História Selfie - Capitulo 5: Um pouco de doce.

Hinata P.O.V

Por causa da agitação da Asuna consegui acordar mais cedo, reviramos meu guarda roupa inteiro mas não encontramos nenhuma fantasia. Asuna estava usando o tablet procurando dicas para improvisar uma roupa, eu estava cogitando a ideia de ir numa loja e comprar.

-Senhorita, não encontro nada! –ela parecia decepcionada.

-Não fique assim, Asuna. Vamos encontrar uma saída. –tentei anima-la.

-Irei arrumar seu guarda roupa. Está uma bagunça.

-Sim, reviramos demais. –peguei algumas peças de roupas que estavam no chão. –Vou te ajudar!

Enquanto arrumamos o guarda roupa, encontrei um colete que comprei numa época que tive vontade de andar de moto. Lembrei de um game que a Hanabi estava jogando alguns anos atrás. Peguei o tablete e comecei a pesquisar, encontrei o nome do jogo e as roupas da personagem.

-Asuna, a máquina de costura ainda funciona?

-Sim, senhorita. E ainda tem bastante linha. O que pretendes fazer? –ele estava curiosa.

-Venha comigo.

A personagem era Bayonetta, ela me chamou muito a atenção pois era uma bruxa diferente. Pedi para Asuna me trazer fitas vermelhas e uns aviamentos dourados. Comecei a costurar, como era cedo podia demorar um pouco. Levou algumas horas para dá os detalhes, fazer um corte nas costas e o decote foi um pouco difícil, pois não tinha régua, foi preciso medir com as fitas.

-Espero que esse colete ainda cabe em mim. –olhava cada detalhe da roupa.

-Tem algum sapato especifico para roupa senhorita?

-Sim, me traz aquelas botas que junto com as sandálias de plataformas.

-Por que a senhorita não doa?

-É uma ótima ideia, mas o problema que a moda volta. –mordia os lábios indecisa.

-Sim, eu compreendo. Já volto com suas botas senhorita.

-Obrigada, Asuna.

Coloquei a roupa sob a mesa de costura, caminhei até meu quarto pegando minhas coisas para tomar o banho. Akamaru estava confuso por causa de nossa agitação, pedi para Asuna leva-lo para passear um pouco.

Durante o banho, fiquei mexendo em meu celular vendo as mensagens que a Tenten mandava para mim, a maquiagem aterrorizante que estava fazendo e meu primo levando susto a cada segundo, a cada relato precisava ter cuidado para não derrubar o celular na agua, já fiz isso várias vezes.

Como o colete era de couro, foi preciso passar muito hidratante. Vestir a roupa e calcei as botas. Dessa vez, não podia fazer meus famosos cachos, precisava ter o cabelo bem liso. Procurei dentro da minha caixa de joias um relógio para colocar no peito, encontrei um peguei algumas peças para enfeita-lo e colocar sob meu peito. Usando meus predadores, deixei a colinha bem alto, enfeitando com as fitas vermelhas na volta. Enquanto fazia a maquiagem, Asuna tinha retornado com o Akamura, dando um pouco de comida para ele. Passando na frente do meu quarto, ela fica surpresa com a minha fantasia.

-Senhorita, ficou tão bonito!

-Obrigada, Asuna. Ainda usa aqueles óculos que comprou? –estava finalizando a maquiagem com o batom vermelho.

-Não, a lente acabou caindo, estou usando lente de contato.

-Me empresta eles!

-C-claro senhorita.

Ela correu até seu quarto procurando os óculos, fiquei no meu quarto dando os últimos retoques no cabelo e na maquiagem. Meu celular não parava de apitar, quando olhei era o Neji pedindo para ir mais cedo, ele precisava de alguém de olho na Hanabi antes que ela comesse tudo. Pobre primo, mal sabe que ajudo ela a pegar comida escondido.

-Aqui está senhorita! –Asuna tinha retornado com os óculos em mão.

-Oh, obrigada Asuna. Prometo te trazer a armação inteirinha. –peguei o óculos.

-Tudo bem, senhorita.  Não vou usar eles mais.

Agora para finalizar... –abri meu porta joias procurando um brinco ideal.

-Senhorita, seu celular está tocando. –ela se aproxima da penteadeira. –É  seu primo.

-Sim, terei ir mais cedo para o salão para cuidar da Hanabi. –coloquei os brincos na orelha.

-Mas ela não é mais criança. –ela ficou um pouco confusa.

-Vai por mim, ainda é uma pestinha aquela menininha. Vou indo lá, mas antes passar numa loja de brinquedos.

-Por que senhorita?

-Bayonetta não é nada sem suas armas.

