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História Segundas Chances - Shirlipe - Capítulo 13 - Acabou e Descobrindo Segredos.


Escrita por: MissZabinni

Notas do Autor


Oiiii😄

Capítulo 14 - Capítulo 13 - Acabou e Descobrindo Segredos.


Acabou?

Lorenzo Di Angeli.

Em casa, 18:30

 

Lorenzo havia chegado em casa e encontrou o imóvel aparentemente vazio, mas assim que viu os saltos e a bolsa de Shirley jogados pela sala percebeu que havia algo errado.

Logo procurou-a pela casa e acabou encontrando-a na cama do quarto de hóspedes.

Ela estava apenas de calcinha, seus olhos estavam levemente inchados. Isso era um claro indicativo que ela esteve chorando.

Lorenzo se sentia um tremendo canalha ao lembrar oque estava prestes a fazer com Shirley naquele momento.

Ela estava parecia tão frágil e indefesa, que dar a ela a notícia que pretendia parecia ser uma atitude impiedosa de sua parte. Mas não teria jeito, não havia uma forma de fazer isso sem magoá-la. Infelizmente .

Enrolou o máximo que pôde para acorda-lá, mas chegou o momento em que teve que sacudi-la ate que ela acordasse.

- Hum, Lorenzo. Aconteceu alguma coisa? - Shirley perguntou sonolenta.

- Precisamos conversar, Shirley. - Ele disse sério.

- Oque aconteceu? - Ela perguntou endireitando-se na cama.

- Oque eu tenho para te falar é algo que não me agrada. E eu quero que você saiba que eu gostei muito de você, e que sempre te respeitei todo esse tempo que estamos juntos... - Começou segurando as mãos dela. - Shirley, não posso mais casar com você. Infelizmente ja não sinto a mesma coisa que eu sentia antes por você... mas quero que você saiba que nunca, em hipótese alguma, eu te desrespeitei.  E é em nome de tudo que vivemos que eu estou sendo sincero com você agora. Me perdoa.

Lorenzo disse tudo num único fôlego, e esperou a resposta de Shirley.

Ela o encarava em silêncio, tentando processar todas as informações que acabara de receber. Estaria ela louca, ou sonhando?

- Vo-você está terminando comigo, é isso Lorenzo? - Ela perguntou, enquanto duas lágrimas grossas desciam pelo seu rosto.

Lorenzo sentiu-se o pior homem da face da terra, estava fracassando na única meta que estipulou para esta conversa: Não fazê-la chorar!

- Sim, estou. Me perdoa... - Ele disse sem conseguir olha-la.

- Lorenzo olha pra mim. - A morena pediu. - Tem alguma mulher envolvida nisso?

- Tem sim, eu conheci uma pessoa recentemente e me apaixonei. Eu não traí você,  e muito menos planejei isso...

Lorenzo disse após alguns segundos em silêncio.

- Então acabou? Assim? - Shirley perguntou, faltando bem pouco para chorar.

- Sim, me desculpe. - O italiano respondeu, beijando-lhe a testa e indo em direção a porta.

- Onde você vai?

- Para um hotel, não se preocupe. Esta casa será sua. E eu também gostaria que não saísse da vinícola so porque não seremos mais um casal.

Ele disse e saiu do quarto em seguida.

 

Shirley Rigoni Di Marino.

 

Shirley ficou no quarto chorando, ainda sem acreditar na grande reviravolta que sua vida deu.

Não saiu do quarto para nada, tinha medo de sair daquele quarto e perceber que Lorenzo havia realmente a deixado.

Uma hora depois ouviu o conhecido ronco do motor do carro de Lorenzo. Foi quando teve coragem de ir a janela a tempo de ver o Hyundai preto virar a esquina cantando pneus.

Não. Não!

Não podia ser verdade.

Foi até o quarto onde costumava dormir com Lorenzo e viu o espaço outrora tomado de roupas dele, vazio.

Vários cabides espalhados pela cama impecávelmente arrumada.

So então a ficha realmente caiu, Lorenzo havia lhe deixado. Felipe havia lhe deixado. Ela estava abandonada, sozinha.

