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História Selfie - Capitulo 17: Ceia de Natal com Kushina Uzumaki


Escrita por: SonaSweet

Notas do Autor


Oieee povo!
Postando nessa hora né? Que doido!
MAs espero que gostem do capitulo, me esforcei muito para ele sair ainda hoje.
Espero que gostem e links na notas finais.

Capítulo 18 - Capitulo 17: Ceia de Natal com Kushina Uzumaki


Kushina P.O.V

Esperei bater 6 horas da manhã para levantar o Minato. Precisávamos chegar cedo no mercado e comprar as últimas coisas para ceia de natal. Levamos tudo para casa de Naruto, ele não possuía muitas panelas. Enquanto cuidávamos na limpeza dos ingredientes, Naruto terminava de montar a arvore, arrumou o canto da Kurama no corredor entre a sala e a cozinha, assim podíamos cuidar os passos dela.

-Naruto, não vai esquecer de tomar banho, rapaz! –alertei.

-Não, mãe. Quando terminar de passar o banho na volta da mesa, eu vou. –ele pegou o esfregão.

-Muito bem. –Me virei para ver o que Minato estava fazendo. –Como vai o procedimento do chili?

-Kushina, estive pensando. –ele soltou a faca na mesa. –É melhor eu fazer o chili.

-Por que? –aquela decisão me deixou um pouco confusa.

-Pois... –sua feição mudou drasticamente. –Seu chili leva muita pimenta.

-Mas não deve ser assim? –quando fiz a pergunta, Naruto soltou uma gargalhada no fundo. Virei para trás fitando-o com raiva.

-Precisa levar pimenta, mas não o suficiente para criar um incêndio nas bocas dos outros!

-E o que farei? –abri a geladeira procurando outros ingredientes.

-Faça Sukiyaki, mãe! –Naruto sugeriu a ideia. –Faz algum tempo que não como.

-Boa ideia. Mas precisamos de mais pratos para ceia. –peguei algumas fatias de filé para limpar. –Pense em algumas receitas, Minato.

-Você quer que eu de a volta no mundo? –ele falou num tom irônico.

-Se for rápido o suficiente, quero. –respondi com mesmo tom.

-Ta bom, farei o chili e depois darei a volta. -ele olhou para o Naruto que ria escondido. –Termine de limpar!

-Estou terminando, não se preocupe. –respirou fundo para parar com as risadas. –Vamos ter um pouco de rámen?

-Não! –Minato respondeu, estava tão envergonhado que não conseguia cortar direito a pimenta.

-Vamos ter sim, filho. Não vai perder a hora! –pisquei para ele.

-Claro que não. 

[...]

Hinata P.O.V

-Como vai ai o preparo da comida, Asuna? –estava embrulhando os presentes.

-Terminei a torta de limão, e o Shogayaki está quase pronto, Hinata-sama. –ela colocou a torta dentro de uma caixa.

-Com molho de cebola né?

-Claro, como a senhorita pediu.

-Tudo bem. –olhei para o relógio. –Nossa, já são 2 horas da tarde. Precisamos está lá pelas 6 da noite. –arrumei a pirâmide de presentes que fiz. –Não vai de esquecer se arrumar, Asuna.

-H-hinata-sama, quer mesmo que eu vá? Não fico mal sozinha. –ela estava um pouco envergonhada.

-Claro que quero você vá! És minha amiga, e será nosso segundo Natal juntas. –peguei uma sacola para pôr os presentes. –Vai tomar banho. Ficarei de olho na comida.

-Tudo bem, Hinata-sama. –ela largou o guardanapo no balcão e correu para o banheiro.

Peguei a colher para revirar a comida, o cheiro estava delicioso, mas não pude pegar um pedacinho. Peguei um pouco de tempero e derramei um pouco e mexi mais uma vez o molho, peguei a tampa da panela cobrindo-a. Ouço meu celular tocando, corro para sala a procura dele que estava em cima do sofá.

Ligação on:

-Alo?

-Ei Hinata! Boas festaass!

-Kiba? Igualmente. Me ligando que surpresa, geralmente você vem aqui em casa sem aviso.

-O shino veio passar a véspera com a minha família. Gostaria de te convidar!

-Infelizmente eu já fui convidada para passar o Natal com outra pessoa.

-Jura? Com quem?

-Er... com um amigo sabe? Hihihi

-Tá bom... Vou arrumar as coisas aqui. Passa numa outra hora que te darei seu presente.

