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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo seis: briga


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 6 - Capítulo seis: briga


Sexta-feira, dez horas.

Depois da revelação de que a faca poderia ainda estar ali, fez-se silêncio quase absoluto. Em menor ou maior grau, todos aqueles vinte e três estudantes sabiam que o assassino estava entre eles,  e podiam senti-lo. As tensões, é claro, estavam crescendo à medida em que percebiam isso: em quem poderiam confiar? Everybody's fair game. Poderia ser qualquer um ali, e jamais desconfiariam até que fosse muito tarde. Isso, no entanto, era prejudicial ao grupo, e aqueles dez estudantes empenhados em descobrir o assassino sabiam disso muito bem, e por isso, permaneciam unidos. Eles sabiam, por estarem juntos, que nenhum deles havia cometido o crime. Quanto aos outros... Isso era outra história.

Não puderam evitar que mais pessoas ouvissem a questão do assassino ter escondido a faca ali. Naqueles dez minutos que transcorreram, tudo parecia estar imerso em um silêncio pouco natural, forçado pela desconfiança entre todos eles. O ar condicionado estava ligado na potência máxima, fazendo o ambiente ficar insuportavelmente gelado, o que fazia a impaciência crescer. A única pessoa que se mexia era Ino, que continuava andando de um lado para o outro. Há quase dois minutos Sai havia dito-lhe que se ela continuasse andando assim de um lado para o outro acabaria afundando o chão, mas ela estava tão concentrada em suas ideias que sequer percebera o que ele dissera.

Mas as atenções não estavam voltadas para ela, é claro, e sim para outra pessoa que poderia ser a chave do mistério, se assim decidisse colaborar: Juugo Mitarashi. Como filho adotivo da professora Anko, é claro que ele poderia falar muito mais sobre a vida dela do que qualquer um deles. No entanto, ele continuava calado, sentado na última cadeira da última fileira, com os olhos fechados como se estivesse dormindo. Não era preciso ser nenhum gênio para perceber que ele estava acordado, na verdade, e que estava apenas fingindo dormir para evitar que o incomodassem com as perguntas.

Todos ali sabiam do relacionamento complicado que ele tinha com Anko. Ela costumava ser casada com um homem mais velho, chamado Orochimaru, mas havia se separado dele há alguns anos, depois de ter adotado Juugo, e conseguiu a guarda dele após uma longa batalha judicial. Ele não fazia questão de esconder que preferiria ter ido morar com o pai em Seul, e sendo esse o último ano do ensino médio para ele, significava também o ano de sua maioridade, e os conflitos dobravam. As constantes ameaças de sair de casa assim que fizesse dezoito anos para morar com o pai, as notas que eram baixas demais para que ele pudesse se formar no ensino médio, e a escolha de carreira, tudo era motivo de conflito. Anko queria que ele fosse para a faculdade e se formasse em algo, mas Juugo tinha outros planos, e sequer fazia questão de se formar no ensino médio. O clima ruim entre eles notavelmente acaba contaminando o ambiente escolar, e pelo bem da classe, a professora fingia que não o via e recebia o mesmo tratamento da parte dele.

As desconfianças em torno dele cresciam notavelmente. Uma das pessoas que estava desconfiada dele era Karin. Ela constantemente olhava para Juugo, e em seguida para Suigetsu, esperando que o amigo se pronunciasse, mas ela impacientemente resolveu tomar as rédeas da situação: tinham que respeitar o momento de luto, já que era a mãe dele que fora assassinada, mas isso era demais; ele também era um suspeito nesse caso. — Ei, Juugo. Onde você estava hoje de manhã?

Ele abriu os olhos abruptamente, ainda com uma expressão serena no rosto. — No banheiro. Eu ia cabular o primeiro horário, mas mudei de ideia.

— Bem conveniente, hein. — Kiba resmungou para si mesmo — Detesto esse cara...

Pela expressão de irritação que Juugo fez, ele havia nitidamente ouvido, e isso fez com que todos ficassem um pouco mais tensos. — Algum problema comigo, Inuzuka?

Kiba não deixou para lá essa questão. — Sim, muitos. Primeiro sua mãe morre e você fica aí, impassível, parece que nós estamos sofrendo muito mais que você. Aliás, bem estranho como vocês nunca se deram bem e você nunca fez nenhum esforço para tentar se dar bem com ela, não é? E agora vem dizer que estava cabulando aula no banheiro... Ah, vai para o Inferno, está achando que todo mundo aqui é otário? Você não engana ninguém com essa cara de maluco.

Juugo riu, uma risada sádica. Ele se levantou e caminhava em direção ao outro, e os dois estavam por um fio de entrarem em uma briga física. — Ah, então agora eu matei a Anko, certo, não é? É o que você e todos esses desgraçados devem estar pensando...

— Nós já sabemos disso. É claro que foi você.

Nesse momento, Juugo partiu para cima de Kiba, acertando-o com um soco que o derrubou no chão, mas isso não fez com que eles parassem por aí, e com uma rasteira, ele foi derrubado no chão e Sai também entrou na briga, virando o jogo a favor de Kiba. Com a confusão generalizada, era preciso intervir, e vendo a hesitação da maior parte dos alunos, Hidan pulou no meio da briga, sendo atingido por um soco no nariz e outro no queixo, mas finalmente conseguiram separar tudo, com Itachi, Pain, Deidara, Suigetsu, Konan, Sasuke e Sakura afastando cada um deles e tendo que segurá-los para evitar que retomassem a pancadaria, e Hinata e Naruto tentando ajudar Hidan a se levantar, que estava completamente desorientado e sem equilíbrio por causa do soco no queixo.


Notas Finais


É TRETA, É TRETAAAAAA


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