Meu coração se apertou ao escutar isso de Frederick.
Segurei com força a ponta da saia.
Frederick: Lua?
Lua: Não seja que nem uma pessoa que conheço. Seja mais sincero consigo mesmo. - abaixei os olhos.
Frederick: Que... pessoa...?
Lua: Quê? - notei o que havia dito e olhei para ele.
Frederick: Quem você conhece que já fez algo assim?
Lua: Ninguém... importante. Só estou dizendo que é melhor você ser sincero consigo mesmo. Se não, você mesmo pode ficar triste um dia.
Frederick: Lua, você pareceu conhecer essa pessoa para que eu não faça isso. É uma amiga sua?
Lua: N-Na verdade... não. É ou era um amigo... meu.
Frederick: Não precisava mencionar outra pessoa nessa conversa. - ficou sério.
Lua: Eu só quis dizer que eu não quero que você seja que nem ele! - olhei para ele.
Frederick: Quem é esse amigo?
Lua: Por que está agindo assim?
Frederick: Quem é?
Lua: O Nathaniel.
Frederick: Quê? - ficou perplexo.
Lua: Frederick, isso, essa conversa agora, não tem sentido!
Frederick: Nunca mais me compare com outro cara. - se levantou. - Eu detesto isso.
Lua: Eu não te comparei a ninguém! - me levantei. - Eu só estou dizendo para seguir os seus sonhos!
Frederick: O meu sonho já morreu! - se virou para mim.
Lua: Ah...! - franzi o cenho.
Frederick: Lua... eu... - passou as mãos no rosto. - Olha, me desculpa. Eu não queria falar desse jeito com você.
Lua: Tudo bem. - peguei minha bolsa. - Acho que... a culpa é minha. Eu que insisti demais. Mencionei alguém que não tinha nada a ver nessa conversa... Estou indo. -- me virei para sair.
Frederick: Lua! -- Frederick tentou me segurar, mas virei bruscamente e dei um tapa na mão dele.
Lua: Ah! - arregalei os olhos. - Eu... não queria. -- segurei a alça da bolsa.
Frederick: Você não tem culpa de nada. - se aproximou e me abraçou.
Lua: Frederick...? - abaixei meus braços.
Frederick: Deixei o meu ciúme falar mais alto. Fui egoísta, e não vi que estava falando para o meu próprio bem.
Lua: Os outros garotos não importam para mim... - o abracei. - Eu só tenho olhos para você.
Frederick: Hum. - sorriu de canto e me afastou um pouco. - E eu só tenho olhos para você. E isso me deixa egoísta. Mas não gosto que me fale de outros rapazes. - Frederick aproximou mais um pouco de mim, seu rosto estava se aproximando do meu, fiquei imóvel.
Vamos... nos beijar? Nossos lábios vão se tocar mesmo?
Nesse momento...
Castiel: Frederic...
Frederick e Lua: Ah! - nos afastamos um pouco.
Castiel: Ih! Foi... mal. - piscou repetidas vezes. - Eu não queria atrapalhar.
Frederick: Tudo bem! - suspirou e sorriu, com as mãos na cintura. - Aconteceu alguma coisa?
Castiel: Eu só... queria perguntar se você tem uma palheta para me emprestar. Eu perdi as duas que tinha.
Lua: Hm? - lembrei da palheta que havia dado para ele.
Frederick: Você não esqueceu na casa do Lysandre de novo? - foi até uma das prateleiras, no pote com algumas palhetas e pegou uma.
Castiel: Deve ter sido isso mesmo. - pegou a palheta. - Valeu! E desculpa aí.
Frederick: Tudo bem.
Castiel desceu os degraus, logo após ter fechado à porta.
Olhei para Frederick, coramos.
Frederick: V-Você quer sair para comer alguma coisa? - passou a mão na nuca.
Lua: Não vou atrapalhar? - olhei para o meu lado direito.
Frederick: Não.
Lua: Tudo bem... então. - ainda esta sem graça.
Hmmmm!!
Castiel entrou no quarto dele e fechou à porta atrás de si. Se aproximando da sua cama e olhando para a palheta na mão.
Castiel: Onde será que a palheta que ela me deu foi parar? - - olhou pela janela.
Castiel: Agora já foi. Não importa mais. - sentou na beira da cama e pegou a guitarra.
Jade estava deitado na cama dele, com uma mão atrás da cabeça e a outra segurava o cordão com a palheta.
