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História Sem Querer Amei Você - Distância


Escrita por: BitchDobrev

Notas do Autor


MEUUUUUUU DEUSZINHO DO CÉU
NEM ACREDITO QUE EU TO DANDO AS CARAS
FAZ QUASE TRÊS MESES
Ta, perdão
Eu realmente tive que dar uma pausa em sqav. "mas eu vi vocês postando memorias ao vinho", porque eu ja tinha aqueles capitulos escritos
Aconteceu muitaaa coisa nesse meio tempo, fora que eu to num estado emocional terrivel, mas to viva, ok?

Esse capitulo foi escrito há três semanas, porém, a (leia-se burra) Floren aqui quando foi copiar pra mandar para o email, apagou metade, simples assim. QUASE CHOREI. Eu fiquei muito puta, pessoas

Mas to aqui trazendo esse bebê pra vocês, então, LEIAM <3
O mozão Christina Perri, canta Distance

Capítulo 20 - Distância


Fanfic / Fanfiction Sem Querer Amei Você - Distância

"A vida é um dominó. Uma peça caída, derruba todas as outras. Se preferir, use a famosa "toda ação tem uma reação." 

 

– Candice...

Bom, antes de explicar o por que de eu estar há quase uma hora na linha sem dizer nada, queria dizer o que se passou na minha cabeça essa tarde toda em que chorei, chorei e  chorei.

Eu entrei para o meu quarto e encarei o espelho da penteadeira por horas, ou melhor dizendo, encarei o meu reflexo que não era o meu reflexo. Está meio confuso, eu sei. O que estava refletindo era uma garota de dezessete anos que vai se formar em poucos meses, mas a verdade é que, nem eu sei se eu vou estar viva ate lá, sabe por que? Porque eu estou quebrada em milhões de pedacinhos. Tudo em mim dói. E eu não tenho ninguém a quem pedir socorro. Estou praticamente órfã, e isso machuca.

Eu queria ser mais forte, mas eu não sei como, nem se eu quero ser. Eu choro todos os dias, me deprimo vinte e quatro horas por dia, mal mal como, não tenho uma base familiar. Então, me diga, como sobreviver a esse Titanic em terra "firme"? Porque eu não sei. Não sei mesmo.

– Nina, se você não falar nada nos próximos cinco segundos, eu vou ligar para a polícia.

– Você pode me levar ao hospital da Dakota? Eu... — solucei e foi o bastante para a minha praguinha suspeitar de algo —

– Nina, o que está acontecendo? Por que está chorando? Não é por causa do Chris, é? — eu queria que meus problemas fossem aqueles clichês que a maioria passa na adolescência, mas infelizmente essa não é a minha realidade — Foi o Ian, não foi? Eu sabia!

– Candice, não! Não foi o Chris, muito menos o Ian. Eu só estou com um resfriado, nada demais. — eu duvidava muito que ela cairia nessa história fajuda — Você pode me levar lá ou não?

– Posso. Posso sim. Deixa só eu vestir roupa e corro pra aí.

– Obrigada, Candice.

– Mas, Nina, por que quer vê-la? Todos estão querendo esquecer aquele dia. Estou impressionada, como isso ainda não vazou para a imprensa? — ate eu estava, nos dois quesitos —

– Não dá pra esquecer aquilo. Isso já está marcado nas nossas vidas. E respondendo a sua pergunta, é porque eu sou humana. Ela levou um tiro, eu vi ela levar um tiro. Tinha sangue dela na minha blusa, Candice! Todos estamos traumatizados, mas ela foi a que levou uma bala. Não posso virar um ser sem humanidade.

– Nikolina Dobrev, cada dia mais fico impressionada com você. Tem mais maturidade do que toda aquela escola junta.

– É necessário uma pitada de maturidade de vez enquanto.

– Vai ser uma grande psicóloga, Nina. Nunca se esqueça disso. — foi bom ter ouvido isso, foi mesmo. É um incentivo aceitável — Eu te amo, ok? Você é uma das melhores pessoas que eu já conheci, acho que você precisava ouvir isso.

– Eu também te amo, Candice. E obrigada. É bom saber disso.

– Até daqui a pouco

Eu fiquei assustada quando aquelas três palavrinhas saíram da minha boca. Elas tem um peso enorme, e eu não programei dizê-las, apenas saiu. E isso me apavorou. 
Quando se ama alguém, você fica vulnerável a muitas coisas. Mas também pode ser bom, quero dizer, você terá uma âncora para quando precisar. Eu tenho medo dessa maldita frase.

