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História Sekai no Sozokujin: Herdeiros de um mundo (Em revisão) - A garota de lindos olhos. (Parte 2)



Notas do Autor


OIEEEEEE GENTE.
ATRASO DE UM DIA PODE SER PERDOADO, NÉ, SEUS LINDOS?!
AAAAHHHHHHHHHHHHH A GENTE CHEGOU A 3.000 E EU AINDA NÃO CREIO!
NÃO VOU PARAR DE AGRADECER NUNCAAAAAAAAAA!!!!!
AMO VOCÊS, SEUS MARAVILHOSOS! OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADAAAAAA <3 SEM VOCÊS NÃO SERÍAMOS NADA! É SÉRIO!
Okay ~ tentando parar de gritar que nem louca ~ boa leitura <3

Capítulo 26 - A garota de lindos olhos. (Parte 2)


A raiva de Hitomi era a única coisa que a conduzia nesse momento.Sabia que precisava socorrer a prima, avisar a sensei de Yuni, além de outras coisas, mas simplesmente não conseguia. A palavra “especiais” rondava sua mente a todo momento. Ele poderia se referir ao Sharingan, mas não faria sentido. Ele dissera “pessoas” de uma forma que parecia um exército, e não apenas três. Ela queria ajudar e, com todo seu orgulho de Uchiha, cujo não sabia, mas era extremamente parecido com o de Sasuke, em sua cabeça havia apenas um meio de entender. Teria que derrotar Yuni e descobrir o que O Mestre queria com a sua família.

-Criança, eu preciso levar ela -A voz do homem surgiu, interrompendo os pensamentos da garota -O mestre precisa dela.

-Tudo para você é o seu mestre? Você não tem vida própria, Yuni? -Questiona a Uchiha com raiva, apertando os punhos.

-Ele é tudo o que tenho, criança.

-Ele está querendo machucar a minha família. Eu não vou deixar.

-Você não pode impedir. O Mestre não deseja ferir ninguém. Ele quer… -O rosto do homem se contorceu diante da dúvida. - Eu não sei bem o que ele quer, não…  

-E porque o segue?

-Porquê eu preciso.

-Por quê precisa?

-Eu…

-Yuni, você sabe quem é O Mestre? -Uma dúvida desesperadora surgiu, fazendo-a guardar a raiva por mais algum tempo. - Você já viu Ele?

O silêncio do ninja respondeu as questões. Aparentemente, embora se dedicasse, O Mestre não era alguém do tipo que confiava piamente em subordinados. Yuni devia não saber o rosto de seu próprio superior, se não ao menos responderia a questão com um simples “sim”. Ao invés disso, pareceu ter ficado irritado, levemente perturbado. Marchou lentamente na direção de uma Toshiko ainda desacordada, com as mãos fechadas em punho.

-NÃO TOCA NELA! -Gritou a mais nova, numa retomada súbita de sua fúria. Correu na direção do homem, que sequer pareceu incomodado com sua velocidade, e apenas desviou brevemente. Hitomi virou-se novamente na direção dele, tentando acertar-lhe um chute, porém este apenas desviou, numa breve parada, como se visse em câmera lenta cada um dos golpes. A menina tentou um gancho de esquerda, porém, mais uma vez, foi ignorada. A raiva cresceu ainda mais dentro de si, e, em segundos, havia ativado seu Byakuringan, decidida a mudar seu estilo de Uchiha para Hyuuga. Talvez um punho suave o fizesse notá-la, caso conseguisse atingi-lo. Buscou em si mesma lembranças do treinamento com sua mãe.

E então, tudo foi em questão de segundos.

