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História Sem Promessas - Perdição


Escrita por: Leviaki

Notas do Autor


Obrigada a todos que favoritaram e leram <3
E por motivos de internet, e falta de tempo, só pude postar agora o capítulo.
Espero que gostem o/
Boa leitura >.<

Capítulo 2 - Perdição


Fanfic / Fanfiction Sem Promessas - Perdição

- É muito gentil de sua parte e eu realmente agradeço, mas não é necessário. – O moreno dizia, tentando se esquivar de mais uma das muitas investidas da enfermeira que insistia em oferecer-se para lhe trazer comida feita por ela mesma para os seus plantões.

- Se é por achar que seria um incomodo para mim, saiba que não será nenhum mesmo. Faço com todo prazer. – Corou. – Adoro cozinhar.

- De verdade, Petra. Não é necessário, prefiro almoçar no restaurante aqui perto. – Cortou. – Preciso ir ver meus pacientes, licença. – O médico se apressou em fugir ao ver um novo brilho chegar aos olhos da enfermeira, não duvidava nada que ela fosse capaz de se convidar para o acompanhar ao restaurante.

“Que vontade de dizer que gosto da mesma fruta que ela gosta, mas o mundo é mesmo uma merda... Se não houvesse tanto preconceito, não hesitaria em lhe falar...”

Seguir por esse pensamento o fez recordar do dono do par de olhos mais lindos e sexys que já vira. Pensar na sorte que aquele loiro tinha... Por vezes foi capaz de presenciar a forma carinhosa e protetora que Eren Jaeger tomava ao redor do noivo e também como os seus familiares tratavam com naturalidade tudo aquilo. Não que não fosse natural amar, independente do sexo, mas é que o médico já houvera visto demasiado ódio direcionado as relações homoafetivas, e ver que existiam pessoas tão boas e amorosas como aquelas duas famílias que em breve tornar-se-iam uma, era mesmo surpreendente e admirável.

Chegou ao quarto de Armin e ia pôr a mão a maçaneta quando notou que a porta estava apenas encostada e podia ouvir o que diziam no interior.

- Acha que ele também é gay? – Era a voz do loiro que soava surpresa.

- Acho e sinceramente é provável que esteja interessado em ti. – O outro respondia em um tom que parecia indignado.

- Pelo amor de Deus, Eren. – Riu. – Para ti o mundo inteiro quer me comer.

- Não vês o quanto és apetitoso? Não é de se surpreender que te desejem, mas me irrita.

- Não tem nada a ver, deixa de ser idiota. – Resmungou. – Não bastava ter cisma com o Dr. Levi, agora também vais ter na tua mira o pobre enfermeiro?

“Cisma comigo? Mas o que eu fiz? ” – Ouvia atento a conversa.

- O pobre enfermeiro que ficou atencioso demais para o meu gosto. – Devolveu. – Vi como te olhava e como corou quanto tu lhe agradeceste.

- Teus ciúmes as vezes ultrapassa o limite. E se ele estiver mesmo interessado? E daí? Não significa nada, não muda nada. E nem tens mesmo a certeza de que seja gay. Ele pode muito bem ser só tímido.

- Mas....

- Mas nada... Deu, sim? – Bradou.

- Estás muito atrevido para me responder dessa maneira. – O moreno respondeu e o médico mesmo sem ver a cena, sabia que um sorriso malicioso despontava naquela cara linda junto a aquele tom de voz. – Se estivesses em condição te castigava, aqui e agora.

- Que tentador. – Respondeu o loiro no mesmo tom. – Mas não provoques ou só irá piorar a nossa situação.

- Eu sei, eu sei. Essa abstinência imposta está me matando. – Murmurou o moreno.

- Nem me fale. – Ouviu Armin suspirar alto. – Sinto tanta falta dos teus toques, não aguento mais ficar com a perna suspensa nesse troço que nem sei o nome e esse colar cervical coça. Aliás, Sr. Eren. Muito obrigado, porque foi graças aos teus beijos sem cuidado que fiquei com dor no pescoço e a Carla fez com que me colocassem esse colar.

- Ninguém mandou te queixares logo com a minha mãe. – Retrucou. – Mas voltando a história de tocar... Posso te tocar... – Falou mais baixo e ouviu um arrastar que parecia ser da poltrona que ficava ao lado da cama do paciente. – Quer?

Levi decidiu que já era o limite para tanta invasão de privacidade, mas indo de contrário ao bom senso que lhe dizia para dar as costas e ir embora, o médico irrompeu quarto adentro pegando a cena que se seguia. O moreno debruçado sobre o loiro que assim que ouviu o som da porta abrindo-se logo tratou de afastar-se e olhar em sua direção.

- Ah, não queria atrapalhar. – Falou desviando os olhos.

