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História Segundas Chances - Shirlipe - Capítulo 6 - Jantar em Família e Conselhos de Pai


Escrita por: MissZabinni

Notas do Autor


Mais um

Capítulo 7 - Capítulo 6 - Jantar em Família e Conselhos de Pai


Shirley Rigoni Di Marino.

Zona Leste, São Paulo

 

Algumas horas mais tarde no escritório da Vinícola Malbec, Shirley e Lorenzo finalmente terminaram um dia de trabalho e agora saiam do prédio caminhando tranquilamente em direção ao carro.

O clima entre o casal estava ligeiramente mais leve, visto que Lorenzo estava bem menos desconfiado com a ligação entre Felipe e Shirley, mas a afirmação de mais cedo que ela deu não fez ficar cem por cento relaxado. Não ainda.

Ainda eram 18:45, um horário relativamente cedo se comparado aos horários que o casal estão acostumados a trabalhar. Shirley deu a idéia de irem jantar na casa de sua mãe, e como Lorenzo não se opôs, ela pegou o celular e discou o número do irmão.

- Alô, Giovanni?

- Oi baixinha, tudo bem?

- Tudo bem, será que tem lugar para mais dois no jantar de hoje? - Ela perguntou com um tom de voz brincalhão. 

- Sério, claro que sim! A mãe vai adorar, inclusive a Tancinha com o Beto e as crianças e a Carmela vem jantar também... - Giovanni disse alegre na linha.

- Ah, que ótimo! So falta você chamar a Camila para a reunião ficar completa. - Ela sugeriu.

- Boa idéia, você vai demorar a chegar? - Giovanni perguntou

- Não. 

- Ok, te espero então. Beijo. - Giovanni despediu-se e finalizou a ligação.

Lorenzo ficou o tempo todo da ligação dirigindo em silêncio, e assim que Shirley guardou o celular na bolsa ele chamou sua atenção.

- Reunião de família? -Ele perguntou risonho.

- Sim, minha família é meio falante demais, mas são ótimos. Você vai adora-los, e eles a você. - Ela disse alegre.

- Será? - Lorenzo rebateu.

- Você não está com medo, está? Não acredito! - Shirley perguntou sem acreditar que o namorado estava com medo de sua família.  - Amor, até conhecer minha mãe você já conheceu!

- É diferente, agora ela não vai estar passando mal... - Ele disse

- Mesmo assim, eles já conhecem você, vai dar tudo certo.

- Ok então... - Lorenzo a respondeu e como a morena ficou em silêncio o restante do percurso, o assunto morreu ali. 

Shirley passou a mecher no celular, enquanto Lorenzo se concentrava em dirigir até o bairro da Mooca, encontrando algumas pequenas retenções pelo caminho.

Alguns minutos mais tarde chegaram até no lugar e destino e Shirley reparou que um carro branco chegara em frente a casa ao mesmo tempo em que Lorenzo procurava um bom lugar para estacionar o carro.

Ela observou o carro branco interessada até reparar que uma mulher sair do carro. Era Camila, e poucos segundos mais tarde Giovanni apareceu na varanda da casa e esperou que a esposa se aproximasse.

A morena decidiu que era a hora de aparecer também, saiu do carro ajeitando a bolsa no lado esquerdo do corpo e com Lorenzo a acompanhava. Sorriu quando foi notada pelo casal.

- Boa noite gente. - Shirley disse sentindo o namorado colocar o braço em sua cintura, e riu quando o irmão fez o  mesmo com Camila.

- Boa noite. - Eles responderam.

- E ai mano, quero ver meus sobrinhos! - A morena disse alegre

- É claro, vamos entrar.

Giovanni disse incentivando os outros a entrar na casa. Shirley adentrou na casa por último, fechando a porta atras de si. Reconhecendo a sensação reconfortante de estar em casa.

A sala bem arrumada, no sofá estavam três crianças e dois adolescentes que ela julgou ser seus sobrinhos, mais a frente sua mãe apareceu na direção da cozinha segurando uma travessa grande de vidro, que continha uma salada colorida e com uma ótima aparência.

Dona Francesca assim que notou a presença da filha mais nova apressou o passo e colocou a travessa encima da mesa e logo foi abraça-la.

