Clarke Pov
Quando soltei Aden, já estávamos perto do apartamento, sigo até lá e o vejo entrando e se trancando no quarto. Resolvo deixá-lo sozinho para se acalmar e antes de ir ao restaurante tentar conversar de novo.
Depois de um tempo, bato a sua porta, mas não tem nenhuma resposta. Abro a porta e o vejo folheando o álbum de fotos da minha irmã.
-Aden. Posso entrar?
-Não.
-Aden, por favor. Eu sinto muito.
-Saia.
Quando fecho a porta escuto seu choro que dói em mim, mas no momento não posso fazer muita coisa. Desço até o apartamento de Bellamy e quem abre são seus filhos.
-Oi, meninos. Seu pai está ai?
-Sim. Pai! –Os dois gritam juntos.
-Oi.
-Oi, Bellamy.
-Como você está?
-Bem. Posso te pedir um favor?
-Claro.
-Sei que está em cima da hora, mas tenho que ir trabalhar e Aden e eu tivemos uma pequena briga.
-Quer que eu fique de olho nele?
-Se você poder checá-lo uma hora ou outra.
-Sem problemas. Tem uma chave? – Diz Bellamy prestativo.
-Claro, tenho uma chave aqui. -Digo dando uma chave a ele.
-Obrigada, Bellamy.
-E como você está?
-Tudo isso é muito novo pra mim.
-Eu sei o que pode te ajudar. – Ele diz e pega um cartão dentro do apartamento. – Ligue para este número. É Anna. É amável com os meninos. Me salvou depois do meu divorcio. Tenho certeza que ela poderá cuidar de Aden toda vez que você precisar.
-Obrigada.
-De nada.
Vou até o restaurante, mas trabalho dispersa pensando se Aden está bem. Quando estamos limpando a cozinha, Lexa lê a critica sobre mim.
- “Srta. Griffin apresenta pedacinhos de trufas em uma salada de chicória acompanhada de um maravilhoso e saboroso halibute (peixe) ligeiramente cozido no vapor. Tudo isso enfeitado com a gloriosa canção de uma emulsão de açafrão.” –Ela para pra fazer sua observação. –Este cara não consegue se decidir se você é cozinheira ou compositora.
Eu limpando o balcão e essa folgada sentada lendo.
-“Sua artística e distinta codorna com trufas deixa muito claro que é hora de ter uma grande Sous-Chef para completar seu estilo singular.”
Paro de limpar e olho para ela.
-É isso o que diz?
-Queria ver se estava prestando atenção. – Diz dando aquele sorriso de lado característico seu. –Parece que você precisa de uma bebida.
-Eu nunca bebo no trabalho.
Após todos os funcionários terem ido embora, Lexa acabou me convencendo e aceitei uma bebida; ela escolheu um belo vinho e alguns queijos para acompanhar. Ficamos conversando sobre tudo que se possa imaginar e escutando sua maldita ópera.
-Diga outras coisas que você nunca faz.
-Como assim?
-Bem, você nunca come sobremesa, nunca bebe no trabalho. Estou esperando você dizer que nunca sai com mulheres que cantam ópera.
Entendo onde Lexa quer chegar e tenho certeza que por causa da bebida digo o que ela estava esperando.
-Eu nunca saio com mulheres que cantam ópera.
Lexa ri e levanta sua taça de vinho para brindarmos.
-Isso! – Ela fala comemorando.
Na hora de ir embora, Lexa insiste em me levar até em casa por causa da chuva. Chegando, ela desce do carro e dá a volta embaixo de chuva para abrir a porta pra mim.
Abro o guarda- chuva que bate em seu rosto tão lindo.
-Uow, calma Clarke. –Diz Lexa rindo e segurando em minha cintura.
-Eu consigo.
Vamos correndo até a entrada do prédio e ela sobe as escadas comigo.
-Tenho uma pegadinha para você. Quais são os três segredos da cozinha francesa?
-Qual é? Todo mundo sabe disso.
-Ah é? Então quais são senhora sabe tudo. –Falo debochada.
-Manteiga, manteiga e manteiga.
-Você é boa.
Chegamos a porta do meu apartamento e me viro para Lexa.
-Você não tinha que fazer isto. Não estou tão bêbada assim.
Coloco a chave para abrir e porta se abre sozinha.
-Oooh Bellamy. Oi.
Bellamy encara Lexa e ela faz o mesmo com ele.
