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História Sem Reservas - Capítulo 9


Escrita por: hedatriku

Notas do Autor


Demorei um pouquinho, mas tô aqui.

Capítulo 9 - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction Sem Reservas - Capítulo 9

Clarke Pov

Essa noite por incrível que pareça deu e e está dando certo, Lexa trata Aden com muito carinho e isto me encanta. Depois de uma conversa que fiquei sabendo um pouco mais sobre sua vida e sobre a avó, um dia ainda bato nela por esta história,  fomos a sala e sentamos no chão para comer o tal do seu tiramisu.

Vamos comendo cada uma com sua colher do pote mesmo o doce e ele está simplesmente divino.

- Talvez eu goste de sobremesas.

Lexa ri da minha frase e vem se sentar ao meu lado.

-Sabe que em italiano, "tiramisu" significa "comida dos deuses"? -Ela fala séria.

-Não, não é. -Respondo rindo.

Lexa tenta manter a pose séria, mas acaba rindo.

-Deveria ser.

Paro um momento para apreciar a ópera que está tocando no fundo no rádio velho de Lexa.

-Tem um pouco...- Ela passa o dedo no canto da minha boca e fico paralisada. -um pouco de creme, aqui.

Ela leva o dedo a boca e chupa a pontinha que continha o creme, ela olha pra mim fixamente.

-Tenho que ir.

Passa o braço por trás dos meus ombros e tudo que consigo fazer é pensar o que essa louca está fazendo. Ela chega cada vez mais próxima de mim e vou me inclinando para seu braço, quando esta a poucos centímetros do meu rosto para e fala.

-Você está deitada no meu casaco.

-Desculpe. -Falo e sinto minhas bochechas ficando quentes.

Ela se levanta com o maldito casaco, vai até seu rádio e desliga.

-Boa noite. -Lexa diz e vai embora.

Abraço meus joelhos e coloco a cabeça sobre eles. Não acredito no papel de trouxa que fiz agora.

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No dia seguinte, vou na minha consulta semanal com Kane.

-Ela é tão imprevisível.

-Em que sentido?

-Em todos os sentidos. Ela nunca faz a coisa certa no momento certo. Ela...

Kane me interrompe.

-Clarke, a vida é imprevisível.

-Não na minha cozinha.

-Estou certo de que você poderá prevenir o pior.

-O pior?

-Que ela consiga tolerá-la por algum tempo. -Diz Kane.

Olho pra ele não acreditando no que foi dito.

-O que é isto? Uma nova forma de terapia? Insultar o cliente?

-O único que os melhores psicólogos usam.- Ele fala rindo.

Assim como é rotina, depois do consultório levo Aden a escola.

-Te verei depois da escola, ok?

Aden me dá um abraço e daí correndo na direção de seus amigos.

-Tenha um bom dia.

-Tchau Tia Clarke.

Quando estou saindo o diretor Jaha me chama.

-Olá,  Clarke.

-Chegamos na hora. -Falo na defensiva.

-Tem um minuto?

-Claro. -Digo entrando na escola e o acompanhando até sua sala.

-Tenho conversado com a professora de Aden. Ele tem dormido muito na classe. E sabe qual é a explicação dele para isso?

-Não.

-Ele disse que é seu trabalho noturno. Ele disse aos colegas de sala que trabalha como assistente de cozinha no seu restaurante para pagar seu quarto e sua comida.

-Entendo. -Falo tentando não rir da história de meu sobrinho.

-Se eu realmente acreditasse que Aden trabalha a noite em um restaurante teria que chamar o Conselho Tutelar.

Fico assustada e irritada com a fala desse homem ridículo, quem ele pensa que é para ameaçar tirar o meu Aden.

-Não será necessário.

-Eu sei disso. É melhor para todos quando os parentes cuidam bem das crianças. -Fala de maneira irônica e continua. -Detestaria ver o estado levar o Aden depois de tudo que se passou com ele, mas estou certa de que arrumará isto e não haverá a necessidade de chegar tão longe.

Me levanto pronta pra sair desta sala, mas Jaha continua a falar.

-Estarei observando o Aden e voltaremos a nos falar logo.

Vou para a casa pensando como contarei ao Aden que ele não poderá mais ir comigo ao restaurante.

Quando chega a hora de busca-lo, vou andando pois o tempo está bom hoje. Vamos andando pelo parque e Aden vai contando seu dia na escola.

-Então o celular do Sr. Daniel  tocou e ele atendeu e toda a classe começou a conversar. Foi muito divertido.

Aden está mais falante e alegre e sei que muito disso se deve as idas ao restaurante e a companhia de Lexa, penso como vou abordar ele sobre o assunto e decido se sucinta.

-Aden, temos que falar sobre uma coisa.

Ele para de andar sobre os bancos e me olha.

-Não poderá ir mais trabalhar comigo.

-Por que não?

-Porque tenho medo que tirem você de mim.

-Mas eu gosto de ir ao restaurante. -Ele fala um pouco bravo.

-Eu sei. Sei que gosta, mas não é bom que um menino da sua idade, fique acordado até tão tarde.

-Você não me quer lá. -Aden fala com lágrimas nos olhos e a voz embargada.

-Não, isso não é verdade. É só que você precisa ter uma boa noite de sono. Me escutou?

Aden vira seu rosto para que eu não o veja chorando.

-Não quero que te levem. -Falo carinhosa com ele.

-Quem se importa? Você nem gosta de mim mesmo. - Ele grita com várias lágrimas saindo de seus olhos e corre.

-Aden.

Começo a correr atrás dele quando vejo indo em direção a rua cheia de carros.

-Aden!
Falo já me desesperando. Aden passa pela rua movimentada e os carros dão freiadas bruscas.

-Aden! Pare, pare.

Consigo segurar seu braço e fazê-lo olhar para mim.

-Me solte! me solte! Eu quero minha mãe, não você.

Solto ele com o coração apertado.


Notas Finais


Desculpa qualquer erro, é que escrevi pelo celular.


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