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História Sem Garantia e Com Defeito - vhope (em correção) - Bônus - Sem Garantia e Com Defeito


Escrita por: sutj3sk4

Notas do Autor


As mensagens trocadas se passam em um futuro não muito distante, só pra não ficar muito confuso.

Não é bemmm narrado pelo Hoseok, é mais ele contando sobre ele, só para o conhecerem melhor.

Boa leitura. <3

Capítulo 14 - Bônus - Sem Garantia e Com Defeito


Fanfic / Fanfiction Sem Garantia e Com Defeito - vhope (em correção) - Bônus - Sem Garantia e Com Defeito

Somos comentas em um campo de asteroides evitando colisões na medida do possível, coisa essa que se torna praticamente impossível quando o quesito é sobrevivência. Viver. Existe uma grande diferença entre ambos, por isso tantas pessoas perguntam para si mesmas se vivem ou apenas sobrevivem a esse mundo que nos obrigada a não falhar.

O mais errado de tudo isso são as pessoas que apenas sobrevivem, essas que não sabem viver e então olham para vidas alheias, pessoas alheias, desejando ter a vida que essas têm. Tiram conclusões precipitadas, enxergando apenas o que querem enxergar, desejando apenas aquilo que gostariam de ter, sem se importarem se realmente seria útil ou inútil. Algo sem relevância. Bens materiais. Bens irrelevantes.

O que mais me chateia são essas mesmas pessoas que apenas sobrevivem olharem apenas o que há por fora, sem se importarem sobre a verdade; a realidade. Não se importam se é um rosto feliz ou apenas uma máscara escondendo a tristeza que há por trás. A vida que há por trás. Admitem com tamanha coerência que aquelas pessoas são felizes, que a vida delas é fácil. Boa. Dizendo alegre e abertamente o quanto queriam ser elas. Ter a vida delas. – Não! Não. Não, não; NÃO! Não façam isso, não digam isso, não desejem isso. Não sobrevivam. Vivam! Sejam aquilo que vocês desejam para si mesmas, não o que desejam ser de outras pessoas. Não enxerguem vidas que não estão no alcance de seus olhos. Enxerguem a suas próprias vidas. Vivam. Sobreviver é para fracassados.

Eu era um fracassado.

A vida nunca foi fácil, como disse anteriormente, vivendo constantemente em um cometa que evita colisões. Eu nunca realmente vivi até os meus dezoito anos. Sempre sobrevivendo de uma maneira que meus pais queriam que eu sobrevivesse. Vivendo a vida que eles queriam e não a que eu queria. Não. Eu não tenho nenhum distúrbio psicológico por conta de um passado catastrófico. Longe disso. Eu não vivi porque eu não sabia viver. Eu apenas sabia sobreviver, e quando decidi finalmente quebrar essa barreira da sobrevivência e ter, finalmente, uma vida coerente. Uma vida que eu queria, é que veio então, as colisões.

Mas tudo mudou quando decidiram finalmente aceitar que eu gosto mesmo é de um homem.

O homem que fez de tudo para falar para a minha família que estávamos juntos e que depois sumiu, levando uma parte de mim.

Essa foi a primeira colisão.

Me assumi abertamente homossexual.

A segunda colisão foi quando eu disse que não queria assumir as responsabilidades da família, já que meu pai é um grande e famoso CEO de toda a Coreia. Eu não iria comandar todas as empresas igual afirmavam dizer, e sim, ser um tatuador.

Desde a minha infância eu gosto de desenhar. Meu sonho sempre foi fazer das pessoas a minha tela. Expor nelas as minhas obras-de-arte. Eu sempre quis isso e corri atrás para conseguir exatamente isso que eu tenho hoje em dia.