-Lexa, este é o Bellamy, ele mora lá embaixo. – Aponto para Lexa e digo. –Esta é Lexa, nós cozinhamos juntos.
-Como vai? –Diz Lexa apertando a mão dele.
-Você obviamente não mora neste prédio. –Bellamy diz irônico.
-Como está Aden?
-Ele está dormindo, é um ótimo menino. Tenha uma boa noite Clarke.
-Obrigada, Bellamy.
Lexa e Bellamy se encaram mais uma vez antes dele descer.
-Ele é tão doce. Ele só estava cuidando do Aden. É um homem muito doce, amável. Não poderia ter um vizinho melhor.
Lexa balança a cabeça e levanta as sobrancelhas enquanto falo.
-Ele é sempre tão...
Ela não me deixa terminar e coloca o dedo em minha boca. Vem em minha direção e me beija, um beijo simples e doce.
-Tome uma aspirina. – Lexa fala sorrindo e já descendo as escadas.
Vou até minha cama e simplesmente desmaio. Durante a madrugada, escuto a luz do corredor sendo acesa e escuto passos também, me levanto e sigo o som da televisão, pela porta vejo Aden sentado no chão vendo vídeos caseiros feitos por Anya, me sento ao seu lado. Na TV passam imagens de Anya e Aden na praia rindo e brincando, olho para ele que está segurando o choro e abraço de lado, depois de alguns minutos ele deita a cabeça em meu ombro. Assistimos ao vídeo até acabar e depois nos deitamos abraçados na mesma cama.
Já de manha, observo meu anjinho dormindo tranquilamente ao meu lado.
-É hora de levantar, querido.
-Não quero ir para escola hoje. –Diz Aden com a voz de preguiça.
-Quer saber? Eu não quero ir trabalhar hoje.
Aden sorri pra mim. –Sério?
-Hoje será o nosso dia.
Lexa Pov
Vou ao trabalho ansiosa para ver Clarke, mas ela não vem na preparação, acho que deve ser algo com Aden.
Estamos todos comendo quando Harper começa a ler um bilhete que Octavia mandou para todos.
“A todos do Skykru, 22, permitam-me apresentar-lhes minha pequena Emma. Três quilos e 40 cm. Ela está ansiosa para conhecer todos vocês. Com amor, Octavia”
-Deixe-me ver a foto. –Raven fala. –Ela é linda.
-Clarke está atrasada.
-Ela me pediu um dia livre. Assunto pessoal. –Raven fala para mim.
Será que assustei ela com o beijo, será que é esse assunto pessoal?
Clarke Pov
Aden e eu quando finalmente conseguimos levantar, tomamos café na cama, depois pego Monopoly para jogarmos.
-Um, dois, três, quatro, cinco. Isso! Park Place. E com o hotel, 1.500. –Falo a Aden que acabou de parar num lugar o qual já comprei.
-Eu não tenho o suficiente.
-Hipoteque, hipoteque querido. Vamos, adoro este jogo. –Falo super animada.
Aden me dá o dinheiro e começo a sacudir o dado.
-Obrigada. O que eu preciso? Preciso de um 9, me dê um nove. –Beijo o dado antes de jogá-lo.
Aden balança a cabeça e coloca a mão sobre os olhos, sabe que se eu conseguir um nove, ganho o jogo.
-Isso!
-NÃO! –Aden fala emburrado. –Não, isso não é justo.
-Sou rica!Sou rica!- Falo rindo e pegando mais dinheiro.
Aden pega o travesseiro e bate em mim, solto o dinheiro e olho séria pra ele.
-Sabe o que isso significa?
-Não, o que significa? –Ele pergunta preocupado.
-GUERRA!
Pego um travesseiro e bato nele, que começa a rir e me bater também, ele sai correndo pelo apartamento e corro atrás dele.
-Vou te pegar garoto.
Escuto seus pés na madeira e seu grito, como ele foi para a sala, volto até a porta e fico escondida, escuto seus pés mais próximos, quando ele tá perto bato com o travesseiro.
-Não. –Diz Aden rindo e tentando se defender.
Ele corre para a sala de novo e vou atrás dele desta vez, o jogo no sofá e o amasso com o travesseiro, Aden ri tanto que fica mole. Quando ele consegue levantar, começa a me bater de novo.
-Lutarei com você. Tem uma almofada?
Ficamos lutando até que as penas dos travesseiros começaram a voar para todo o lado, nos deitamos no chão sobre as penas rindo e exaustos.
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