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História Segundas Chances - Shirlipe - Capítulo 5 - Um Covarde e Precisamos Conversar


Escrita por: MissZabinni

Notas do Autor


Oiiiiii, tem alguém aqui?
Primeiramente peço desculpas pelo sumiço, e que as aulas voltaram, e somado ao trabalho acabei ficando sem tempo. Mas estou de volta, para alegria de vocês.
A fic ja está em fase final em outro site, mas já vou deixar os capítulos que faltam aqui, para ficar igual.
Preparados para a maratona?
Boa Leitura!

Capítulo 6 - Capítulo 5 - Um Covarde e Precisamos Conversar


Felipe De Souza Miranda.

Minutos Após a Reunião, Sala Pessoal, Peripécia.

 

A reunião havia acabado fazia algumas horas, logo após ter se livrado de Jéssica e tentado, sem sucesso, conversar com Shirley,  Felipe junto a Henrique e Camila conseguiram apresentar as propostas de propaganda a Lorenzo e Shirley, que gostaram bastante do que viram e acabaram por fechar contrato com a peripécia, e em seguida despedindo-se dos três e foram embora rapidamente.

Durante aquela parte da reunião Felipe pouco falou, limitou-se a observar os movimentos de Shirley e as vezes levando alguns beliscões de seus amigos.

Mesmo assim não conseguia fazer outra coisa a não ser admirar a forma como ela cruzava os dedos das mãos e apoiava o queixo sobre eles, como ela arqueava a sobrancelha quando achava algo interessante, como deixara de ser a moça pura e ingênua para se tornar a mulher forte, determinada e líder que é hoje em dia. Sem contar na sua beleza que ficara mais acentuada com o passar dos anos.

Suspirou lentamente enquanto as imagens do italiano beijando a sua morena na testa, e chamando-a de amor se repetia várias e várias vezes em sua mente apenas para lembra-lo de seus erros.

E agora ele estava ali, sentado na mesa de sua sala pessoal sentindo-se o cara mais idiota do universo por ter sido tão manipulável e deixado aquela mulher incrível escapar de seus braços.

Felipe nunca havia estado tão arrependido de algo como estava naquele momento.

Duas batidas rápidas puderam ser ouvidas na porta, para em seguida Henrique adentrar na sala com alguns papeis em mãos e sentar-se na cadeira vazia em frente a sua mesa.

- Felipe, eu vou precisar dar uma passadinha em casa por que a Penélope acabou de me ligar dizendo que o Caio está passando mal.

Henrique disse com uma expressão preocupada no rosto.

- Claro, pode ir sem pressa e dá um beijinho naquele moleque por mim. -  Ele disse.

- E ai, como você está?

Henrique perguntou por fim, arqueando a sobrancelha e com um ar de riso na voz.

- Arrependido, confuso... De tudo que está se pasando na minha mente, isso é tudo que eu consigo identificar agora.

Disse passando as mãos no rosto de forma exasperada.

Henrique riu do estado de nervos em que seu amigo se encontrava e Felipe levantou a sobrancelha, perguntando-se por que ele estava rindo.

- Eu não queria falar um "Eu te disse", mas.. - Henrique disse deixando a frase incompleta no ar.

- Eu sei, mereço ouvir cada sermão que você tem pra me dar...

- Mas me diz uma coisa, você ainda gosta dela? Tipo, pensei que você tivesse esquecido oque vocês tiveram...

Henrique perguntou beirando entre a curiosidade e a confusão, afinal, ele sempre achou que o amigo havia esquecido a ex.

- Na verdade, durante esse tempo que ela esteve longe, eu acreditava que o sentimento havia acabado, mas quando eu a vi, parecia que a presença dela trouxe a tona tudo oque eu me obriguei a esquecer. E cara, eu nunca tinha visto ela tão linda como hoje...

Felipe disse passando as mãos no rosto novamente, debruçando-se na mesa em seguida.

- Eu te entendo, e te aconselho a tentar recuperar pelo menos a amizade dela. - Henrique disse. - Ah, e antes disso, tenta se livrar da Jéssica primeiro tá.

Felipe soltou um muxoxo, lembrando so agora que ainda tinha que se livrar da loira. Aquela mulher acabou tornando-se um estorvo em sua vida, tinha a impressão de que nada do que viesse a fazer adiantaria para livrar-se dela.

- Nem me fale, cara. Marquei com ela hoje a noite lá em casa, não aguento mais repetir que não quero mais vê-la nem pintada de ouro.