-Digo o mesmo.

-Até, Hinata.

-Até.

Ligação off:

Desliguei meu celular, olhando ao redor procurei o carregador. Mesmo a bateria estando pela metade, era bom ter cheia sempre. Conectando na tomada, olhei para cima onde estava a foto que tirei com o Naruto. Passei a mão em cima para retirar o pouco de poeira que tinha, assim ouço Asuna saindo do banheiro.

-Pode tomar seu banho, Hinata-sama. –ele estava escovando seu cabelo.

-Já vou.

Ajeitando mais uma vez o porta-retratos, caminhei em direção de meu quarto para escolher a minha roupa. Peguei um vestido curto de mangas compridas preto, uma bota de salto e cano alto de camurça, deixando tudo em cima da cama, peguei uma lingirie e a toalha e corri para o banheiro.

[...]

Kushina P.O.V

Tudo estava indo de acordo com o plano. Passei mais uma vez no quarto de Naruto, olhando se os presentes estavam certos. Como ele estava no banho, me dei liberdade para escolher a roupa dele, o que foi um grande desafio. Nenhuma peça estava me agradando, fiz várias combinações e nada.

Escolhi um calça jeans simples que me agradou um pouco, uma camisa social masculina. Essa parte estava completa, falta agora os sapatos.

-Mãe? –ele entrou no quarto enrolado na toalha. – O que está fazendo?

-Escolhendo uma roupa decente! Mas está difícil! –joguei os tênis para trás. –Precisamos fazer compras para você, filho.

-Eu sei me vestir. –ele pegou o tênis de volta. –Não estava discutindo sobre a comida com o pai?

-Seu pai uma hora me enjoa com as piadinhas aleatórias dele. –suspirei alto. –E terminei minha parte.

-Só aquilo de comida? –ele estranhou.

-Vou fazer mais, tá. Que tal um Yakisoba?

-Pode ser. –ele fitava com um olhar de sério. –Posso me vestir em paz?

-Eu coloquei as fraldas em você! Sei muito bem como é ai em baixo! –abri a porta.

-Só que mudou! –ele estava furioso comigo.

-Se arruma, passe um perfume e dê um jeito nessa barba. Daqui a pouco eu volto. –fechei a porta.

Fui atraída para cozinha com o cheiro maravilhoso do Chili de Minato, ele estava ocupado cortando algumas cenouras. Me aproximei daquele panelão borbulhante, pegando a colher para provar o chili.

-Se quisesse um pouco eu te daria. –ele se aproximou de mim.

-Hehe, me desculpe. –usei a mesma colher para mexer o chili. –Está indo tudo bem por aqui?

-Está! Vai fazer outra comida. O Sukiyaki está pronto e o ramen também. –ele despejou o resto dos ingredientes na panela.

-Farei um yakisoba. Mas podemos fazer batatas fritas também. –estava pensando muito nas possibilidades.

-Faça, mas não se esqueça das sobremesas.

-Não não.

Ouvimos a campainha tocar.

-Quem deve ser? –voltei minha atenção toda para a porta. Quando abri, vi um monte de presentes na minha frente. –Mas o que?

-Oh, Kushina! Poderia me dá uma ajudinha? –a pessoa me entregou os presentes, logo seu rosto foi revelado. –Jiraiya. Naruto te chamou, não é mesmo?

-Haha, claro. E estava pensando passar esse natal com vocês. –ele fechou a porta, o vento frio estava congelando meus pés.

-Vou colocar os presentes perto da arvore. –peguei alguns e ajeitei de baixo da arvore. –Poderia ajudar o Naruto com a roupa dele?

-Oh, mas ele já é grandinho.

-Por favor. –olhei para ele como se fosse uma ordem.

-Tudo bem.

Peguei os ouros presentes e comecei a arruma-los. Kurama me observava de longe, ele tinha percebido que alguns era pra ele. Deixando tudo organizado, peguei alguns enfeites que estavam na caixa ao lado, colocando em cima da lareira.

-Kushina, venha logo! –Minato falava alto me chamando.

-Já vou!

Voltei para cozinha, mais uma vez lavei minhas mãos e comecei a cuidar da receita. Dava pra ouvir as gargalhadas altas que estavam vindo do quarto de Naruto. Toda vez que Minato e eu trocávamos olhares, riamos um pouco.

[...]