Yumi ajoelhou-se ao lado de Toshiko, começando a virar-lhe o rosto para cima. Hitomi correu novamente, tentando dar um chute, com objetivo de atingir o pescoço desnudo do homem, porém este segurou o pé da menina com força, girando-a e fazendo-a cair no chão. O gosto de terra misturada com o próprio sangue invadiu a boca da menina que, assim que teve o pé solto, tratou de dar um chute cego no homem, atingindo-o pouco acima do pé esquerdo, dessa vez desavisado e pego de surpresa. Yumi gritou de dor. A força do chute (embora tivesse sido dado em um ângulo errado) fora capaz de, ao menos, causar um impacto doloroso. Suas mãos se colocaram no lugar atingido e ele sentou-se no chão, por um momento esquecendo-se da ruiva a qual fora encarregado de capturar. Enquanto isso, Hitomi de levantava o mais rápido que podia, decidida a fazê-lo contar tudo que sabia e mandá-lo novamente para a cadeia de Konoha. Aproveitou o momento de distração do inimigo e chutou-o novamente, dessa vez na altura do rosto. Yumi teve a parte superior do corpo empurrada para trás com o chute,fechando os olhos e sentindo-se cair de costas, com força, no chão. Sentiu o sangue quente escorrendo de seu nariz, possivelmente quebrado, e de algum lugar em sua bochecha. A Uchiha marchou em direção a ele a passos pesados, porém não arrastados, que transmitiam raiva e impaciência. O Byakuringan lhe dava um ar ameaçador, embora ela soubesse que Yumi ainda não a via. Então, ele sentiu o ar faltar, não se surpreendendo ao perceber que a menina pisava, com uma força média, em seu peito.

-Cala a boca e me escuta. -Começou. -Eu não quero saber sobre os planos d’O Mestre ou qualquer coisa relacionada a ele. Eu não quero saber sobre que tipo de pessoa ele é ou com quem trabalha. Mas eu quero saber o quê, por Hashirama, esse cuzão quer com os Uchihas.

Yumi abriu os olhos, a visão ainda meio desfocada e com manchas escuras, e deparou-se com uma Uchiha debruçada em sua direção, os braços apoiados em cima da perna que empenhava-se em manter seu tórax preso ao chão.Olhos arroxeados que muito lhe lembravam o Byakugan, mas que tinham presentes as marcas típicas do Sharingan encaravam-o. A dor não mais era tão incômoda, e tinha forças suficientes para se levantar. Porém, não podia. Não diante daquilo.

-O quê? -Questinou ele, após alguns segundos, enfurecendo a Uchiha.

-Eu disse… -Começou, mas logo foi cortada novamente.

-Mas porquê… Não não, eu sei… Sim, senhor, eu sei, mas é que… A minha missão…

Hein?!” Hitomi estava paralisada, perplexa demais para fazer qualquer coisa. Yumi falava sozinho, num to que demonstrava um medo estranho, com respostas que nada tinham haver com as ameaças feitas pela Uchiha. Ele não usava um telefone, e aparentemente não tinha outros meios de comunicação. “Mas que porra…?”

-Entendi, mas o senhor me mandou… Mas porque não importa? Não não...Tá, desculpa…

-Yuni?

-Espera. -Respondeu, brevemente se referindo a ela.- Não, senhor,não estou… Eu sei que falhei…

Acho que a pancada foi forte demais...” Refletiu a menina, encarando confusa o estranho diálogo que o ninja tinha, aparentemente, consigo mesmo.

-Mas, qual delas?... Está escuro aqui… Para mim as duas tem cabelo preto…

-Hã? -Hitomi parou de pressionar o pé, incerta. Yuni, por sua vez, apenas se levantou e continuou a estranha conversa.

-Tá...okay… Tudo bem… eu entendi que é a que está de pé… Tá, mestre… Me desculpe. Tudo bem. Certo.

-Tenho certeza que a pancada foi muito forte. -Concluiu Hitomi, olhando o homem andar de um lado para o outro enquanto falava. Então, repentinamente, ele parou, encarando fixamente a menina. 

-Vamos, O Mestre quer ver você. - Yuni pegou o pulso da morena e começou a puxá-la. A garota ficou confusa por algum tempo, mas num rápido flash de raiva misturada com curiosidade, decidiu acompanhá-lo.

Lançou um olhar para Toshiko, ainda caída no chão. Tinha alguns arranhões, mas seu fluxo de chakra agora estava normal e ela respirava normalmente. Não precisava se preocupar tanto.