Incorporando a personagem, invés de andar normalmente, eu estava desfilando. Asuna ria de minhas caretas, é bom vê-la feliz, me despedi dela e do Akamaru. Ao abris minha porta, olhei ao redor para confirmar se a Senhora Yuri não estava por perto, nenhum sinal dela. Corri até meu carro, mas assombração sempre aparece.

-que roupa é essa, mocinha? –senti um arrepio ao ouvir a voz dela.

-Senhora Yuri, pensei que estava cuidando de suas flores. –virei devagar, vai que ela me acerte algo.

-Sim, estou com jardineiro já faz algumas horas, graças ao seus monstro.

-Logo ele vai embora e não se preocupe. Esse novo jardim vai ser mais bonito que o outro. –forcei um sorriso.

-Espero mesmo. –ela me olhou com desprezo.

-Eu preciso ir.

Sem pensar duas vezes, abri a porta do carro, deixando as janelas fechadas até ela se afastar. Mesmo quando dobrei a esquina, ela estava na frente da casa dela me encarando, aquela senhora deve ser coisa do inferno. Liguei o rádio procurando alguma coisa, Neji ainda estava enviando mensagens a cada um segundo, precisava passar numa loja de brinquedos o mais rápido possível.

Estacionei o carro na entrada da avenida, onde sempre tinha lojas que vendia de tudo.  As pessoas ficaram me encarando, era idiota o que eu ia fazer mas invés de caminhar normalmente, eu ia desfilar. Logo adiante tinha uma loja de brinquedos, apressei meu passo. Dentro da loja, os empregados me olhavam assustados.

-Procurando algo, moça? –um deles tomou coragem para falar comigo.

-Procuro um conjunto de pistolas. Na cor vermelha de preferência.

-Temos alguns modelos. –ele pegou algumas embalagens me mostrando.

-Adorei, tem mais dessas? –peguei uma das embalagens.

-Temos, mas por que a senhorita que do mesmo modelo? –ele estranhou um pouco.

-Preciso de quatros pistolas, senão a roupa não fica completa.

O rapaz pegou as duas embalagens contendo os dois pares de pistolas. Passamos no caixa e me deu o preço, usei meu cartão para a conta. Voltando ao meu carro, abri as embalagens, as pistolas eram vermelhas, cada uma tinha um pingente diferente e cada uma possuía uma pérola de cores diferente, encaixei duas pistolas atrás de meu calcanhares, as outras duas deixei no banco ao lado. Liguei o carro e mais uma vez Neji estava enviando mais mensagens, respondi avisando que estava por perto.

Peguei um pouco de transito no caminho mas consegui chegar a tempo. Estacionei o carro de baixo de uma arvore, pois o sol estava muito forte. Corri para dentro do salão, ainda estavam arrumando as coisas, Tenten estava se arrumando enquanto Neji olhava para Hanabi a cada 2 segundos.

-Estou aqui. –caminhei até eles.

-Finalmente, essa menina não parava um segundo. –ele ainda não estranhou minha roupa.

-Hanabi, venha vamos comer algo na rua. Sei que está com fome. –peguei ela pelo braço.

-Mas...

-Vem! –pisquei o olho pra ela.

Hanabi me acompanhou até o lado de fora, no outro lado da rua tinha uma sorveteria. Caminhamos até o local, comprei um sorvete para ela um outro para mim. Ela estava brava, pois queria comer os salgados da festa.

-Pode desfazer essa cara. Avisei para me esperar, que eu ia te ajudar pegar sem ele ver. –puxei ela pela orelha.

-Desculpe, mas eu estava com fome! –ela ainda estava emburrada.

-Agora te contenta com o sorvete.

-Você é a Bayonetta? –ela estava me encarando.

-E você é uma das sacerdotisa de rituais macabros. –retribui o olhar.

-Eu adoro os vestimentas delas.

Ficamos alguns minutos olhando para o lado de fora, um carro da mesma marca que o meu parou em nossa frente. Um rapaz saiu de dentro, ele olhou para os dois lados, percebeu que tinha a sorveteria, caminhou até a porta.

-Hinata? –era o Naruto, estranhei por que ele estava de terno.

-Oi, chegou cedo. –fiquei um pouco envergonhada, ele estava muito bonito.

-A-acho que sim. –ele sentou na mesma mesa que a gente. –Por que estão aqui?

-Neji mandou eu ficar longe dos doces. –hanabi ainda estava com ódio.

-Ela não soube se discreta em pegar os salgados sem ser vista e o Neji mandou eu ficar de olho. –olhei para meu pote e não tinha mais sorvete.

-Haha, coitada dela. –ele sorria. –Mas me diga, por que estão vestidas assim?

-É uma festa a fantasias .

-Eu não sabia... Melhor eu voltar pra casa e trocar de roupa.

-Não! Eu tive uma ideia! –Levantei da cadeira num só pulo. –Venha, precisamos ir no shooping!