Após afirmar e dizer com convicção isso, mais colisões vieram à tona. Mais motivos que me ensinaram a viver. Tivemos brigas, grandes discussões, desentendimentos em grande parte do tempo apenas sobre o porquê de eu não querer fazer aquilo que eles queriam que eu fizesse. Nessa hora já não ligavam mais para a minha sexualidade ou com quem eu transava no fim do dia. Eles queriam saber do dinheiro que eu iria ganhar. Como iria conseguir sobreviver. E então eu lhes disse: “eu cansei de sobreviver, agora eu apenas vivo. Eu voo com minhas próprias asas. Eu vivo a minha vida do jeito que eu quero.” E então peguei a minha Fat Boy da Harley Davidson que meu avô tinha, dando-a para mim quando faleceu. Nessa época eu ainda me encontrava com 17 anos, apesar de não ter habilitação, eu não deixava de usá-la – tanto que já fui preso por ser pego – e fui viver a minha vida do jeito que eu queria, abandonado a casa de meus pais.

Cansei de sobreviver.

Apesar de todos os acontecimentos e intrigas, quando passei a cursar o que eu queria no intuito de melhorar as minhas artes, eu realmente fiquei feliz. Fiquei feliz depois de tanto tempo sofrendo colisões. As colisões haviam me ajudado, eu não as esqueço; eu as lembro com o intuído de aprender a viver melhor. Meus pais aceitaram; me aceitaram. Aceitaram as minhas escolhas afirmando que não podiam me julgar. Eu havia criado as minhas próprias asas. Eu estava voando rumo ao desconhecido. Eu estava vivendo.

No tempo que fiquei fora de casa passei a morar em um apartamento pequeno que havia no centro. A única coisa que eu tinha era a minha moto e algumas roupas que consegui trazer de casa em uma mochila qualquer. Não ousei ficar nos dormitórios da faculdade, não quando ali as colisões me atingiam. Eu queria viver e lá eu não viveria. Meu pai me ofereceu uma casa para morar quando já estivesse pronto, quando me sentisse confortável o bastante para morar em um local maior, melhor e sozinho. Já que o apartamento eu dividia com um colega, Jungkook. Apesar de mais novo, estávamos na mesma faculdade. Cursando o mesmo curso. Eu estava terminando e ele começando.

A casa fica em um bairro famoso, rico e familiar. Desejado por todos de Seoul a morar lá. Como eu não estava a usando, deixei minha irmã usá-la, já que a mesma estava em um impasse, sofrendo uma grande colisão. Aprendendo a viver.

O The Alibi Room nasceu com meus vinte e um anos de idade. Consegui comprar o antigo estúdio que estava indo à falência com a ajuda de alguns amigos. Nós compramos juntos, para falar a verdade. Juntei o dinheiro que consegui ganhar trabalhando em uma cafeteria que havia no campus da faculdade, Jungkook tinha dinheiro guardado no banco, já que estava guardando para comprar um carro. Namjoon trabalhava a algum tempo e conseguiu fazer a mesma coisa que eu, sendo assim, juntamos tudo e conseguimos comprar e iniciar o nosso sonho. A nossa vida. Yoongi não é um proprietário do local, mas ajudou no quesito de decoração.

O nome surgiu de uma brincadeira, pessoas tatuadas são taxadas como bandidos, alguém que está sempre envolvido em brigas e conflitos, nunca visto como alguém “normal” ou do “bem”. Eu sei, isso é escroto e ninguém deve rotular as pessoas apenas pelas pequenas obras-de-arte que tem expostas em seus corpos, mas eu não ligo. Eu levo na brincadeira, por isso o nome. O Quarto do Álibi. Se por acaso algum policial falar que um de nós está envolvido em um crime que não cometemos, podemos falar e esbanjar que não. Eu não participei de tal coisa e eu tenho um álibi. Literalmente.

Em um ano minha vida se elevou de uma maneira absurda. Conseguimos ganhar dinheiro de sobra, o nosso estúdio estava nos melhores catálogos da cidade. Melhores recomendações e críticos. Vinha gente de todo lugar para apreciar nossas tatuagens de cores vibrantes e desenhos fenomenais. Eu consegui fazer meu pai se orgulhar de mim. Se orgulhar do que eu conquistei. De como eu consegui aprender a viver. Voar com minhas próprias asas.

Minha irmã desviou da grande colisão e agora se encontrava noiva do cara que tanto amou. Saiu da casa que era para ser minha desde o princípio, que agora, era realmente minha. Passei a residir a mesma. Jungkook ficou abatido com a notícia de que eu o deixaria sozinho, por isso sempre que pode vem até aqui, matar as saudades de seu hyung favorito.

