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História Segundas Chances - Shirlipe - Capítulo 22 - Culpa


Escrita por: MissZabinni

Notas do Autor


Depois de tanto tempo aqui estou.
Espero que ainda tenha alguém aqui.
Boa leitura 😍💕

Capítulo 23 - Capítulo 22 - Culpa


No Capitulo Anterior...

- Oque aconteceu doutor, como está minha filha? - Marcos, pai de Jéssica, perguntou com a voz embargada.

O médico suspirou e baixou o olhar para sua prancheta.

- Infelizmente, a srta Jéssica não resistiu a uma bactéria hospitalar que contraiu antes de sua transferência para cá... eu sinto muito.

...

Felipe estava sem chão.

Por mais que não gostasse de Jéssica, a morte não era algo que Felipe acreditava que ela merecia. Cadeia talvez, mas nunca a morte.

....

- Ah, filho... oque fazemos hein? Agora somos apenas você e eu. - Felipe perguntou-se encarando o bebê enquanto algumas lágrimas escapavam de seus olhos.

NARRADORA

- Amor, precisamos ir... infelizmente não podemos fazer mais nada aqui.

Shirley tocou o ombro de Felipe a fim de chamar a atenção dele.

- Você tem razão, vamos embora... - Felipe fungou e entregou Bernardo a Shirley, que o embalou delicadamente em seus braços.

Quando estavam se encaminhando para o carro ouviu a voz do que parecia ser a mãe de Jéssica.

- FELIPE! Espera... - Isla gritou saindo do hospital acompanhada pelo marido.

Felipe e Shirley pararam esperando a o casal vir de encontro a eles.

- Oi Isla... sinto muito. - Felipe disse de cabeça baixa enxugando algumas lágrimas.

- Você não tem culpa, meu filho. Infelizmente a Jéssica colheu os frutos do que vinha plantando... eu adoraria estar babando minha filha e meu netinho, mas Deus não quis assim... - A mulher não contave as lágrimas e abraçou-se ao esposo ficando alguns segundos em silêncio. - Mas quero te pedir que nos deixe participar do crescimento do nosso neto, por favor.

A mulher pediu, tocando o pé do bebe por cima da mantinha azul que o envolvia.

- Mas é claro que eu deixo, vocês são os avós dele.

Felipe assentiu com a voz embargada. Shirley entregou o bebê no colo da avó, que beijou e abraçou delicadamente o bebê que tornou-se a única coisa que lembraria a filha.

A cena era de certa forma emocionante, a dor da perda ainda era intensa dentro do peito dos pais da loira e do próprio Felipe.

- Bem, agora devemos deixá-los ir não é? Vocês vão ao enterro dela amanhã? - Marcos perguntou entregando Bernardo a Shirley.

- Não sei, não é bom levar o Bernardo num lugar como aquele, ele ainda é muito novo...

Felipe respondeu

- Entendemos, meu querido. Adeus. - Isla disse com um sorriso triste dando um abraço em Felipe e seu marido fez o mesmo.

Logo o casal estava indo embora, aproveitando a deixa eles também entraram no carro e rumaram de volta ao apartamento de Felipe.

Sem dizerem mais nada um para o outro Shirley e Felipe apenas tomaram um banho rápido e foram se deitar.

Mas diferente das outras noites, Felipe fez questão de colocar um pequeno bercinho ao lado da cama para observar seu filho dormir até que ele próprio caísse no sono.

No dia seguinte acontecia o enterro do corpo de Jéssica, Felipe havia decidido não ir por dois motivos: Aquele lugar não era um bom lugar para se estar com um bebê recem nascido como Bernardo;

E depois que ele não iria se sentir bem lá, pois de certa forma sentia-se culpado pelo acidente de Jéssica. Talvez se ele não tivesse a provocado não tivesse acontecido oque aconteceu.

Passaram-se dois meses desde a morte de Jéssica, Felipe e Shirley seguiam firmes e fortes em seu relacionamento, eles se amavam a aquilo era um fato mais que consumado.

No entanto Shirley se preocupava com o namorado, pois desde que a loira havia falecido Felipe andara cabisbaixo com relação ao filho, não que estivesse deixando o garoto de lado, mas Felipe achava que havia provocado a morte de Jéssica.

E oque o matava era a culpa que sentia por ter "impedido" o filho de conhecer a mãe biológica.

Shirley sabia que o ajudaria estando ao lado dele, mas não conseguia outra forma de fazê-lo se sentir melhor.

Agora estava indo encontrar com sua família, saber como estavam e matar a saudade que estava deles.

Logo chegou a casa de sua mãe e ficou algum tempo conversando com ela e suas irmãs, contando oque está havendo e procurando um bom conselho que pudesse ajudar Felipe.

A angústia dele a angustiava também.

- Nossa minha filha, não sabia que o Felipe se sentia assim... - Francesca comentou surpresa.

- É, coitado. E o pior é que aquela bruxa que depois de morta ainda atrapalha a vida dele...

Tancinha comentava com irritação na voz.

- É gente, eu já não sei oque dizer a ele... não aguento vê-lo desse jeito. - Shirley completou cabisbaixa.

- Tenso... - Carmela disse com um olhar vago, como se soubesse de algo muito importante e estivesse em dúvida de contar ou não.

- Bom gente, vamos comer.. saco vazio não para em pé! - Francesca bateu palminhas guiando as filhas para a mesa onde o almoço já estava posto.