Felipe disse derrotado, Henrique ficou em silêncio o analisando por alguns segundos, para logo em seguida concordar com ele, levantando-se da cadeira.

- Sabe oque eu acho, você deveria aproveitar e ir para casa também. Está claro que você não vai consegui se concentrar no trabalho hoje.

Henrique aconselhou enquanto Felipe mais uma vez passava as mãos no rosto.

- É isso que eu vou fazer, obrigado. - Concordou.

Dito isso, Henrique se despediu do amigo e saiu, e Felipe contrariando a sua afirmação, passou o resto do dia na peripécia perdido entre os inúmeros papéis em sua mesa.

Quando perguntou-se ha quanto tempo estava ali, olhou o relógio em sua mesa e assustou-se.

Passava das 18:45 e logo teria de ir para casa, então pôs-se a juntar os papéis mais importantes que levaria para revisar em casa.

Logo ele estava no estacionamento destrancando a porta do carro para em seguida entrar nele seguir seu caminho para casa, oque Felipe mais queria era se jogar na cama e dormir como uma pedra, mas infelizmente acabou encontrando um baita engarrafamento no caminho.

Custou-lhe paciência para esperar que aquela infinidade de veículos saísse do lugar sem tocar na buniza uma vez se quer.

Alguns minutos mais tarde quando os carros começavam a andar seu celular começou a tocar, quando o pegou para atender  admirou-se ao ver a foto da sua irmã na tela, não demorou muito e atendeu.

- Oi Cris.

- Oi mano, onde você está?

- No trânsito, mas já chego aí. Porque? - Perguntou notando o tom de voz da irmã.

É que a Jéssica está aqui, insistindo em entrar no seu quarto...

Cris disse e ele se sentiu muito tentado a dar meia volta e deixar a loira esperando.

- Hum, pode deixá-la entrar, e diz a ela que eu não demoro. - Ele disse.

- Felipe, você tem certeza? - Cris perguntou incrédula.

- Tenho sim. Não demoro tá, beijos.

Ele disse e em seguida a irmã finalizou a ligação. Concentrou-se no percurso que ainda faltava para que enfim chegasse em casa.

Pouco tempo depois estava dando um sorriso para o porteiro do prédio enquanto o mesmo abria o portão para que ele entrasse, e estacionou o carro em sua respetiva vaga na garagem, descendo do carro lentamente.

Caminhou o mais devagar possível até chegar na porta do seu apartamento, respirando fundo antes de virar a chave na fechadura e abrir a porta.

Cris estava sentada no sofá da sala mechendo no celular, mas deixou o aparelho de lado quando o viu entrando.

- Oi. - Ele disse.

- Oi, você vai me explicar direitinho porque você chamou a Jéssica aqui. - Cris exigiu.

- Daqui a pouco eu te explico, ela está no quarto?

- Sim.

Dito isso, ele seguiu até seu quarto preparando-se internamente para mais uma conversa desgastante que teria com a loira.

Decidiu entrar no quarto de uma vez, olhando para os lados a procura de Jéssica, encontrando-a sentada na cama, distraída observando as unhas.

- Pronto, agora estou aqui e sou todo ouvidos, pode falar...

Ele disse anunciando sua presença enquanto se encostava de braços cruzados na frente do guarda roupa.

- Felipe eu... eu queria te pedir desculpas pela nossa última briga, não vai acontecer novamente e eu so te peço uma chance. - Ela disse ficando também de pé.

- Mais uma? - Ele replicou. - E o que acontece se eu te der essa chance, hein Jéssica?

- Eu juro que mudo por você Felipe, eu te amo!

Ele riu com gosto, aquela frase parecia mais uma piada bem contada do que uma verdade.

- Você vai mudar assim como me prometeu da última vez? Você não me ama Jéssica, e sim o status que você tem ao meu lado. Você ama oque eu te proporciono...

- Não, não Felipe, acredita em mim. Eu tenho esse jeito meio torto, mas eu realmente te amo, amo muito, me perdoa vai...

Ela disse interrompendo as palavras dele, enquanto seu nariz ficava vermelho e as lágrimas caiam sem permissão a medida que Felipe se mostrava frio daquela forma.

- Não Jéssica, você não me ama mesmo, e não é de agora que eu venho cheio de você, e hoje foi a gota d'água. Não dá mais pra mim, acabou.