Nunca pensei e nunca se passou pela minha cabeça que meu vizinho deixaria minha vida uma loucura. Me atiçando daquela maneira. Quando eu o avistei chegar da escola naquele uniforme coladinho em seu corpo gostoso. Rosto calmo, sereno e bem desenhado, a pele amorenada e o corpo esculpido, me senti um tremendo de um tarado desesperado para possuir o corpo daquele jovem. Ah, Kim Taehyung... por que me atiças tanto?

Céus! Como aquela criança é bonita; como eu a desejo de todas as maneiras; como eu me encontro em um estado de decadência por desejar tanto ter o corpo de alguém assim como eu desejo ter o corpo daquele garoto. Nunca me senti tão fortemente atraído por alguém como eu me sinto por ele. Nunca nada igual se passou pela minha cabeça. Nunca ninguém conseguiu me fazer o desejar tanto assim.

Ele é a minha colisão.

Nunca havíamos trocado uma palavra sequer, nunca havíamos trocado olhares. Nunca. O fato da janela de seu quarto ser bem em frente à minha, atiça mais ainda a minha vontade de ver tudo aquilo que eu vejo através do vidro. A vontade de o possuir da forma que eu quiser. Ah, Kim Taehyung... por que me bagunças tanto? 

Quando achei que meu mundo já estava virado o bastante, o mesmo acabou por se encontrar pendurado no teto de ponta cabeça quando passei a receber mensagens anônimas de algum estranho que se declara ser apaixonado por mim. Dizendo me amar. Isso me assustou de princípio, já que não é todo dia que isso acontece. Mas o que mais me assusta é encontrar alguém que me ama da mesma intensidade que esse anônimo demonstra amar.  

Eu sou cheio de defeitos. A bagunça, ou melhor dizendo, a colisão ambulante. Nunca me encontrei em disposição para ter alguém me amando de maneira tão profunda como esse alguém se encontra. Nem a pessoa que mais dizia me amar me amava com toda essa intensidade. É esquisito saber que tem alguém no mundo que fala com tanta veracidade o quanto te deseja. O quanto você faz a diferença na vida dela. O quanto ela te quer e o quanto você a faz feliz sem nem ao menos saber quem é.

Talvez a minha pior colisão seja me encontrar cativado por esse alguém.

 

Me: Odeio lugares barulhentos e com muita gente.

Acho que nem devia ter aceitado o convite dos meninos de sair de casa para vir a um bar.

Onde você está?

Me tire desse tédio.

Aish.

Quando eu preciso de você, tu some. ):

Ei, neném...

Bebê...

V...

Vai tomar no cu então.

V – o desconhecido: Calma mozão.

Eu estava fazendo as tarefas da escola.

Infelizmente eu ainda estudo. ):

Mas tudo bem... sei que o silêncio te incomoda e a falta que ele faz também.

Me: Esqueci que você é realmente um neném...

Esses meus detalhes me intrigam muito.

Sou tão defeituoso.

Tão cheio de colisões.

Nada está bom.

Muito barulho: incomodo.

Pouco barulho: incomodo.

V – o desconhecido: KKK não se preocupe, meu amor.

São esses detalhes que me fazem trocar o mundo por você.

Me: Eu realmente não consigo entender.

V – o desconhecido: Não entende o que, meu bem?

Me: Por que eu?

De tantas pessoas no mundo, por que tu vem se apaixonar logo por mim?

Eu não sou alguém que deveria receber esse tipo de amor quando eu sou o defeito em pessoa.

Eu tenho medo que um dia eu possa te machucar de uma forma extremamente dolorosa.

Você parece ser uma pessoa tão boa, V...

Eu não sei se deveria comemorar ou me afastar por ter alguém como você com esses sentimentos tão fortes sobre mim, eu realmente não sei.

Apesar de que, se fosse para comemorar eu não conseguiria, já que não levo jeito para tal coisa.

Eu só queria entender, o que te fez me querer?

V – o desconhecido: Hope, meu amor... você já deveria saber que eu gosto muito mais de quem não leva jeito para comemorar.

