História Sem Rumo - Passo em falso

Tenten passava pela rua. Olhava pra cima observando o quanto a Fronteira era grande... Podia até dizer que fora construído sobre montanhas. Grandes morros, e lá bem lá em cima a cúpula, chamada assim pelos líderes da Fronteira. Itachi morava no lugar mais alto, com a vista privilegiada das demais Fronteiras. Ele era o rei de tudo isso, e supostamente Sakura a rainha.

 Percebeu uma movimentação de viaturas um pouco mais à frente. Era rotina nos últimos dias os policiais procurarem por drogas. Andou mais afastada e sentou em um banco, para continuar observando as Fronteiras.

— Não pensei que iam mandar uma garota. – Pensou alto o garoto andando na direção de Tenten.

— Mandar pra que? – Perguntou confusa.

— Não posso dizer. – Ele parou do nada, apreensivo.

— Então como vou saber se sou eu? – Perguntou. Essa conversa já havia começado estranha. Era o aprendiz do policial Gai.

— Sabendo.

— Fala logo Lee. Não é só porque tá com um colete que vai agir como um policial. – Lhe encarou cruzando os braços. Se estivesse só observando riria.

— Eu sou um policial pra sua informação! – Bradou mostrando irritação.

— Então fala logo. O que eu posso fazer? – Perguntou outra vez tentando o convencer.

— Ok, eu vou te contar. – Sentou e começou a sussurrar. – Vamos pegar um cara... Ah esquece... Tudo bem... Que tá traficando aqui pra Fronteira Norte. – Dizia se enrolando todo, não podia contar, mas queria contar.

— Não tem tráfico aqui. – Riu da cara dele.

— Ele vai vir. Bom, esquece... Não posso estar te contando isso. – Temeu olhando para os lados.

— Acha o que? Que vou ajudar esse indivíduo a fugir? – Ironizou, ele só podia estar de brincadeira, pensou. Ainda era de manhã.

— Tá, não abre a boca viu. – Olhou sério para a garota tentando uma saída dramática que teria dado certo se não fosse pelo tropeção que ele levou em seguida.

Isso era ridículo, eles não seriam tão burros de ter algo assim durante o dia, quem daria esse tipo de informação? Menos de cinco minutos e o carro do Hyuuga estacionou na entrada da Fronteira Norte. Aquela Lamborghini roxa dele é inconfundível. “Ele é o cara!” Tenten pensou assim como os policiais que voltaram suas atenções ao carro. Queria deixar o Hyuuga se ferrar, mas não tinha tempo para pensar.

— O que esta fazendo no meu carro? – Neji perguntou arrogante, como o de costume, depois que a morena entrou no carro.

— Dirige primeiro e agradece depois. – Se limitou.

— Você só pode estar louca, sai do meu carro. – Exigiu irritado.

— Vai se foder Neji e dirige pra fora daqui. – Ela encarou brava e ele desligou o carro.

— Me obrigue. – Disse tirando a chave do contato. “Eu tento ajudar e ele fica fazendo merda...” Pensou, daqui a pouco poderia ser presa como cúmplice.

— Eu sei o que você tem no carro, e não sou a única. Dirige! – Foi direta, estava irritada.

Neji olhou pelo retrovisor, praguejou algo como “merda”... Ligou o carro rapidamente e foi aumentando a velocidade aos poucos para não levantar suspeitas.

 — Por que estão atrás de mim? – Perguntou olhando a estrada.

— Drogas, não sabem que é você, mas pelo visto sabiam que viria. – Respondeu com um sorriso no rosto. Neji estava um pouco nervoso.

— Merda! Quem foi que disse... – Se indagou, conversava sozinho. Tenten sabia que ele estava com raiva porque foi ela quem safou ele dessa. – E você não fala nada. – Brigou com ela.

— Não preciso falar nada. – Estavam dando voltas em ruas estranhas. Então ele parou o carro numa rua deserta.

— Vamos ficar aqui por um tempo, vai querer mesmo ficar quieta. – Perguntou a encarando.

— Mas é claro. – O olhou brevemente, desinteressada.

— Você que sabe. – Ele inclinou o banco e deitou.

— Merda! Era pra ele estar aqui há uns 10 minutos. – Iruka disse olhando no relógio, demonstrava irritação.

— Tem certeza que a fonte era segura? – Perguntou Maito.

— Claro, ele não falhou em nenhuma, e eles são pontuais... A não ser que tenha descoberto... – Pensou e automaticamente olhou para o Lee.