- Minha filha, que bom que veio! - Dona Francesca disse.

- Oi mãe, você está se sentindo bem? - Shirley perguntou atenciosa.

- Ah, filha. Eu estou melhorando. - a senhora disse fazendo um gesto de pouco caso com a mão.

Shirley iria rebater aquela afirmação, mas a voz de Tancinha e Beto se fez presente para logo em seguida o casal aparecer na sala de jantar ralhando com os filhos.

- Nicolas, Bia, Carol, venham comer! - Tancinha chamava os filhos.

- Já vou mãe! - os três falaram ao mesmo tempo.

- Venham agora. Beto, vai buscar eles.

Tancinha dizia bem agitada, Beto passou por ela sem nota-la de imediato, mas quando voltou ficou um pouco surpreso por vê-la ali. 

Porém antes que ele falasse algo, uma garotinha veio correndo em sua direção, abraçando-a calorosamente.

- Shirley, que saudade! - Bia disse enquanto abraçava ela.

- Oi princesa, como você está linda... -  A morena pegou Bia no colo e girou-a. Bia apenas riu, mostrando uma janelinha entre os dentes.

Quando colocou Bia no chão,  Nicolas também veio abraça-la, assim como Carol e o Júlio, filho de Giovanni e Camila. Ela deu um abraço caloroso nos  sobrinhos.

Enquanto isso, Lorenzo estava observando encantado no canto da sala de jantar, a cada palavra e gestos de Shirley com os sobrinhos o deixava fascinado, e ele se perguntava como ela conseguia prende-lo com os mais simples gestos,  involuntariamente.

Um sorriso de canto brotou de seus lábios enquanto ele constatava o óbvio: a cada dia estava mais apaixonado por Shirley. 

Porém uma voz vindo da direção da cozinha se fez presente, Carmela vinha da cozinha segurando uma pilha de pratos, ela andava segura encima do salto preto que usava, parecia que a atividade de se equilibrar naqueles saltos era algo tão natural quanto respirar.

- Mãe, por que separou doze pratos, se somos apenas dez pessoas? Não acredito que desaprendeu a... contar..

Carmela vinha tagarelando, porém a fala foi morrendo aos poucos quando viu sua irmã mais nova rodeada pelos sobrinhos.

A amenidade que pairava no ambiente foi se dissipando rapidamente, dando lugar a uma tensão criada entre Carmela e Shirley.

 

Carmela Rigoni Di Marino .

 

Carmela estava estática, olhava para a irmã sem expressar reação alguma ainda segurando a pilha de pratos.

Fazia exatamente um ano e meio que não via a irmã, e desde que ela foi embora os fantasmas da culpa tinham dado uma trégua e deixaram a sua mente um pouco mais tranquila. Até aquele momento. 

Passou poucos segundos presa naquele transe até que sua irmã caçula abriu um sorriso largo e inocente. O mesmo que ela se lembrava,  vindo em sua direção e pegou a pilha de pratos que ela segurava e pôs na mesa, e abraçou-lhe apertado em seguida.

- Carmela! Que saudade minha irmã... -  Shirley disse abraçada abraçada ela. - Oque foi, não gostou de me ver?

Carmela observou a irmã caçula a sua frente, ela já não tinha os cabelos longos como antes, agora estavam na altura dos ombros e ondulados. A postura não era a mesma também,  sua irmã caçula estava com porte e segurança suficiente para encarar a mais confiante das mulheres, isso era notório. E ela estava mais bonita também.

Notando que os presentes ali estavam apreensivos a medida que seu silêncio durava, Carmela obrigou-se a manter a fachada de sempre.

- É... que é uma surpresa te ver aqui, eu não esperava... - Ela disse por fim.

- Vem gente, venham comer antes que o jantar esfrie! - Dona Francesca chamou da mesa e todos a obedeceram.

Carmela estava desconfortável por dentro, pois a presença da sua irmã caçula fazia ela lembrar de tudo que fez no passado.

O jantar estava animado até então,  as crianças conversavam a mesa mais do que comiam, já os adultos conversavam entre si, mas o grande foco da conversa era a presença de Lorenzo.

O italiano era bombardeado de perguntas que fazia questão de responder.