-HITOMI! -Ouviu um conjunto de vozes chamando-a, e os sons de pés correndo sobre a terra seca do lugar. -HITOMI, VOCÊ ESTÁ AÍ?

A menina estava prestes a responder, mas Yuni tratou de segura-la com ainda mais força.

-Não precisa responder ou se preocupar. Você vai voltar logo. -Comentou ele. -Vamos.

E então, tudo virou um borrão, misturando branco, azul, e detalhes do rosto de Yuni.

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O lugar em que fora parar era tão escuro que sequer seu Byakugan conseguia desvendá-lo. Tão estranho que nem seu Sharingan poderia decorá-lo por inteiro. Tão familiar que assustava a jovem Uchiha. E, surpreendentemente, Yuni não estava junto com ela. As paredes da caverna eram azuis, ou em sua cabeça deveriam ser azuis (ela,de algum modo, conseguiu definir aquilo), e delas escorria um líquido que Hitomi não pôde identificar o que era, de onde vinha ou pra onde ia; apenas escorria pelas paredes, mas estranhamente não molhava o chão, também de pedra, do lugar. A menina mexeu-se, inquieta, tentando ver melhor o lugar. Era pequeno, úmido, extremamente escuro e frio. Em sua esquerda, um trono que parecera ter sido moldado na própria pedra se erguia, imponente, mas quem quer que fosse seu ocupante não se encontrava. No restante do lugar não havia mais nada. Nada além de pedras, o líquido estranho e silêncio. Muito silêncio.

-Você escolheu vir, criança? -Uma voz, cujo timbre forte, grosso, que mais parecia computadorizada e duplicada assustou Hitomi, surgiu. A menina olhou para todos os lados, buscando alguma forma de vida, mas não encontrou. Estava, de fato, sozinha.

Então como…”

-Eu quero respostas. -Insistiu.

-Sim. Yuni me trouxe.-Respondeu, subitamente. A voz lhe causava calafrios, ainda mais se pensasse que não sabia do quê ou de quem ela saia.

-Eu pedi a ele que lhe trouxesse. Vamos ter uma conversa, Uchiha Hitomi.

-Como sabe meu nome?

-Eu sei sobre todos.

-Todos…?

-Não temos que perder tempo para explicações.

-Porra, pra alguém que nem está conversando frente à frente comigo o Sr.Voz é bem desaforado.

-Não sou eu que estou sendo desaforado. -Um leve riso pareceu passar pela garganta do ser que emitia a voz.

-Eu realmente queria conversar com você. É O Mestre, não é!

-Sim, eu sou. Eu já sabia de suas dúvidas.

-Sabe minha data de aniversário também? -Questionou, mais por brincadeira do que necessariamente por provocação. Deveria parar de andar com Boruto, ao menos durante algum tempo.

-Isso é irrelevante, pequena. Não é sobre esses tipos de assuntos que viemos falar. Você teve o privilégio de ter contato comigo. Sabe o que significa, criança?

-Não. -Respondeu, séria.

-Muito. Poucos tiveram sorte de terem contato comigo sem que precisassem morrer. Eu quero lhe fazer uma proposta, pequena Uchiha.

-Proposta? -Um clima ainda mais tenso se fez. Hitomi com certeza não gostara do modo como a palavra fora falada. Quase como uma ameaça.

-Te convido a se juntar a mim, querida. Podemos atingir nossos objetivos juntos.

-O quê? E você espera que eu aceite? Você madou aquele homem roubar meus olhos! Me sequestrou e fez quase o mesmo com a minha prima! E eu nem sei quem você é! Eu nem sei seu rosto!

-Isso não é importante. Eu não preciso ter uma identidade para que a ajude. Nunca ouviu falar em trabalhar pelas sombras, pequena?

-Eu…

-Aposto que sim. Seu clã tem uma atípica mania de querer se manter longe da luz, ou, ao menos, não ser parte dela. Preferem trabalhar sozinhos. No escuro. A última geração foi um ótimo exemplo disso.

-Do que você está falando? -O nervosismo repentinamente tomou conta da menina. Não entendia bem o que a voz pretendia, e muito menos tinha conhecimento da tal “mania” mencionada.