— Não vem que não tem. Não falei nada pra ninguém. – Alegou, lembrou-se de Tenten, mas o que ela poderia ter feito? Ajudado o traficante?

Hidan estava ali perto, no banco em que Tenten estava sentada. Parou e ficou pensando. Neji já devia estar lá, já tinha demorado muito. Tinha que ser pontual como sempre foi.

— Ei você o que está fazendo ai? – Iruka se aproximou, só podia ser ele, tinha que ser ele!

— É uma rua se não está vendo, sou um cidadão como qualquer outro, posso ficar aqui o quanto quiser. – Hidan deu de ombros sentando no banco.

— Olha como fala comigo folgado. Posso te prender por desacato. – Ele ameaçou.

— Claro que pode, deve não ter achado o que veio procurar e quer levar qualquer um... – Afrontou sem se preocupar.

— Você tem cara de interceptor, vamos pra delegacia. – Mandou Iruka já puxando as algemas.

— Opa, aquele homem tem cara de barbeiro e nem por isso saio acusando ele de cortar cabelo. – Se defendeu levantando do banco dando passos para trás.

— E o que tem a ver? – Perguntou irritado, aquele assunto já tinha virado palhaçada.

— Nada, por isso mesmo. – Colocou a mão no bolso.

— Delegado Umino, deixe-o ir. – Propôs o policial, tinham mais com o que se preocupar.

— É pode ser, vai circulando moleque. – Disse guardando as algemas.

— Moleque não, eu tenho idade pra sua mulher te trocar por mim. – Provocou saindo andando.

— Ora seu... – Foi atrás dele, mas Maito o segurou.

— Deixe-o... Logo vai se encrencar sozinho... – Previu.

— Assim espero. – Respondeu entrando novamente no carro.

Esperaram dar uma hora para voltarem, foi à hora mais entediante que Tenten passou nos últimos meses, e quando pensou em momentos entediantes Neji não entrava na lista. Já estavam a caminho de volta à Fronteira.

 — Essa hora teria passado mais rápido se estivéssemos juntos. – Comentou.

— Eu sei. – Respondeu fria.

— Podia parar de tentar ser indiferente, sei que não é assim... – Ele a encarou, mas Tenten não o olhou de volta.

— E você podia parar de andar devagar, quero chegar logo. – Retrucou. Isso estava lhe irritando profundamente.

— Chegamos. – Estacionou do outro lado da entrada da Fronteira Norte. – Pode levar isso pra mim? – Perguntou tirando uma mochila pesada do banco de trás.

— Não. – Tenten respondeu saindo do carro.

— Quem tá perdendo com isso é o Itachi. – Acrescentou. Tenten ponderou e pegou a mochila.

— Me agradece depois. – Fechou a porta do carro e sumiu entre as ruas da Fronteira Norte.

 Neji estranhou aquela Tenten. Não podia dizer que estava pior, ou melhor, só estava diferente. A prova disso era que ele finalmente parou só pra vê-la mais um pouco.

— A doutora Anko já está aguardando vocês. – A moça da recepção os informou.

 Ino dirigiu até o hospital da Sociedade. Gaara estava com o braço esquerdo ruim, não podia dirigir e nem escrever pela recente fratura era melhor manter repouso. Por mais que fosse difícil com as atividades que eles começaram exercer juntos. Estava tão feliz de estar nesse hospital e ver que Gaara estava ótimo. Ali trouxe muitas lembranças más, só que isso lhe aproximou do ruivo novamente. Se não tivesse acontecido talvez estivesse com Neji ainda e mais longe do ruivo.

— Quem te viu há algumas semanas e te olha hoje não acredita. – Comentou Anko enquanto Gaara sentava-se à mesa a sua frente.

Não demoraram mais que meia hora, Os exames não detectaram nenhum tumor formado pelo traumatismo, era uma melhora de cem por cento. Suas duas fraturas no punho haviam sido regeneradas quase que totalmente. Gaara tinha saído praticamente ileso, havia sim se machucado grave á ponto de poder morrer na hora, mas a sorte estava ao seu lado.

— Não quero mais voltar aqui. – Comunicou ao ruivo enquanto saiam do hospital, estavam sendo observados por algumas pessoas, sabiam que Ino era filha do dono e que Gaara, bom, era da Fronteira.

— Só parar de arrumar namorado assassino. – Brincou.

