Frederick: Tem alguma coisa para fazer agora? Você pode vim junto se quiser.
Lua: Posso mesmo? Então eu vou.
Frederick: Ótimo! - trocamos sorrisos.
Lua: Só vou ligar para a minha mãe para avisar.
Frederick: Certo!
Eshiley foi para a frente da porta do banheiro, dava para escutar o barulho da água caindo.
Eshiley (mãe): Querido?
Willam (pai): Sim, meu bem? - desligou o chuveiro.
Eshiley (mãe): Sobre a história do garoto que te contei, e sobre Lua ter saído com ele agora, então, ela me ligou para avisar que vão no hospital com a Gabi. Vai acompanhar os dois porque aquela coisinha mais fofa precisa fazer um check up.
William (pai): Ah...! - houve um silêncio por segundos. - Espera! Serão como uma FAMÍLIA! IAH!
Eshiley (mãe): William? O que foi?
William (pai): Eu... escorreguei.
Eshiley (mãe): Ah! - sorriu.
William (pai): Mas eles não vão ficar parecendo uma família, certo?
Eshiley (mãe): Uma família muito liinda por sinal! - se afastava da porta, rindo. - Ha ha ha!
Wiliiam (pai): Quê? Ei! Eshiley! - ela não respondeu. - ESHILEEEY! - em segundos choramigou. - Eshiley... eu... torci o tornozelo...!
Eshiley (mãe): Oown! Ha ha! - voltou e abriu à porta do banheiro.
Eu e a Gabi estávamos sentadas nos assentos do metrô, o qual ficava perto da porta. Ela estava ao meu lado esquerdo e Frederick do lado esquerdo dela. Cantávamos alegremente a músiquinha "ciranda, cirandinha", não nos importávamos se iria chamar atenção - o que estava acontecendo - alguns passageiros olhavam incomodados, outros achavam uma graça. Frederick estava com o cotovelo apoiado no joelho esquerdo e mão no rosto, constrangido.
Lua e Gabi: "Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar! Vamos dá a meia volta, volta e meia vamos dá! O anel que tu me deste era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas, era pouco e se acabou"!
Gabi: Awn! - franziu o cenho. - Eu não quero ter um amor pouco. - abriu os braços para frente, alegremente. - Quero ter um amor grandão assim!
Lua: E você vai ter, Gabi! Espere você ficar maiorzinha, vai encontrar alguém muito, muuito especial. - a alegria dela me contagiava.
Gabi: Assim como o amor de você e do meu papai? - colocou as mãos nos joelhos, inclinando a coluna para mim.
Me inclinei um pouco para trás, corada.
Lua: C-Como o quê? - arregalei os olhos.
Frederick: Hum. - notei que Frederick prendeu o riso.
Ele estava achando graça?
Lua: Ei! Por que está rindo?
Frederick: Oh? - olhou para mim como se nada tivesse acontecido. - Vocês já pararam de cantar? - passou rapidamente o dedo indicador na orelha direita, mas só para nos irritar. - A cantoria de vocês deixou os meus ouvidos com um zumbido tão estranho que nem percebi.
Lua: Ah? - fiquei irritada. - Como é que é?
Gabi: Papai! - mostrou irritação também. Nós duas fazemos bico.
Frederick: Não me matem. - balançava o dedo indicador como se estivesse nos dando uma lição. - Mas temos que dizer a verdade. Mentir é feio.
Gabi: Ham! - cruzou os braços e virou a cabeça para o meu lado. - Isso tudo é inveja porque você não deve saber cantar!
Lua: Pois! - fiz o mesmo que ela, só que na direção contraria.
Frederick: Vocês duas são muito mimadas.
Eu e Gabi trocamos olhares, e sorrimos de canto.
Frederick: Hum. - Frederick desviou o olhar das duas e sorriu de canto.
Castiel chegou em casa irritado, batendo a porta atrás de si. Dragon assustado, correu para ver quem era, latindo.
