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História Sem direção (Destiel e Sabriel) - Teimosia e Solidão


Escrita por: RoSlytherin

Notas do Autor


Depois de um fim de semana meio pombo, uma balada mais ou menos e boys bonitos mas toscos eu estou aqui, com um capitulo novo.

<3

Capítulo 23 - Teimosia e Solidão


 

Samuel descia até a portaria do prédio um tanto quanto pensativo, dúvidoso sobre as palavras que deveria usar com Gabriel nesse momento mais do que delicado de seu casamento. Não era como se ele não soubesse o que dizer, o problema estava em como dizer depois da forma desprezivel que o tratou.

Essa não seria de fato a primeira tentativa de reconciliação após uma briga, mas por mais que houvessem mil discussões essa tarefa nunca se tornaria fácil, ainda mais tratando-se de Gabriel e o pior desentendimento que vivenciaram até o momento. Gabe não era nem de longe a pessoa mais fácil de lidar, no entanto Sam sempre soube usar as palavras certas para dobra-lo, os gestos medidos seguidos de desculpas sinceras bastavam. Contudo, nenhum de seus desafetos chegaram a um nível tão desastroso como este. Samuel Winchester não sabia como reagir, ele desconhecia esse novo terreno em que estava prestes a pisar. Quer dizer...Nunca tinham brigado por uma razão tão particular, e analisando melhor Sam sabia que havia tocado num ponto traumatico do passado de Gabe e feito disso uma nova memória desagradável para o baixinho.

Não deve ter sido fácil para ele abrir-se sobre essas experiências tão intímas e um tanto vergonhosas, de certa forma. Samuel sabia o quão difícil era para Gabe, e em vez de compreensão Sam o recebeu com mais um punhado de ofensas e julgamentos desenecessários, pensou tanto em sua imagem, prezou por seu ego e agora via que esse falso retrato de bom moço não valia de nada sem Gabriel.

Nada valia a pena sem ele consigo!

E Sam nunca sentiu-se tão próximo de uma separação como sentia enquanto deixava a empresa para encontrar-se com Gabe.

Samuel seguia temeroso, sua relação caminhava em cima de uma corda bamba e ele sabia que o menor deslize a faria cair. Não queria acabar com o seu casamento por ser imprudente, e ele sabia que seria esse o fim de sua relação se não tomasse uma atitude. Não queria que as coisas terminassem para sí do mesmo modo que acabaram para Dean.

Seu irmão mais velho era tudo que Sam não queria ser como marido, e seguindo o exemplo inverso ao de Dean, ele se dirigia para o carro afim de consertar seus erros. Retendo-se, porém, ao se deparar com o seu cunhado chorando proximo ao meio fio.

E Sam tinha uma forte intuição de que a causa do choro começava com a letra "D", de Dean.

- Cas? O que ho...

- Não foi nad-a Sam. - Castiel fungou enchugando as lágrimas com pressa, logo mudando a direção do assunto. - Não devia estar trabalhando? - Indagou com a voz embargada.

- Gabe passou mal e eu não conseguiria trabalhar em paz sabendo disso. - Explicou, já desativando o alarme do carro estacionado na frente da empresa.

- Gabriel está doente? O que ele tem? - E foi impossível esconder sua preocupação.

- Não Cas...o Gabe só está passando por uma fase complicada. - Justificou Sam.

Mas Castiel continuava com sua feição preocupada, parecendo ainda mais afetado do que quando o avistara.

- Castiel, vamos conversar. - E ele o guiou com uma mão em suas costas em direção ao carro.

Sam sabia que haveria um grande risco de Gabe o matar se segui-se com o que pretendia dizer, no entanto Samuel reconhecia estar mais do que na hora de Cas saber sobre a grávidez.

No inicío seu cunhado estranhou o fato de terem parado num café, no entanto Sam não queria contar uma notícia deste calibre no meio da rua. Para ser sincero ele esperava que fosse Gabe a dizer para o irmão, contudo, levando em conta o andamento dos fatos Samuel se via com essa responsábilidade.

