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História Sem Identidade - A dor


Escrita por: GABYHBORGES

Notas do Autor


É só um começo, não tenho previsto e nem garantia alguma. Essa é forma que encontrei como um passa tempo e acredite, como terapia também!

Capítulo 1 - A dor


Fanfic / Fanfiction Sem Identidade - A dor

Acordo com o toque insuportável do despertador, infelizmente não posso voltar a dormir é uma pena porque estava ótimo. São 6 horas da manhã ainda está escura lá fora, com relutância me descubro do coberto e levanto me acostumando com o ar frio do quarto e processando que dia era hoje.

Pego a toalha indo ao banheiro, faço isso todos os dias de modo que é automático nem preciso abrir os olhos, assim que termino o banho me enrolo na toalha e dou de cara com o espelho meu desespero acende numa velocidade super radical.

- Não! Droga, meu Deus! Não posso sair desse jeito! - choramingo vendo as olheiras profundas ao redor dos meus olhos cor de mel, quem parecem desbotados, meus lábios totalmente ressecados.

Levo um susto, meu coração quase sai pela boca quando Jack bate na porta e grita:

- Lizzye! Saia logo desse banheiro!

Abro a porta mal – humorada, dou– lhe um olhar de “morte”, e recebo uma careta de volta.

- Credo Lizzye! Você está horrível!

Sua sinceridade me fez sentir melhor do que nunca. Zangada vou para o quarto fecho a porta com força, tanto que fará meus pais acordarem.

Abro o guarda – roupa, devo estar impecável hoje então escolho vestido que ganhei de minha mãe mês passado ainda com etiqueta o vestido é simplório mas elegante e próprio para o dia de hoje, de cor rosa pálido com um leve decote V que realça o pouco dos meus seios coube justamente em mim desenhando a curva da cintura e o cumprimento adequado apenas um palmo acima do joelho. Estou satisfeita. Devo essa a minha mãe sempre deixa um estoque de roupas pra mim e além, sabe bem como me vestir simples e sem exageros do jeito que eu gosto. Olho no espelho vendo uma garota esquisita que se parece comigo, hora do milagre pego meu estojo de maquiagem e “Mãos à obras!”. Tenho que fazer isso antes que minha mãe apareça no quarto caso contrário sairei daqui enfeitada como uma árvore de natal. Faço uma rápida limpeza facial, aplico base com corretivo em seguida o pó depois uma sombra com um leve brilho, apenas pra clarear, o delineador e finalizo com rímel e lápis, tento realçar meus olhos, para pôr um fim à obras passo um gloss rosa. Pronto! Segundos depois minha mãe bate na porta abrindo aos poucos bisbilhotando

- Tô entrando...- avisa.

Meu quarto é tomado pelo cheiro de café misturado com canela e chocolate do cappuccino que segura em suas mãos. Me viro para olhar – lá, dou um sorriso de agradecimento e recebo de volta o sorriso porém esse foi até a alturas dos olhos mostrando suas iniciais rugas percebo que está fazendo um tremendo esforço para não chorar, não durou nem mais um minuto as lágrimas caem livremente borrando sua magnífica maquiagem.

- Ah mãe!  Por favor! – reclamo revirando os olhos rindo.

- Ah Lizzye! Você ficou maravilhosa com esse vestido, viu só?! Estou orgulhosa de você – se defende.

- Orgulhosa por causa vestido ou por hoje?

- Humm, que tal os dois?

- Obrigada mãe. Amei vestido- digo a verdade, me viro de novo para o espelho agora admirando a figura que encontro, aquela garota esquisita se parecendo com uma bela mulher em minha frente, e me sinto bem.

Caramba. Se não fosse pelas inúmeras implicância de minha mãe com maquiagem, não conseguiria disfarçar as olheiras profundas. Ela se aproxima e a olho através do espelho, atrás de mim está vestida com seu vestido cor salmão que desenham seu belo corpo com salto Arezzo, seus olhos verdes irradiam felicidades as ondas de seus cabelos ruivos como sempre rebeldes que me dá inveja, seu sorriso é contagiante, cativa qualquer um o que tenho orgulho dela.

-Vai com o cabelo assim mesmo? - pergunta me repreendendo.

Nem tinha me dado o trabalho de reparar que não fizera nada com o cabelo.

- O que é que faço?

- Senta aqui que dou um jeito. Diz apontado para a cadeira.

Minutos depois quando termino o cappuccino:

- Pronto. Veja ali, o que achou?

Me ponho de pé e vejo que metade dos meus grandes cachos estão presos com presilha de borboleta Morpho com pedras de cristais, e o restantes dos cachos soltos totalmente definidos graças ao spray.

