História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Festa

A agitação dentro da boate era contagiante, logo que entrou Mariana foi recebida por alguns colegas.

C1: Olha a Mary! Disse apontando.

C2: Olha ela, que gata! Disse indo ao encontro dela.

M: Boa noite! Disse animada e indo em direção para cumprimentarem com abraços saudosos e beijos no rosto. Mesmo um pouco distraída o olhar de Mariana percorria a boate tentando encontrar seu único sossego, que também era motivo de tormentas, Henrique, ela não tinha o visto e um misto de sentimentos invadiu seu corpo não sabia se era bom ou ruim, porem do bar Henrique estava a observar, tinha a visto assim que ela entrou,reparou em cada detalhe e o mais significativo era que ela assim como ele estava desacompanhada, Mariana falava muito, era espontânea e ao gesticular com as mãos Henrique teve a certeza de que continuava solteira, conhecendo bem como ele conhecia saberia que mesmo sendo uma neurocirurgiã não admitiria a dispensa das alianças, ele não conseguia disfarçar seu nervosismos, suas mãos estavam suando, eram mais dez anos, tanta coisa havia mudado e ela continuava ainda mais bonita, os olhos pareciam mais verde e brilhantes, ele queria ir até ela, mas tinha medo da sua reação então ficou apenas no bar. Mariana começou a circular entre os colegas até que chegou a um local da boate onde podia visualizar o bar, lá uma pessoa em especial a chamou a atenção, era Henrique ele estava com uma bebida na mão e conversava animadamente com um grupo de colegas, suas pernas ficaram um pouco bambas e ela sentiu um incomodo, não era raiva, era seu coração que batia cada vez mais forte e ela não estava conseguindo controlar. Seus olhares se encontram e ele lançou um sorriso, como se fosse um (Oi), ela correspondeu com um sorriso de canto de boca, porem nenhum foi até o outro para se cumprimentarem, ficaram praticamente a festa toda se evitando, apenas na hora da foto que se aproximaram, Henrique ficou ao seu lado, depositando uma mão boba em sua cintura, assim que a sessão de fotos terminou, Mariana e Henrique se encaram, ele partiu logo para o ataque, aproximou-se dela e a puxou para um abraço, Mariana não se esquivou, ela correspondeu, era uma abraço longo e apertado, cheio de saudades, magoas e  paixão;

H:Oi! Sussurrou em seu ouvido.

M: Oi, pensei que íamos ficar a noite inteira nos evitando! Disse rindo.

H: Se dependesse de mim não! Após se soltarem do abraço quase esmagador, Mariana e Henrique conversaram por um tempo!

M: Não sabia que estava de volta?

H: Cheguei a uma semana, aproximadamente, estava visitando meus familiares; foram mais de uma década longe! E você, olha para você, está ótima! Jogando o bom e velho charme.

M: Obrigada! Disse envergonhada. Você está ótimo também, o tempo te fez muito bem, está mais.... pensativa

H: mais??? Curioso

M: Charmoso! Algumas pessoas chegaram perto deles e Mariana aproveitou a deixa para sumir para o banheiro!

No banheiro, Mariana ficou se olhando no espelho e repetindo para si mesma, a frustração que sentia por ter flertado com Henrique; “ O que está acontecendo com você Mariana? Não é assim que você tem que tratar ele, seja fria e não uma boba idiota que está se derretendo por um homem que preferiu a carreira do que a você! Ela ficou por um tempo no banheiro, Henrique tinha notado sua ausência e acreditou que ela poderia ter ido embora, mas Mariana estava apenas refletindo, ela saiu e foi direto para o bar, ele continuava conversando animadamente.

Enquanto olhava o cardápio de bebida distraidamente, Henrique se aproximou e disse:

H: vou te pagar uma bebida, posso?

M: pode, desde que seja boa!

H: deixa comigo!

Barmen: e ai senhor, qual a pedida?

H: para mim um uísque com gelo e para minha acompanhante, um Daiquiri!

Barmen: ótima pedida!

A bebida chegou e Marina começou a curtir o momento, conversavam animadamente sobre assuntos diversos que não diziam respeito a antiga relação, entre vários e vários drinks tanto mariana como Henrique já estavam altos, a libido dos dois alteradas e o desejo nos olhos de ambos era perceptível, Henrique iniciou uma sessão de caricias em Mariana, nada muito afoito, eram apenas toques no rosto e pescoço dela, mas que emanavam energia, estavam elétricos, Mariana estava curtindo o momento iniciou caricias um tanto quanto audaciosas em Henrique, seu pé subia e descia entre as pernas dele o provocando ele casa vez mais, estavam indo além do rancor que sentia um pelo outro, o desejo estava a flor da pele como uma bomba atômica a qualquer momento poderia explodir, mas o momento foi interrompido quando um dos colegas tirou Mariana para dançar, voltaram ao seu estado normal quebrando o clima. Já passava das três da manhã quando Mariana percebeu que Henrique não estava mais na festa, decidiu ir embora já havia feito muita besteira, despediu-se de seus colegas e quando saiu da boate deu de cara justamente com ele.