Foram tantos problemas que algumas questões acabaram esquecidas. Mas Sam tratou de corrigir esse esquecimento, explicando a Cas da melhor forma que podia o caso da grávidez de Gabe, ganhando olhares cada vez mais confusos do moreno que tentava absorver a quantidade de informações um tanto quanto peculiares.

- Não sabia que homens engravidavam. - Disse com um leve inclinar de cabeça, parecendo analisar a situação com um profundo interesse.

- É uma questão..."complicada". - Começou Sam pensando num jeito simples de explicar as causas biológicas para esse fenomeno quase inédito.

O caso de Gabriel não era de fato o primeiro.

E Samuel se pegou entrando em uma discussão casual sobre os fatos que levavam Gabriel a ser capaz de gerar um filho, o que foi um tanto engraçado dada as expressões de Cas. O moreno parecia constantemente confuso, franzindo as sombrancelhas enquanto sorvia de um café sem tirar os olhos de cima de Sam. Mas Samuel foi paciente em explicar, ganhando o contentamento e felicitações de Castiel a respeito de ser um futuro "pai", palavra que ainda o deixava um tanto nervoso em alguns aspectos.

Cuidar de uma criança era sem dúvida uma responsábilidade imensa, John mesmo não era a melhor definição de pai, no entanto foi a única referencia que teve, e no fundo Sam receava não ser o bastante assim como seu próprio pai negligente. Parecia assustador quando pensava na quantidade de responsábilidades que essa criança pedia, mas o medo de embarcar nesse navio desconhecido era suprido pela felicidade que sentia só de pensar em segurar seu filho nos braços.

Castiel também parecia alegre com a perspectiva de ser tio, e Samuel aproveitou seu entusiasmo para pedir que ele fosse visitar Gabe, faria bem a Gabriel ter a companhia do irmão. E pensando na hipótese de falha em sua futura tentativa de reconciliação seria de grande ajuda ter Castiel ao lado do baixinho. O faria sentir mais seguro quanto a saúde de Gabe, ao menos daria um suporte enquanto ele esperasse a poeira abaixar para seguir numa nova tentativa de reaproximação.

Contudo, Castiel não pareceu se agradar com o assunto, se remexendo desconfortável antes de começar a falar, e Sam sabia que mais uma bomba viria por aí.

- Amanhã eu estou partindo da cidade Sam, mas eu volto quando o bêbe nascer, e prometo ligar sempre, desculpa não poder te ajudar. - E ele baixou o olhar parecendo desanimado, antes de voltar a fita-lo com seriedade. - Só, cuida bem do meu irmão. 

Um pedido sincero que Sam fazia questão de realizar, mas as circunstâncias não pareciam andar ao seu favor.

- Castiel eu e o Gabe estamos "brigados", eu vou tentar reverter isso, mas ele anda tão frio que... - Sam mordeu os lábios inseguro. - Eu realmente não sei o que vai ser da gente, mas juro que vou tentar de tudo para o Gabe e eu voltarmos a ser os mesmos de antes.

- Ele te ama Sam, vai dar tudo certo.

Foram poucas palavras seguidas de um olhar verdadeiro, mas essa atitude bastou para o fazer sentir-se mais seguro. Talvez fosse o jeito tranquilo e firme com que Castiel falava, ou quem sabe ele só precisasse de umas palavras de incentivo. O fato é que ele deixou o café com uma certeza que não possuía quando entrou naquele lugar. 

Ele se reconciliaria com Gabe.

Sam dirigia mais relaxado quanto ao diálogo que pretendia ter com seu baixinho. Conversar com seu cunhado ajudou de certa forma a dissipar a tensão natural que sentia em relação a sua situação. Foi bom e esclarecedor até certo ponto. No entanto não pode se extender muito, queria chegar rápido em sua casa, um desejo do qual não sentia desde que se afastou de Gabe e...Não importava mais, Sam só pensava que precisa estar disponível para cuidar de Gabriel e por um fim definitivo a guerra fria que vivia dentro do seu lar.

Sam entrou em casa ansioso, esperava que pudesse ter uma receptividade boa de Gabe, considerando os longos anos de casamento bem vividos até o momento, mesmo que tenha agido tão grosseiro Sam contava com a compreensão de Gabriel, afinal, não é todo dia que se descobre que seu marido é um ex garoto de programa. Foi uma reação automática demais para ser levada em consideração. Gabe não podia por sua relação em xeque por conta de um momento, ou talvez dois...Ok, foram alguns momentos infelizes onde Sam o magoou. 