— Odeio seu humor negro. E já pedi desculpas. – Fechou a cara com o comentário.

— É brincadeira MINHA loira. – Ele a abraçou.

— Olha quem vejo aqui, a ovelha negra da família com a namorada gostosa. – Provocou um homem se aproximando.

— Não somos da mesma família Kankurou. – Foi á frente de Ino. Perdia a calma cada vez que se encontrava com o irmão mais velho.

— Temos o mesmo sangue. – Reforçou enquanto encarava a loira.

— Vamos embora. – Ino murmurou.

— Qual o problema gata? – Continuou provocando. – Vieram aqui pra que? Já está grávida? O Gaara nunca soube fazer nada direito... – Kankurou não media palavras e Gaara não tinha o porquê de aguentar qualquer coisa dele.

Partiu pra cima depositando um soco na cara do Sabaku mais velho. O que atraiu imediatamente os seguranças.

— Isso é pra você parar de ser otário. – Disse enquanto foi puxado por Ino, antes dos seguranças os alcançarem.

— Vamos sair daqui. – Ino pediu antes que o namorado arrumasse uma confusão maior.

— Se não é o deserdado... – Um homem se aproximou, saiu do carro atrás de Kankurou.

— Sabe que não pode me deserdar Baki. – Gaara zombou.

— Mas farei! – O olhou com desprezo. – Está sujando o nome de sua família Yamanaka! – Advertiu. Ino engoliu seco, de forma ou de outra fora descoberta.

— Eu sei muito bem o que estou fazendo! – Respondeu o homem, mesmo com medo do que ele sabia.

Gaara não podia acreditar que Kankurou voltou de viajem e já tinha lhe tirado do sério, era revoltante. E ainda envolver Ino no meio... Não teve tempo de sentir ciúmes pelo comentário do irmão, estava com muita raiva para isso. Encontrar a “família” era sempre desagradável. Nunca poderiam ficar em paz sem que ninguém atrapalhasse?

— Precisa sair daqui. – Pain pediu, estava sentado num banco com Konan.

— Claro. – Debochou. – Por que não voltar para a Fronteira não é?

— Não estou brincando. – Ele a olhou sério.

— Você me traiu. – Se limitou a dizer.

— Eu precisava da confiança do Itachi, ele poderia me matar, sabe disso. – Explicou como explicava mil vezes.

— Não interessa. – Deu de ombros. – Eu fui expulsa, agora ele está com a Haruno e eu sem serventia para o plano. Você estragou tudo. – Revirou os olhos se levantando, Pain a puxou de volta.

— Konan... – Trouxe seu rosto pra perto do seu. – Você vai ter sua vingança.

— Eu sei. – O beijou. Seguir ordens tinha saído dos seus planos desde que Itachi a libertou da Akatsuki, mas agora estava de volta a estaca zero. Konan sentia na pele ir do dez ao zero, no caso o contrário.

Para Shiori aquilo era completamente inútil, ajudar crianças á segurar armas, era ridículo. Não sabia como tinha aguentado uma semana ali naquele lugar. O que queria era ir embora, ficar na casa grande e confortável da Akatsuki.

Estava indo pra ver Itachi, o líder desejado da Fronteira Norte, só que não o desejava. Não queria misturar as coisas.

— Estava te esperando. – O moreno á tirou de seus pensamentos abrindo a porta antes que Shiori chegasse até ela.

— Claro que sim, eu disse que viria. – O olhou desinteressada, como o de costume. O moreno sorriu de canto, uma coisa era certa: homens amam o que não podem ter.

— Entre. – Abriu espaço para ela passar e acompanhou com o olhar. Desejava ter aquele corpo na sua cama, só que tinha a Sakura e não queria magoa-la.

— Devia desejar outra coisa. – Ela disse virando para o moreno.

— Você lê pensamentos? – Perguntou surpreso, rindo.

— Não, mas conheço o seu tipo Uchiha. – Sentou. – Sabe que tenho um trabalho pra terminar. Quero ir embora daqui logo! – Adiantou.

— Não gosta daqui? – Mudou a conversa.

— Não vi nada que me fez gostar. Aqui não é lugar para se morar. – Resumiu.

— E o que posso fazer para você gostar daqui? – Perguntou interrompendo novamente.

— Está fugindo do rumo da conversa, para. – Mandou.

— Quero levar a conversa pra outro rumo... – Ele murmurou sentando ao lado de Shiori.