As lágrimas saíam cada vez mais intensas, sem permissão.

Deu-se ao trabalho de colocar apenas uma camisa larga de time de futebol que Lorenzo havia esquecido.

Foi até a sala, pensou em ir atrás dele, mas algo a prendia em casa. Talvez fosse seu último resquício de bom senso.

Por fim, apenas deitou-se no sofá e ficou lá. Chorando até pegar no sono

 

Descobrindo Segredos.

Duas Semanas Depois.

 

Já fazia duas semanas que Lorenzo havia deixado-a, duas semanas que havia descoberto que Felipe ganharia um filho, formaria uma família.

E não seria com ela.

Nos primeiros dias Shirley não havia se dado ao trabalho de por o rosto fora do apartamento, apenas tomava banho e voltava a vestir apenas uma calcinha e a camisa do ex noivo.

E tornava a chorar. Aliás, era apenas oque ela vinha fazendo desde então.

Mas não era isso que ela queria afinal, não ter mais que casar-se com o italiano?

No fim das contas ela havia conseguido oque queria, não iria mais casar. Mas, por que esta dor permanecia em seu peito?

Depois, ja com a mente mais calma, Shirley obrigou-se a ter horas descentes de sono, a se alimentar bem e a voltar a sua rotina de trabalho no escritório.

Porém ela funcionava apenas no automático.

Ja era comum pra ela dizer que estava bem, a mentira escapava tão facilmente de seus lábios que por breves momentos chegava a acreditar.

E tudo so piorava ao saber que Felipe estava aceitando a gravidez de Jéssica, visto que vez ou outra sempre encontrava o carro dela estacionado numa das vagas reservadas a Felipe no estacionamento do prédio.

E depois de duas semanas, esses eram um dos momentos em que Shirley voltava a chorar.

 

A morena encostou as costas na cadeira em que estava sentada, deixando de lado o notebook aberto em cima da mesa.

Apesar de tentar muito, não estava conseguindo se concentrar no trabalho, mas também se recusava a ir a sala de seu agora ex noivo pedir para sair mais cedo.

Até que seu celular tocou, tateou a superfície da mesa até encontrar o aparelho, atendeu a chamada sem ao menos ver quem era.

- Alô?

- Oi baixinha, pode falar? - A voz de Giovanni soou apreensiva.

- Agora posso. - Respondeu enquanto se levantava para trancar a porta de sua sala.

Preciso que venha aqui em casa hoje a noite, precisamos conversar algo sério. - Disse o rapaz.

- Sobre oque? - Ela perguntou apreensiva.

É sobre o nosso pai, baixinha. Ele não morreu...

- COMO É QUE É?

Shirley perguntou sem se conter por um momento. - Como assim o pai esta vivo?

É complicado te explicar por telefone, baixinha. So, esteja aqui hoje a noite. Ok?

Ok. - Ela concordou

Logo a ligação ficou muda e a morena tentou, sem sucesso, concentrar-se nas fichas, formulários e relatórios em sua mesa.

Com muito custo as horas se passam, fazendo com que Shirley suspirasse de alívio e ansiedade ao mesmo tempo.

Reuniu suas coisas e logo estava na garagem destravando seu carro.

Encontrou algumas retenções no trânsito enquanto tomava o caminho de ida até o bairro da Mooca.

Assim que chegou, foi notando que a frente de sua antiga casa estava anormalmente cheia de carros estacionados. E não eram carros simples.

Estranhou, pois Giovanni disse que seria uma reunião de família. Sua intuição dizia que não iria sair algo bom dali. Mas ela apenas desceu do carro e entrou em casa, sendo logo recebida com abraços amorosos de sua mãe e seus irmãos.

- Shirley, minha bambina. Que saudade! - Dona Francesca disse.

- É minha irmã, você quase não aparece! - Tancinha comentou.

- Pois é. - Giovanni concordou.

- Ah, é que aconteceram algumas coisas ultimamente. Depois eu conto a vocês. - Shirley disse depois de se soltar do abraço de Giovanni. - Sobre oque é essa reunião tão importante?

O semblante dos três mudou rapidamente.

- É melhor entrarmos baixinha, ainda falta algumas pessoas...