Felipe disse frio, o rosto impassível enquanto via a loira chorar copiosamente em silêncio, ela parecia estar em choque por alguns segundos.

E então ela pareceu ter processado as últimas palavras de Felipe, e atirou-se de joelhos aos pés dele.

- NÃO FELIPE, POR FAVOR. EU TE AMO, A GENTE SE AMA, NÃO FAZ ISSO. - Jéssica disse em desespero enqunto segurava as pernas dele.

- Jéssica, me solta... - Ele pediu enquanto se afastava do toque dela. - Me solta Jéssica, agora!

Ela continuou agarrada as penas dele e, perdendo a pouca paciência que tinha até aquele momento, Felipe levantou-a pelos ombros e balançando ela forte, mas com o cuidado de não ser violento e olhou-a nos olhos

- Jéssica, eu não te quero mais, vai embora daqui, por favor.

- Você está fazendo isso apenas para ficar com aquela aleijada não é? - Ela perguntou ressentida. - Eu vi o jeito que se olharam hoje... mas sabe, mesmo se você me deixar agora, também não vai conseguir ficar com ela.

- Não fala assim da Shirley! - Ele rebateu com raiva.

- Você nunca vai ficar com ela porque ela não te quer, está pouco se lixando pra você... - Jéssica disse de forma venenosa, um sorriso irônico ia surgindo em seus lábios.

- SAI DAQUI JÉSSICA, AGORA! - Ele gritou com ela pela primeira vez.

- Está vendo, você sabe que eu tenho razão nisso. - Ela ria irônica com gosto.

Felipe não soube como teve forças para arrasta-lá do seu quarto pelo braço para fora de sua casa, invés de dar-lhe um tapa bem forte e ardido no rosto, pois era oque ela estava merecia.

Quando enfim conseguiu colocar colocar a ex-noiva porta a fora, passou rápido pela sala e entrou diretamente no banheiro. Livrando-se das roupas que estava vestindo e entrando no jato de água fria que saia do chuveiro. Inevitavelmente os acontecimentos do dia passaram repetidas vezes na sua mente.

A medida que tentava bloquear os pensamentos se misturavam cada vez mais, deixando-o mais transtornado do que Jéssica o fez ficar.

 

"Para Felipe, eu gosto do Lorenzo, por que ele conseguiu colar os cacos que você deixou aqui dentro..."

"E é, ela é incrível."

"mas sabe, mesmo se você me deixar agora, também não vai conseguir ficar com ela.."

 

De repente Felipe deu um murro na parede do banheiro, gritando em seguida.  Gritou por não aguentar mais a culpa de ter perdido a mulher que ama, de saber que a ex-noiva estava certa em dizer que ele jamais ficaria com ela, e de ouvir da boca da própria mulher que ama dizer que ele não merecia o amor dela por que foi um covarde.

Pois era assim que estava se sentindo, um grandessíssimo covarde.

Alguns longos minutos mais tarde ele saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, escolheu uma cueca boxer qualquer e jogou-se na cama sem ao menos jantar.

Estava tão cansado que logo pegou no sono.

 

Capítulo 5 pt 2 - Precisamos Conversar e Quem Eu Quero é Você.

 

 

Shirley Rigoni Di Marino.

Logo Após a Reunião Na Peripécia.

 

 

Shirley contava os segundos a espera de sair daquela sala, que apesar de ser ampla e bem iluminada, ela tinha a nítida sensação de que aquela sala estava se tornando um lugar cada vez mais incômodo de se estar.

Ela esperava calada ao lado de Lorenzo enquanto ele se despedia de Henrique, Camila e Felipe. Sendo que o último estava pouco se lixando para as formalidades e mal tirou os olhos dela.

Era por esse motivo que Shirley estava tão desconfortável.

Logo as despedidas foram feitas e seguiram para fora da Peripécia.

Lorenzo e ela chegaram rapidamente a saída da empresa e Shirley suspirou de alívio involuntário, fazendo com que Lorenzo a olhasse com uma pergunta muda subentendida: Oque houve?

Ela apenas sorriu para tranquiliza-lo, e fazendo um gesto de pouco caso com a mão e entrou no carro em seguida.

Por fora ela mantinha a aparência de estar bem,  mas por fora estava estava uma grande e verdadeira bagunça.

Após alguns minutos no trânsito, Shirley notou que Lorenzo estava diferente, mais calado e ficava observando-a de tempos em tempos, porém ele não disse nada.