A linha ficou muda e eu joguei o celular na cama. Mas em questão de segundos meu celular foi bombardeado por mensagens.

Chris 3:56 PM

Ei, Nina. Obviamente você já deve estar sabendo sobre o que aconteceu. Olha, sei que você deve estar brava, e com razão. Mas tudo não passou de um mal entendido.

Chris 3:57 PM

Nina, me desculpa.

Chris 3:59 PM

Nina, sabe que eu não vou desistir. Por favor, vamos conversar

Chris 4:00 PM

Nina, me liga. Por favor.

Essas foram as primeiras. Ainda haviam dezenas a serem lidas.
Ele está errado. Eu não estou brava, ate achei que estava, mas daí eu percebi que não tinha esse direito. Não temos nenhum termo de compromisso, e eu nem queria. É só que... São tantas coisas pra um dia só, sabe? O sentimento que estava predominando em mim era mágoa, mas eu não podia deixa que ela me dominasse por completo. 
Chris merecia ser ouvido. Que tipo de pessoa eu sou que julga antes de saber da história completa? Não é justo com ele.

Coloquei seu número na discagem e esperei atender, o que aconteceu em menos de três segundos.

– Ai meu Deus, Nina! Você leu minhas mensagens? — ele parecia eufórico — É claro que leu. Está me deixando preocupado, não disse nada ainda.

O que eu iria dizer? Que eu estava tentando lidar com uma mãe mafiosa, e com o meu coração ao mesmo tempo?

– Chris... Eu não posso. Sabe... Isso é tão complicado. Mas, antes de tudo, queria dizer que não estou brava com você. Pode beijar quem quiser. Não tenho direito de ficar zangada. — ate porque eu beijei diversas vezes o Ian, e você não sabe —

– Nina, não é o que parece. É clichê eu dizer isso, mas é verdade.

– Ah. — suspirei —

– Eu posso ir ate ai pra gente conversar? Eu... — o cortei —

– Não! — não foi muito sútil a forma como reagi a isso — Quero dizer, você não pode. Candice está vindo pra cá.

– E que tal amanhã? Posso te dar uma carona, e a pode conversar no caminho.

Eu só não sei se eu quero, querido.

– Ta legal. Eu tenho que desligar, até amanhã.

– Até, Nina.

O que diabos eu to fazendo da minha vida?

 








– Você não disse nada desde que entrou no carro, Nina.

– Não estou muito no clima de conversar.

Eu preferia mil vezes ficar olhando lá fora pela janela do carro. E fora que, Candice não deve ser metida nessa algazarra.

– Sabe que pode me contar tudo, Nina. Eu nunca julgaria ou ficaria contra você.

– Alguém da escola comentou sobre sábado? — tentei outra estratégia —

– Algumas comentaram, sim. Você divide opiniões. Alguns acham você uma heróina, e umas cinco pessoas te culpam por aquilo. — caiu um pesar enorme sobre mim, mas era de se imaginar que falassem isso — Você não é culpada de nada, Nina. Eles são apenas idiotas que querem aparecer.

– Talvez eu seja culpada, quem sabe? — debochei —

– Vire essa boca pra lá. Sua mãe nem conhece esse cara, ele é um psicopata entediado. — é o que você e todos devem pensar, que a Sophie era a santa da história — E não pense que me engambelar é fácil assim.

– Chris me ligou.

– O que ele queria?

– Se explicar, amanhã ele vai me dar uma carona.

– Céus! Eu queria tanto que você ficasse bem com ele, mas acho que eu também não saberia perdoar.

– Não tenho o que perdoar, não temos nada além de uma a amizade. — isso era parcialmente verdade —

Depois disso, ficamos em silêncio por alguns instantes. E eu comecei a olhar o modo de direção da Candice. Ela passa todos os sinais vermelhos, parece que não é muito de respeitar ordens.

– Como ainda tem a sua habilitação? — deu uma gargalhada —

– Como você ainda não tem a sua? — rebateu — Cidade pequena. O pior que pode acontecer aqui é eu atropelar um rato. Bom, chegamos.

O estacionamento do hospital era fantasmagórico. Se passou pela minha cabeça que aquele lugar era abandonado, não era possível. Tinha apenas uma moto e três carros. Em Florença, o estacionamento estava sempre lotado, e na maioria das vezes, os médicos tinham que deixar os carros do lado de fora.

– Essas vagas não são para os médicos?

– Temos poucos médicos.

