História Sei Que És Meu Amor - Episódio 13. Parte 2

Nossos lábios estavam ficando próximos, então eu...

Eu... não fiz nada. Apenas esperei para ver o que aconteceria.

Nathaniel não me beijaria, certo...? Porque somos apenas amigos... né?

Ele se aproximava cada vez mais... então arregalei os olhos quando nossos lábios se tocaram. Não sabia o que fazer nesse mesmo instante, ele estava me beijando.

O Nathaniel... me beijou? Mas... isso está certo?

Ele se afastou um pouco, mas ainda trocávamos olhares.

Lua: Nathaniel... eu...

Nathaniel: Lua... - pousou a mão ao lado esquerdo do meu rosto. - ... por um momento... me deixe pensar naquilo que poderia ser.

Lua: Mas isso não vai machucar mais você...?

Ele balançou levemente a cabeça.

Nathaniel: Já me machuca saber que você não sente o mesmo por mim. Eu só queria... sentir na pele para poder me despedir direito desses sentimentos.

Lua: Eu sinto muito.

Ele novamente se aproximou e me beijou. Então fechei os olhos e o beijei também. Nos afastamos para olharmos um para o outro, e nos beijamos novamente.

Eu sei que não posso corresponder aos sentimentos de Nathaniel agora, mas talvez com esse beijo... talvez algum sentimento desperte em mim.

Coloquei a mão na nuca dele.

O beijo continuava lento, mas doce. Em minha cabeça eu apenas pensava no que estava acontecendo, mas em meu coração... meu coração dizia que tinha algo errado. Algo que eu não devesse está fazendo. Mas isso era apenas medo em de alguma forma machucar o Nathaniel, mas ele dizia que isso não pioraria em nada.

Tem algo errado... por que tem algo errado?

Em minha cabeça veio a imagem de Frederick rindo e a imagem de Gabi rindo também. Foi quando lembrei dele dizendo que eu era uma 'menina especial'. E de quando ele disse 'que era como se me conhecesse há mais tempo'. E de quando ele deu um murro em um garoto que queria me tocar, mas Frederick, recusou-se a tocar um dedo em mim e não se incomodou se seria preso ou não. Ele só pensou em me proteger.

Abri os olhos achando que algo estava estranho, e afastei Nathaniel levemente, abaixando os olhos.

Nathaniel: Lua... algum problema?

Lua: Eu... eu não sei...!

E se o Frederick soubesse disso...? Ele ia se decepcionar comigo? Ele ia... se arrepender de tudo que pensou de mim...?

Fiquei perplexa no que eu própria pensava.

Lua: Por que isso...?

Nathaniel: Lua? O que houve? - colocou a mão em meu ombro direito.

Lembrei de como eu, Frederick e Gabi voltámos para casa rindo. Ela ainda estava cheia de energia, eu achei que ela pegaria no sono, mas estava enganada. Quando me aproximei do prédio, ela me deu um beijo no rosto e os dois acenavam sorrindo para mim, então Frederick segurou na mãozinha dela e foram embora.

Meu coração começou à acelerar. Coloquei a mão no peito esquerdo, estava perplexa, não conseguia entender nada.

O que está acontecendo comigo?

Nathaniel: Lua? Está me ouvido? - ele segurou o meu queixo levemente, para que olhasse direito para mim. Ainda estávamos perto, me senti incomodada.

Lua: Ah! - levantei no mesmo instante.

Nathaniel: Lua, por que está agindo assim? - se levantou.

Lua: M-Me desculpe! E-Eu tenho que ir! - balançava a cabeça indo na direção da porta.

Quando cheguei perto da mesma, à destranquei, saí e fechei ela atrás de mim.

Nathaniel não conseguiu entender nada. Mas sentou no sofá, e passou o dedo nos lábios.

Nathaniel: Ham...! - foi abrindo um sorriso. - Eu beijei a Lua...! Eu beijei a garota que amo. - se encostou no sofá e passou as mãos no rosto, não contendo o sorriso.


Eu andava pelo alpendre, desci alguns degraus, segurei o corrimão para que eu me sentasse em um deles. Meu coração ainda acelerava.

