História Segundas Chances - Shirlipe - Prólogo - Shirley

Shirley caminhava devagar pelas ruas do condomínio de luxo, vestida com um vestido claro e florido, uma bolsinha também clara pendurada no ombro esquerdo, na mão estava um pedaço de papel que continha um endereço.
- Meu Deus, será que é mesmo aqui? Será que estou perdida?
Ela se perguntou em voz alta, olhando o ambiente em volta até encontrar uma grande mansão, agradabilíssima de olhar.
Ela encarou o pedaço de papel e voltou a olhar a mansão
- É aqui, tomara que a Cris esteja bem...
Ela disse indo tocar a campanhia, não parecia ter ninguém naquela casa, então Shirley decidiu entrar quando encontrou a porta aberta.
Caminhou a passos lentos, mancando levemente até chegar a grande porta de entrada da casa, encontrando-a também aberta. Tudo aquilo estava muito estranho, será que Cris estava mesmo ali?
- Cris, cadê você? Sou eu a Shirley.
A morena falou para o vazio daquela mansão, tendo apenas o silêncio como resposta. Ela estava quase indo embora, quando algo lhe chamou atenção.
- Gostou?
Jéssica, ex-noiva de Felipe apareceu de algum lugar da sala, olhando-a com desdém.
- Oque você está fazendo aqui, Jéssica?
- Essa é a minha casa, queridinha. Oque que é, roubar meu noivo não é suficiente pra você? Quer roubar a minha casa também é?
Jéssica disse agressiva.
- Só vim aqui por que a Cris me pediu, me mandou um bilhete e tudo...
Shirley disse com a voz levemente aflita, mostrando o papel que tinha em mãos.
- Eu não quero saber, sua ladra! - Jéssica deu um tapa na mão que Shirley segurava o papel. - Sempre soube que você era uma ladra, sua manca, deformada!
A loira gritava e empurrava Shirley, agressiva.
- Nunca roubei namorado de ninguém, mas eu não tenho culpa se você é tão mal amada assim. E o que mais te incomoda é que a manca aqui - Shirley disse apontando para si mesma - Conseguiu conquistar o Felipe sem mover um se quer.
Jéssica a empurrou novamente, gritando xingamentos enquanto puxava seus cabelos. Shirley revidou dando um tapa no rosto de Jéssica, que parou na mesma hora.
- Olha, ela sabe brincar! Mas um só tapa não vai descontar toda a raiva que você tem de mim, vai Shirley, me bate. - A loira pegou uma estátua e colocou na mão de Shirley - VAI, ME BATE, SUA VADIA DEFORMADA!
- Jéssica você não me provoca...
- Você não tem coragem, sempre soube disso. - A loira debochava.
- Eu sou muito melhor que você, não importa o quanto você fale que eu sou deformada ou não, mas o Felipe me escolheu assim.
Shirley disse jogando a estátua no chão e caminhando o mais rápido que pode até a saída.
Assim que pode ligou para Felipe, mas ele não atendia ao telefone, e a garota esteve aflita durante todo o caminho volta até sua casa.
Assim que chegou encontrou a mãe em frente ao portão, e abraçou-a chorando, Dona Francesca afagava sua cabeça preocupada.
- Madonna Mia, oque houve minha filha?
- A Jéssica mãe, ela...
Shirley iria explicar a mãe oque houve, mas notou uma viatura da polícia pararando bem onde ela e a mãe estavam.
Uma policial desceu do carro e lhe dirigiu a palavra.
- Senhora Shirley Rigoni Di Marino?
- Sim, sou eu.
- A senhora está presa, queira nos acompanhar por favor.
A policial algemou as mãos de Shirley e colocou-a na viatura, dando partida em seguida.