-Uchiha Itachi, em particular, foi um grande exemplo disso. Sempre escondido e tratando de assuntos que a vila evitava. Nunca plenamente confiável, sempre disposto a reprimir sentimentos. Fez coisas horríveis no pouco tempo que viveu.-A voz parecia ter um leve resquício de admiração. 

Hitomi, porém, estava sentindo-se quase torturada pelo efeito que as palavras causavam em sua mente. Não sabia. Não entendia aquilo. Nada fazia sentido. Seu tio era alguém bom e com um sorriso doce. Buscava, nos mínimos detalhes, demonstrar seus sentimentos. Amava o irmão e nunca seria capaz de feri-lo. Era um prodígio, mas nunca deixou aquilo lhe dominar. Era preocupado e legal aos seus ideias. Buscava a paz. Lutou e protegeu o irmão com tudo o que tinha, até encontrar seu fim numa guerra, em conjunto com os outros de seu clã. Ao menos era isso que Hitomi ouvira.

Era isso que Sasuke contara.

-Meu tio foi um herói, que mereceu todas as honras. Ele batalhou bravamente numa guerra, e amava todos. Perdeu o melhor amigo e toda a família, foi obrigado a lutar mesmo que não quisesse, recebeu missões difíceis ainda muito novo, foi pressionado, mas ainda assim continuou ao lado do meu pai até o fim. Lutou e se importou com ele.  Eu não sei de quem você fala, mas não é do meu tio. Não é do irmão que o meu pai fala.

A voz se manteve calada durante algum tempo, como se tentasse digerir as palavras da menina. Então, finalmente voltou a falar, com um tom seco e incrédulo.

-Entendo. Então Uchiha Sasuke não quis que a Herdeira dos Uchihas herdasse também a história de ódio do próprio clã. Que trágico. Talvez ele nunca entenda que o que moldou tudo nunca se tratou realmente de ódio, e sim de amor. -Houve uma pausa. Hitomi sentiu calafrios percorrem-lhe a espinha. Nada daquilo havia sido mencionado a ela antes. Não sabia de nenhuma história de ódio, de amor e muito menos daquela coisas horríveis sobre seu tio. Ali, deu-se conta do quanto a história contada por seu pai tinha furos. De quantas coisas não faziam sentido e de quão pouco sabia do clã a qual era descendente. Mais dúvidas rondavam sua mente, que era incapaz de acreditar que tudo aquilo era verdade. Assim que chegasse em casa, perguntaria ao seu pai. -Mas não é da minha conta avaliar o quanto sabe ou preparar-lhe para o que virá. Serei direto e te direi meu objetivo com essa conversa. Eu quero o seu símbolo de poder. O símbolo de poder mais visível que tem dos dois clãs que descende. Quando soube de sua existência, não achei que fosse possível algo assim acontecer. Mas aconteceu.  Quero seus olhos. -Hitomi, por um momento, teve o rosto atingido por uma brisa leve, que acariciou sua face. Algo impossível num ambiente feito aquele.- Esses olhos são especiais demais. São uma junção de poder tão absurda que chego a salivar. -Uma risada ecoou. - Eu os quero para mim. Quero muito. Me poupará trabalho e tempo, querida. Porém, não desejo machucá-la. Tal como Yuni falou, meu objetivo não é ferir ninguém, a não ser que se torne necessário. Você não quer que eu continue ferindo aqueles que ama, quer?

A morena tremia. Seu músculos estavam tensos, tanto de medo quanto de raiva, e podia sentir o suor frio escorrendo-lhe pela testa. Teve que reunir forças para responder:

-Não.

-Pois bem. Também não desejo machucá-los. Mas terei que fazê-lo, caso você se negue a aceitar o que proponho.

Uma lágrima de nervosismo e medo desceu lentamente pela bochecha esquerda da Uchiha. A voz agora se tornara uma presença, mesmo que ainda não tivesse uma forma física visível. E a presença pressionava a menina de uma força estranha, fazendo seu corpo paralisar-se em maior parte e seus olhos piscarem ferozmente. Era como se um peso tivesse se instalado nos ombros, que embora fossem treinados ainda eram pequenos e relativamente frágeis, da garota.