Shirley saboreou a comida deliciosa de sua mãe morrendo de saudade.

Ao término da refeição foi ajudar Carmela com a louça enquanto sua mãe repousava na sala e Tancinha tinha ido ver seus filhos.

- Shirley, sobre o Felipe... acho que posso ajudar. - Carmela começou meio sem graça.

- Como assim, Carmela? Oque você sabe? - Shirley perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

A irmã lhe entregou um prato para ela enxugar.

- Ah, é uma coisa complicada... so te peço um voto de confiança em deixar que eu converse com o Felipe...

Carmela pediu olhando a irmã e forma esperançosa.

- Por favor, eu me sinto em dívida com aquele bebê... Não quero carregar o fardo de estragar o futuro de mais uma criança inocente.

Shirley suspirou derrotada não vendo outra maneira de resolver isso.

- Tudo bem, esteja lá em casa as onze e trinta da manhã. O Felipe vai estar em casa e vocês poderão conversar.

Shirley disse e Carmela sorriu agradecida, passaram a se dedicar em lavar as louças que faltavam e logo concluíram a tarefa.

A morena ficou pelo restante da tarde com sua mãe e irmãs até dar a hora de ir para casa.

Despediu-se da mãe e das irmãs e pois tinha lembrado que logo daria a hora de Cris levar o Bernardo para casa, entrou no carro e dirigiu para o prédio onde morava, pegou uma pequena retenção no trânsito mas logo conseguiu chegar em casa a tempo.

Poucos segundos depois de chegar em casa sua campanhia tocou e ela foi abrir a porta para que Cris entrasse em casa segurando a bolsa e Bernardo enquanto Felipe segurava o bebê de agora dois meses e meio nos braços.

- Oi Cris, oi amor. - Shirley os cumprimentou com um beijo no rosto.

- Oi Shirley. Olha, sempre que precisarem que eu fique com o Bê é so falar. - Cris disse com um sorriso no rosto.

- Obrigado tampinha. Mas me fala, como você está? - Felipe perguntou se referindo ao relacionamento dela com Lorenzo. - Já se resolveu com o italianinho?

Cris deu um sorrisinho sem graça e abaixou a cabeça

- Felipe, isso lá é coisa que se pergunte? - Shirley o repreendeu.

- Não Shirley, tudo bem... É que o Lorenzo ainda é um assunto complicado para mim. - Cris disse cabisbaixa.

Felipe rolou os olhos como se já tivesse ouvir esse discurso mais de uma vez

- Me diz tampinha, oque te impedia era saber que você e a Shirley eram irmãs, agora você ja sabe que não são... oque te impede?

Felipe perguntou impaciente.

- É Cris, você sabe que eu não me incomodo com isso. Vocês não poderiam ter escolhido ninguém melhor se não um ao outro.

Shirley fez uma observação.

- É que depois de todo esse tempo, tenho medo que ele não me queira mais... - Cris comentou baixinho.

- Olha maninha, posso não gostar muito daquele italianinho idiota, mas está mais que na cara que ele gosta de você.

Felipe disse sentado no sofá enquanto tirava a mamadeira da bolsa e dava a Bernardo.

Shirley assentiu com a cabeça concordando.

- Não perde mais tempo, Cris... - Shirley a encorajou.

Cris sentiu-se mais segura abrindo um sorriso singelo.

- Eu... acho que posso tentar falar com ele. - Ela concordou pondo-se de pé. - Agora preciso ir... até mais.

Cris despediu-se da cunhada e do irmão com um abraço e um beijo no rosto, mas não antes de dar um beijinho na testa de Bernardo.

Quando Cris saiu de lá, Shirley foi sentar-se ao lado de Felipe e deu um selinho rápido nos lábios dele.

- Está se sentindo melhor, meu amor? - Ela perguntou.

- Mais ou menos... - Ele respondeu simples.

- Felipe... tem uma pessoa que quer falar com você amanhã... - Shirley começou endireitando-se no sofá.

- Quem?

- A Carmela. Ela disse que era importante, mas não falou qual era o assunto... Fiz mal? - Ela perguntou.

- Ah, não. Tudo bem... - Ele fez um gesto de pouco caso com as mãos. - Sabe, eu so queria que essa culpa saísse de mim... quero olhar para o meu filho sem sentir culpa me corroendo por dentro.

Felipe desabafou e Shirley segurou o rosto dele entre suas mãos.

- Felipe, você não teve culpa de nada... se a Jéssica teve esse fim, foi por que ela procurou. E não você.

Shirley disse e o abraçou, a esta altura Bernardo já havia sido colocado no carrinho de passeio que estava na sala.

Felipe retribuiu o abraço dela e sentiu-se confortado ali.

- Obrigado por estar comigo, amor. Não sei oque seria de mim sem você. - Ele sussurou no ouvido de Shirley.

- Eu sempre estarei ao seu lado... Eu amo você e o Bernardo de uma forma que... Não consigo explicar. - Shirley disse.

- Obrigado...

Felipe a beijou de forma lenta apenas para aproveitar o momento.

Mas logo o beijo foi cessadp pois Bernardo começou a chorar no carrinho e Shirley levantou-se para verifica-lo. Era apenas uma falda suja.

Com o bebê devidamente limpo e alimentado, Shirley e Felipe também se organizaram e pegaram no sono mais cedo, totalmente vencidos pelo cansaço.


Notas Finais


Beijos 💕😍


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