1. Spirit Fanfics >
  2. Sem querer amei você. >
  3. Verdade.

História Sem querer amei você. - Verdade.


Escrita por: IsabellaMartins

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 25 - Verdade.


Fanfic / Fanfiction Sem querer amei você. - Verdade.

- Como assim seu vôo sai essa tarde? - Ela arregalou os olhos

  - Eu preciso ir para o Brasil agora. Não demorarei, então pode descontar do meu salário os dias que eu estiver ausente. - Menti.

  - É mais fácil pedir as contas, gatota.

  - Não. Eu sei que preciso do emprego quando eu voltar. - Embora eu não sabia quando eu voltaria.

  - Será descontado cada hora do seu salário. - Ela disse ríspida.

  - Muito obrigada por não me mandar embora, Sra. Kyung-Soon. - Eu realmente me surpreendi com isso. - Eu preciso ir agora. Até mais.

Fui para o meu apartamento arrumar as minhas coisas. Fiquei lá boa parte da manhã. Perto das duas da tarde corri para o aeroporto. Meu avião sairia as quatro. Chegando lá, me sentei e esperei a hora passar. Eu tinha chego na Coréia a pouco tempo e minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Nunca havia ficado tão chateada assim antes enquanto estava no Brasil. Acho que morar por aqui estava me fazendo mal. Eu precisava sentir o ar de casa. E era isso que eu ia fazer. Se o desejo do Hope era ficar sozinho, eu estava cumprindo muito bem.

                 ~ S/N OFF ~
 
                   ~ HOPE ~

Passei a noite em claro mais uma vez. Vez ou outra passava pela minha cabeça se a S/N também se sentia assim, como eu.
Não demorou muito e o sol resolveu aparecer. Eu decidi ficar no meu quarto até Jin bater na porta.

  - Bom dia - Ele disse entrando e sorrindo - Vamos tomar café?

  - Estou bem, obrigado. - Falei tentando evitar contato visual. Eu não queria que ele visse meus olhos vermelhos.

  - Eu acho que você vai querer sim. Alguém quer falar com você. - Por um momento só consegui pensar que seria a S/N.

  - Eu disse que estou bem!

  - Para com isso, Hoseok. Acha mesmo que ficar enfiado dentro de um quarto vai fazer tudo que você está sentindo desaparecer?

  - Eu só não quero sair agora e esbarrar com o... Você sabe quem.

  - Por isso que eu quero que você saia. Vamos logo. - Eu sabia que ele não desistiria então aceitei.

Chegando na sala onde comemos, encontro uma mesa farta e a última pessoa que eu queria ver. Suga. Eu olho para trás, encarando Jin e ele sorria para mim, segurando a porta.

  - Bom dia. - Suga diz me olhando e logo abaixa a cabeça.

  - Bom dia - Eu respondo ríspido e saio da sala puxando Jin comigo - O que é isso? - Pergunto já do lado de fora.

  - Ele planejou isso para falar com você.

  - Eu não quero falar com ele. - Eu disse me virando e indo para o meu quarto, mas Jin me segura pelo braço.

  - O que ele vai falar é sério. Você vai querer ouvir. Na verdade você precisa. - Ele disse me olhando sério. Eu o fitei pensando em suas palavras e entrei na sala sem falar nada.

Suga ainda estava sentado, me olhando. A mesa era redonda, então pulei duas cadeiras de onde ele estava e me sentei. Jin também entrou na sala e se sentou em nossa frente. Suga pegou um pedaço de panqueca e se serviu. Jin fez o mesmo. Eu me mantive imóvel.
Passamos o café da manhã inteiro calados e isso já estava me deixando agoniado. Me levantei e saí. Mal pisei em meu quarto e escuto a voz de Suga me chamar.

  - Hope? - Ele estava segurando a porta e entrou, a fechando.

  - O que?

  - Eu preciso te falar umas coisas. - Ele disse colocando as mãos nos bolsos.

  - Espero que não venha me dizer como foi ficar com a S/N. Ou talvez não né... Não sei mais em quem acreditar.

  - É sobre isso que vim falar. Você deve acreditar nela. - Eu o olhei nos olhos, um pouco surpreso com o que acabara de ouvir.