Dou uma piscadela de aprovação.

- muito bem.

- É claro, eu sou a melhor, agora falta o saltos.

Pego o último Schultz calço – o, fico de pé. Ah meu Deus. Quando é que vou me acostumar a andar de saltos? Uma decepção não poder ir de tênis. Nessas horas tomo todo o cuidado para não parecer com uma girafa recém- nascida dando os primeiros passos, dou uma volta no quarto para manter o equilíbrio.

Jack entra olhando boquiaberta para mim:

- Uau! Pra quem saiu do banheiro um fantasma, esta... digamos ... Sexy - diz dando um sorriso malicioso.

- Cai fora, Jack.

- Andem logo, James está esperando no carro.

- Já estamos indo- responde a mãe fazendo sinal para sair do quarto.

Se vira pra mim, me olha demoradamente como se tivesse tentando registrar cada traços de meu rosto, o que ela nunca havia feito antes pelo menos não que eu notasse.

- Lizzye, você é uma garota de muito talento, é forte disso tenho certeza e claro orgulho de você. Espero que faça o que for certo, e quando não souber escute seu coração. Lembre-se de que não há caminhos sem acidentes, tudo pode acontecer e depende de você se erguer para continuar andando. Vou estar do seu lado todo e qualquer momento que precisar, eu te amo.

Sou um fracasso de primeira classe não consigo reprimir as lágrimas, dou um abraço demorado. Não sei por quê razão de suas palavras hoje mas sei que são importantes pra mim embora eu não tenha nenhuma resposta para dar à ela. Minha mãe sempre me ajudou, esteve do meu lado todos os santos momentos da minha vida desde o inferno ao paraíso e sou grata por isso.

Ouço James buzinando pacientemente no carro:

-Vamos, está na hora.

Antes de fechar a porta do quarto paro para dar uma olhada, minha cama bagunçada como sempre, os utensílios de maquiagem espalhadas na prateleira, não sei porque fiz essa pausa dramática como se fosse a última vez que visse o quarto, o que é  impossível afinal é  o meu quarto, então fecho a porta.

James e Jack estão nos esperando de cara feia e não me importo. Observo o céu, o sol está radiante com nuvens de vários formatos e os jardins bem floridos. Entro no luxuoso Ghost de James, o carro é realmente de tirar o fôlego com branco de couro impecável e muito mais que confortável.

- por que vocês mulheres enrolam tanto para se arrumarem? – reclama James.

À propósito James é meu padrasto, casou com minha mãe quando tinha 8 anos e Jack 15 anos, é como um pai pra nós e ele nos cuida como se fossemos mesmo seus filhos, e nossa mãe se chama Ester. E assim começa aquela discussão entre minha mãe e o James. Sorrio é bom ver todos juntos conversando porém hoje estou nervosa é um grande dia. Abertura do Novo Projeto que a instituição do estado está implantando a atividade experimental em que a escola vai participar. Nem percebo o que está acontecendo, minha mente está naquele discurso enorme e nada pode sair errado. Sou arrastada de volta a realidade quando Jack me chama perguntando se estou bem.

- Estou sim- respondo meio seca por me distrair.

- Você está pálida de novo fantasminha.

- Estou bem Jack.

- Tá legal.

Sua tentativa de me ajudar, só piora.

- Chegamos srta Austen, preparada?

Não, não estou preparada estou desesperada! Minha mente grita.

-Claro! - forço um sorriso

James pisca pra mim pelo retrovisor

-Boa sorte Lizzye.

Acho que vou precisar mesmo.

Respiro fundo percebo que estou suando frio, devia estar muito nervosa mesmo. Bianca abre a porta do carro me fuzilando com os olhos.

- Está atrasada. Por que não atende o celular?

- O que foi? Alguém morreu? Aliás “Oi “ pra você também.

- anda logo, prof° Rosa está nos procurando, não tenho tempo pra suas graças. Já vai começar, pronta?

- Assim você me magoa.

Evito sua pergunta ela sabe tão bem quanto eu que não sou boa falando em público, ao contrário sou um desastre. E a minha vontade era de fugir dali. Mas Bia ainda insiste me olhando querendo uma resposta.

- Não, mas vou dar o meu melhor.

- Você consegue Lizzye – diz mais pra si mesma do que pra mim.