Ela parou o carro e desci logo em seguida. Olhei para o céu e me pareceu que iria cair uma tromba d'água.

– Vamos entrando, Nina.

Se eu achei que lá fora era tenebroso, aqui dentro era pior. Havia apenas uma mulher sentada na sala de espera se despedaçando em lágrimas. Já a recepcionista, não tirava os olhos do celular.

– Boa tarde, a senhora poderia me dizer se podemos ver Dakota Flemming? Ela foi internada no sábado a noite. — foi como ter falado com um poste — Senhora?

– Da pra largar a porcaria desse celular? — Candice bateu as mãos sobre o balcão —

– Caso as senhoritas não saibam, estão em um hospital. O silêncio faz parte  da melhora do paciente.

– A minha amiga te chamou duas vezes, mas a senhora insistiu em nem ao menos prestar atenção.

A mulher rolou os olhos e colocou seu óculos.

– O que as mocinhas querem?

– Gostaríamos de saber se podemos ver Dakota Flemming.

– O que essa garota é? A filha do presidente? A cada cinco minutos vem alguém querer saber dela. — pelo visto ela é bastante querida — Assinem aqui.

Nos entregou uma prancheta que parecia uma lista de presença. E tinha apenas os nomes dos pais dela e o de um garoto. Ela exagerou um pouco.

– Segundo andar, primeiro quarto da entrada.

Assentimos e subimos.

– Aquela mulher não é muito sociável, não acha?

– É, deve... — eu fiquei sem fala por alguns instantes. Não havia ninguém naquele hospital, estava tudo vazio. Macas jogadas, toalhas sujas de sangue. Algumas luzes quebradas e um fedor abundante — O que aconteceu aqui?

– A cidade não é muito grande, lembrá-se?

– Sim, eu sei. Mas tem algo mais, não é possível um hospital desde tamanho ficar vazio assim.

– Deixe isso pra lá. Olhe, chegamos.

Ficamos frente ao quarto dela. Seus pais estavam ao redor, segurando um terço e fazendo suas preces. Dava pra se ouvir um ruído de choro em meio a dezenas de lagrimas.

– Senhor e senhora Flemming? — Candice bateu na porta — Somos Candice e Nina. Estávamos no...

Ela foi interrompida pela mãe da garota que se levantou e correu até mim com os olhos cheios.

– Você é a Nina? A que ajudou a minha filha?

– Não foi apenas eu. Todos ajudaram, senhora Flemming. — estava difícil olhar para ela e não imaginar a sua dor, uma dor que poderia ter sido evitada —

– Eu posso te abraçar? — assenti —

Ela colocou seus braços em volta de mim e começou a chorar ainda mais. Eu não sabia como ela se sentia, mas era imaginável. Ela quase perdeu um pedaço dela, não é muito difícil olhar para os olhos dela e não se sentir uma idiota por não ter feito mais.

– Eu e a minha filha lhe agradecemos muito. Muito obrigada. — respira fundo, Nina. É ela que está com a filha desacordada, não você — Eu vou te soltar agora.

– Qual o prognóstico dela? — Candice perguntou —

– Tiveram que enduzi-la ao coma. Os médicos não sabem quando ou se ela vai acordar.

O senhor Flemming percebeu como a esposa estava e a aconselhou a tomar um ar, nos deixando com a Dakota em um estado se vegetação.

 

De primeira eu ainda não tinha olhado para ela. Mas eu cedi. Meu coração quase parou quando a vi com os olhos fechados e respirando com ajuda de aparelhos. Estava tão pálida que poderia se dizer que fazia parte de um dos filmes de Crepúsculo. 
A garota parecia tão pequena naquela situação. Ela era uma inocente no meio dessas atrocidades que vem acontecendo nessa cidade.

– Eu poderia ter evitado tudo isso... — uma lagirma desceu — Me desculpe, Dakota.

Segurei sua mão e fui a pedindo perdão no meu pensamento. Eu acredito em ligação entre almas, quando se quer tanto algo, pode acontecer. E eu esperava que ela recebesse as minhas condolências e desculpas.

– Nina, não ha nada que você pudesse ter feito. Você a ajudou a ter uma chance de sair viva de lá. Não tem tem se desculpar.

– Você não entende, Candice. Eu poderia ter evitado, sim. — ela não entenderia, e como poderia? Ela nunca saberia da verdade, como o resto da cidade — Dakota tem que sair viva dessa.

– Ela vai, Nina. Ela vai.