Hinata P.O.V

Estávamos quase em cima da hora, Asuna arrumou toda comida na bolsa térmica, pegou um vinho e um refrigerante colocando junto. Eu estava no meu quarto fazendo minha maquiagem, era preciso de paciência e precisão com o delineador. Terminando, peguei meu batom com a cor da guerra, vermelho. Com ajuda de alguns pó, dei uns detalhes escuros nos cantos da boca.

-HINATA-SAMA, TUDO ESTÁ PRONTO AGORA! –Asuna gritava da sala.

-JÁ VOU! –passei meu perfume.

Mais uma vez, retoquei o penteado com a escova. Levantei da penteadeira, dando uma última olhada para meu quarto que estava numa bagunça. Fechei a porta e me dirigi até a sala, Asuna estava conferindo se tudo estava fechado. Peguei a sacola contendo os presentes e ela pegou a bolsa com a comida e bebidas.

-Pronta? –abri a porta da casa.

-Sim, Hinata-sama.

Tomamos cuidado com a calçada, o vento gelado era forte, fazia uma garganta ficar seca no mesmo instante. Asuna cobria sua boca com a gola de seu blusão, pedi para ela levar as coisas enquanto fechava a porta e ativava o alarme. Olhei em direção a casa de senhora Yuri, ela estava recebendo visita de seus filhos, espero que ela tenha um bom feriado.

-Hinata-sama, arrumei tudo.

-A comida vai no seu colo, Asuna. Não se esqueça. –corri em direção ao carro. Ela deixou a porta aberta para mim.

-Eles moram longe da gente? –ela colocou o cinto.

-Mais ou menos. –liguei o carro, colocando o endereço no gps. –Vamos ter que ir um pouco devagar. As ruas devem estar escorregadias.

-Não colocou os pneus para neve, Hinata-sama?

-Ah sim, bem lembrado. –engatei a macha. –Posso correr!

-Hehe, por favor não faça isso. –ela estava sorrindo, mas com medo.

-Não se preocupe, não farei isso.

[...]

Naruto P.O.V

Sentado no meu sofá, observava meus pais arrumarem a mesa para ceia. Kurama estava deitada em cima de meus pés enquanto bricava com sua velha bolinha. A cada segundo, encarava o relógio e porta, estava um pouco ansioso, meu estomago doía um pouco.

-Se segura, logo vai comer. –minha mãe parou na minha frente. –Passou o perfume? –passava suas mãos sob minha roupa.

-Passei. Vai acabar arrancando a roupa de mim!

-Me desculpe. –ela retirava suas mãos de mim. –Se quiser comer algo, tem umas frutas na geladeira. Comprei por que sabia que ia passar uma boa parte da noite com fome.

-Eu estou bem. –aquela mentira foi revelada com a ajuda do som que estava vindo de meu estomago.

-Eu vou picotar algumas maçãs para você. Minato, já lavou os copos? –ela voltou para cozinha.

Ouço um som de carro parando na frente. Corri até a janela para espiar, percebo que ela finalmente chegou e acompanhada.

-Ela chegou! –falei um pouco alto.

-Meu Deus! Rápido, Minato! Lave esses pratos! –minha mãe gritava da cozinha.

-Eu vou ajudar seus pais, Naruto.

-Não, fique aqui e me ajude a recebe-la. –tremi um pouco.

-Tudo bem.

Fiquei parado na frente da porta esperando ela se aproxima. Ouço ela rindo junto com outra pessoa, era a voz de uma mulher também. Pensei que era a Hanabi, mas era um pouco mais madura a voz. Finalmente elas tocaram a campainha, respirei fundo e abri a porta.

-Oi. –estava soando um pouco frio.

-Boa noite, Naruto-kun. Essa é minha amiga Asuna, eu a trouxe para não passar o natal sozinha. –elas se olharam.

-Na verdade, eu trabalho para Hinata-sama. –a moça de cabelos alaranjados olhava para os lados, seu rosto estava vermelho.

-Minha amiga e pronto!

-Naruto, não deixe as senhoritas pegando frio na porta. Deixe entrar.

-S-sim. Me desculpe. –dei passagem para elas.

-Tudo bem. –elas estavam carregando duas sacolas. –Trouxemos presentes e um pouco de comida e sobremesa.

-Deixe os presentes em cima do sofá. Vou te mostrar onde fica a cozinha.

-Obrigada. –ela deixou a sacola de presentes em cima do sofá. –Oi, eu sou a Hinata.