Giovanni disse conduzindo-a a sala de jantar.

Shirley notou dois rostos familiares ali, mas ate então não estava conseguindo entender onde a irmã e o pai de Felipe se encaixavam ali.

- Ainda falta a Carmela, Tancinha querida, vai chamar sua irmã, faz favor? - Dona Francesca pediu a filha mais velha.

- Não mãe, deixa que eu vou... Assim eu aproveito a dou um beijo nela...

Shirley se ofereceu para chamar a irmã, e como ninguém se opôs,  ela levantou-se e subiu as escadas em direção ao antigo quarto que dividia com Carmela.

Logo chegou a porta do quarto, mas ouviu a voz de Carmela, ela parecia estar numa conversa tensa ao telefone.

A morena estava pronta para descer novamente, mas a menção de seu nome a fez parar para ouvir.

Para com isso garota! Não se esqueça de que a ideia de colocar a Shirley na cadeia foi sua! Você é doente...

Carmela dizia irritada, Shirley não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Como ela pôde fazer isso com a própria irmã, Como?

Shirley pensou em entrar naquele quarto, confrontar Carmela e, se possível, até bater nela até conseguir arrancar verdade de seus lábios. Mas pensou em sua mãe, seus irmãos. Nenhum deles mereciam uma decepção desse tamanho sem ao menos uma prova concreta.

Pensando assim, Shirley virou-se e desceu o mais rápido possível em direção a sala de jantar antes que mudasse de idéia. 

Assim que apareceu na escada, notou os olhares questionadores em cima dela.

- Onde está a Carmela, filha? - Francesca perguntou.

- Está vindo... - Respondeu o mais natural que pôde, sentando-se numa cadeira.

Como se tivesse adivinhado, a própria Carmela apareceu descendo as escadas e sentando-se entre Tancinha e sua mãe. 

- E então, do que se trata essa reunião toda? - Ela perguntou.

Dona Francesca levantou-se atraindo a atenção dos filhos.

- Vocês estão aqui porquê eu tenho algo importante a falar sobre o pai de vocês... - Ela começou.

- Fala logo mãe, que eu-me tô ficando nervosa! - tancinha pediu.

- O pai de vocês não morreu, minha filha... - Francesca foi direta.

- Se ele está vivo, onde ele está? - Carmela perguntou após um tempo de silêncio.

- Bem aqui, minha filha...

Foi quando Mário Maggione falou pelaprimeira vez desde que chegou ali.

Shirley estava calada o tempo todo, não conseguiu conter a surpresa.

- E porque você sumiu? Por que fingir que morreu e nos deixou aqui... - Ela perguntou.

- Eu tinha umas dívidas de jogo, que sua mãe não conhecia, so que elas foram crescendo e eu recebia ameaças todos os dias, até que fiquei desesperado e decidi fugir. - Mário começou. - Aí eu conheci a mãe da Cris, Vitória, que gostou de mim e me ajudou a pagar minhas dívidas desde que eu fosse morar na Itália com ela.

Eu sei que nada do que fiz tem explicações ou perdão, mas se vocês deixarem, estou aqui para fazer diferente. Eu amo muito vocês meus filhos...

 

Os quatro irmãos ficaram calados um momento, tentando digerir as informações, até que Shirley foi a primeira a falar.

- Oque você fez não tem perdão, você nos abandonou... Mas estou disposta a tentar. Afinal, você é nosso pai. - Ela disse convicta, derramando umas poucas lágrimas devido a nostalgia que lhe tomou.

Mário sorriu em agradecimento.

Com um pouco de relutância seus outros irmãos acabaram por aderir as suas palavras e decidiram ao menos dar uma chance ao Pai.

Após algumas horas de abraços e conversas,  Shirley pensou no que ouviu no quarto. Se oque Carmela conversava era verdade, ela tinha algo a resolver.

Logo ela não aguentou de ansiedade e saiu da casa da mãe de fininho, não estava dando mais para esperar.

Estava indo seguir a vontade de seu coração.


Notas Finais


Sinto o cheirinho de reconciliação Shirlipe...
Até o próximo 😙


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