M: pensei que já havia ido embora?

H: estou tentando, mas nenhum taxi a disposição passou por aqui!

M: Bom, não sei se vai conseguir algum, mas se quiser posso te oferecer uma carona!

H: não vai ser preciso, logo vou conseguir um, mas muito obrigada! Henrique estava um pouco frio com Mariana, talvez pelo fato dela ter o deixado sozinho para dançar, ele não sabia ao certo o que sentia.

M: bem , é você quem sabe! Boa noite! Ela saiu em direção ao carro, estava arrependida por ter sido gentil com ele. Henrique percebeu que a carona de Mariana era a melhor opção, assim que a viu entrando no carro ele foi em direção a ela.

H: pensei melhor, você ainda pode me oferecer uma carona?

M: claro que sim, entra!

Saíram em direção ao hotel que Henrique estava hospedado,  ele não possuíam parentes no Rio, por isso o motivo de ter ficado hospedado em um hotel. Durante o caminho Henrique investigou Mariana quanto a sua vida sentimental.

H: você esta casada, ou em algum relacionamento?

M: não, eu não me casei, não tive a oportunidade- disse o alfinetando.

H: é realmente não te dei essa oportunidade, mas você conheceu outros homens, por que não deu certo com os demais?

M: minha mãe desenvolveu uma doença rara, ocupou meu tempo livre, eu revezava com minha irmã para cuidar dela era um duelo vida pessoal e profissional, realmente me envolvi com outros homens, mas não era a hora de me envolver em um relacionamento serio, bem minha mãe morreu  a dois anos.

H: nossa eu não sabia, desculpa a intromissão!

M: não há problemas, meu sonho sempre foi ter uma família, por isso não demos certo, mas e você eu jurava que alguém ia conseguir te amarrar! risos

H: rsrsrs, Mary se você não me amarrou, acha mesmo que alguém ia conseguir?

Marina ficou em silencio por um tempo não sabia o que responder, ele a tinha pego de surpresa.

M: eu não sei, infelizmente não consigo medir o grau de envolvimento, paixão ou amor dos casais!

H: está querendo me dizer então que não sabe a intensidade do nosso passado? Disse a encarando.

M: eu prefiro não falar dele!

H: pois eu falo, mesmo por não ter dado certo antes, eu não quero esquecer, eu não consigo! Nesse momento ela estacionou o carro em frente ao hotel, não conseguia encará-lo, não sabia como agir, então tomando o silencio como uma despedida Henrique  pegou em seu rosto, virando para ele e olhando nos olhos disse:

H: Vai me dizer que não sente mais nada? Que não me ama, que não me deseja?

M: Nossos desejos nunca foram respeitados e não seria agora!

Henrique se aproximou dela, mas em vez de beijá-la na boca depositou um beijo sereno no rosto, era a despedida, saiu do carro e foi caminhado até o hotel. Ele sabia que não era fácil, mas foi a sua única esperança.

Mariana continuou com o carro estacionado, estava pensativa e mais uma vez via o homem que amava indo embora mais uma vez, essa poderia se a ultima chance a despedida de ambos, então ela abriu a porta do carro e saiu do carro, gritando seu nome na ultima tentativa,  ele apenas para e a olha de volta, cheio de esperança, resgatando a ultima que ainda tinha e então vê ela indo em direção a ele, deixou seu orgulho cair no chão, e num pequeno espaço de tempo, puxou o para si, com a força de quem sabe o que é amar, ela encostou seu rosto no dele, estava agora face a face um do outro. Ficaram se olhando por poucos segundos, e então aconteceu. Seus lábios se tocaram como nunca antes, a cada movimento, ela estava mais entre seus braços. Ele a consumia estava com fome de sentir a língua dela em sua boca, se embebedava do sabor que seu beijo tinha, como se aquele fosse o último beijo que daria em toda sua vida. Seus corpos estavam rígidos, quase que em um clímax impossível de evitar. Mas o que também não podia ser evitado, era a despedida, que depois de ter sido regada com tão beijo, não era mais tão dolorida quanto antes.