-Prazer, sou o padrinho dele, Jiraiya. –eles se cumprimentaram.

-Com licença, onde fica a cozinha? – tal Asuna me chamou atenção.

-Por aqui. –mostrei o caminho para as duas.

Nos aproximamos da cozinha, meus pais estavam secando a lousa. Minha mãe quase derrubou o copo quando as viu. Deixando em cima do copo, secou suas mãos num guardanapo que estava sob o ombro dela.

-Me desculpe, nem me arrumei. –ela cumprimentou as duas.

-Tudo bem. Eu trouxe minha amiga para cá, não queria que ela passasse o natal sozinha.

-Isso é ótimo. Prazer conhece-la.

-Prazer é todo meu. Trouxemos comida, algumas bebidas e sobremesa. –ela abriu a bolsa, retirando os potes contendo a comida.

-Que gentileza. Vamos colocar a sobremesa na geladeira. –ela pegou um dos potes. –Me ajude, Minato.

-Claro.

Enquanto ajudávamos a arrumar a mesa, Hinata estava sentada ao lado de Asuna debatendo algumas coisas, parecia ser importante. Olhei onde estava minha mãe, ela estava me encarando como fosse me queimar com os olhos, fez um sinal com a mãe me obrigando a puxar papo.

-Trabalho? –tentei puxar assunto.

-Infelizmente não. –Hinata ficou um pouco chateada.

-Dia vinte e sete é o aniversário de Hinata-sama. –Asuna sorria alegre.

-Por que não está feliz?

-É mesma coisa de sempre. –encostou sua mão em seu rosto.

-Por que não viaja, Hinata-sama? –Asuna sugeriu.

-Não, preciso ficar por causa da empresa. Final de ano é corrido. –ela suspirou, usou sua mão para retirar a mecha de cabelo que cobria seu olho. –E como está indo a série?

-O primeiro capitulo vai ser lançado ainda nessa semana. Já está rolando a propaganda. –senti meu estomago roncar um pouco, me fazendo socar minha barriga.

-Isso é ótimo. –ela percebeu, porém não manifestou nenhuma ação.

-Ai meu deuuuus! –minha mãe gritou.

- O que ouve, mãe? –levantei da cadeira.

-Acabou o sal. –ela levou as duas mãos até seu rosto. –Poderia comprar um pouco na venda?

-Tem certeza que está aberto? –estranhei um pouco.

-Sim, você mesmo disse lembra? –ela se aproximou de mim. –Toma o dinheiro e vá comprar. E Hinata, poderia acompanha-lo? Geralmente meu filho fica olhando pelas vitrines das lojas que vendem jogos.

-Haha, tudo bem. –ela concordou. –Eu já volto, Asuna.

-Tudo bem, Hinata-sama. Cuidado com a calçada.

Acompanhei a Hinata até a porta de casa, olhei seriamente para minha mãe, sabia que era algum truque dela. As lâmpadas dos postes ascenderam deixando a rua mais iluminada, Hinata estava com um pouco de dificuldade de caminhar, pois a calçada estava escorregadia.

-Calma, caminhe devagar. –a segurei pelo braço.

-Esqueceram de largar sal nessa parte da calçada. –ela se segurou firme em meu braço.

--Sim, o vizinho foi viajar. E eu esqueci, me desculpe.

-Tudo bem, se não fosse a Asuna, também tinha esquecido.

Caminhamos mais um pouco, chegando perto de uma loja de eletrônicos. Na vitrine estava passando a propaganda de minha série, Hinata ficou encarando aquela tela até acabar o comercial.

-Ficou muito bonito.  –ela ainda estava encarando a tela. Logo começou a tocar a trilha sonora.

Chiisana kata wo narabete aruita

Nan demo nai koto de waraiai onaji yume wo mitsumete ita

Mimi wo sumaseba ima demo kikoeru

Kimi no koe orenji iro ni somaru machi no naka

Kimi ga inai to hontou ni taikutsu da ne

Samishii to ieba warawarete shimau kedo

Nokosareta mono nando mo tashikameru yo

Kieru koto naku kagayaite iru

(Andamos com nossos ombros alinhados

Rindo de coisas que não importavam enquanto olhávamos adiante em direção ao mesmo sonho

Se eu ouvir atentamente, ainda posso ouvir:

Sua voz, colorindo essa cidade de laranja

Quando você não está perto, eu fico entediada

Mas quando digo que estou me sentindo só, você simplesmente ri de mim.