Passaram o resto da tarde no escritório da Vinícola, e embora Shirley estivesse com a mesa cheia de papéis e o notebook cheio de e-mails para ler, não conseguia se concentrar no trabalho. Sempre que começava a ler algum daqueles papéis o rosto de Felipe se fazia presente, lembrava-se nitidamente da sensação que o olhar dele causada em sua pele.

De quando seu coração tropeçava nas própria batidas quando o viu. Tão lindo e ao mesmo tempo tão diferente.

Passado-se algum tempo Shirley desistiu que ficar naquela sala sufocante e foi em direção ao andar de baixo, onde funcionava a sala de degustações dos vinhos, e ela como ela é uma Sommelier, aquele trabalho era bem menos estressante do trancar-se por horas numa sala cheia de papéis.

Enquanto caminhava até a sala de degustações, cumprimentava os funcionários que passavam por ela, seja os da limpeza ou os que passavam carregando caixas e mais caixas de garrafas de vinho.

Logo estava sentada de frente para uma bancada de mármore esperando que algumas taças de vinhos fossem dispostas a sua frente enquanto ela segurava uma prancheta nas mãos.

Começou a provar dos vinhos, e a cada taça que provava lhe vinha um pensamento em mente. Todos tinham Felipe como protagonista.

Mas oque ela estava pensando, afinal? Com o passar dos anos ele so provara que não é digno do seu amor, ou qualquer outro sentimento que não seja o desprezo. Todavia, por mais que a sua mente queira, o seu coração se recusava a não outra coisa que não fosse amor.

Logo aquela ocupação ja não fez o efeito que Shirley queria, julgou que as taças de vinho que degustara estava com muito álcool,  fazendo com que ela tivesse aqueles pensamentos idiotas.

Por fim ela levantou-se da bancada, anotou algo na prancheta e falou com o outro rapaz que estava degustando os vinhos com ela.

- Esse lote está com muito álcool, não leve-o à venda.  - Ela disse e saiu da sala deixando o rapaz confuso, pois ele havia acabado de provar do vinho e estava tudo certo.

Shirley seguiu novanente até o andar de cima, indo até a sala de Lorenzo, encontrando-o bastante concentrado em alguns papéis.

- Oi.. -  disse entrando na sala

- Oi. - Ele respondeu. - Precisamos conversar.

- Sobre?

Ela perguntou interessada quando Lorenzo fechou os olhos e tirou os óculos que usava.

- Quando pretendia me contar que o Felipe que eu conheci hoje é seu ex-namorado? -  Lorenzo perguntou direto.

Ela ficou alguns segundos sem saber oque falar, mas logo consegiu se recompor.

- Foi uma surpresa encontrar ele hoje, e eu adimito que não pretendia te contar sobre ele. - Respondeu baixo

- É mesmo, você acha que eu gostei de vê-lo babando na minha mulher?

Lorenzo perguntou com a cara fechada, deixando-a sem fala novamente.

- Eu vi Shirley, e so Deus sabe o quanto me controlei para não ensina-lo a não olhar a mulher dos outros...

Lorenzo mostrou-se com ciúmes pela primeira vez desde que estavam juntos, e aquilo a impressionou.

- Amor... isso não tem nada a ver, quem eu quero de verdade é você. - Ela disse tentando convencê-lo enquanto acariciava o rosto dele.

- Me diz shirley, tem alguma chance de vocês voltarem? -  Lorenzo segurou a mão dela que estava em seu rosto e olhou-a nos olhos. -  Se tiver eu prefiro que me diga agora...

- Lorenzo, para com isso,  o Felipe não merece nada de mim a não ser desprezo. E eu gosto de você, de verdade...

- Mas a questão aqui não é merecimento, é sentimento minha bela, responde pra mim. -  Ele insistiu.

- Não, não tem chances de voltarmos. Acabou tudo. -  Ela disse for fim.

Lorenzo levantou-se da cadeira e abraçou Shirley apertado, mas sem machucar ela.

- Eu tenho tanto medo de te perder... - Ele sussurou com o rosto enterrado entre a curva do pescoço e os cabelos dela.

- isso não vai acontecer,  e com você que eu quero ficar.

Ela disse e em seguida beijou Lorenzo com vontade,  o beijo foi intenso, ela queria passar naquele beijo oque estava tentando se obrigar a acreditar.

O sentimento que ela tinha por Felipe morreu,  e a única coisa que restava era oque sentia por Lorenzo.

Felipe não significava nada para ela.


Notas Finais


Beijos.


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