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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo nove: o caminho da investigação


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 9 - Capítulo nove: o caminho da investigação


— Foi um de nós. Nós já sabemos isso, e não tem mais como negar, não com a faca aqui dentro na mochila de alguém. Agora só precisamos saber quem. — Itachi disse, para todos eles. O silêncio que veio em seguida foi sepulcral, e ele viu nisso um sinal para continuar a falar de uma maneira que era bastante calma, mas continha um ar filosófico e quase dramático nas palavras — Seria ótimo ter uma confissão, mas se isso não vai vir do jeito fácil... Então vamos fazer do jeito difícil.

Konan se levantou da cadeira em que estava sentada, percebendo sua deixa. Ela fechou a garrafa d'água que bebia para recuperar a voz, algo necessário depois de tanto terem gritado pedindo que abrissem a porta. — Acho que é nesse momento que eu entro. Bem... Acho que a essa altura, fica mais que óbvio que o motivo do crime foi vingança, ou no mínimo algo emocional. Apesar de ser premeditado, existe um certo rastro de passionalidade, com as facadas e a brutalidade excessiva que não deixam dúvidas de que há um lado emocional nisso tudo. Há também a questão de ser algo tão... Público. É mais conveniente matar uma pessoa e esconder o corpo do que mostrá-lo para tanta gente, ainda mais considerando que o crime foi cometido em um local onde muita gente poderia ver, em um espaço de tempo tão curto. Mais que isso, estamos trancados numa sala com um assassino. Por mais cinematográfico que isso pareça, pensem além... Qual seria o interesse de uma pessoa já suspeita a se manter trancada em um lugar onde todos já desconfiam dela?

— Exatamente, é isso que não faz sentido. — Sasuke resmungou — Por que uma pessoa jogaria todas as suspeitas para si mesma ao fazer um plano maluco desses se era mais conveniente simplesmente disfarçar a morte?

— É exatamente aí que eu queria chegar. Por quê? — ela disse, com um sorriso vitorioso e confiante — Porque o nosso assassino não é alguém que está em uma posição crítica, em xeque por causa da situação de estarmos presos. Na verdade, bem pelo contrário: ele está muito confortável, e está articulando tudo por debaixo dos panos para que as suspeitas recaiam sobre outras pessoas. A faca, a questão dos álibis, até mesmo o relacionamento dele com a Anko-sensei e de outras pessoas com ela... Não há pistas que possam levar ao assassino, apenas a outras pessoas. A estratégia dele sempre foi culpar outra pessoa, por isso a escolha da hora, do local, de tudo isso. Foi tudo previsto de antemão.

— E nesse caso, culpar a quem? — Karin questionou.

— O plano inicial era culpar o Juugo, mas isso deu errado. Também vimos algumas jogadas aqui e acolá para tentar culpar a Shizune, mas ela sempre saía limpa no fim das contas.

Ino estava impaciente com aquela enrolação. Ela não via muito sentido nisso, as coisas eram o que eram, e nada poderia mudá-las, não havia grandes mensagens escondidas nesse crime. — E então quem é o assassino?

A resposta de Konan foi uma surpresa. Nenhum deles sabia se ela estava falando sério ou brincando, ao falar com um certo sorriso de escárnio no rosto. — Você, por exemplo, é uma suspeita. Não pense que você me engana de alguma maneira com essa pose de inocente. A Anko-sensei já tentou puni-la várias vezes por conta do bullying sistemático que você lidera contra a Shizune, que é justamente a maior acusada aqui... Não vamos esquecer também que foram os seus amigos que resolveram acusar o Juugo e entrar numa briga com ele...

Os três empalideceram naquele momento, enquanto eram observados por todos no grupo. Era certamente uma visão a ser considerada... Mas Pain sabia muito bem que a hipótese da namorada não era essa. — Mas você não acredita nisso de verdade. Qual sua hipótese então?

— Eu? Ah, isso eu ainda não posso dizer. Não tenho certeza ainda, mas estou pensando nisso. Só digo que é alguém de quem não suspeitamos ainda... Os nossos suspeitos iniciais são inocentes, milagrosamente ou não, isso não se pode negar.  Mas ainda acho que, no fim das contas, isso é muito uma questão de tempo, e os álibis podem nos ajudar... — Konan disse.

(...)

Sexta-feira, meio-dia e quarenta.

Ainda não havia sinal de uma possível liberação por parte da polícia. Shizune, por fim, acabara acordando, confusa quanto ao que acontecera, mas não por muito tempo. Logo, ela conseguiu recobrar a consciência do que acontecera, e isso era notavelmente um grande choque... Mas enquanto ela estava desacordada, temendo que outro desmaio ocorresse, Temari sutilmente limpara suas mãos dela do sangue que sujara a pele. As suspeitas continuavam, e com isso o debate, que ficava cada vez mais acalorado. Hinata tentava mediar os conflitos com a ajuda de Itachi e Naruto o melhor que podia, mas com tantas pessoas discutindo entre si, era uma tarefa no mínimo complexa. Embora a maioria acusasse uns aos outros sem provas ou um raciocínio lógico por trás disso, ainda havia quem realmente levasse isso a sério.

No entanto, quem de fato iniciara e dera a ideia de investigarem não estava envolvida em briga alguma. Konan estava simplesmente sentada no chão, sobre o palco, escrevendo suas anotações sobre o caso na mesma folha de antes. Pain acompanhava o que ela escrevia em silêncio, embora fossem apenas tópicos que abordassem o necessário de maneira geral. Em dado momento, ela parou de escrever, e apenas observou a confusão que se desenrolava ali. — Acho que uma coisa temos que admitir, o assassino é esperto. Conseguiu criar a discórdia em grau suficiente para que nada de muito ruim aconteça, mas para que todos briguem e ele possa se camuflar. Nós caímos no jogo dele.



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