer e tentar resolver minha situação quando o aparelho vibrou com uma ligação. Não, não era David. Para minha alegria ou tristeza, não sei, era minha mãe.

— E aí, mami. Tudo bem? —falei fingindo uma alegria que não condizia com meu estado atual

— Filha... —ouvi um fungado. Ela estava chorando?!— tá ocupada?

— Não, mãe. O que foi? Aconteceu alguma coisa? —disparei e não houve resposta— mãe! Tá me ouvindo?

— Mai —ela falava devagar e meu coração ia acelerando cada vez mais— minha filha, eu procurei a melhor maneira de te dizer isso mas acho que... que... o único jeito é falar de uma vez —ela soluçava— eu e seu pai vamos nos separar.

— O que? Como assim, mãe? Como.. Como... Como isso aconteceu? 

— Meu bem, me escute, antes de mais nada saiba você vai precisar ser forte por mim porque eu estou em pedaços. As coisas já não vinham bem há tempos e eu tentei a todo custo manter nossa família unida... mas não dá mais. A gente precisa saber a hora de soltar a corda para não cair no abismo também, entende, meu amor? Ah, e não pense que seu pai é um monstro ou coisa do tipo. Ele foi um bom marido, sempre foi um bom pai apesar do jeito estranho de demonstrar carinho para você e seu irmão... —ela soluçava— mas já não nos vemos como marido e mulher e, apesar de saber que foi melhor assim, eu também sei que, após 25 anos de casamento, vou passar o pior momento da minha vida nos próximos dias. 

— Ahn... eu não sei o que dizer. Acho que simplesmente não consigo acreditar! —dispejei— Era por isso que vocês nunca vinham me ver aqui em Londres, né? Sempre que eu chamava, você inventava uma desculpa sobre ele estar trabalhando demais... não é, mãe?

— Por favor —ela soluçava copiosamente— não me julgue, filha. Tudo que fiz foi pensando no nosso bem estar como família.

— Eu sei, mãe. —respirei fundo para tentar não transparecer meu nervosismo e falei a única coisa que me parecia justa naquele momento— não se preocupe, vai ficar tudo bem. Eu to indo pro Brasil para ficar com você. Não vou te deixar sozinha nesse momento.

— Sério, filha? Você consegue vir? Mas e o seus planos? Não vai te atrapalhar? O natal já é semana que vem e...

 — Não importa —a interrompi— eu já disse que não vou te deixar sozinha nesse momento difícil.
(...)

 

David P.O.V

O pior de estar numa situação difícil é se sentir impotente em relação a isso. Há meses, meus problemas respondem por um único nome: Maitê. E o pior de tudo é que quando estou mal com ela, minha cabeça não funciona bem. Meu rendimento caiu significadamente nos treinos a ponto de o técnico me chamar hoje para ter uma conversa sobre ele desconfiar que eu estava passando por algum problema e que isso não deveria interferir no meu trabalho. Até pensei em inventar alguma desculpa, mas não poderia mentir. Minhas constantes olheiras e falta de humor nas concentrações falariam mais alto. O que eu poderia fazer? Aquela mulher mexe com meu subconsciente desde o primeiro dia. 

O treino acabou e ao chegar no estacionamento, acabei encontrando a Vanessa, mulher do Willian e Bárbara, prima dela que viajou com a gente uma vez. Falei com as duas e fiquei fazendo companhia por educação até o Willian chegar e encontrá-las. Depois, quando eu já ia em direção ao meu carro, ouvi uma voz feminina me chamar.

— David! Espera! —ela falava meio que ofegante

— Ahn? —virei para ver quem era— Ah... oi, Bárbara! 

— Então, você pode me dar uma carona? Eu tô indo para uma festa e o Willian me falou que é na rua da sua casa...  Como eles moram do outro lado da cidade e o Will tem um jantar importante agora a noite, não quis atrasá-los ainda mais e vim aqui te pedir ajuda... —ela por fim parou de falar e riu um pouco sem graça

— Posso sim —sorri amarelo— entra aí. 