Ele não negava tudo que falou e pensou a respeito de Gabriel, no entanto não passou de um momento de despeito, e Sam esperava que Gabe entendesse que tudo que ele disse foi da boca para fora.

Gabe precisava entender...

E Samuel passou a subir as escadas mais reflexivo do que nunca. Ele só torcia para Gabriel não fazer dessa briga um motivo para bloquear suas investidas, mesmo não tirando sua razão se assim fizesse. Foi insensível com os sentimentos de Gabe, até mesmo cruél, contudo estava mais do que disposto a compensa-lo. 

Sam abria a porta do quarto pensando em mil formas de pedir perdão, reconhecia sua culpa nas reações que se sucederam, não precisavam ter ido tão longe com essa briga se ele o tivesse aceitado desde o princípio. Samuel sentia-se na obrigação de consertar a situação desagradável que criou. No entanto tudo que pensava em dizer ou fazer precisou esperar quando pisou no quarto encontrando a cama vazia e os lençóis bagunçados, identificando na sequência sons de enjoo vindos da suíte.

Não foi preciso pensar muito para descobrir que era Gabe e sair correndo para ajuda-lo, encontrando-o encolhido ao lado do vaso sanitário.

Sentiu-se péssimo ao vê-lo caído e mais pálido que uma vela. Por um segundo imaginou como Gabe vinha passando por esses processos sozinho, carregando todo o fardo de uma grávidez problemática nas costas enquanto ele remoía um passado quase morto.

Sam não demorou a puxa-lo sentindo-se um idiota por perder tempo com bobagens, mas acabou  ganhando um empurrão fraco e alguns resmungos.

- Saí Samuel, eu não precisei da sua ajuda até agora. - Continuou relutante, mesmo com tudo mostrando o quanto estava abatido.

Gabe se afastou em direção a pia, lavando o rosto excessivamente pálido com a água gelada, tendo que apoiar nas bordas quando uma tontura repentina o atingiu.

- Para com essa teimosia. - Sam pediu segurando-o para dar apoio. - Gabriel eu quero cuidar de você.

- Desencosta, eu sei me virar. - Continuou impassível, mesmo que no fundo desejasse esses cuidados.

Essa demonstração direta de preocupação era o que Gabe vinha esperando, mas seu lado orgulhoso o levava a recusar o auxilío do seu marido moralista. 
 

Sam não se mostrou tão interessado com sua saúde quando o ofendeu, muito menos nas noites passadas fora sabe-se lá onde e com quem...Gabe respirou fundo, o enjoo voltando com força, mas não queria dar o braço a torcer, não para seu marido hipócrita e puritano.

- Gabe, você não está bem, me dei...

- Eu sei me cuidar sozinho. - Cortou-o com uma irritação que aflorava ainda mais seu mau estar, contudo Gabe disfarçava para ver se assim Sam saía do seu pé.

- Vou te fazer um chá para o enjoo. - Disse tentando ignorar a hostilidade de Gabe.

E Sam saiu do banheiro a contra gosto, descendo preocupado até a cozinha pensando no estado em que Gabriel ficou. Encontra-lo dessa forma o fez refletir sobre o número de vezes em que Gabriel passou por situações semelhantes e ele não esteve perto para ajudar, nem mesmo uma palavra de carinho para acolhe-lo nessa fase onde especialmente Gabe se tornara mais carente de cuidados e principalmente afeto. 

Sam preparava o chá com um aperto desconfortável, certamento reflexo da culpa que sentia por ter negligenciado alguém tão importante. Mas Sam não pretendia se ausentar mais, voltando para o quarto com uma xícara fulmegante nas mãos e a certeza de que estaria por perto ainda que Gabe não quisesse. 

"Era só sua teimosia falando mais alto", pensava abrindo a porta e o encontrando de pijama e cabelos molhados. Recém saído do banho, com uma cara um pouco melhor do que o encontrou.