Jade: Como será que isso veio parar no meu quarto? Será que alguém jogou fora?
Senhora: Ainda pensando nesse negócio? - abriu mais um pouco a porta, sorrindo.
Jade: Vovó? - sorriu e se sentou na cama, sorrindo.
Avó do Jade: Trouxe aqui um pouco de goiabada com creme de leite para você. - se aproximou dele e entregou a tigelinha com o doce e a colher pequena.
Jade: Obrigado. - ainda sorrindo, levou uma colherada de doce até à boca.
Avó de Jade: Ainda tem aquele pressentimento sobre esse negócio? Sobre 'um anjo ter mandado ele para você'? - sorriu.
Jade: Ei, ha ha! Eu não disse exatamente isso.
Avó de Jade: Mas mesmo assim, acha que foi um sinal, não é?
Jade: Uma palheta não costuma a cair dentro do quarto de uma pessoa assim do nada. E nenhum dos meus amigos tocam instrumento. Alguém deve ter lançado de alguma casa.
Avó de Jade: Mesmo sendo um pouco confuso, boa sorte. Em encontrar a quem pertence essa palheta.
Jade: Se for um garoto, serei amigo dele.
Avó de Jade: E se for uma garota? Será amigo dela também?
Jade: Se for uma garota... - sorriu. - Prometo que ela será minha namorada, e trarei aqui para a senhora conhecer.
Avó de Jade: Ora, ora. Não se desespere tanto. - riram.
(Parque...)
Eu e Frederick tomávamos sorvete na casquinha, até acabar e jogarmos no lixo ali perto a colhezinha e o guardanapo, enquanto andávamos sem pressa pela ponte.
Frederick: Lua, você ficou chateada comigo? - colocou as mãos nos bolsos.
Lua: Claro que não! Eu que... estava insistindo demais. Só fiquei preocupada pelo seu futuro. Me desculpa.
Frederick: Não tem o quê se desculpar. Você só fez a sua parte de namo... -se calou e sorriu. -- Foi mal, quase te nomeio minha namorada sem antes perguntar.
Isso porque você não pede logo, se não, eu já teria aceitado. Me pergunto se eu terei que fazer o pedido? Não, vou esperar o tempo dele. Acho que só eu estou pronta? Ou isso é desespero?
Enquanto eu pensava no assunto, vi um casal olhando para o lago, eles estavam rindo, então... se beijaram.
Lua: É mesmo...! - parei.
Frederick: O quê? - parou e se virou para mim.
Lua: A-Ah! - sorri. - N-Nada não!
Eu e o Frederick ainda não nos beijamos... Será que ele está guardando para o momento certo? Awn... Mas tivemos tantos.
Sentamos em um banco ali perto.
Frederick: Lua, quero te perguntar uma coisa, mas... você tem que prometer não ficar chateada.
Lua: Depende do que é...!
Frederick: Tá. - sorrimos de canto. - Sobre você e o tal Nathaniel... Vocês são melhores amigos mesmo?
Lua: No começo sim, mas confesso não saber mais.
Frederick: Não acha que chamou ele de melhor amigo tão rápido?
Frederick: Lua... - olhou sério para mim. - Vocês já... se beijaram?
Lua: Quê? - arregalei os olhos.
Lembrei de quando o Nathaniel me beijou... e eu deixei.
Lua: Por que... essa pergunta?
Frederick: Veio na minha mente. Apesar de tudo, ele ainda parece gostar de você.
Lua: Frederick...
Frederick: Desculpa em te fazer esse tipo de pergunta. - se virou para mim, segurando minhas mãos. - Mas eu preciso saber, preciso saber se alguém perto de mim ou perto de você já beijou a garota que eu amo. Não me sentiria bem se você não respondesse a ela, e se realmente isso tivesse acontecido e a pessoa está ali ao meu ou ao seu lado.
Ele se sentiria... traído? Mas e se eu contar a verdade, como ele irá se sentir? O que vai acontecer?
Frederick: Lua, isso já aconteceu?
Lembrei também de Castiel, no corredor do colégio, e depois quando eu saí correndo.
Mas... olhando nos olhos de Frederick... o que eu respondo?
(FAÇA SUA ESCOLHA)
A) Mentir. Dizer que 'não beijou ninguém que está perto dele ou de mim'. Preferir não arriscar no que pode acontecer a seguir.
B) Dizer a verdade. Não importa o que vai acontecer a seguir, só quero ser sincera com ele, e quero que ele veja isso.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.