  - Por que está vindo me falar isso agora? Ela mandou você vim aqui? - Eu ri um pouco, mas foi de nervoso.

  - Eu tive a oportunidade de pedir desculpa para ela por ter inventado tudo isso e também prometi para ela... E para mim mesmo, que viria te pedir o mesmo e te contar a verdade.

  - Então fala logo! - Minhas mãos já suavam.

  - Eu inventei essa história. Acho que ela já te falou isso, mas provavelmente você não deu ouvidos. - Ele abaixou a cabeça e parecia está com vergonha. Nunca o vi assim antes.

  - E qual o motivo de ter feito isso, cara? Nós somos amigos! Pensei que ficaria feliz quando eu mostrasse para vocês a pessoa certa!

  - Eu quero sua felicidade! Mas eu pude ver nos olhos dela o quanto eles sorriam quando ela te olhava. Na hora uma nuvem de inveja e raiva me tomou. - Eu balancei a cabeça negativamente indignado com o que ouvia - Eu posso ter sido o cara que ela gostou no passado. Mas eu tenho certeza que agora é você por quem ela está apaixonada.

  - E todas as mensagens? Você sabia que ela gostava de você...

  - Eu sabia porque ela deixou isso escapar. E eu também pude imaginar pelas mensagens que ela me mandava. Mas são todas antigas. Todas mensagens de fã. Nós nunca tivemos nada.

  - Você agarrou ela! - Me lembrar disso fez meu rosto esquentar.

  - Eu sei. Mas não era eu, Hope! Eu não sei o que aconteceu. Eu fui idiota por inventar isso tudo e por fazer isso com ela. Se pudesse saber como me sinto... - A cabeça dele despencou para trás e ele respirou fundo.

  - Então me fala, Suga. Me fala como se sente! - Eu estava impaciente, mas algo dentro de mim podia entendê - lo.

  - Eu estou com nojo de mim mesmo! Eu nunca pensei que fosse fazer isso. Eu estraguei a amizade que eu mais prezo. Tudo isso por nada!

Eu não sabia o que falar. Era melhor eu enxergar mentira em seus olhos, assim eu não sentia a tal dor que ele dizia está sentindo. Mas não, enxerguei sinceridade. E isso que me matou. Será que meu melhor amigo está apaixonado pela garota que eu também estou?

  - Você está gostando dela? - Perguntei. Ele me olhou nos olhos e respondeu.

  - Para ser sincero, não. Eu sei que você vai me odiar agora por eu ter feito isso tudo por nada, mas estou te falando a verdade.

  - Então eu não vejo motivo para ter feito isso! - A minha raiva subira de novo.

  - Como eu disse, eu não sei o que aconteceu! Acho que senti inveja. Me senti derrotado por saber que ela gostava de mim mas agora ela gosta de você!

  - Isso não faz sentido, Suga! Você não gosta dela e fez esse inferno todo em nossa vida?! Eu a desprezei por nada! Passei noites sem dormir, enfiado num quarto sem ânimo para levantar POR NADA?! - Minha voz saiu alta.

  - Me perdoa, cara! Eu sei do que você passou e do que ela passou também. Por isso estou aqui. Eu fui um idiota! Você é meu amigo Hope. Ou era. Eu te vejo como meu irmão. Eu sei que errei com você e se eu pudesse voltaria no tempo. Mas a única coisa que eu posso fazer agora é te pedir desculpa. Não vou pedir para você entender porque nem eu entendo, só te peço que um dia possa me ver como seu amigo de novo. - Ele abaixo a cabeça e ficou calado. Pude sentir que sua respiração estava pesada e ele estava nervoso.

Suga não é de pedir desculpa por nada do que faz. E muito menos se atirar em cima de alguém. Por mais errado que seja, eu admito que o entendo. Eu o conheço, e ele odiava se ver por baixo de algo. Podia ser idiotice ou algo que não pude decifrar, mas eu estava cansado de brigas. Cansado de não poder sentar ao lado dos meus amigos com o clima que tínhamos antes. Eu estava magoado com a atitude dele, mas agora que eu ouvi a versão dele, e a dela também bateu com a história, seria idiotice levar isso adiante. Eu perdi tempo não vendo a verdade, ou talvez sendo enganado. Mas muito tempo foi perdido. Eu não queria mais isso.
Ainda em silêncio, ele se virou e ia sair do quarto.