Eu não escolhi te amar, eu não escolhi te querer; apenas aconteceu e eu agradeço a qualquer movimento do universo que tenha me feito ter te encontrado nesse mundo.

Eu não sou uma pessoa boa só porque eu mostro que eu gosto de você. Eu gosto de você e tenho que te mostrar para ver se cai a tua ficha de que tem, realmente, alguém que te ama verdadeiramente.

Eu demonstro para quando você se sentir só, lembrar-se que existe a mim que estou aqui pronto para lhe ouvir e te ajudar.

Te amparar.

E é como eu digo, meu bem: quero você sem garantia e com defeito pra nunca mais te devolver.

Me: Quero você sem garantia e com defeito...

Eu gosto dessa frase e como ela soa vindo de você (apesar de não ser da sua voz, apenas saber que vem de ti a faz melhor).

Estou esperando o dia para que eu possa usá-la em relação a você.

Que eu possa te dizer cara-a-cara.

V – o desconhecido: Eu te amo tanto, meu neném.

Eu te amo tanto que tem vezes que eu sinto tanta falta até de brigar com você.

Me: Bora um x1 então? Kkkkj

V – o desconhecido: kkkkkkkkj babaca.

Me: Como que você pode rir disso? KKKKJ

V – o desconhecido: É outra coisa que eu amo.

Ver que nós dois achamos graça de coisas que ninguém mais ri.

Me: Estou me sentindo mais aliviado agora.

Você me fez sorrir.

Hoje não me encontro em um dos meus melhores dias.

V – o desconhecido: O que aconteceu, meu amor?

Me: Nada, só problemas habituais do cotidiano.

Algumas coisas que acontecem e me intrigam.

As vezes as encheções de saco vindas da família.

Nada demais.

V – o desconhecido: É errado eu falar que quero os seus problemas pra mim?

Porque se for, eu não quero estar certo.

Frase clichê, porém, verídica.

Me: Não, você não quer. KK

Você não os merece.

Você não merece problemas assim.

Merece coisa melhor.

V – o desconhecido: Para com isso, meu amor.

Eu mereço você.

Eu quero você.

Eu preciso de você.

Me: Tudo bem, não irei discutir contigo.

Alguém sabe de... “nós”?

V – o desconhecido: Quem sabe de nós somos nós e mais ninguém.

Aish, que vontade de te pegar e nunca mais te devolver.

Me: Nunca mais vai me devolver? Kkj

V – o desconhecido: Eu nunca mais vou te devolver! u.u

Me: Eu nunca mais vou te devolver...

 

Nunca precisei de alguém para amar e eu aprendi isso com o tempo quando aquela pessoa fez uma catástrofe na minha vida, me jogando em cheio naquele asteroide, me causando uma grande colisão. Nunca precisei ter alguém ao meu lado para demonstrar o quanto gosta de mim e o quanto eu faço a diferença na sua vida. Nunca me encontrei tão carente ao ponto de querer firmar algum tipo de relacionamento com outra pessoa. Nunca. Por que isso está acontecendo agora?

Eu transo. Transo muito e afirmo isso, se transar é bom, por que eu deveria deixar de transar? Eu não deixava até me encontrar nessa grande colisão. Nenhuma pessoa a qual eu levei para a cama conseguiu me deixar dessa maneira que o V me deixa. Da forma que Kim Taehyung me deixa. Ambos são minhas novas colisões, as quais eu pretendo nunca fazer chocar-se contra um asteroide.

Sempre fui alguém só, independente e nada carente. Sempre fui só no quesito de relacionamentos e sentimos recíprocos – a não ser que tais sentimos fosse prazer e atração sexual –, nunca ousei entregar reciprocidade novamente a uma paixão, nunca me encontrei tão necessitado a fazer isso igual eu me encontro.

Eu não quero admitir, mas já não sei mais ser tão só... 


Notas Finais


FAT BOY HARLEY DAVIDSON: http://www.harley-davidson.com/content/dam/h-d/images/motorcycles/my16/s-series/fat-boy-s/overview/dom/16-hd-fat-boy-s-1.jpg

E vocês achando que é de agora essa atração do Hobi pelo corpinho do Tae rsrsrs


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