Lua: Eu não entendo! Não entendo! - cocei rapidamente a cabeça e a balancei depois. - Não entendo! Por que diacho fiquei assim tão nervosa? - suspirei e abaixei os ombros. Abri um pouco os olhos. - Nathaniel... - o beijo passou em minha cabeça. - Me desculpe... mas... eu me arrependi de ter feito isso.  - cruzei os braços nas pernas e encostei minha testa em meu braço.

Eu claramente estou em uma cena depressiva agora.

{ No porão de Lysandre... }

A música de rock que eles tocavam, e que Castiel e mais Lysandre cantavam estavam bem ensaiadas. Como se fossem alguma banda famosa. Então na hora certa pararam.

Baterista: Uol! Que máximo! Ha ha!

Baixista: Né que estamos craque nisso?!

Lysandre: Valeu mesmo o esforço!

Tecladista: Já podemos ir à um estúdio para assinar um contrato e gravar um CD. O que acham?

Todos falaram ao mesmo tempo como se ele tivesse se afobado.

Tecladista: Qual é, pessoal? Seus bando de porcarias.

Castiel: Vamos descansar por um tempo! - deixou de lado sua guitarra, jogando-se no sofá e pegando uma garrafa de água na mesinha ao lado. Abriu e tomou um longo gole.

Baterista: Opa! Vou na cozinha comer o último pedaço de bolo! - subiu os degraus correndo.

Baixista: Àquele pedaço é meu! - foi atrás.

Tecladista: Depois eu que sou o doido. - balançou um pouco a cabeça, ajustando seu teclado.

Lysandre: Ei, Castiel! - sentou ao lado do amigo.

Castiel: Fala! - tampou a garrafa, colocando de volta no lugar.

Lysandre: Não sabia que o seu irmão conhece a garota que você está gostando.

Castiel: Ele não conhece. Nem sabe o nome dela. Do que está falando?

O tecladista começou a prestar atenção na conversa.

Lysandre: Vi eles ontem conversando de baixo da árvore.

Castiel: Quê? No evento do colégio? - deu um pulo.

Lysandre: Sim...! - respondeu e assentiu, estranhando a reação dele.

Castiel abaixou os olhos e franziu a testa, lembrando da conversa que teve com o irmão.

(Flash Back On: Castiel)
(Na cozinha com Frederick...)

Castiel: Não vi você no evento ontem.

Frederick: Ah, eu... estava conversando com a garota que gosto.

(Flash Back Off: Castiel)

Lysandre: Castiel? - passou a mão no ar na frente dele.

Castiel: Que filho da mãe! - levantou bruscamente, subindo os degraus furioso.

Baterista e baxista: Ei! - quase atropelava os dois que desciam os degraus.

Lysandre: Onde você vai? - se levantou, na direção dos degraus.

Castiel: RESOLVER UMA MERDA! - bateu à porta com força.

O tecladita deu um assoviou único, baixando o tom como se algo estranho tivesse acontecido.

Baterista: Mas o que foi que aconteceu aqui? - limpava os cantos da boca sujo de chantille.

Baxista: É. Ele endoidou?

Lysandre: Estou com um péssimo presentimento. - colocou as mãos nos bolsos.

Baxista: Idiota! - deu um tapão nas costas do baterista.

Baterista: Uai! O que foi isso? - franziu as sobrancelhas.

Baxista: Quando cheguei lá você havia atacado o bolo todo!

Baterista: HA HA! Se deu mal, otário!

Lysandre: Vocês não crescem. - suspirou.


Eu estava sentada na greta da minha janela, escutando música pelos fones de ouvido, ao mesmo tempo eu a cantarolava e jogava candy crush no celular. Quando escutei uns "psiu".

Lua: Hã? - olhei para dentro do meu quarto e tirei os fones, quando olhei para baixo na rua, vi Frederick. Abri um sorriso. - Oi! - acenei.

Frederick: Não tem medo de altura? - sorria.

Lua: Tenho sim! He he!

Frederick: Então o que está fazendo aí?

Lua: Enfrentando meus medos.

Frederick: E está funcionando? - arqueou uma das sobrancelhas.

Lua: Que nada.

Ele soltou uma risada meiga.

Own! Que fofo!

Sorri.

William (pai): Ei!

Lua: Hã? Ih! - quase caí dali mesmo quando vi meu pai na janela do lado.
 
William (pai): Se conhecem?

Lua: S-Sim! Ele é meu amigo. - pisquei repetidamente.