Ela não parou de falar durante todo o caminho e eu me arrependi umas mil vezes de não ter inventado uma desculpa. Meu estado de espírito não aguentava falar sobre futilidades, só que eu me mantive o mais educado e complacente possível, afinal, ela não tinha culpa dos meus problemas e só estava tentando ser simpática. Depois de percorrer o caminho até em casa que foi mais longo do que nunca, perguntei a ela qual era o local exato para deixá-la na porta.

— É logo ali —ela apontou para um barzinho meio puxando para um PUB— mas eu tô precisando ir ao banheiro antes, posso ir na sua casa rapidinho? 

O que eu iria fazer? Negar? "David, só seja educado" essa com certeza seria uma frase que minha mãe diria

— Claro, sem problemas. —tentei não transparecer minha falta de entusiasmo

DÊ O PLAY NA MÚSICA

Subimos até o meu apartamento e eu estava esperando ela sair do banheiro quando a campainha tocou. Espiei pelo olho mágico e encontrei a pessoa que eu menos esperava no momento: Maitê com o Luke nos braços e o rosto um tanto vermelho. A maquiagem parecia borrada. Será que ela andou chorando? Balancei a cabeça rapidamente e abri a porta.

— Meus pais estão se separando —foi a única coisa que ela disse antes de derrubar algumas (várias) lágrimas e me abraçar, deixando-me sem reação por um momento. 

— Prontinho, terminei! —ouvi a voz de Bárbara e a Maitê rapidamente deu um passo para trás franzindo o cenho. Não! Não! Não! Eu conhecia bem essa cara dela!

— O que essa mulher está... fazendo aqui, David? —ela, ainda soluçando, esbravejou olhando fixamente para mim

Olhei para ela. Olhei para Bárbara que parecia assustada. Para ela de novo.

— Nada, Maitê. Ela só veio usar o banheiro e...

— "Ela só veio usar o banheiro?" Sério isso, David? —ela me interrompeu

— Ou, ou, ou! Calma aí, querida. Eu só vim usar o banheiro mesmo e já  estou de saída. Obrigada pela carona, David. —Bárbara forçou um sorriso pra mim e voou pela porta. Mas que merda! Puxei Maitê para dentro e fechei a porta

— Carona? Você vai me explicar que porcaria de história é essa agora ou não? —Maitê dizia e as lágrimas deram lugar a um rosto avermelhado de raiva

— Maitê, se acalma, tá bom? Ela veio para uma festa aqui na rua, eu dei uma carona e quando chegou aqui ela pediu para usar o banheiro. Qual o problema nisso? —falei, sério

— Qual o problema nisso? Você passa d-i-a-s —ela soletrou— sem me ligar e quando eu chego aqui tem uma piranha na sua casa e você vem me dizer que foi dar uma simples carona? Você acha que eu tenho cara de idiota, né? Só pode! 

— Você acha mesmo que eu ia trazer uma mulher aqui pra casa estando com você? Acha mesmo? —a questionei

— Antigamente eu teria certeza que não —ela disse simplesmente 

— Antigamente? E hoje? Você não tem mais certeza? —eu não podia acreditar que estava ouvindo aquilo. Não queria!

— Eu não sei mais de droga nenhuma, David. Você pediu um tempo de nós, parecia estar muito bem sem mim e além do mais, vocês, jogadores, tem todo tipo de mulher aos seus pés e...

— Como é? De onde você tirou isso?

Ela não me respondeu. 

— Fala, Maitê, de onde você tirou uma baboseira dessas? Me fala!