Continuo contanto as coisas que me restaram

Que brilham forte, sem desaparecer)

Enquanto encarávamos a vitrine, ela começou a sorri. Estava curioso, o que estava fazendo ela ri naquele momento.

-O que foi? –perguntei.

-Lembrei de algumas coisas que aconteceu na escola.

-Espero que não seja nada de constrangedor. –senti meu rosto queimar um pouco.

-Lembrei no amigo secreto, do primeiro ano do médio. Você estava chateado porque ganhou um par de meias do Lee. –ela cobriu sua boca com a mão, abafando a risada.

-Nem me lembre. Tirei o Shino, estava nervoso por que não sabia qual presente comprar para ele. –cobri meu rosto com uma de minhas mãos.

-Tirei o Gaara, comprei um perfume na época. Acho que ele gostou. –ela balançava o corpo, seguindo o ritmo do piano.

-Vamos ficar ouvindo a música um pouco? –dei a ideia, ela estava curtindo a música.

-Pode ser.

Ameagari no sora no you na kokoro ga hareru you na

Kimi no egao wo oboete iru omoidashite egao ni naru

Kitto futari wa ano hi no mama mujaki na kodomo no mama

Meguru kisetsu wo kakenukete iku sorezore no ashita wo mite

Hitori ni nareba fuan ni naru to

Nemuri takunai yoru wa hanashi tsudzukete ita

(Como o céu após a chuva, como um coração sendo limpo

Lembro de seu sorriso, flutua em minha mente, e me faz sorrir

Com certeza, assim como naquele dia, como crianças inocentes,

Correremos através das estações, vendo cada um dos nossos vários amanhãs

Sempre que estava só e começava a se sentir inquieta

Em noites em que eu não queria dormir, nós continuávamos conversando.)

Hinata P.O.V

Viramos para trás, percebi que havia um banco ali perto. Usei meu dedo para indicar o banco, caminhei até ele e me sentei. O som do piano me lembrou de alguns momentos da escola, era tão estranho. Relatei alguns para o Naruto, ele ria de certos momentos, comentava também se seus momentos nas aulas e fora delas.

-E a Guren? –peguei meu celular para mexer um pouco.

-Não sei de nada. Ela quase não fala comigo, apenas dá a ordem. –ele se sentia um pouco desconfortável toda vez que falava nela.

-Igual a Mikasa. Espero que ela esteja bem. –comecei a digitar uma mensagem para enviar, desejando boas festas para ela.

-Como conheceu ela?

-É uma longa história.

-Temos tempo. –trocamos olhares.

-Temos não. Sua mãe está esperando o sal. E desculpe falar, mas estou com fome. –Usei as duas mãos para cobri minha barriga.

-Também estou. Minha mãe demora um pouco para pôr a ceia na mesa.

Kimi wa kore kara nani wo mite iku'n darou

Watashi wa koko de nani wo miteku no darou

Shizumu yuuyake orenji ni somaru machi ni

Sotto namida wo adzukete miru

Nan oku mono hikari no naka umareta hitotsu no ai

Kawaranakute mo kawatte shimatte mo kimi wa kimi da yo shinpainai yo

Itsuka futari ga otona ni natte suteki na hito ni deatte

Kakegae no nai kazoku wo tsurete kono basho de aeru to ii na

(Me pergunto o que verá a partir daqui

E o que verá aqui

Vou tentar confiar em minhas lágrimas

À essa cidade, onde o sol mancha tudo de laranja

Esse amor nasceu no meio de milhões de raios de luz

Mesmo que você nunca mude, mesmo que você mude, você é você, portanto não me preocupo

Um dia nós nos tornaremos adultos e conheceremos pessoas maravilhosas

E então, espero que possamos trazer nossas insubstituíveis famílias para se encontrarem aqui novamente)

Encaramos o restaurante do outro lado rua, o cheiro bom de comida fazia nossa fome aumentar. O vento gelado parou junto com a neve, deixando a rua um pouco mais agradável. Mesmo assim, senti um pouco de frio, passei minhas mãos em meus braços tentando esquentar.

-Ficou muito frio de repente né? –estava fazendo um esforço para não bater os dentes.

-Sim. Deveria ter trazido um casaco pelo menos.

-Tudo bem. A música já vai acabar.