Colocou sua mão sobre o meu ombro, e eu me senti protegida por um instante. Foi como saber pela primeira vez desde que e minha vó faleceu que eu tinha alguém comigo. 







 

– Vejo que seu gosto não mudou muito, não é mesmo, Sophie?

Eu estava descendo as escadas para pegar um copo d'agua quando ouvi uma voz feminina familiar vindo da sala. 
Desci os últimos degraus e tentei olhar com mais clareza quem estava lá, porém, onde eu estava não tinha muita luz.

– Eu queria dizer que é um prazer vê-la, mas sabe, minha vida já tem mentiras demais. — a ironia na voz de Sophie se sobressaiu dessa vez —

– Não seja amarga, Dobrev. Dá rugas.

– Ah, claro. Agradeço a sua preocupação.

Parecia mais uma conversa cheias de farpadas, mas com elegância.

– Vá direto ao ponto, o que você quer? Afinal, faz tempo que tenho residência nessa cidade e jamais veio me procurar para tomar o chá das duas.

– Ha, ha, de fato. Bom, Joshua vem ficado cada vez mais ansioso para tentar conhecer a pestinha. — onde eu já ouvi esse nome? Vamos, Nina, pense —

– Sem nenhum respeito, mande Joshua se catar.

– Ah, Sophie, sua educação me surpreende sempre. Mas não é sobre o Joshua que quero falar.

– Já sei. Me deixe economizar sua saliva. Quer que Nikolina se afaste do Ian, certo?

Lembrei. Madeleine é a voz familiar. Joshua é o o irmão do satã. Uou... Mas o que diabos eu tenho haver com isso?

– Não pense por um instante que eu vou deixar isso virar alguma coisa, minha cara. — mas que raios? — Quanto você quer para acabar com isso?

– Não tenho mais dezesseis anos, Madeleine. Não sou um brinquedo, e muito menos a minha filha.

– Todo mundo tem seu preço, diga-me qual o seu e providencio para Grayson fazer um cheque imediatamente em seu nome.

A minha cabeça ficava mais confusa a cada instante.

– Você está com medo, por isso veio ate aqui. Pensa que com essa aproximadamente do dois, seus planos podem ir por água abaixo. — ela sabia como usar as palavras quando queria —

– Não seja tola. Não me preocupo com a  inocência do meu filho se perder, afinal, ele já tem alguém com quem se ocupar. Conhece a Ariel? — tudo bem, eu não precisava ouvir isso — Ela é um doce de menina. E uma ótima distração para o Ian.

– Conheço bem essa garota, mas acho que seu filho parece ter entediado dela, é apenas um pressentimento.

– Meu filho e a bastarda da Nikolina? Nunca vai acontecer. Tire essa ideia nazista da sua cabeça, Sophie. — ei, gente, é de nossas vidas que estão falando. Ninguém vai ditar o que eu ou ele decidimos —

– Bastarda? Olhe como está apavorada, Madeleine! Tenha classe ate o fim. Mas antes de tudo, Joshua sabe que está aqui?

– Já sabe a resposta, querida.

– Foi o que eu pensei. Já sabia a minha resposta, por que se deu ao trabalho de vir aqui? Nós duas sabemos como sua agenda é atolada.

– Precisava tentar primeiro. E eu tentei do jeito fácil, mas você rejeitou, suponho que terei que tentar de outras maneiras.

Deu para ouvir um estalo, como um tapa. E como Sophie já estava com a mão coçando hoje, tenho minha crença que tenha partido dela.

– Nunca mais ameace a mim ou a minha filha.

– Terá notícias minhas.

Os passos vieram ate a direção da porta, que ficava próxima a escada. Rapidamente corri ate meu quarto.

O que diabos aconteceu lá em baixo? Qual a rixa entre a mulher que mora comigo e os Somerhalders? E não era de hoje que eu já tinha percebido isso. Desde o dia que eu a vi pela primeira vez, pude ver o nojo escancarado em seus olhos. Nada se encaixava, nem com a ajuda do Ian eu conseguia montar esse quebra-cabeça.

Passei o resto da madrugada criando dezenas de teorias sobre o que ha entre nós.






 

Estava a caminho da escola no mesmo carro que Chris, mas nenhum se dispôs a começar o interrogatório.

– Ela me beijou, não eu. — e o elefante faz o barulho — Eu tirei ela de cima de mim assim que ela veio.

Isso era pra ser reconfortante? Eu sei, não tenho o direto de ficar brava com ele, e não estou, é só que... Não sei.
Se ele soubesse que eu também já fiz o mesmo, ficaria arrasado. E eu odeio omitir as coisas.