  - Suga - Eu o chamei. Ele se virou e eu estiquei a mão para ele. Ele sorriu, pegou na minha mão e fez algo que é muito raro o ver fazendo. Ele me abraçou.

  - Obrigado. Você não sabe o alívio que estou sentindo em saber que ainda posso contar com você. - Ele disse com a cabeça próxima do meu ombro. - Vai falar com ela, cara. Eu fui o errado nisso tudo. - Ele me soltou e me olhava nos olhos. Eu balancei a cabeça confirmando e ele sorriu, dando tapas leves em minhas costas.

Eu tinha todos os motivos para não falar com ele. Mas somos amigos há anos e eu já pude contar com ele para muitas coisas. Não seria por um erro (por maior que seja) que eu iria deixar ele se sentir do jeito que eu via que ele estava.
Corri para pegar meu celular e como um desesperado eu abri na conversa da S/N. Meu coração batia forte e minha mão suava. Eu precisava dela. Precisava falar para ela que tudo já estava resolvido, mas isso precisava ser pessoalmente. Eu tinha que beijar aqueles lábios de novo.

  - Eu tenho certeza que ele estará te esperando. - Suga me disse sorrindo um pouco de lado e saiu do quarto.

  - " Você está ocupada? Posso passar aí? "

E foi isso que eu mandei. Me sentei na cama, tonto com os sentimentos que me enchiam. Eu estava feliz, nervoso e algo mais que não sabia o que era. Eu só precisava abraça - la. Dizer que fui um idiota por pensar que ela seria capar de fazer algo assim.
Segundos, minutos e até horas se passaram e nada da resposta dela. Já havia passado o seu horário de almoço. Por que diabos ela não me respondia? E nem se quer via minha mensagem!
Como Jin estava mais próximo dela resolvi perguntar a ele se sabia de algo. O encontrei na cozinha.

  - Ei, você sabe onde a S/N está? - Ele se virou e sorriu.

  - Então você ouviu o Suga?! - Ele parecia muito feliz.

  - Sim, mas ela não responde. E nem se quer viu o que eu mandei. Estou preocupado.

  - Ela deve está trabalhando.

  - Mas ela sempre falava comigo em seu horário de almoço. Já passou da hora!

  - Eu não posso afirmar o que ela está fazendo agora. Por que não vai até a cafeteria como quem não quer nada? - Ele sugeriu mexendo em uma salada de frutas.

  - É. Pode ser.

Eu estava tão nervoso que não pude esperar o elevador chegar. Corri pelas escadas e liguei o carro, saindo dali o mais depressa possível. Assim que parei em frente a cafeteria meu coração parecia não bater mais no peito de tão nervoso. Minhas pernas tremiam. Abri a porta do estabelecimento e avistei a chefe na S/N no caixa. Me aproximei para perguntar se ela estava lá.

  - Olá! Que alegria vê - lo aqui novamente. - Ela me disse com um sorriso largo nos lábios quando me aproximei.

  - Olá. O prazer é meu. - Sorri um pouco, tentando disfarçar o nervosismo, mas fui logo ao ponto - A Sra. sabe me dizer se a S/N está aqui? - Ela arregalou os olhos parecendo surpresa com a minha pergunta.

  - Ela não está. E não sei quando voltará. Mas há algo que posso ajudar? - Ela forçou outro sorriso.

  - Por que não sabe quando ela voltará?

  - Porque ela está indo para o Brasil. Essa hora deve está dentro do avião já. Mas o que você....

Ela continuou falando mas eu não fui capaz de ouvir. A S/N estava voltando para o Brasil? Aquilo foi um soco na boca do meu estômago. Senti meu chão se abrir em baixo dos meus pés. Eu não conseguia ouvir mais nada. Saí do lugar e fui para o carro. Atravessei a rua sem olhar para os lados e buzinas soavam alto. Abri a porta e me sentei apoiando as mãos no volante. Meu cérebro tentava processar o que acabara de ouvir. Minha cabeça despencou para frente, colocando minha testa em cima da minha mão. Eu não podia perde - la.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Conto com favorito e comentário.
Até o próximo capítulo :)

ME DESCULPEM PELA DEMORA ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...