Ele não tirava os olhos de mim, fazendo meu rosto corar. Tentei disfarçar olhando para o tal restaurante, porém senti ele se aproximando de mim. Seus braços estavam me contornando pela cintura, senti seu coração batendo rápido em meu ouvido. Estava confusa, ergui a cabeça para cima, percebendo que ele também estava envergonhando. O frio passou com aquele abraço, estava sentindo um conforto e segurança naquela hora; aos poucos seu coração voltava a bater no seu ritmo normal.

Ameagari no sora no you na kokoro ga hareru you na

Kimi no egao wo oboete iru omoidashite egao ni naru

Nan oku mono hikari no naka umareta hitotsu no ai

Meguru kisetsu wo kakenukete iku sorezore no ashita wo mite

Sorezore no yume wo erande

(Como o céu após a chuva, como um coração sendo limpo

Lembro de seu sorriso, flutua em minha mente, e me faz sorrir

Esse amor nasceu no meio de milhões de raios de luz

Correremos através das estações, vendo cada um dos nossos vários amanhãs

Escolhendo entre cada um de nossos muitos sonhos)

-E-esquentou um pouco?

-S-sim. –senti ele passando a mão em meu cabelo, usando o dedo para brincar com as mechas. –Melhor irmos comprar o sal para sua mãe.

-Concordo.

Nos afastamos ao poucos, o vento gelado voltou arranhando meu rosto que estava quente. Sempre que tentei olhar para ele, me olhava de volta. Respirei profundamente, passando minhas mãos sob meu cabelo, sentia que meu rosto ainda estava quente.

-Vamos comprar o sal.

Ele se levantou do banco, em seguida fiz o mesmo. Em silencio, fomos até a venda e compramos um pacote de sal. No caminho de volta foi um silencio, minhas tentativas de falar algo falharam, minha boca se mexia mas não saia a voz. Novamente ele me ajudou a caminhar pela calçada escorregadia, segurei firme em seu braço.

-Parece que ficou mais úmida a calçada. –mesmo fazendo esforço, não consegui sair do mesmo lugar.

-Sim, e nem sei onde fica a grama. Senão poderíamos cortar caminho. –ele me encarou um pouco. –Deixa eu te ajudar.

Pensei que ele ia me levantar um pouco, mas me enganei. Me entregou o pacote de sal e se abaixou um pouco. Quando me dei de conta, estava nos braços deles. Novamente senti meu rosto esquentar, eu estava sem falas, apenas pressionei forte o pacote de sal sob meu peito. Nos aproximamos da porta da casa dele, com cuidado ele me colocou no chão. Minhas pernas estavam bambas, precisei me apoiar na parede para me recompor.

-Chegamos! –ele abriu a porta.

-FINALMENTE! –gritou a mãe dele. –A comida está pronta.

-Mas como conseguiu finalizar faltando sal? –ele fechou a porta assim que entrei na casa.

-Achamos um sal de reserva. –ela ria de uma maneira estranha. –Vão lavar as mãos. Nessa época, para pegar gripe é mais fácil do que um piscar de olhos.

-Hinata-sama. –Asuna se aproximou de mim. –Está tudo bem? Seu rosto está pálido com as bochechas rosadas.

-Ah, é o frio. Sempre faz isso em meu rosto. –minhas bochechas ficaram um pouco vermelhas.

-Se estiver se sentindo mal, posso lhe fazer um chá. –o pai dele sorriu para mim.

-Muito obrigada. Vou querer mais tarde. –agradeci.

-Venha Hinata, vou te mostrar onde fica o banheiro.

-E-eu lembro onde ficava, Naruto-kun.

-Lembra? – a mãe dele estava surpresa.

-Lembra? –dava para perceber que o pai dele ficou envergonhado.

-Ah sim, foi aqui que dormiu naquela vez, Hinata-sama? –Asuna bateu uma mão na outra se lembrando daquele dia.

-Pode nos contar o que aconteceu no tal “dia”, Naruto? –o padrinho dele nos olhava de uma maneira maliciosa.

-Venha! –envergonhado, Naruto me pegou pela mão, assim saímos do sala de estar indo em direção do banheiro.

-O que houve aqui? –dava para ouvir a mãe dele fazendo perguntas para Asuna.

-Hehe, acho que não deveria ter tocado no assunto.

Paramos na frente da porta, ele a abriu e estendeu a mão, informando para eu ir primeiro. Abri a torneira da pia, peguei o sabonete esfregando em minhas mãos.