– Não estou brava, Chris. Eu fiquei meio atordoada quando me contaram isso, mas eu vi depois que não tinha esse direto.

– O que quer dizer com isso?

Céus, Nina! Se eu já não andava bem antes, depois disso então...

– Eu beijei o Ian. — como ele não podia tirar o olho do volante, eu vi pelo retrovisor sua expressão, e não era nada boa — Mais de uma vez.

– O quê?! Nina, você e ele...?

– Não! Claro que não. Eu não planejei nenhum dos beijos, apenas aconteceram. Com você sim.

– Espera, você me beijou por pena? — eu não deveria ter contado isso enquanto ele dirigia —

– Claro que não, Chris. Te beijei porque eu quis, porque eu gosto de você! — deu um solavanco no carro e freiou — Chris...

– Eu não consigo, Nina. Eu tento, eu juro que tento. Mas eu te amo, e não consigo aguentar tanto assim. Saber que a qualquer hora pode fazer sua escolha e eu posso não ser o ganhador, é demais para mim.

Esse era o problema, eles me tratavam como algum prêmio, algo que eu não sou.

– Eu sei que é. É por isso que eu tenho que dar um fim nisso. — eu sabia que tudo em mim dizia para não fazer isso, mas era o certo — A minha vida está de pernas pro ar, e eu tenho que começar a arrumar ela em algum lugar. — respirei fundo e aperei meus olhos para não chorar — Ou se é amigo de alguém, ou gosta dele. Os dois não caminham juntos. Por isso acho melhor acabarmos com isso. Não é só com você, o mesmo vai ser com o Ian.

Peguei a minha bolsa e desci do carro. Não dei tempo para ele reagir. Se eu ficasse mais tempo lá, eu iria voltar atrás e começaria a mesma montanha russa de sempre. 
A única coisa que eu iria fazer nesse momento seria colocar minhas pernas para andarem mais três quarteirões e segurar qualquer choro engasgado na garganta.
 

 

 

 

– Nina? Ei, A sua prova. — Ian me entregou —

Ok, essas viagens que eu faço para outro mundo tem que parar.

– Obrigada.

– Você ta parecendo um morcego com essa cara, Neens. Deveria pensar em usar um pouco de maquiagem. — parece que o velho Somerhalder voltou —

– Hoje não, Ian.

Me levantei da carteira, e logo atrás eu ouvi ele vindo junto.

– É serio, Ian. Hoje não, por favor.

O tempo que eu fiquei voada na aula, foi o que eu encontrei para não me afogar em lágrimas.

– Eu falei sério, Nina. Você não ta com uma cara muito boa. O que você tem?

Ian me lembrava a mãe dele, a mãe dele me lembrava a minha, a minha me lembrava a minha avó, minha avó me lembrava a Candice, Candice me lembrava o Chris. Tudo era um efeito dominó. Tudo estava repleto de perdas.

– Eu não aguento mais. Não aguento.

– Por favor, não chora. Tudo menos chorar.

Foi inútil. Era a situação perfeita. O corredor estava vazio, não tinha ninguém, a não ser nós dois. Não precisaria me preocupar em alguém me ver chorar. Só que não era do Ian que eu precisava.

– Eu preciso achar a Candice.

Eu comecei a andar meio desengonçada e sem coordenação motora. Parecia ter pouquíssimo ar nos meus pulmões. A cabeça começou a pesar e tudo rodar.

– Nina! — Ian me segurou quando estava prestes a cair — Ei, ta me ouvindo?

– Sim, foi só uma queda de pressão.

– Você fica uma gracinha nos meus braços. Neens.

  – Não! Chega! Isso tem que ter um ponto final.

– Ham? — pareceu desentendido —

– Eu não posso mais continuar com esses jogos. Você e o Chris queriam e merecem uma resposta, e ela é não. Não para os dois.

– Você não ta falando sério. — deu uma risada sarcástica, mas eu continuava rígida — Está?

– Nós dois somos tóxicos um para o outro, Ian. Você não vê? Você é uma cara estilo bad boy, e eu não quero isso para mim.

– Você bateu bateu a cabeça? Vai me dispensar assim? Eu sabia. Sabia que era como qualquer outra garota.

Esse é o grande mal do homem. Quando se recebe um não, libera o seu verdadeiro eu.

– Não rebaixe nenhuma mulher por ter recebido um não, Ian. Você é melhor do que isso.