- Imagina, Dr. Levi. – Armin falou gentilmente enquanto Eren voltava a sentar-se na poltrona com um suspiro cansado. – Não acontecia nada para que atrapalhasse.

- Menos mal. – Exprimiu. – Vim fazer as avaliações de praxe.

- Bom, vou indo então. – O moreno levantou-se depois de passados alguns minutos observando Armin ser analisado por Levi. – Logo a Annie chega com o Berth para ficar contigo, vou resolver umas pendências com a gravadora e estou de volta assim que possível. – terminou deixando um beijo casto na testa do noivo e despediu-se.

O moreno, que possuía aqueles orbes verdes deslumbrantes, levava uma vida nada convencional. Era compositor e escritor, estava sempre viajando pelo mundo. Quando Levi se inteirou dessa informação, ficara muito surpreso, pois pensava que o moreno seguisse também alguma carreira no campo da medicina, assim como o pai e o irmão mais velho. Armin por sua vez, era apaixonado por fotografia e seguia esse ramo como carreira. Trabalhava para uma grande revista e fotografava vários lugares turístico pelo mundo, a natureza, eventos importantes e novidades. Os noivos juntos viviam de país a país, de cidade em cidade. Sem nunca fincar raízes. Por vezes eram também acompanhados por Annie, irmã de Armin, que também trabalhava com música e era empresaria de Eren, no entanto, ela sempre tinha um lugar fixo para voltar, que é a própria casa junto do marido, Berthold, um um importante advogado que só pela altura e postura já causava um certo terror.

Levi durante um tempo só não entendia o que Armin fazia no país e na casa dos pais de Eren, enquanto este último estava para Alemanha. E essa dúvida não perdurou tanto, logo soube que o loiro estava a fazer um curso de reciclagem e novas técnicas para a sua profissão.

“Não sou um stalker.  – Defendia-se para si mesmo. – São informações que ouço nos momentos que estou trabalhando. Posso ter feito uma pergunta ou outra para saber mais, entretanto, não é como se o estivesse perseguindo. Até mesmo porque..., Não muda nada, ele é noivo e é evidente que ama o loirinho.

Depois de terminar de examinar Armin, foi ver seus outros pacientes. No fim de sua ronda, foi ao banheiro da ala de funcionários do hospital.

“Que bom que minha escala chegou ao fim. – Pensava enquanto lavava o rosto. – Preciso de descansar e tirar ele da cabeça urgente. ”

Escutou a porta do banheiro abrir e fechar e ignorou esse fato totalmente, ao erguer o rosto e encarar o espelho, viu o reflexo daquele que o fazia nos últimos tempos, ter vários sonhos quentes e muito molhados.

- O que faz aqui? – Perguntou ficando de frente a ele. – Essa ala é proibida, é destinada somente aos funcionários.

Sorriu.

“ Ah, esse sorriso...”

- Vim realizar um desejo teu. – Falou o olhando de cima a baixo e isso fez um frio percorrer seu estômago e um arrepio na espinha quase o faz tremer.

- Que desejo? – Perguntou o médico que tentava controlar os batimentos cardíacos.

- Antes pensava que era na direção de Armin que tinha teus olhos postos, mas não demorei para constatar que estava enganado. – Explicou. – Foi impossível não perceber teus olhares nada inocentes na minha direção, Dr. Levi.

- Eu.... eu não... – Começou em um fio de voz, sentia-se estupefato. Jurava que estava sendo discreto. – Não sei do que está falando.

- Ah, vai. Não vamos prolongar as desculpas e negações. – Falou enquanto se aproximava com um sorriso, carregado de malicia, estampado no rosto. – Queres isso tanto quanto eu.

- Isso? Isso o q... – Ia perguntar, mas fora interrompido ao ter os lábios tomados pelo outro.

Pensava em empurra-lo e o golpear, mas no momento que a língua do moreno pediu passagem, não conseguiu mais protestar e cedeu. Uma parte sua estava terrivelmente decepcionada ao atestar que Eren era um cafajeste como tantos outros e sentia pena por Armin. Mas a outra parte estava em júbilo. Aquele beijo era urgente, dominador e possessivo. Levi conseguia sentir em suas entranhas o desejo do outro de o possuir, e isso o deixava cada vez mais excitado.

Sentiu as mãos de Eren descerem até a sua cintura e o agarrem com força e o erguer para que sentasse naquela bancada de mármore. Os lábios deixaram sua boca, apenas para irem ao seu pescoço, enquanto suas mãos habilmente lhe arrancavam o jaleco e começavam a desabotoar sua camisa.

- Espera.... Eren... – Pediu com a respiração ofegante... – A porta... Aaah... Nn

- Trancada. – Respondeu lhe arrancando mais gemidos ao chupar a pele do seu pescoço com força. – Delícia.

