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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo quatro: álibis


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 4 - Capítulo quatro: álibis


Houve silêncio nesse momento. A única pessoa a levantar a mão foi Shizune, nem mesmo o filho adotivo de Anko levantara a mão; todos sabiam que ele ia a pé, e a mãe de carro, justamente para não se encontrarem. A garota resolveu se explicar. — E-eu encontrei a Anko-sensei no corredor, quando estava indo para a sala, ela disse exatamente o recado que eu dei, para irmos para a sala de audiovisual... Isso devia ser pouco antes de oito horas, ou perto disso.

— Então às oito horas ela estava viva, e foi vista pela última vez. Tinha mais gente no corredor? — a garota de cabelos azuis perguntou.

— S-sim, bastante gente, na verdade, pode perguntar para o Gai-sensei, ele estava com ela também, eu juro que é verdade!

— E como vamos saber que ela não está mentindo? O Gai-sensei não está aqui, seria muito fácil mentir assim e ninguém poderia fazer nada, porque não dá para saber... — Ino reclamou, gesticulando em pura irritação.

Quem não teve paciência para isso foi Temari. — Ela está falando a verdade, será que você pode calar a boca por pelo menos dez segundos e ajudar a gente a fazer alguma coisa ao invés de só atrapalhar?

Itachi, prevendo uma briga, resolveu intervir. Se as coisas continuassem desse jeito, em menos de uma hora alguém já teria se matado ali... E ele torcia para que fosse apenas uma expressão figurada dessa vez. — Ei, ei, não vamos começar. Não sabemos até quando vamos ficar aqui, e brigar só torna as coisas piores. Nós não temos como confirmar que era mesmo verdade porque o Gai-sensei não está aqui, e sabemos disso, mas essa seria uma história muito fácil de desmontar se fosse mentira, porque assim que saíssemos daqui  poderíamos perguntar e a história dela cairia por terra. Mas vamos supor que seja verdade, e que ela e o Gai-sensei foram as últimas pessoas a ver a Anko-sensei viva às oito horas. Isso significa que ela foi morta em um espaço de dez, quinze minutos no máximo.

— É mais que suficiente para matar alguém. O assassino já estava no prédio, só precisou entrar e matar. Quantos de nós estavam na sala a essa hora? — Konan questionou.

— Nós sete, além dos três aqui, estávamos na sala. Vimos também a Ino, Kiba, Sai, e... Ah, não sei. Isso é muito difícil. — Sasori tentou contar.

— É mais fácil ver quem não estava na sala, hm. — Deidara sugeriu — Com exceção dos que faltaram, acho que eram poucos. Shizune-san, Temari-san, Mitsashi, Gaara, Juugo e Karin, hm. Mas isso não prova nada, é claro, não podemos acusar ninguém de fazer nada, hm.

(...)

Sexta-feira, nove e cinquenta.

A investigação não havia progredido muito. Os álibis eram confusos, e mesmo que pudessem ter uma comprovação de um terceiro, era quase sempre impossível falar com essa pessoa, e ainda que falassem, do que adiantaria? O crime foi cometido em um espaço tão curto de tempo que a própria falta de noção de tempo poderia fazer uma pessoa inocente se enganar e acabar sendo cúmplice de um culpado. Por esse caminho, perceberam que nada sairia de útil, e que deveriam seguir investigando por outros rumos.

A essa altura, muitos já estavam desanimados. Naruto, que estivera desesperado, acabou aceitando que estavam ali, ainda que vez ou outra resmungasse para os dois amigos que "era culpa dele estarem metidos nessa confusão, dattebayo". No fim, todos estavam se conformando com o isolamento e aquela prisão rudimentar. A essa altura, imaginavam que a polícia deveria estar conduzindo depoimentos, ou qualquer coisa do tipo, mas se perguntavam por que a demora.

O celular de alguém tocou, e, no quase silêncio que fazia (quase ninguém falava, alguns até dormiam ali), o som acabou chamando a atenção. Era o celular de Sakura, e ela havia recebido uma mensagem. O número que havia enviado era conhecido, era de uma das colegas de classe, mas quanto ao conteúdo não fazia ideia do que podia ser. Abriu a mensagem e começou a ler. Havia, junto ao texto, uma mensagem de voz também, que ela colocou os fones de ouvido para escutar melhor. Seu rosto ficou mais sério a medida em que ouvia o que estava sendo dito e, ao final, ela se levantou do chão, virando-se para os amigos do terceiro ano. — Ei, gente, recebi uma mensagem aqui... O Gai foi interrogado pela polícia. Eles conseguiram ouvir uma parte do depoimento dele, e parece que é mesmo verdade. Ele disse que uma aluna da Anko-sensei veio falar com ela enquanto os dois estavam no corredor quando era oito e cinquenta e dois, e depois disso, os três seguiram por caminhos diferentes e não se viram mais. Pelo que a mensagem diz, era uma menina de cabelo preto, pele clara e de estatura mediana...

— Bate com a Shizune-san. Então as últimas pessoas a vê-la viva foram o Gai-sensei e a Shizune-san, às oito e cinquenta e dois exatamente... Então o crime foi cometido em menos de dezessete minutos. — Pain concluiu — Quem mandou a mensagem é uma pessoa de confiança?

— Sim, tenho certeza que sim. Também tem um áudio, do Gai falando tudo isso. O som está meio abafado, mas ainda dá para ouvir. — a Haruno confirmou.

Konan, que escrevia em uma folha todos os pontos que considerava importantes no caso, acrescentou aquela pista à lista que fazia, com um sorriso de satisfação. — Bem... Acho que estamos de volta ao jogo.



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