-Pode ficar aqui dentro. Não mordo. –tentei puxar assunto.

Ele ria de minha fala.

-Eu sei que não morde. –ele entrou no banheiro. –Só estava sendo educado.

-Educado? – fechei a torneira. –Onde está a toalha?

-Ah, bem aqui. –ele me alcançou a toalha.

-Obrigada. –sequei minhas mãos. –Vou indo na frente, tudo bem?

-Sim, mas deixe a toalha aqui.

-Ah, quase levei comigo. –entreguei a toalha para ele.

Trocamos algumas risadas antes de volta para sala de estar. Asuna e a Kusshina estavam num papo, me aproximei devagar para não tirar a atenção delas, logo em seguida Naruto chegou e sentou na ponta da mesa.

-Vamos começar. –Kushina pegou o prato contendo o yakisoba.

-Deixa eu ajudar. –Asuna se levantou, pegando a colher.

-Fique sentada, menina. Você é visita! –Kushina balançava a mão, mandando ela se sentar.

-Vai ser uma longa noite.

Quando Naruto falou aquilo, todos riram, Asuna voltou a se sentar, alcançando os pratos contendo a comida para me servir. Minato comentava sobre seu dia para sua esposa, Asuna e eu estávamos um pouco seu jeito, não sabíamos se deveria opinar na conversa ou não. Procurei olhar para o Naruto, ele estava concentrado comendo, Asuna percebeu e riu, também tive uma vontade de ri, mas me segurei.

[...]

Não conseguia me mexer, estava respirando devagar. Meu estomago estava pesado de tanto comida, só de lembrar que faltava a sobremesa da Asuna, a ânsia de vomito voltava com tudo. Tomei uns goles do refrigerante, mesmo assim fez meu estomago pesar mais ainda.

-Minato, estou passando mal. –Kushina jogava a cabeça para trás.

-Isso que dá ser olhuda. Come devagar, Kushina. A comida não vai fugir de você! –ele a repreendeu.

-Hinata-sama, está tudo bem? –Asuna estava preocupada comigo, fazia um tempo que não estava falando.

-E-estou sim. –respirei fundo.

-Ei, Minato. Esse seu chili está muito bom. – o padrinho de Naruto ainda estava comendo, como ele consegue?

-Obrigado, pensei que ia ficar ruim. Pois a Kushina estava jogando praga.

-Quando joguei praga? –ela ficou um pouco furiosa.

-Agra está fingindo, não é mesmo? Que feio, Kushina! –ele balançava a cabeça, negando a atitude de sua esposa.

-Não vou ficar enfurecida pois temos visita. Que tal trocamos presentes? –sua feição mudou de repente.

-Hum, seria ótimo. –Naruto falou de boca cheia.

-Naruto! –Kushina ficou envergonhada e ao mesmo tempo brava. Aquela cena fez Asuna e eu rimos.

-Melhor esperar eles terminarem de comer, ai trocamos presentes. –Minato sugeriu.

-Não me importo em esperar. E você, Asuna?

-Claro que não, Hinata-sama.

-Tudo bem, desculpe pela falta de educação de meu filho. Mas me parece que ele esqueceu! – no mesmo instante que ela o olhou, Naruto piscou para ela.

-Melhor parar. –Minato passou sua mão na cabeça de seu filho.

Asuna e eu cobrimos nossas bocas para não ri alto. Quando conseguimos nos acalmar, olhei a tela de meu celular, havia várias mensagens.

-Desejou feliz natal para seus pais, Asuna?

-Desejei sim, Hinata-sama. Desejou para seu pai?

-Vou mandar uma mensagem agora para ele.

-seus pais moram longe, Asuna? –Kushina perguntou.

-Sim, eles estão na minha terra natal em Nakatsugawa.

-Oh, lá é tão bonito. E faz muito que você veio para cá?

-Vou completar dois anos. Hinata-sama me acolheu, me ajudou a adaptar na capital. Ensinou várias coisas, como se vestir, maquiagem e outras coisas.

-Que sorte encontrar alguém para te ajudar. –Minato acrescentou.

-Tive muita sorte em encontrar a Hinata-sama.

Novamente minhas bochechas ficaram rosadas, Naruto estava me observando. Precisei desviar meu olhar para o lado, senão ficaria nervosa. Ouço som de um gemido, quando olho para o chão percebo que Kurama estava em cima de meus pés implorando por comida.