— O Thomas me falou. —ela praticamente sussurrou olhando para o chão

— Como é? O que aquele filho da puta falou de mim? —puxei seu rosto para que ela olhasse para mim e a essa altura meu tom de voz já estava exaltado

— Ele não falou nada! Ele só estava preocupado comigo e quis me abrir os olhos! Enquanto você estava "dando carona" —ela fez aspas com a mão— para qualquer uma, tinha alguém preocupado comigo. Ele foi lá em casa e ao ver minha situação de tristeza ficou querendo me ajudar! Só isso! —ela despejava 

— Ah, claro, o santinho querendo te ajudar? Nossa, como ele é bom! Isso porque ele nunca quis te pegar né? —dei uma risada irônica— Além do mais, quer dizer que você pode receber aquele filho da puta no SEU apartamento sem ao menos me avisar e faz um barraco por encontrar a Bárbara aqui? Bem contraditória você, não acha?

— Como se você estivesse muito preocupado comigo, né, David Luiz? Me poupe! Thomas não quer nada além da minha amizade porque ele sabe que EU nunca faria algo para trair a sua confiança! Não seja ridículo! 

— Quem é você para falar alguma coisa de mim? Eu só queria que você parasse de querer ser sempre a certa em todas as situações! Olhe para as próprias merdas que você faz antes de sair falando tudo o que passa pela sua cabeça, cacete!

— Olha... simplesmente não dá para conversar! Você não passa de um moleque egoísta, David! 

— Não me chama de moleque! Você só sabe criar confusão por nada e... 

— Quer saber? —ela me interrompeu— Eu vou te fazer um favor. Eu vou embora e vou te deixar livre, vai ser melhor assim, né? Afinal, eu só trago problema pra tua vida! 

— Do que você está falando? —indaguei

— Você não ouviu quando eu disse que meus pais estavam se separando, né? —ela mordeu a boca tentando segurar as lágrimas que voltaram de repente— a única coisa que  você ouviu foi que o Thomas tinha ido ao meu apartamento! Sinceramente, acho que eu deixei de ser prioridade na sua vida e não estou a fim de pagar pra ver a merda que vai acontecer depois! Você nunca confiou em mim e eu não confio mais em você, as coisas não tem como dar certo desse jeito! Eu tô indo pro Brasil agora, se você se perguntar alguma vez. Minha mãe precisa de mim e eu vou dar todo o apoio a ela, como eu pensei que você me daria. Só não sabia que as coisas só iam piorar de vez. —ela passava a mão livre no rosto para limpar as lágrimas— e não se preocupe, eu já entendi o recado. Não vou mais atrapalhar tua vidinha. Espero que você finalmente consiga ficar em paz. —ela segurou o Luke com força e virou o corpo em direção a porta— e não... não vem atrás de mim que eu não vou falar com você. —ela puxou a porta com toda a força que tinha. 

É, no fundo eu sei que tinha que ter ido atrás dela. Mas não fui.
 

 

Maitê P.O.V

Minha cabeça só martelava em como alguém pode ser tão egoísta desse jeito e mudar tanto em menos de uma semana. Eu estava contando em pelo menos poder deixar o Luke com ele já que eu não teria como arrumar de uma hora pra outra todo o protocolo para levar um animal em voos internacionais. Depois de tentar me acalmar, liguei para a minha salva-vidas -lê-se Ludmila- e contei parcialmente a históriae pedi para ela ficar com o meu cachorro até que eu consiga os tramites lá do Brasil mesmo para conseguir levá-lo também. Ao chegar no apartamento dela que era praticamente grudado ao de David, ela me abraçou e me deu um ombro amigo para escutar meu choro infantil por alguns minutos. Felizmente Oscar não estava em casa e não viu o estado deplorável que eu estava e por conseguinte, Davidnão saberia como eu fiquei. Além disso, Ludmila era amiga da dona de uma empresa que comprava e revendia passagens que organizou todo o meu voo de última hora sem que eu tivesse mais alguma dor de cabeça.

Brasil, here we go!

 

(...) CONTINUA


Notas Finais


E aí, pessoal, gostaram?

Queria dizer que estou sentindo falta dos comentários... Vocês não estão gostando da história ou tem pouquíssima gente acompanhando mesmo? :/ queria saber para poder dar continuidade a fanfic ou não!!! Então, você que está lendo isso agora dê a sua resposta aqui em baixo, por favor!!! BEIJO


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