Cauteloso Sam deixou a xícara em cima do criado mudo, vendo Gabriel a pegar em seguida. Samuel levou alguns minutos somente observando o baixinho tomar o chá, calado, aguardando o momento oportuno para se aproximar. Sabendo que era a hora quando Gabe encostou na cabeceira da cama, aparentemento calmo em vista de alguns minutos atrás.

- Melhor ? - Indagou ainda receoso, sentando-se na ponta da cama.

- Preciso hibernar por uns dias, pode apagar a luz e fechar a porta quando sair. - Respondeu um tanto cínico demais.

Contudo Sam estava determinado a quebrar essa barreira de gelo que Gabe criou a sua volta, puxando ele num impulso para um abraço caloroso.

- Me desculpa. - Sussurrou acariciando seus cabelos claros. -Só me deixa cuidar de vocês dois, por favor. - Pediu segurando seu rosto em expectativa, deslizando o polegar com cuidado sobre a bochecha pálida no aguardo de uma resposta.

***

Era tarde quando o Winchester terminou o expediente deixando o escritório com um alívio evidente. Foi uma tarde difícil, a pior de todas para Dean, que não sabia como conseguiu se controlar mediante a quantidade de "surpresas" para um único dia, tendo a partida de Cas como a mais difícil de engolir.

Ele precisava de uma boa dose de álcool para digerir essa amarga perda...

E o loiro seguia para sua baby pensando em passar no Roadhouse, ou quem sabe encher a cara em casa mesmo, "pouparia o trabalho de ter que voltar", pois naquela noite Dean não pretendia terminar sóbrio...Analisando melhor dirigir para casa parecia ser uma boa opção, concluía entrando no carro, atravessando a 110km/h sobre a noite sem vida. 

Era mesmo uma noite nebulosa!

O céu escuro e a ausencia de estrelas denunciavam chuva, mas Dean sabia que a maior das tempestades já assolava sua vida. Só de lembrar que Castiel iria embora sem dizer para onde ou se iria voltar fazia-o perder a razão. Esse golpe foi duro, a maior rasteira que a vida lhe deu, e para seu desespero não parecia haver um jeito de se reerguer.

Todas as esperanças que Dean ainda cultivava em cima de seu casamento morreram com aquela despedida odiosa. O Winchester não estava preparado para perde-lo por definitivo, Dean não se acostumava com a ideia, e talvez nunca pudesse se acostumar.

- Ah Cas...não faz isso, não me de... - Dean suspirou controlando com esforço o choro entalado na garganta, fazendo-o descer enquanto sua revolta subia.

Não tinha nada que pudesse fazer para Castiel mudar essa decisão, e essa era a maior de suas frustrações.

Sua mão esquerda deixou o volante por um instante, passando por seu rosto com força. Dean sentia raiva, de sí e da situação em que se colocou. Não demoraria para chegar em suas mãos o processo de divórcio e Cas veria-se livre, pronto para seguir em frente, talvez até encontrasse alguém...Melhor do que ele.

Castiel era lindo, gentil, um homem inteligente que podia facilmente cativar algum idiota a espreita, do mesmo modo que um dia o cativou. Cas então construíria novos vínculos, apaixonaria-se de novo por outro imbecíl que Dean já odiava. Sim, ele odiava pensar em Castiel ao lado de outro sortudo, amando um homem que não era ele mas que poderia ser muito melhor. 

No fim Dean sabia ser o único idiota nessa história, o imbecíl que esmagou sua felicidade em um ato inconsequente. Castiel tinha todo o direito de querer sumir, refazer sua vida sem ele, assim como Dean não se via obrigado a aceitar a separação iminente. Ele não queria ter que agir como se estivesse legal com essa decisão, não queria seguir com outra pessoa e nem vê-lo com alguém. Simplesmente não conseguia mais fingir que estava bem. Por isso Dean deixava o carro com tanta pressa, invadindo a cozinha e tirando de lá a primeira garrafa que encontrou na geladeira.

Por aquela noite Dean não atuou e nem foi preciso esconder tudo que sentia, extravasando em cada nova garrafa esvaziada a insatisfação com sua realidade solitária, na esperança de que bebesse o suficiente para apagar.