Castiel: Sou eu, amigão. - afagou a cabeça do cachorro que se tranquilizou na mesma hora. - FREDERICK! CADÊ VOCÊ? - subiu os degraus, procurou pelos quartos, banheiro e até no quarto bem minúsculo onde só se colocava produtos e materiais para limpar a casa. - PARA A FACULDADE NÃO FOI PORQUE HOJE ESTAMOS EM FINAL DE SEMANA! - Dragon o acompanhava. Então ele subiu os degraus do corredor no fundo. Tentou abrir a porta do sotão, mas a mesma estava trancada. - FREDERICK! - quando teve a certeza de quê ele não estava ali dentro,desceu os degraus. - Pra onde aquele cara foi? - procurou na cozinha e abriu um pouco a cortina que dava a porta de vidro de correr para a varanda, mas nenhum sinal do irmão. - Merda! - pegou o celular do bolso, discou um número e levou o celular para a orelha direita.
Mas quando a ligação chamou, o celular de Frederick começou à tocar de cima do balcão da cozinha.
Castiel: Quê que... - desligou o celular. - Droga!
Eu, Frederick e Gabi fomos a recepção.
Frederick: Boa tarde! - sorriu.
Recepcionista 1: Boa tar... - quando viu que era Frederick, abriu um sorriso. - Oh! Boa tarde, Frederick!
Recepcionista 2: Hm? - olhou para ele e sorriu também. - Oie! - acenou.
É impressão minha ou elas estão querendo dar em cima dele?
Gabi: Ei! - dava pulinhos para alcançar o balcão, mas não conseguia, seus dedinhos só batiam na beirada.
Por falar nisso, me senti pequena agora também. Elas do outro lado via apenas meu pescoço e cabeça.
Frederick: Viemos trazer essa mocinha para o médico dá uma olhada. - pegou Gabi no colo.
Gabi: Oi! - sorriu.
Recepcionista 1: Oi, Gabi! - bateu uma mão na outra e sorriu.
Recepcionista 2: Como você está? O papai te trouxe pela segunda vez, certo?
Gabi: Sim! Papai é legal! Ele vai me trazer sempre agora.
Frederick: Ha ha!
Sorri de canto.
Recepcionista 2: Mas essa garota é nova...! - senti me fuzilarem.
Lua: Ih! - senti arrepio até a espinha.
Recepcionista 1: Quem é ela?
Frederick: Lua, essas são Clara e Rebeca. Clara, Rebeca, essa é Lua.
Lua: Prazer em conhecê-las. -- sorri de canto, ainda sentindo elas me fuzilarem com os olhos.
Clara: O prazer é todo meu. - a recepcionista 2, sorriu. Mas senti que foi com falsidade.
Rebeca: Humrum. - sorriu. Senti que foi com falsidade também.
Elas estão com ciúmes do Frederick?
Isso me incomodou.
Gabi colocou um bico de quem não estava entendendo nada.
Gab: Uh...!
Clara: Enfim! Podem ir para a sala de espera, mandarei a ficha para o doutor. Daqui a pouco serão chamados.
Frederick: Obrigado. - sorriu e nos afastamos.
Fomos nos sentar. Gabi sentou no colo de Frederick.
Gabi: Lua, você precisa ver. O doutor Natan é muito lindo.
Fredererick: Gabi!
Vi uma oportunidade de irritá-lo.
Lua: Sério? Senti vontade de conhecê-lo.
Frederick: Lua! - arregalou os olhos, dizendo com eles "como é que é" ao olhar para mim.
Lua: Ha ha! Estou irritando você?
Frederick: Tch! Nem um pouco. - arqueou uma das sobrancelhas.
Gabi: Se irritou sim! - sorriu. - A Lua também estava brava quando aquelas moças estavam falando com você, papai.
Frederick: Sério? - foi abrindo um sorriso de satisfeito, quando voltou o olhar em mim.
Lua: Só fiquei surpresa por elas não disfarçarem que estavam intrigadas comigo. - quando fui dá um peteleco na testa dele, o mesmo sorriso e segurou minha mão.
Frederick: Nem ouse. - sorriu de canto.
Lua: Hum. - arqueie uma das sobrancelhas e sorri de canto.
Ficamos olhando um para outro.
Gabi: Se vocês forem se beijar, me avisem para que eu feche os meus olhos.
Lua e Frederick: Ahn? - ele largou a minha mão imediatamente e disfarçamos em como ficamos sem graça com o comentário dela.
Uma mulher saiu da sala com o seu filho, e o doutor Natan chegou na porta com uma ficha na mão.
Doutor Natan: Agora é você Gabi. - sorriu.
Gabi: Obaa! - pulou do colo de Frederick. - Vamos!
Lua: Achei que crianças não gostassem de vim a hospitais.