-Que fofura. –peguei ela do chão, colocando em meu colo.

-Que linda. Qual o nome dela? –Asuna acariciava a cabeça de Kurama.

-Kurama. –Naruto respondeu. –E é ele. –completou com uma risada.

-Ah, me desculpe. –o rosto de Asuna ficou vermelho igual a uma pimenta.

-Ele está com fome. –Kurama estava inquieta, era difícil mantê-la em meu colo.

Fiz de tudo para controlar a pequena raposa, porém ela conseguiu se saltar de minhas mãos. Pulou em cima da mesa, atacando o resto de chili que tinha sobrado. Todos levaram susto, Kushina tentou pega-la, mas fugiu. Foi uma bagunça. Precisamos retirar todos os pratos e copos que estavam sob a mesa para não ser derrubados pela raposa sapeca. Asuna conseguiu captura-la usando uma colher cheia de chili como isca.

Ajudamos a recolher a louça, tampamos o pratos contendo os restos de comida. Asuna levou os copos para cozinha, mesmo a Kushina falando para ela ficar quieta. Naquele instante, percebi que estava distante de Naruto. Ele estava sentando em seu sofá mexendo no celular, sentei ao lado dele, pensando em que falar.

-Desculpe pela Kurama. Sempre está bagunçando. –ele quebrou o gelo.

-Tudo bem, estou acostumada. –bem acostumada, graças ao Kiba tenho que pagar uma conta. –Quer abrir seu presente?

-Quero.

Nos aproximamos da arvore de natal, olhei cada presente procurando o dele. Ele já estava com o meu em suas mãos. Quando o encontrei, percebi que uma das pontas estava amaçada, deve ter acontecido no momento que coloquei junto com outros presentes.

-Pronto? –perguntei.

-Claro.

Trocamos ao mesmo instante. Estava curiosa, não era pesado. Tomei cuidado para não rasgar muito o papel, era bonito. Quando retirei a caixa, percebo que o presente era uma figura de ação da Sakura card captor.

-A Sakura? –estava surpresa. –Como sabia que gostava dela?

-Por que comprou um báculo em Shibuya.

-É mesmo. Obrigada. –fiquei observando ele enquanto abria meu presente.

-Perfume?

-Sim, é da minha nova coleção. –parei alguns instante para pensar. –Agora me sinto mal, pois te dei algo de minha empresa invés de procurar um presente mesmo.

-haha, eu gostei. Na verdade, estava procurando alguns produtos seu para comprar.

-Que sorte, então. –rimos um pouco.

-Obrigado, Hinata.

-De nada. E obrigada pela Sakura.

Kushina P.O.V

Estava observando os dois de longe, Minato me puxou pela cintura.

-Espere, vai que eles se beijam agora!

-Kushina, deixe eles em paz. Estão curtindo o momento.

-Eu sei, e tudo isso foi graças a mim. –fiquei encarando ele por alguns segundos.

-O que?

-Diga que eu estava certa.

-Eu não. Aliás, temos uma louça enorme para lavar. –ele me entregou uma das esponjas. –A louça vai te contar uma história de amor, venha ouvir.

-Como você é sem graça.

-E você, é uma intrometida! 


Notas Finais


"Nossa Sona, pq não colocou eles se beijando?"
Simples, por que estou planejando algo especial. O capitulo de aniversario de Hinata, que é dia 27 desse mes e vou lançar para vcs dela comemorando. E quero fazer algo fofo, lindo para vcs, entendem? Então não fiquem bravos, vai ter beijo SIM! Mas com estilo. hihihihihi
Trabalho de Kushina ainda permanece! E terá resultadooo!

Vestido de hinata:http://tudocommoda.com/wp-content/uploads/2016/03/vestido-com-bota-24.jpg
bota:https://www.megashopsul.com.br/1989-thickbox_default/bota-feminina-cano-alto-preta-salto-12cm-grosso-camursa.jpg
maquiagem de hinata:http://www.pausaparafeminices.com/pausawp/wp-content/uploads/2013/11/tutorial-09.jpg
batom:https://camarimecia.files.wordpress.com/2013/01/67474_311012295686537_281767254_n1.jpg
camisa de naruto:https://http2.mlstatic.com/S_375111-MLB20478330609_112015-Y.jpg

Musica tocada:https://www.youtube.com/watch?v=yNZ1RGJ56nM


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