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História Sem querer algo em você - As noites de quinta


Escrita por: Bibi_29 e Opericatu

Notas do Autor


Espero que gostem

Capítulo 4 - As noites de quinta


Fanfic / Fanfiction Sem querer algo em você - As noites de quinta


PDV ANTONELLA

- Antonella só não estava passando muito bem então decidimos vir para casa mais cedo.

- Entendi! E você já melhorou querida?

- Sim Carol.- devo ter soado muito seca pois Bruna logo me lançou um olhar de rejeição, então acrescento - Estou bem melhor, obrigada.

Carol já estava me dando nos nervos, sempre fomos muito amigas, mas depois q ela começou andar com aqueles riquinhos do jockey clube nunca foi a mesma. Não gosto de gente mimada e ela estava se tornando uma.

-Que bom! Qualquer coisa eu trouxe uns remedinhos - ela pisca para mim mas dou de ombros, e aí, virando se para Bruna diz - Eu trouxe os vinhos mais caros q achei, para hoje à noite!

Aquelas palavras me fazem soltar um gemido de desprezo, sinto que as duas olharam para mim mas não falei nada, eu havia me esquecido que hoje era quinta! Toda quinta um grupo de amigos vinham jantar no apartamento de Bruna, afinal como eu, todos amavam sua comida!

- Obrigada Carol, foi muita gentileza sua.

- Então! O que temos no cardápio de hoje?

- Pensei em fazer um risoto! Falando nisso, é melhor eu começar a cozinhar se não teremos de comer pão.

- Ok! Vou pegar o arroz.

-NÃO! Grito tão alto que temo que os vizinhos venham reclamar. - Quero dizer... Este arroz está velho! Pegue o da despensa.

Ufa, quase fui desmascarada, o que aconteceria se Carol achasse aquele teste? De uma coisa eu sei... Saberíamos o resultado.

             Um por um os convidados iam chegando, parece que Ribeirão inteiro decidiu aparecer logo hoje. Muitas vezes Bruna gritava comigo pois eu não escutava a campainha e ela tinha de parar o que estava fazendo para atender. Ela não poderia me culpar, afinal, foi sua ideia que eu fizesse o teste que agora não saia de minha cabeça. O que eu faria se estivesse grávida? Como poderia sustentar meu bebê e estudar? Como eu diria á Diego? E pior! A Marcelo?

Tento me distrair ao máximo  conversando com os convidados, mas o conteúdo do pote de arroz não saia de minha cabeça. Meus pensamentos são interrompidos quando Helena, uma caloura da nossa escola me pergunta:

- Com licença, o lavabo está sendo usado, pode me dizer onde há outro banheiro?

- Claro, próximo corredor à direita.

Só então me lembro que deixei o pacote do teste em cima da pia, corro para impedi-la mas é tarde demais, Helena já achou a prova do crime. Odeio calouros, eles adoram uma confusão e não são nada discretos, é então que Helena grita:

- Ó meu Deus! Quem está fazendo teste de gravidez?

Todos os olhares se voltam para mim e Carol que estavamos na sala e éramos as únicas aqui antes de todos chegarem, é quando Bru (a super ultra mega blástica amiga) sai da cozinha e diz:

- Sou eu, por que?

 É então que todos dirigem seus olhares para ela, menos eu, que acho uma cena muito mais interessante olhar para Rodrigo, o namorado de Bruna. Sua cara foi tão engraçada que não consegui segurar minha risada, felizmente consegui me conter após algumas gargalhadas.

 O clima fica tenso depois disso, Rodrigo havia levado Bruna para o quarto e eu estava rezando para que ela não se metesse em problemas, mas, também, para que ela lesse meus pensamentos e não contasse meu segredo.

PDV BRUNA

- Que merda foi essa?

- Calma Rô! Me deixe explicar...

- Você está me traindo por acaso?! Nós nunca deixamos de usar proteção.

Antonella teria que me agradecer muito depois dessa, agora meu relacionamento está em risco se eu não encontrar uma resposta um tanto convincente para Rodrigo. Ela tem sorte que eu minto muito bem.

- Não meu amor, eu nunca faria isso com você. É só que eu não estava me sentindo muito bem esses dias e fiquei preocupada que a camisinha tivesse estourado, só isso.

