O dia já raiava quando finalmente chegaram a fazenda, era incrível observar como nada mudará. Apesar de todo o sangue derramado naquela terra, a fazenda sempre seria o local favorito de Beth. Eles começaram a desembarcar as coisas para dentro da casa enquanto o arqueiro arrumava algumas armadilhas.
– Sentia falta de casa também. – Maggie comentou ao ver o olhar da irmã.
– O tempo aqui parece que não passa. – Beth falou.
– Verdade nem parece que o pequeno Hershell logo fará um ano. – A morena disse. – Muito menos que alguns meses depois será o aniversário de Sofia e Daryl.
– Acho que se tudo der certo poderemos até fazer uma festa. – A loira sugeriu.
– Se eu não voltar da batalha me prometa que cuidará dele para mim. – A Greenne mais velha pediu.
– Não seja boba. – Beth disse abraçando a irmã. – Vai dar tudo certo, vamos vencer e você e Gleen verão seu filho crescer.
– Já terminei as armadilhas. – O arqueiro disse entrando na sala. – Se o guri não esquecer de alimentar a tigresa, eles não terão problemas aqui.
– Pode deixar que eu vou cuidar da Shiva. – Carol disse voltando do segundo andar.
– Obrigada por ter vindo. – A loira falou.
– Não deixarei outra criança morrer. – Carol respondeu. – Bom, acho que vou preparar o almoço.
– Tudo bem, eu te ajudo. – A Greenne mais nova comentou. – Maggie pode ficar de olho nas crianças.
– Claro. – Ela respondeu.
As duas foram para a cozinha preparar o almoço para todos. O tempo todo em que estavam na cozinha Carol permaneceu calada. Beth sabia que algo a incomodava e a conhecia muito bem para saber que algo estava errado. Percebendo que ela não falaria, a garota decidiu tomar a iniciativa.
– Está tudo bem? – A loira perguntou.
– Não. – A mulher respondeu. – Preciso contar algo a você. Algo que só Tyresse sabia.
– Pode confiar em mim Carol. – A garota disse. – Me conte o que te está atormentando.
– Quando Rick me mandou embora da prisão, eu fiquei muito tempo na estrada. Sabia que eu tinha errado e ele fez a escolha certa. Na estrada encontrei Ty com Mika e Lizzie, que fugiram juntos quando a prisão caiu. Ficamos alguns dias vagando e encontramos um lugar seguro. O grande problema é que a Lizzie não estava bem, ela estava confusa sobre os walkers. Não os via como a ameaça que eram, ela matou a Mika para que ela se transforma-se. Eu pensei em alguma solução, mas não havia o que fazer. Beth eu matei Lizzie e não posso deixar que você deixe as crianças comigo sem saber a verdade. – Carol disse com lágrimas nos olhos.
– Carol sei que nenhum de nós é um santo. Todos cometemos erros e eu não tenho o direito de te julgar. – A loira falou. – Tenho certeza que fará de tudo para manter as crianças a salvo. Eu confio em você.
– Obrigada! – A mulher agradeceu.
– Bom vamos terminar o almoço. – Beth pediu. – Temos que voltar hoje, pois a batalha se aproxima.
Todos almoçaram juntos e passaram um dia bem tranquilo na fazenda. Após deixarem tudo organizado com a chegada da madrugada o pequeno grupo retornou a Alexandria. A loira sentia seu coração apertado, mas sabia que estava fazendo o certo pelas crianças.
Antes do dia raiar eles já haviam retornado a Alexandria e foram pegos de surpresa ao encontrarem o xerife no portão. Aparentemente ele estava esperando por eles.
– Algum problema Rick? – O coreano perguntou ao ver a preocupação estampada na face do xerife.
– Dwigth veio aqui ontem. – Rick respondeu. – Precisamos partir hoje para que o plano de certo.
– Então vamos atrair os errantes para lá agora. – Maggie sugeriu. – Vamos utilizar os sinalizadores.
– Tem certeza que não preferem descansar? – O xerife sugeriu.
– O quanto antes nos livrarmos daquele maluco melhor. – Daryl respondeu. – Vamos logo com isso.
O plano era usar os sinalizadores para atrair os errantes para os portões do Santuário com a ajuda do mapa entregue por Dwigth. Ao chegarem no ponto marcado no mapa, ode estavam os errantes, todos ficaram chocados com o tamanho da horda. Com ajuda de Jesus, eles deveriam guia-los de carro bem lentamente e depois ir para traz da comunidade do vilão e ajudar os prisioneiros a fugir.
A estrada até o Santuário parecia vazia e não foi difícil se posicionarem. Assim que perceberam que a horda não sairia da estrada principal o arqueiro acelerou o carro e ele assumiram seus postos. Quando a horda começou a aparecer na estrada principal todos ouviram os gritos dos vigias na comunidade dos Salvadores e viram Eugene sair para tentar ajudar a impedir o que estava por vir.
Aproveitando-se do pânico criado na comunidade, Rick se aproximou cuidadosamente do portão principal. E como Rosita o ensinou armou o explosivo, porém na hora em que foi acionado ele não detonou. Todos viram a aproximação da horda e perceberam que aquele seria o fim do xerife.
– Droga! – O arqueiro disse. – Acho que não funcionou.
– O que vamos fazer? – Gleen perguntou. – Ele vai morrer.
– Eu vou ajudá-lo. – Ele falou. – Maggie tire a Beth daqui vão para a fazenda agora.
O arqueiro beijou a amada e correu para o encontro do amigo e disparou o sinalizador na direção da bomba. Nesse exato momento um grande estrondo foi ouvido e apenas uma nuvem de poeira era visível. Beth caiu de joelhos no chão e sentia seu coração martelar. Ela não conseguia ver o arqueiro e não conseguiu conter o grito de pânico.
– Daryl!
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