Levi levou a mão a camisa do outro para que também começasse a se despir e ele não o impediu. Mais rápido do que poderia supor, ambos estavam nus, o médico estava sentado no balcão do banheiro e tinha a sua frente, um pouco abaixado, Eren que o chupava com ardor e luxuria dignos de um filme pornô. Aquela imagem não sairia nunca de sua mente, o modo como subia e descia com a boca e toda aquela saliva que escorria pelo seu membro.

“ A imagem do pecado. “ – Pensava sentido prazer com cada movimento da língua do outro e deslizando os dedos por entre os fios castanhos de Eren.

Ao termino, do que Levi classificada como mamada dos deuses, Eren lhe ordenou que ficasse de quatro na bancada e ele não entendeu muito bem o motivo, visto que ficaria alto demais para o moreno o foder. Mas assim o fez, e antes até sugeriu que retribuísse o oral, no entanto Eren dispensou o agradado. Com a posição, ficava quase grudado ao espelho, tanto que até encostou a testa e sem qualquer aviso, sentiu o que rapidamente identificou como sendo a língua do moreno, lamber sua entrada.

- Não faz... Nn... – estremeceu ao receber mais lambidas.

- Relaxa, vou precisar que esse lugar tão rosadinho esteja bem molhado e relaxado, não temos lubrificante aqui. – Falou e se apressou em continuar as lambidas que logo passaram a ser penetrações com a língua.

O médico não havia pensado nisso e desse ponto, ficava grato com a atenção do moreno nesse aspecto, pois se iria fazer aquela loucura que fizesse e apreciasse sem dores. Enquanto perdia-se no prazer daquela preparação lenta, uma vozinha insistia em o condenar pelo que fazia e ele a tentava calar com todas as forças. Afinal de contas, ele não estava sozinho nisso e dos dois o único comprometido ali era o dono dos olhos verdes. Ele, Levi, era solteiro e desimpedido. Mas mesmo que pensasse isso naquele momento, ele sabia que isso lhe iria pesar na consciência depois.

“Que se foda. – Gritou em pensamento ao sentir o primeiro dedo ser inserido. – Depois encaro as consequências e crises de consciência. ”

Não demorou para o segundo dedo lhe invadir, ardia um pouco, mas também era gostoso. Ao enfiar o terceiro dedo o moreno passou a também mordiscar sua bunda, o que facilitou para o distrair do desconforto inicial.

Quando sentiu que só os dedos já não eram suficientes e começava a rebolar na mão do moreno, ouviu o outro provoca-lo para que pedisse para ser fodido, ao abrir os olhos, que fechava com força enquanto se deliciava com todo aquele prazer, viu seu reflexo completamente ruborizado, os olhos repletos de desejo, a respiração ofegante que embaçava um pouco o espelho e não se opôs. Implorou como se implorasse pela vida.

- Me fode, Eren. – Pediu em uma voz manhosa. – Me fode inteiro.

O moreno o agarrou pelas pernas e o puxou para que descesse e o beijou com paixão, agarrou sua buda e o carregou e o pressionou contra a parede. Levi enlaçou as pernas a sua volta e sentiu o outro direcionar o membro em sua entrada. Lentamente Eren o penetrou e enquanto o fazia dizia coisas depravadas que o faziam querer mais e mais daquilo.

Foram várias posições e em diversos lugares daquele banheiro. Chegaram ao orgasmo mais de uma vez, não havia extensão de pele que o moreno não o tivesse marcado. A tensão sexual e desejo foi tanta que isso os levou a irem até aquele motel onde agora se encontravam e onde o médico gemia sem pudores enquanto era penetrado de quatro.

A mão de Eren foi a sua boca enquanto investia mais forte e rápido.

- Poderia te foder a vida toda e não seria suficiente. – Falou com a voz afetada pelo prazer que também sentia. – Ah, Levi. O que foi que fez comigo?

Em realidade a pergunta certa era o que Eren havia feito com ele. Pois desde o momento em que se deparou com aquele par de olhos, algo mudou dentro de si, algo tão forte que fazia ele dar as costas para tudo o que acreditava como certo e errado e que ia contra a sua boa índole.

A única coisa que pensava enquanto perdia todo o sentido da realidade era que queria passar o resto da vida perdido naquelas sensações e desejava que aquele momento não terminasse nunca, desejava se apoderar de toda aquele poço de perdição que Eren era.


Notas Finais


Encontro vocês no próximo.
Mil beijos <3

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Fanfics Yaoi de SnK em emissão:

The Rainbow: https://spiritfanfics.com/historia/the-rainbow-8375041

Tragedy: https://spiritfanfics.com/historia/tragedy-10213577

Fanfic/Poema (com Levi como meu muso <3): https://spiritfanfics.com/historia/alcando-voo-9940953


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