— Por isso mesmo. Aceite voltar para a Akatsuki e acaba com isso, antes que alguém se machuque. – Pediu. Itachi estava desejando aquela mulher mais que todas, quase de forma irracional. Ela era o próximo prêmio á ser conquistado. Sabia que a qualquer momento iria roubar no mínimo um beijo dela, e isso pra mais. O olhar desinteressado dela o instigava. Não era errado afinal... Era? – Eu não gosto do seu olhar... – Ela disse encostou-se ao sofá. Sabia o que o Uchiha queria.

— Você é esperta Shiori, o que acontecer aqui não aconteceu. – Sorriu malicioso.

— E a sua namorada do cabelo rosa? – Perguntou. Por um momento pareceu que Itachi ignorou o compromisso que assumiu. Não se lembrava de Sakura?

— Ela não vai saber. – Respondeu se aproximando. Colocou a mão sobre a coxa de Shiori e a outra em seu cabelo que estava solto. Tirou a distância entre ambos á beijando, deitando-a no sofá e ficando sobre ela. Afastou as pernas da morena para poder deixar seu corpo ainda mais perto.

Shiori tirou a camisa preta de Itachi enquanto ele tirava sua blusa justa seguido do short. Shiori desabotoou a calça jeans larga de Itachi que ajudou abaixando a calça até o joelho deixando sua cueca boxe á mostra.

Apertou as coxas da garota que só estava de lingerie, abaixou até a parte intima de Shiori e começou a estimular o clitóris dela com a língua, ela já estava molhada. Estava tão excitada quanto ele, e Itachi se excitava cada vez mais á cada gemido da garota.

— Alguém pode entrar? – Ela perguntou levantando a cabeça do moreno.

— Não. – Sorriu e voltou a penetra-la com sua língua. Subiu e voltou á beijá-la enquanto a penetrava com o dedo. Shiori gemia cada vez mais, isso lhe excitava muito.

— Vou te penetrar.

— Não sei por que está demorando. – Murmurou. Itachi tirou seu membro para fora da cueca e a Shiori mordeu o lábio inferior. Queria ele dentro dela, e não podia esperar muito. Pegou uma camisinha no bolso e a colocou rapidamente. Shiori soltou um gemido alto quando o moreno segurou suas coxas e a penetrou forte. – Me mostra o que a Konan perdeu Uchiha. – Provocou. Itachi começou a se movimentar dentro de Shiori rapidamente, fazendo barulho com o atrito do movimento. Shiori arranhava as costas dele e quando Itachi parou para beijar o seu pescoço, Shiori se virou. – Me da tudo o que você tem. – Disse de costas deitando sua cabeça no ombro do sofá.

Itachi sorriu e ajoelhou. A bunda de Shiori empinada o instigava ainda mais, a penetrou novamente e se movimentou devagar. Seu membro estava totalmente dentro e ela rebolou de forma sensual, Itachi gemeu baixo. 

— Vamos para o chão. – Itachi propôs. Shiori o acompanhou e deitou na sua frente. Itachi segurou a perna da garota pra cima enquanto a penetrava outra vez de lado. Shiori não tinha pudor em gemer e isso era uma delicia de se ouvir no ponto de vista dele.

— Podemos ficar assim por horas. – Gemeu quando o moreno á penetrou mais forte. – Quer que eu chegue ao orgasmo? Pode meter mais! – Disse levando suas duas mãos á nuca de Itachi.

O conjunto do barulho que o movimento estava causando e os gemidos de Shiori eram a mistura perfeita. Itachi aumentou a intensidade e ouviu o suspiro alto e longo da morena, ambos sentiram o líquido quente de Itachi. Shiori soltou o ar fechando os olhos, estava cansada.

Sentou no sofá relaxada ainda sem roupa e Itachi abaixou em sua frente e levou sua língua até o clitóris da morena novamente. Queria fazê-la gozar. Passava a língua e beijava delicadamente a parte íntima da garota. Isso era mais excitante pra ele do que pra ela. Shiori mantinha seus olhos fechados e gemia baixo com as pernas totalmente abertas. Tinha gastado suas energias e ainda era o começo da tarde. O moreno soube dar á ela o que ela queria. O que tinha na cabeça de Konan para trocar ele? Pensou.

— Não para, mas quero que saiba que foi ótimo. – Disse para que o moreno continuasse o oral que estava fazendo, era prazeroso e relaxante.

— Você também foi boa. Ótima. – Murmurou voltando á penetrar novamente com a língua. Era delicado.

Continua...