Contudo, quanto mais bebado mais lúcidas pareciam suas recordações. A imagem de Castiel tornando-se mais clara, quase materializando-se na frente do loiro jogado no sofá da sala. E Dean não conseguia controlar a avalanche de lembranças que de repente apareceram para o atormentar.

Mesmo de olhos fechados Dean ainda o via, naquele sofá onde agora estava abandonado e bêbado. Ele estava completamente embriago, mas tanto álcool ingerido só serviu para clarear sua memória carente. Uma lembrança tão clara...tanto que jurara ouvir a voz rouca de Cas em seu ouvido. No entanto não era mais do que uma recordação de um tempo em que ainda eram felizes.

- Não é fascinante Dean? - Perguntava sem desgrudar os olhos da televisão.

Dean ainda se lembrava do rosto deslumbrado de Cas ao assistir um documentário sem graça sobre abelhas. O jeito curioso prestando atenção a cada detalhe que o loiro não fazia muita questão de se atentar. Dean tinha algo bem mais interessante sentado ao seu lado para admirar, mesmo que o olhando calado só para não quebrar a concentração apaixonada de Castiel.

E durante alguns minutos ele bem que tentou respeitar o momento de Cas. Dean sabia o quanto ele admirava aqueles insetos dos quais o loiro era alérgico, não queria atrapalhar aquela contemplação sobre um assunto extremamente entediante, na opinião de Dean, mas que prendia Castiel. Entretanto, o Winchester não conseguiu manter a postura por muito mais tempo, e quando deu por sí já agarrava Castiel.

- Estou assistindo Dean. - Tentou argumentar.
No entanto o loiro estava determinado a provocá-lo, e no fim sabia que o faria ceder.
 

- Prefere as abelhas ou eu? - Inquiriu prensando o corpo de Cas contra o seu.

Cas não deu uma resposta...

Mas Dean entendeu sua escolha quando teve o rosto segurado pelas mãos do moreno, acabando atracado a Castiel, tendo o documentário esquecido como plano de fundo.

Foi então que o Winchester se deu conta de que havia um algo que envolvia Cas a ponto de faze-lo rejeitar até mesmo suas vontades.

Dean! O loiro sempre foi prioridade para o moreno.

Castiel abriu mão de muitas coisas quando tratava-se do Winchester, e durante um bom tempo o loiro pensou que nada fosse mudar.

Até abrir seus olhos cansados se deparando com uma casa vazia.

Castiel foi embora e ele ficou sozinho, divagando em lembranças que nunca voltariam, num estado deplorávelmente alterado. Talvez fosse esse seu castigo, uma consequência que Dean pagava por um conjunto de escolhas mal pensadas. Sim, era a punição da qual tinha que arcar por ter envolvido uma terceira pessoa que nunca deveria ter existido em seu casamento.

Lisa foi sua desgraça!

Se deitar com a morena o fez chegar onde chegou, embriagado, sozinho e ressentido. Ele nem mesmo conseguia entrar no próprio quarto, era patético. Dean sabia que cedo ou tarde teria que aceitar, mas por aquele momento ele só queria beber.

E Dean esvaziou garrafas o suficiente para adormecer seus sentidos. Levantou cambaleante, sua visão turva, mas ainda assim insistiu em caminhar. Dean não entendia por que entrava naquele quarto, talvez fosse sua consciencia querendo o machucar, ou a saudade do moreno falando mais alto.

Foi tão expontâneo em entrar no antigo quarto do casal, agora um comodo estranho para o loiro, que evitava essa entrada desde que a partida de Cas passou a ser sentida com mais força.

Os movéis ainda eram os mesmos, tudo continuava igual. Contudo era notável a ausência de algo importante.

Castiel!

Era a peça que faltava ali, o que de fato preenchia a casa e a vida de Dean. Nada era o mesmo sem ele, até mesmo a cama não parecia mais tão confortável. Mas ainda assim Dean se deitou no colchão vazio, os lençóis sem graça pela falta da presença de Cas, contudo não era apenas na cama que Castiel fazia falta. 

As lacunas que ele deixou eram bem mais amplas para Dean, que contemplava desgostoso aquele quarto esquecido e abandonado com a ausência de Cas.
 



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