Gabi: *É que depois ele dá balinhas.* -- murmurou e piscou em seguida.
Frederick: Vamos logo, sua traquina!
Gabi: Ha ha! -- saiu correndo para dentro da sala.
Eu e Frederick trocamos sorrisos, ele me deixou ir na frente e me acompanhou.
Durante todo o check up, Gabi ficou encarando o potinho de balas na prateleira no canto da parede. Eu fiquei observando Frederick, ele parecia mesmo um verdadeiro pai. Eu vejo o esforço dele para fazê-la feliz... eu vejo... o quanto confio nele. O quato ele é diferente.
Meu coração começou à palpitar.
O que é isso? - abaixei os olhos.
Estávamos no ônibus. Eu estava sentada ao lado de Frederick que estava sentado ao lado da janela, Gabi estava dormindo em seu colo.
Lua: Agora ela dormiu.
Frederick: Ela também é complicada. -- soltou um sorriso silencioso. - Obrigado por ter vindo conosco. Ela gostou muito de você, pensei que ela também gostaria.
Ele disse "também"? Então ele gostou, certo?
Senti uma pitada de alegria.
Lua: Eu também gosto muito dela. - pensei no que perguntar. - Frederick...?
Frederick: Sim?
Lua: Já pensou em... adotar ela?
Frederick: Sim, muitas vezes. - abriu um sorriso ao pensar no assunto.
Lua: Desculpa em perguntar, mas... por que ainda não fez isso?
Frederick: Estou estudando direito para ser um bom advogado. Trabalho no Coffe Delícia de segunda a sábado pela manhã. Agora seria um pouco complicado. E também eu não podia adotar ela pelos cigarros e bebidas... se ela soubesse que o pai dela faz essas coisas, aposto que me odiaria.
Lua: Mas você não parou de fumar e beber?
Frederick: Estou fazendo o máximo, já deixei de comprar bebidas desde... - sorriu de canto, olhando pela janela. - ... desde o dia em que te conheci.
Lua: Hm?! - corei.
Frederick: Acho que eu precisava de alguém para me dizer a verdade como você fez.
Lua: De que problemas você dizia?
Ele ficou em silêncio por curtos segundos.
Frederick: Na verdade... não sei dizer se é um problema ou não. - esperei ele completar. - Mas... como eu disse, estou estudando direito. Só que... não é exatamente pela minha vontade.
Lua: Não?
Frederick: O meu pai é piloto de avião, mas antes, ele queria trabalhar na área de direitos. Recusou o próprio sonho de ser um grande advogado para agradar o pai que era piloto, então... ele desejou que um dos filhos dele fosse advogado, pagando as melhores escolas, mas Castiel sempre teve sua própria opinião e queria ficar no ramo da música. Ao ver o rosto do meu pai entristecido quando ele concordava em que cada um tivesse o seu próprio sonho, eu decidi seguir essa carreira por ele. - sorriu, deve ter lembrado do sorriso de orgulho do pai. - Ele sorriu com tanto orgulho para mim....! Queria e quero vê-lo sempre assim.
Lua: Ter que levar isso em suas costas... fez você achar que bebidas e cigarros te fariam melhorar?
Frederick: Fiz achar que me manteriam distraídos, mas me enganei. Quando eu ficava sóbrio voltava tudo de novo.
Agradar o pai...? Espera, conheço alguém assim.
Lembrei do Nathaniel me contando a história dele.
Mas ele não insistiu e mudou o rumo. Já o Frederick... apesar disso, são versões diferentes. E o Frederick encaminhou para o caminho das bebidas e cigarros... mas ele disse que parou por mim?!
Corei de novo.
Lua: Não vi o Paolo lá no colégio.
Frederick: Vocês não tiveram oportunidades de se encontrarem.
Lua: E o Zack?
Frederick: Está na mesma faculdade que eu.
Lua: Como se conheceram?
Frederick: Somos amigos antigos. -- sorriu de canto e olhou para mim.
Lua: Opa! Estou fazendo perguntas demais. - desviei o olhar.
Frederick: Ha ha! Tudo bem.
Ficamos em silêncio.
(FAÇA SUA ESCOLHA)
A) "Frederick, você é especial para mim".
B) "Sua história parece com a de um amigo meu."
C) "Podemos sair mais vezes, quando você estiver livre, para continuar nos conhecendo melhor?"
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