– Me responde uma coisa, em algum momento gostou de mim?

Palavras tem um enorme poder, por isso devemos ter cuidado com quem e quando as usamos.

– Ainda gosto. Mesmo você sendo um idiota, imbecil, narcisista e machista, eu gosto. Não sei como, mas sim.

Apenas encarei ele durante alguns minutos e sai correndo de lá sem olhar para atrás. Uma coisa que eu acho que desencadearia um ódio do Ian sobre mim.

Aquela vontade de cortar a garganta para não poder gritar. Aquela vontade de arrancar os olhos só pra não poder ver. Aquela vontade de esmagar o coração só para não poder sentir. Era como eu me sentia no momento.

 

 

 

 

– Candice, será que posso ir pra sua casa hoje?

– É claro que sim. Minha mãe sempre foi doida pra te conhecer... Mas espera, você odeia sair. O que aconteceu?

No momento, eu precisava conversar com alguém sobre o que eu sentia. Sobre o que estava acontecendo, e a Candice era a única a qual eu poderia confiar agora.

– Quando estivermos na sua casa, eu conto.

– Tudo bem. — pisou no acelerador — Mas poderia começar dando uma pauta.

– Eu cortei relações com os meninos. — doeu? Claro —

– Ah, eu sinto muito. Mas o que aconteceu?

– Estava se tornando uma catástrofe, Candice. Eles merecem coisa melhor.

– Vira essa boca pra lá. Você é a coisa melhor. Mas se você acha que isso foi o melhor a ser feito, então tem razão.

Queria acreditar que eu era a coisa melhor, mas Deus sabe que não sou. Eles merecem alguém estável, e não essa metamorfose ambulante que eu me tornei.

– Eu conversei com o Ian ontem, Nina.

– Você?

– Eu sei que ele é importante para você, então achei melhor esclarecer certas coisas.

– Candice, ele te fez mal, não era preciso isso.

– Eu já tinha esquecido disso. Mas era melhor deixar as coisas bem claras. — isso era além de estranho — Nina, eu achei que iria começar a conversa com tapas e xingamentos, porém, ele não disse exatamente como se sentia em relação a você, mas foi evidente que havia algo grande dentro dele. — eu desejava não ter ficado feliz com isso. Ele tinha que me esquecer, tinha que esquecer esses sentimentos. Droga, Ian! —

– Ariel é melhor.

– Nunca mais repita isso. Ariel tem seu charme, mas você é um doce, Nina.

Um doce amargo, talvez.

 

 

O sol está preenchendo o quarto
E eu posso ouvir você sonhando
Você se sente da mesma forma que eu me sinto agora?
Eu queria que pudéssemos simplesmente desistir
Porque a melhor parte está caindo
Chame isso de qualquer coisa, menos amor

E eu vou me certificar de manter a minha distância
Digo "eu te amo" quando você não está ouvindo
Quanto tempo podemos continuar com isso?

E por favor, não fique tão perto de mim
Estou tendo dificuldade para respirar
Eu tenho medo do que você vai ver agora
Eu te dou tudo o que sou
Toda batida do meu coração quebrado.
Até eu ter certeza que você vai entender

E eu vou me certificar de manter a minha distância
Digo "eu te amo" e você não está ouvindo
Quanto tempo podemos continuar com isso?

E eu continuo esperando
Que você me pegue
Você continua esperando
Salvar o que nós temos

Então eu faço questão de manter a minha distância
Digo "eu te amo" quando você não está ouvindo
Quanto tempo podemos continuar com isso?

Vou me certificar de manter a minha distância
Digo "eu te amo" quando você não está ouvindo
Quanto tempo até nós chamarmos isso de amor, amor, amor?

 


Notas Finais


UOUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
OLHA A TRETA DE MADRUGADA
Bem loca essa familia, ne non? Sophie ta com a macaca, prendam ela

Quem mais ai ta com dó da Ninoca? </3
Poxa, guria, tu não tem sorte no amor, na familia, mas pelo menos é ricona
Nian e Dobrewood como sempre me fodendo. O que vocês acham que vai acontecer no proximo drama da novela mexicana sqav?

Até mais :*

Link do trailer da fic, que eu não canso de deixa aqui hahaha
a gatinea da @criminalgomezz que fez. TA LOTADO DE SPOILER 👇
https://youtu.be/ZRuNwvxiesU

Link da minha outra bebê https://spiritfanfics.com/historia/memorias-ao-vinho-6374169/capitulo1


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