Carmela não podia negar o quanto o cunhado era lindo, porém não tinha nada que chamasse sua atenção.

Ela estava tão desconfortável ali que vez ou outra Giovanni e a própria Shirley a olhavam preocupados.

- Me diz uma coisa cunhadinho, oque você viu na minha irmã hein? - Perguntou.

- Ah, sua irmã é uma mulher incrível, e mesmo que eu te explique, você teria que ver o mesmo que eu vejo...

Ele respondeu arrancando sorriso das mulheres e deixando Shirley vermelha e sorrindo tímida.

- Ah, entendo. Sabe, você tem cara de que faz o tipo que gosta de uma mulher mais experiente.

Carmela disse se insinuando para o cunhado, não que estivesse realmente interessada. Foi mais para tirar a atenção de seu real estado.

- Não, a minha namorada tem tudo que eu preciso... - Lorenzo rebateu.

Os presentes na mesa, com exceção das crianças, ficaram calados observando a conversa entre entre Carmela e Lorenzo.

- Carmela!

Dona Francesca ralhou com a filha pela atitude que teve. Carmela apenas fez um gesto de pouco caso com a mão e voltou sua atenção ao prato.

A matriarca da família logo tratou de mudar de assunto e logo todos voltaram a conversar animadamente como antes.

Logo eles comeram a sobremesa, para logo em seguida irem conversar na sala.  Camila, Beto e Lorenzo sentaram-se perto um do outro e logo engataram uma conversa sobre negócios, Enquanto Tancinha, Giovanni, Shirley e Dona Francesca conversavam com a caçula sobre sua estadia na Itália.

- Ah, eu estava na minha pós-graduação lá, mas acredito que eu vou ter que continuar aqui mesmo... - Shirley comentava com a mãe e irmãos.

- Então se vai continuar os estudos aqui e porque pretende morar no Brasil de novo filha, isso é ótimo.

Dona francesca disse alegre.

- É... - Shirley disse.

A atenção do grupo voltou-se para Carmela, que anunciara que já estava de saída enquanto ajeitava o vestido branco e passando a mão nos cabelos.

- Mas já filha, pensei que iria dormir aqui hoje! -  Francesca disse.

- Não mãe, outro dia quem sabe? - Disse Carmela declinando a proposta da mãe. - Eu vou indo, boa noite.

- Boa noite! - Todos responderam em coro, Carmela saiu logo em seguida.

- Acho que já vamos também, não é amor, temos que acordar cedo amanhã... - Lorenzo aproveitando a oportunidade e olhou o relógio em seu pulso.

- E verdade, já vamos também gente, adorei ver vocês! - Shirley concordou depois de olhar a hora no seu relógio.

Ela despediu-se de todos e junto a Lorenzo foi embora da casa da mãe. Estava se sentindo revigorada como a muito tempo não sentia, poder matar a saudade que ainda tinha de sua família era uma das melhores sensações.

 

Felipe De Souza Miranda

Zona Sul, Dia Seguinte.

 

Felipe havia acordado há poucas horas, naquela manhã diferente dos dias anteriores, estava se sentindo leve, despreocupado. Isso por que o peso que lhe atribua cansaço mental e físico havia sumido, terminar o noivado com Jéssica foi a melhor coisa que ele poderia ter feito.

Ele estava sentado a mesa, que estava abastecida com belas e apetitosas comida para o café da manhã, dentre as delícias dispostas na mesa havia frutas, mel,  sucos , pão de queijo e claro, café.

Esse último item nunca podia faltar no café da manhã dele.

Por fim, ele decidiu se servir de uma xícara do indispensável café, alguns pães de queijo e dois pedaços de frutas.

Enquanto mastigava calmamente o alimento,  pensou no que faria a partir de agora. Já que o noivado com Jéssica ja não podia mais atrapalhar sua reaproximação com Shirley.

Lembrar da ex-namorada inevitavelmente o fazia lembrar também o quanto erro em não tê-la dado a oportunidade de se explicar antes.

Quem sabe agora as coisas estariam diferentes, quem sabe agora não estaria procurando uma boa casa, ou um bom destino para passar a lua de mel com Shirley? Tudo isso poderia ter acontecido ou estaria para acontecer, se ele não tivesse sido tão manipulável.