-Empreste sua força a mim, pequena. Ninguém terá de se machucar. Eu não interferirem em nada. Preciso de seus olhos. Tentei tomá-los a força, e isso foi um erro. Então, lhe peço que use esses olhos a meu favor, para que eu possa atingir um bem-maior. Eu não te machucarei pequena. Irei ajudá-la a alcançar seus objetivos. Você quer chegar ao nível de seu pai, não quer? Então aceite minha ajuda. Só o que lhe peço em troca é sua maneira de enxergar o mundo.

-Mas qual é o seu objetivo? Para que você precisa de mim?

-Isso só vai ser revelado quando eu tiver certeza que você irá se unir a mim, criança.

-Vou ser um cachorrinho igual ao Yuni?

-Não, Hitomi. Você vai andar lado a lado comigo, quem sabe você não mande no Yuni também. - A voz soltou uma risada estranha. Hitomi pensou por alguns instantes, tentada a aceitar, sendo lentamente convencida que aquilo era o certo.

Ele tentou roubar meus olhos. Feriu os meus amigos. Sequestrou minha prima”. Obrigou-se a lembrar, quando percebeu que estava a ponto de dizer um sonoro “Sim” para O Mestre. O que diabos tinha na cabeça? Não poderia se render daquela maneira. Não sabia quais eram as intenções d’O Mestre e muito menos quem ele era. Sabia que danos e diferenças em sua família já haviam sido feitos, mas poderia ser pior. Temia que, ao se juntar com o desconhecido, as coisas poderiam desmoronar e se tornarem catastróficas.

-Não. Não posso arriscar tudo assim. Eu não preciso da sua ajuda e muito menos quero mandar no Yuni. Nem sei se ele realmente quer fazer o que faz. Eu não quero estar ao seu lado. Posso alcançar meus objetivos sozinha.

-Mas e quanto à sua família? O orgulho é maior que o desejo de mantê-los seguros? -Debochou. -Não se importa com o quê posso fazer, Hitomi?   

-Eles sabem se cuidar sozinhos. Se preciso, treinarei e me tornarei nais forte para que eu possa proteger todos eles sozinha. -Falou, com firmeza. - Eu não preciso disso, não de um poder desconhecido. Me mande de volta, e devolva a minha amiga.

-Você já tomou sua decisão.-Concordou, num falso tom de respeito.- Espero que não se arrependa depois. Te mandarei de volta. A Akimichi também estará lá. Nos veremos de novo, Uchiha. Não pense que acabou. Essa conversa terá consequências graves.

-Não quero saber. Apenas me tire daqui.

-Sua arrogância parece muito com a de seu pai. Isso o fez desviar do próprio destino várias vezes. Sinto pena ao saber que o mesmo acontecerá com você. -Hitomi sentiu a cabeça girar, e uma sensação de mal-estar, bem diferente da viagem que tivera com Yuni, a invadiu. -Nos veremos em breve, Herdeira dos Uchiha.

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Era como se o tempo não tivesse passado.

Repentinamente, Hitomi se deu conta de que estava de volta. Olhou para os lados, confusa e um pouco tonta, com tempo apenas de ver Yuni sorrindo de um jeito sinistro, enquanto fazia um sinal de mão e se dissipava junto à névoa. Não entendeu muito bem, porém decidiu que iria relevar a cena momentaneamente. Havia muita coisa com o quê se preocupar. Olhou para os lados, encontrando Toshiko caída no mesmo lugar de antes, e se surpreendeu ao ver Chouchou ao lado dela, também desacordada e ainda com os salgadinho em mãos.

