PDV ANTONELLA
Passaram-se duas semanas, as piores semanas da minha vida. Não paro de vomitar, ando muito cansada e indisposta. Mas o que mais está me incomodando é o fato de eu ainda estar sem falar com meu namorado, sinto muita sua falta e ainda não sei o que fazer para ele me perdoar. E o que posso dizer a respeito de minha situação com o Marcelo? Em uma palavra, estranha, já o peguei me olhando diversas vezes durante as aulas, mas nunca prestei muita atenção, afinal não queria pensar nele.
Novamente estou aqui no banheiro da escola vomitando, é a terceira vez que vomito hoje, não estou mais aguentando e ainda me faltam duas aulas para finalmente ir para casa. Como estou péssima passo uma mensagem para Bruna vir me ajudar.
{Bru, vc pode sair da aula e me encontrar aki no banheiro? Estou precisando de ajuda.}
{Claro! Já to chegando.}
Guardo meu celular na mochila, sento no chão encostada em uma parede e espero por Bruna. Não passa nem dois minutos e ela aparece na porta desesperada.
- Meu deus! O que aconteceu? Quem te machucou? – Diz ela brava. – Vou acabar com quer que seja! Quem foi? – Ela gritava, provavelmente porque eu deveria estar horrível.
- Calma Bru, ninguém fez nada, eu só estou passando muito mal, já é a terceira vez que eu... – não consegui terminar, fui correndo pra cabine mais próxima e vomitei. Logo em seguida sinto Bruna segurando meus cabelos para não me sujar. Assim que terminei, me sento onde estava mesmo e começo a chorar.
- Toti, calma, isso vai passar. O que você comeu hoje?
- Uma banana de manhã, e almocei algumas bolachas salgadas. – sim, era pouco, mas de tanto que eu ando vomitando, não conseguida nem olhar comida, imagina engolir.
- TA BRINCANDO?! Você é louca só pode! Vamos agora pra minha casa, q eu vou fazer alguma coisa pra você comer. – Como não estava nem um pouco afim de discutir, concordei com ela e fomos até seu carro, já que pequei carona com ela para vir à escola.
Chegamos em seu apartamento, que era bem grande com dois andares, e fomos direto para cozinha. Bruna começou a preparar algo para eu comer e eu fiquei ouvindo música, afinal não tinha nada mais pra fazer. Quando Bruna terminou, a cozinha estava com um cheiro delicioso, eu adoro a sua comida, quando percebo, Bruna coloca um grande prato de macarrão a manteiga do jeito que eu gosto em minha frente. A primeira coisa que pensei foi o quanto que eu estava passando mal, e eu não iria conseguir comer tudo isso, até que Bruna me obrigou.
- Antonella! Se você não comer eu nunca mais deixo você pegar um sapato meu emprestado! – essa menina me conhece, eu amo seus sapatos, em fato, estou usando um agora, não é minha culpa que os saltos dela são tão perfeitos.
Então assim que ela terminou de falar, ataquei o prato sem pensar duas vezes. Só quando terminei, reparei o quanto estava fome. Lavamos a louça e fomos assistir Scream Queens, já estávamos no terceiro episódio quando levando correndo e vou até o banheiro, adivinhem, vomitar. Termino, me limpo e volto para sala encontrando uma Bruna pensativa.
- Bru? O que foi? – perguntei assustada.
- Toti, o que ultimamente vem acontecendo?
- Nada demais, só vomito bastante, tenho cólicas e ando um pouco tonta.
- E como está sua menstruação?
- Era pra ter decido semana passada. Por que? – Ela para pra pensar com uma cara de ´´devo contar ou não?´´ até que:
-Toti, já pensou que talvez você esteja gravida?
-O QUE?! NÃO! CLARO QUE NÃO!
- Calma, é só uma ideia. – Pensei por um instante, será? Será que estou gravida? Não pode ser.
- Bru, você realmente acha?
- Eu desconfio bastante. Vem – ela diz me puxando escada a cima para o seu quarto e entra no banheiro para pegar algo. – Acho melhor você fazer um teste. – Diz me entregando um caixa com o teste de gravidez de farmácia.
- Bru, por que você tem testes de gravidez? – percebi que assim que perguntei, ela fechou a cara na hora e demorou um pouco para responder.
- Pra estar preparada pra qualquer coisa no futuro e não ter que sair pra comprar. – vacilou um pouco ao falar isso, e pela minha cara acho que ela percebeu que eu não acreditei. – mas isso não vem ao ponto. Agora, vai.
Como não queria brigar, simplesmente concordei e entrei no banheiro para fazer o teste. Assim que terminei, era só esperar para ver o resultado. Ainda com o teste na minha mão descemos as escadas e fomos para a cozinha, assim que me sentei, a campainha toca. Levo um susto e pulo da cadeira e correndo vou esconder meu teste dentro do pote de arroz, já que não tinha tempo pra pensar, e era o lugar mais perto. Bruna já tinha ido abrir a porta, estava logo atrás dela quando a porta se abre e a última pessoa que eu queria ver nesse momento entra pela porta e abraça a Bruna com força, assim que solta, pergunta:
- Por que faltaram nas últimas aulas?
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