Frederick: É verdade, senhor pai de Lua! Eu e sua filha somos amigos.

William (pai): Você parece que tem cara de mais velho. Não são do mesmo  colégio, certo?

Frederick: Negativo, senhor! - o cara de pau sorria.

Eu não acredito! Ele é louco.

William (pai): Então da onde se conhecem?

Frederick sorriu divertido. Não sei o por quê, mas senti que ele iria falar merda.

Frederick: Onde nos conhecemos? - ele olhou para mim, eu para ele, e meu pai para nós dois em segundos separados.

William (pai): Eu nã falo grego, garoto! Responde logo.

Frederick: Oras... - deu de ombros e ainda sorria. -- Da vida.

William (pai): Como? - ficou abismado.

Lua: Meu Deus! - no mesmo instante pulei para dentro do quarto, ligeiro para quê eu pudesse alcançar Frederick antes que ele morresse.

William (pai): Agora eu mato esse moleque! - Frederick ainda acenou e sorriu para ele, antes dele sair da janela.

Eshiley (mãe): Eeepa! - na cozinha, ela o puxou de volta pela orelha. - Onde o senhor pensa que vai? - colocou as mãos na cintura.

William (pai): Q-Querida! Você viu a ousadia daquele moleque? - apontou para fora da janela. - Eu vou esganá-lo com minhas próprias mãos! E a Lua ainda foi atrás dele! Não podemos...

Eshiley (mãe): Eu o conheço! É um bom garoto.

William (pai): Quêêê? - ficou boca em aberto.

Eshiley (mãe): Agora vamos! A única coisa que você vai esganar será as batatas para o purê. - sorriu e abriu a geladeira. - William? - olhou para trás. - Ahn?

William (pai): Minha própria esposa... minha filhinha... aquele moleque ousado... que dor no coração...! - estava encolhido no canto.

Eshiley (mãe): Misericórida. - disse, não acreditando na cena que presensiava.


Caminhei na direção de Frederick.

Frederick: Olha ela! - sorriu.

Lua: Seu louco! - puxei ele pela mão para distante do prédio.

Descemos os degraus para à praça, não havia muito movimento de pessoas. Ao aproximarmos mais da fonte, nos sentamos na beirada dela.

Frederick: Ficou impressionada como não tive medo do seu pai? - sorria.

Lua: Você é doido. -- sorri. -- Meu pai estava prestes a... - fiz com as mãos como se estivesse mesmo estrangulando alguém. -... "arrgh"!

Frederick: Ha ha ha! Não se preocupe, não faço mais isso.

Lua: Por favor! Meu coração quase parou.

Frederick: Então não dá para ser aventureira.

Lua: Isso não foi aventura. Foi loucura.

Frederick: Você precisa andar mais comigo, senhorita Lua. - arqueou um pouco as sobrancelhas, mordendo o canto do lábio inferior.

Corei. De alguma forma, aquele gesto o deixava charmoso.

Mas no que estou pensando?

Lua: C--Como assim? -- quis mudar meus pensamentos.

Frederick: Eu gostei muito de estar no parque de diversões com você. - sorriu de canto.

Lua: E-Eu também. - sorri sem jeito.

Frederick: Merda! Não posso passar da faixa de amigo. Concentresse, Frederick! O seu irmão gosta dela, então ela já é dele!

Frederick: E com a Gabi também! Porque ela estava com a gente. -- sorriu. -- É, ela estava com a gente. Por isso foi divertido também.

Não entendi essa mudança de comportamento tão repetina.

Mas o que ele está dizendo é verdade.

Lua: Sim, sim, claro! -- assenti, sorrindo de canto. - Afinal de contas, como ela está?

Frederick: Liguei para o orfanato hoje, ela precisa ir ao hospital daqui a pouco.

Lua: Quê? Aconteceu alguma coisa? - fiquei preocupada.

Frederick: Não, Lua, calma. É só para fazer um check up.

Lua: Ah...! Ufa! - suspirei aliviada. - Que bom então.

Frederick: Tem alguma coisa para fazer agora? Você pode vim junto se quiser.


(FAÇA SUA ESCOLHA)

A) "Posso mesmo? Então eu vou."

B) "Até que eu queria, mas tenho que arrumar as coisas para a festa do pijama desta noite".

C) "..."