- Mas e suas pílulas? Parou de tomar?

- Meu médico recomendou que eu parasse por alguns meses pois estava afetando no funcionamento do meu organismo.

- Mas...

- Eu não estou grávida nem te traindo, Rô, e é isso que importa! Sem mais discussões.

-Você está certa... Me desculpe por gritar com você, eu te amo - diz ele dando um beijinho em minha testa e então abrindo a porta para que eu pudesse passar como um verdadeiro cavalheiro.

 Antes de voltar para a festa paro e digo a ele que também o amo dando-lhe um beijo e me direcionando para a sala.

PVD ANTONELLA

Bruna vem marchando em minha direção com cara de quem quer me esganar, ao invés disso só passa por mim e diz:

- De nada.- Ela para, e me olha novamente mas agora com o olhar de "não acredito que você fez de novo".

Não entendo no começo, é só então percebo que ela anda em direção à porta e que não escutei, novamente, a campainha. Quando ela abre a porta meu coração para de bater por um segundo! É Diego, fico tão feliz em vê-lo novamente que não seguro meu sorriso que provavelmente foi de uma orelha a outra. Minha felicidade não dura pois logo atrás dele vem Marcelo, e me lembro do porque estou com tantas saudades.

 Começo a andar em sua direção mas paro quando vejo que ele trouxe companhia, uma menina ruiva de cabelos cacheados e olhos verdes está logo atrás de Diego segurando suas mãos, sem disfarçar fico lá parada, encarando-os. Bruna olha para mim e percebe minha angústia pois trata logo de caminhar até mim e jogar centenas de insultos sobre a garota como: "Aquela menina não tem nem metade da bunda e peito que você", "não vou deixar ele trazer aquela tocha humana até minha casa", "com certeza o cabelo é falso", "curupira, pão com molho..." Infelizmente não consigo prestar atenção no que ela fala, tudo que eu quero é mergulhar em um copo de sorvete e chorar, tinha como meu dia ficar pior?

Vou para a sacada e fico lá, olhando as estrelas e admirando a linda noite que fazia hoje. Percebo que uma figura se junta a mim e quando me viro me espanto ao ver Marcelo ao meu lado. Penso em milhões de coisas que posso falar para aquele babaca, mas opto pelo silêncio, que não dura muito pois logo é quebrado por ele.

-Que noite bonita não?
                Não respondo, mas ele insiste.

- Li no jornal que hoje teríamos uma super lua, pena que não possamos vê-la não é? Se ao menos  não existisse esse prédio aqui na frente.
                Novamente não respondo.

-O gato comeu sua língua?

                Finalmente digo:

- Porque está falando comigo?- em um tom bem grosso de desprezo

- Olha! Então ela fala. - E solta uma risada irritantemente adorável.
                Dou de ombros e olho novamente para o céu tentando ao máximo demonstrar que NÃO estou afim de conversar.

- Não quer conversar? Ok... Só vim perguntar se tinha algum cigarro para me dar.

- Tenho cara de quem fuma? - falo agora olhando direto em seus olhos e dizendo com meu olhar que quero que ele vá embora. Mas infelizmente ele não cede.

- Que bom, também não fumo.

- Ia enfiar o cigarro no c* então?

- Não vejo problema algum com isso.

                Solto uma pequena risada.

- Claro que não vê...

                Ele dá uma risada sem graça e então diz:

- Então... Acho que deveríamos conversar sobre o que aconteceu...

- Não há nada para conversar! Nós fizemos besteira, foi só isso. O melhor que podemos fazer é esquecer que isso aconteceu e não tocar no assunto! Ok?- falo com uma voz firme e me sinto um tanto mandona.

- Se você diz...

Ele vira e sai, abrindo a porta de correr, permitindo que eu escute todas as vozes e barulhos lá de dentro por um instante, e então a fecha trazendo o silêncio novamente.

Quando vejo que todos convidados já se foram volto para dentro e ajudo Bruna a limpar as coisas. Fico sempre espantada com a habilidade da minha amiga de me entender pois não disse nenhuma palavra, provavelmente lendo meus pensamentos e percebendo que não estava afim de conversar sobre o que acontecerá. Quando acabamos, me dirijo ao pote de arroz, abro-o, pego meu teste de gravidez e...
 


Notas Finais




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