-O que aconteceu aqui? -Pôde ouvir Konohamaru perguntando, esse acabando de chegar junto aos outros, as formas finalmente aparecendo em meio à névoa do lugar, agora menos densa. Por um instante, Hitomi não entendeu; quando fora levada para a estranha conversa com o mestre, eles já se encontravam a poucos metros dela. A conversa, segundos suas contas (mesmo que mal-feitas), havia durado em torno de 15 minutos ou mais. Tempo suficiente para que tivessem chegado, examinado Toshiko, acabado com Yuni e analisado o local. Porém, nada disso havia sido feito, pois ele ainda não tinham chegado. Foi aí que a Uchiha percebeu, assombrada, que o tempo que passara no “bate-papo” com o mestre equivalera a um segundo ou menos. Não sabia como 15 minutos se transformaram em 1 segundo, mas acontecera. Era apenas mais uma das dúvidas que ficariam rodeando e confundindo sua mente.  

-Hitomi! -A Uzumaki correu até ela, abraçando-a, controlando sua força para que não a machucasse. -Todo mundo ficou preocupado. O quê aconteceu aqui? Moegi-sensei e Shikadai ouviram vozes e sons de batalha, então não chamaram pelo walkie-talk. Eu e Boruto dectamos chakras e viemos correndo.

-Bem… Eu...Andando e...Yuni… -Ela gaguejava. Embora tivesse demonstrado ousadia na frente do tão famoso Mestre, agora começava perceber o quanto se sentia cansada e exausta em todos os sentidos.

-Yuni? Aquele idiota que te atacou? -Questionou Boruto, também correndo até ela. Afastou Hokuto com uma certa violência (mesmo que essa não fosse sua intenção), pegando a Uchiha pelos ombros e sacudindo-a, virando e analisando a menina com os olhos, procurando por algum ferimento exposto. -Onde ele está? Te machucou? Eu vou matar aquele desgraçado com minha próprias mãos!

-Eu estou bem, Bolt. -Tentou dar um sorriso para acalmar a furia do garoto, mas logo o desfez. - Ele desapareceu. Sumiu com a névoa. Eu não sei explicar bem…

-E o que aconteceu com Chouchou? -Shikadai, que pela primeira vez, não exibia a típica cara tranquila que puxara do pai. -Aquela ali não é sua prima?

-Santo Rikudou! Toshiko! -Exclamou Hokuto, indo até as duas garotas caídas no chão e começando seu trabalho, ou seja lá o que fosse, como médica ninja. Hitomi observou a cena com uma expressão estranha, não estando acostumada com tamanho desespero vindo por parte de Hokuto. Não sabia desde quando a melhor amiga se preocupava com sua prima.

-Hitomi. -Konohamaru caminhou até a Uchiha, tentando ser o mais compreenso e sério possível. Afinal, já passara da hora de assumir um lugar de líder. -Eu preciso que me diga, com o máximo de detalhes: O quê aconteceu aqui?

Hitomi encarou os olhos castanhos de Konohamaru, podendo ver a preocupação neles. Seus próprios olhos se encheram de lágrimas, embora ela se recusasse a deixa-las sair. Certamente não entendia bem o que havia acabado de acontecer. Não compreendia metade das coisas ditas pelo Mestre e nem o motivo de tamanho interesse nela. Olhou para trás, encarando fixamente o ponto em que havia sido levada para encontrar com O Mestre. O mesmo ponto em que Yuni desaparecera, com um sorriso macabro marcando sua temporária despedida. Se virou novamente para Konohamaru, percebendo o quanto se sentia pequena ao lado dele. No fim, não passava de uma criança. A preocupação exposta no rosto do homem lhe aflingiu, e ela respondeu, nas mais sinceras e verdadeiras palavras que poderia dar naquele instante, sendo obrigada a pôr seu orgulho de lado e admitir para si mesma de que ainda precisava de auxílio para compreender o mundo.

O orgulho é maior que o desejo de mantê-los seguros?”

-Eu não sei, Sensei. 


Notas Finais


AEEEEEEEE!!!!
Gente,PELO AMOR DE RIKUDOU nos digam o que acharam desse capítulo!!!! As coisas começarão a mudar a partir daqui. Drasticamente. #SNSrumoasegundatemp
Vou responder todos os comentários, então podem perguntar, se tiverem alguma dúvida.
E, como sempre:
Comentem! Aceitamos críticas e sugestões.


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