-Eh, pra que? –Hanabi ainda estava tomando o sorvete.

-Apenas vem. Se importa nos levar? –fiquei um pouco envergonhada.

-Claro que não.

-Vamos então!

Hanabi ainda estava fazendo manhã, mas concordou em ir com a gente. Ele abriu a porta para nos duas, pedi para que a Hanabi ficasse no banco de traz enquanto eu ia no banco ao lado dele. Durante o percurso, um silencio tomou aquele carro, eu estava olhando para paisagem, as vezes olhava para ele mas sentia uma vergonha. Não posso agir desta maneira, já sou uma mulher.

-Estamos quase chegando. –ele sorria para mim.

-S-sim. –foquei a janela.

Eu estava implorando para que chegássemos os mais rápido possível, Hanabi estava mexendo em seu celular, gostaria muito de fazer o mesmo, mas séria falta de educação com ele. Finalmente chegamos, ele estacionou o carro, abriu a porta para Hanabi, ela estava alegre pois um fliperama abriu já fazia alguns dias.

Caminhamos pelos corredores cheios de pessoas, algumas ficaram nos observando. Encontrei a loja que estava procurando. Olhei cada seção até encontrar o chapéu e o cachecol, voltei até ele pedindo para vestir as peças.

-Agora parece um mafioso.

-Boa ideia, One-chan. –Hanabi rodeava ele olhando de cima para baixo.

-Obrigado. –ele fica um pouco envergonhado.

-Não se esqueça de pagar. –apontei onde ficava o caixa.

-Sim.

Esperamos ele no lado de fora, Hanabi queria explorar mais um pouco. Olhei no celular dela, acabei aceitando pois era cedo demais. Caminhando mais um pouco senti um cheiro doce, minha irmã também tinha sentido também. Apressamos nossos passos em direção ao cheiro. Chegando no local, fiquei espantada. Finalmente estava pronto, a loja de doces, só de olhar a vitrine eu poderia ver meus doces favoritos ali.

-Precisamos entrar ali o mais rápido possível! –corri em direção a porta, ela estava aberta senti um alivio.

-Seja bem vinda! –uma moça veio nos atender.

-Eu quero pirulitos!

-É ali atrás, moça. –ela apontou com o dedo onde ficava os doces.

-Obrigada! –corri em direção aos pacotes cheios se pirulitos.

-Eu vou comprar as gomas!

Ficamos um bom tempo olhando cada produto, era balas de vários sabores, pirulitos, bolos e outros tipos de doces. Eles ainda serviram sorvetes e iogurte, Naruto ria de nossas atitudes infantis querendo levar a loja inteira no carro. Sentados na mesa, enquanto minha irmã tomava o sorvete, eu estava me saboreando com o iogurte de morango.

-Coisa maravilhosa! –estava chupando o pirulito.

-Que loja maravilhosa, muito melhor que o fliperama. –hanabi estava jogando em seu celular.

-Foi muito bom ter passado no shopping. Podemos deixar os doces no seu carro por um tempo?

-Claro. –ele estava se divertindo com a gente. –Como o Neji se casou com a Tenten?

-Até hoje não sabemos muito bem. Até ele não sabe. –Hanabi ria.

-Ele chegou em casa com uma cara assustadora e anunciou para gente. Ele estava bastante assustado até mesmo no dia. –tomava o iogurte e comendo o pirulito ao mesmo tempo.

-Imagino.

-Melhor foi quando ele passou dias pensando se tinha tomado a decisão certa. Deu muita pena dele. –ela olhava para o pote, ficando chateada pois tinha acabado o sorvete. –Vou pegar mais um pouco, já volto. –ela se levantou da mesa, pedindo para mulher mais um pouco de sorvete.

-Vi a Sakura esses dias. Não sabia que ela tinha filha.

-Nem eu. –ele parecia tranquilo.

-Você não sabia? –estranhei um pouco, pois eram grandes amigos.

-Ela sumiu, e de repente quando apareceu. Puff com filha e casada.

-Que horror. Todo mundo casando, tendo filhos...

-E eu aqui com meus eternos dezesseis anos –ele completou minha frase.

-Bem isso. Até você pensa desta maneira?

-Claro, primeiro foquei no meu futuro.

-Exatamente, fiz o mesmo. –Peguei o celular para olhar as horas. –Acho que temos que voltar.

-Que horas começa a festa?

-As setes, mas a Tenten demora um pouco par servir. –Virei para traz procurando a Hanabi. –Hanabi, precisamos voltar.

-O que? Ainda não aproveitei o local!

-Vamos.

-Mas antes, vamos passar numa lanchonete e comprar algo de salgado. –ele fazia uma careta.

-Tanto doce enjoa mesmo. –eu ria dele.