Bia e eu somos amigas desde os 11 anos de idade, se parece uma estrela de Hollywood com aquele longo cabelo loiro liso e olhos verdes que fazem o maior sucesso com os garotos além de extrovertida é determinada e admiro seu esforço de querer ter suas coisas sem interferências dos seus pais, pois ela é adotiva, nunca sequer tirou notas baixas. Quer pôr tudo cursar bioquímica, como se bastasse ser linda e diva é muito inteligente e ficou chateada por não ser eleita pra discursar o programa do evento de hoje. Tentei sem sucesso fazer com que colassem Bia pra me substituir.

Sou levada para dentro do estúdio bem decorado à moda antiga o salão principal redondamente enorme lotado de pais e convidados vestidos formalmente, entro em um corredor estreito no fim há grande e larga porta maciça e Bia a abre.

Professora Rosa é baixinha, gorda com cabelo curtos encaracolados usando aqueles óculos gigantesco pendurado no meio do nariz, típico de gente velha até parece ser um padrão quando completam seu figurino com roupas de vovó, e o que me deixa mais confusa é que tem apenas 38 anos. Mas hoje deu uma bela caprichada no visual, de vestido azul com alça grossa e cinturado com salto médio preto e o cabelo escovado deixando – a quase irreconhecível, estava arrumando o restante dos alunos, se vira olhando em minha direção sorrindo até me alcançar e agarrar meus braços:

- Layse preparada?

Por que me perguntam isso?

- Hãm... Com certeza

- Ótimo, mil maravilhas e antes que eu me esqueça o diretor Bourne quer falar com você e Bianca urgente. Victor levem-na – diz voltando à gritaria arrumando o restantes dos alunos.

Nunca gostei do Diretor Bourne, estive na sua sala um vez ano passado após  uma idiota discussão  com um idiota professor de química  o Gustavo W. que até  hoje não nos damos muito bem,  pelo que minha memória não falha Sr. Bourne  não tem o mínimo de simpatia, é  ríspido, apesar de que confesso, eu não tenha pensado antes de falar enfim fiquei de suspensão por 3 dias de modo que sempre que possível  falto à  aula e quando é  impossível evito com muito custo abrir a boca, mas na maioria da vezes é  difícil passar despercebida pelos olhos do Professor Gustavo que de modo imperceptível tenta me encrencar.

Victor estala os dedos para chamar a atenção e o olho, esqueci o quão bonitinho que era, moreno com os olhos mais claros que os meus, sobrancelhas grossas e cabelo liso penteado de lado, meu melhor amigo. Um nerd.

- hey, esta acordada?

- Não, sou sonâmbula mesmo.

- Jura? Fascinante -  revira os olhos – Vamos.

Seguia atrás de Bia e Victor, eles fazem um belo casal. Bia é louca por ele, isso é de conhecimento mundial menos pra ele, é claro. Victor é fechado e reservado, será que isso era uma característica de nerd? não dá nenhuma pista de quem gosta o que a deixa bem frustrada.

De repente sinto uma dor indescritivelmente insuportável. Como se tivesse pressionando meu cérebro. .... Dói tanto que tento gritar mas me falta ar, caio de joelhos no chão, suando frio e perdendo o fôlego. Vejo Bia e Victor correrem em minha direção, seus passos parecem tambores tinindo em meu ouvido quanto mais próximo chegavam a dor ia aumentando e me sentia mais sufocada então me encolhi tentando proteger minha cabeça com os braços em volta como se pudesse me esconder da dor, não sei o que penso pra dor parar. Parecia que recebia choque a cada centímetros do meu corpo, a dor me atingia como um onda feroz, me deixando desorientada. Até que algo me espeta mas não me mexo até sentir a dor me deixar tão rapidamente quanto veio repentinamente. Desfaço do meu próprio escudo e noto Victor segurando uma seringa com líquido roxo. Minha visão fica embaraçada enquanto lentamente os últimos vestígios de dor são eliminados do meu corpo e o ar invadindo meu pulmão. Sinto uma dorzinha no coração, pelo menos ele está batendo, penso. Sorrio, me sentido anestesiada.

Largada no chão, me recuperando do fôlego Bia entra no meu campo de visão com uma expressão preocupada.

- O que aconteceu Lizzye?

- como você está? – agora o Victor.

Suas vozes ainda continuam irritando meus ouvidos, faço um sinal de silencio absoluto, tampo – os com força enquanto eles tentam me levantar ando cambaleando até um banco de madeira no salão principal que agora estava vazio e silencioso. Bia sai correndo para algum lugar, Victor se volta pra mim ajoelhado em minha frente olhando seriamente para mim, talvez procurando um traço de serenidade, mas eu me sentia uma bêbada até capturar minha atenção com a seringa agora vazia em suas mãos

- Você me drogou?

- Você está bem?

- o que você fez?


Notas Finais


bjs


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