Porém, de uma coisa ele tinha absoluta certeza : Nada do que ele faz, ou outra pessoa ou ocasião venha a provocar algo, nada faria ele desistir de sua morena. Agora era uma questão de honra, e ele faria o impossível para ter seu amor novamente.

Felipe estava tão alheio ao que acontecia a sua volta que não notou que sua irmã estava sentando-se a mesa.

- Alguma coisa boa deve ter acontecido para que você esteja com esse sorriso aí, me fala vai?

Cris disse chamando a atenção do irmão enquanto se servia de algumas frutas e um copo de suco, e despejando um pouco de mel nas frutas antes de comer.

- Desde quando você tem esse costume de assustar as pessoas pela manhã, Cristina?

Felipe rebateu com a mão no peito.

- Não tenho culpa se você estava distraído, mas não muda de assunto e fala logo oque eu quero saber.

Ela exigiu e Felipe rolou os olhos.

- Terminei com a Jéssica ontem, e sinceramente, nunca me senti tão bem como agora... - Ele adimitiu.

Cris parou com o garfo a meio caminho da boca e abriu um sorriso mediante a boa notícia.

- Essa foi a melhor coisa que poderia ter feito, parabéns mano.

Cris se mostroi feliz com a atitude do irmão.

- Concordo.

- Bom dia família! - O senhor Mário Maggione entrava na cozinha, sentando-se a mesa para acompanhar os filhos. - Quais são as novidades?

- Ah pai, você vai adorar saber! - Cris sorria marota.

- Você está me saindo uma fofoqueira hein? - Felipe caçoou da irmã, que fez um gesto de pouco caso com a mão.

- Oque é? Estou ficando curioso...

Mário falou, estimulando os filhos a contar a tal novidade.

- Terminei com a Jéssica ontem... - Felipe começou, porém seu pai interrompeu. 

- Jura? Foi a melhor noticia que você poderia me dar! -  o tomem disse.

- Eu disse a ele, pai. - Cris afirmou, levantando-se da mesa e pegando uma maçã. - A conversa tá boa, mas eu tenho que ir. - Ela disse dando um beijo nos rostos do irmão e pai.

- tchau filha, cuidado. - Disse Mário 

- Tchau mana. - Disse Felipe.

Assim que Cris saiu de casa, Mário passou a observar Felipe calado, para alguns segundos mais tarde espor oque o seu olhar experiente de pai havia percebido desde que chegou.

- Agora fala, além de você ter terminado com a Jéssica, oque mais aconteceu?

Mário disse direto.

- Está tão na cara assim? - Felipe perguntou, o homem mais velho balançou a cabeça positivamente. - A Shirley voltou...

- Sério? Mas isso é ótimo,  qusndo ela voltou? - Mário perguntou empolgado.

- Eu a vi ontem. Mas não se iluda, ela não quer nem olhar na minha cara... - Felipe disse triste.

- Mas, porque? 

Então Felipe se pôs a explicar todo o encontro com Shirley e os acontecimentos que fizeram com que ele enfim terminasse o noivado. Mário apenas ouvia calado, incapaz de falar algo que interrompesse a narrativa.

- E é isso, agora eu tô motivado a fazer uma caminhada difícil, que vai ser reconquistar a  confiança dela. - Ele concluiu

- Bem filho, eu sei que é chato ouvir isso, mas foi você quem procurou... e agora que existe esse tal de Lorenzo na vida dela, tudo fica mais complicado. - Mário disse. 

- Eu sei...

- Mas não desiste tá?  O caminho pode ser longo, mas tenho certeza que vai valer a pena, no final.

O magnata piscou maroto, fazendo com que Felipe sorrir em concordância.

Alguns goles de café depois, Felipe despediu-se do pai e foi para o trabalho, mas não antes de repetir o gesto da irmã e roubar uma maçã vermelha e atraente da fruteira.

O pai lhe desejou um bom dia de trabalho, antes engolir um pão de queijo.

 

Felipe saiu de casa resignado, tomou aquela promessa interna como o primeiro passo na longa caminhada que faria até o coração de Shirley, porém de uma coisa ele tinha certeza:

 

Não iria desistir até ter o amor da morena novamente, mas daquela vez faria tudo dar certo


Notas Finais


Beijos


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