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História Sem Rumo - Segundas Intenções


Escrita por: lolauchiha

Capítulo 25 - Segundas Intenções


Fanfic / Fanfiction Sem Rumo - Segundas Intenções

Ino chegaria a qualquer momento e Gaara estava guardando forças para segurar a fúria da garota. Ela não aceitaria o que aconteceu no dia anterior. Gaara estava totalmente detonado, todos seus músculos doíam e sua aparência era das piores. E dai quanto tinha batido no Hyuuga? Qualquer um que o visse nesse exato momento, diria que ele levou uma surra na rua, e ele detestava saber disso.

Houve uma batida na porta e logo imaginou ser Ino, então respirou fundo e foi ate a porta, abriu rapidamente e logo em seguida fechou. A pessoa do outro lado da porta bateu novamente, Gaara pareceu pensar e pensar, estava relutante em abrir novamente a porta. Bufou sem paciência, abriu a porta e apoiou a mão na batente da porta.

– Fala logo o que você quer. – Foi direto ao ponto. Não queria rodeios, ou melhor, diálogo.

– Pensei no que você disse, não estou te dando razão, mas precisamos deixar tudo claro na nossa família. – Sim, Kankurou estava a sua porta querendo falar sobre a fraude que era o seu tio.

– Não é mais hora pra isso, não é mais época pra isso. – Tentou fechar a porta, mas foi impedido pelo pé do irmão. Queria interromper o assunto e esquecer esse tormento, fingir que não tinha mais o que discutir, mas por outro lado também agradeceu aquele pé na porta. Queria mostrar que estava certo por todos esses anos. – Por que realmente está fazendo isso?

– Eu sou um homem agora Gaara e homens sabem quando estão sendo passados para trás. Mexi nos arquivos financeiros da empresa e tenho notado números incompatíveis. Tenho quase certeza que quem está por trás disso é nosso querido tio. E se ele está por trás, quer dizer que a probabilidade de você estar certo, aumenta consideravelmente.

Kankurou esteve tanto tempo fora de casa e Gaara tão presente. Cada um com sua versão de Baki, a confiável e a não confiável, na pose de tio responsável e a pose de fanfarrão. Alguém beneficiado com o dom das máscaras. "Você pode enganar uma pessoa por muito tempo, ou muitas por algum tempo. Mas não pode engana-las todo o tempo." Infalível.

– Você é um Sabaku, é esperto. Acho que tive longe de casa por muito tempo e você sabe, adolescentes rebeldes nunca passaram confiança. Agora está palpável ver o erro e se quiser um aliado, retiro o que eu disse. – Gaara estava sem palavras, talvez com todas elas, não pode escolher de prontidão o que dizer, mas se esforçou pra manter o mesmo semblante sério.

– Retirar o que disse desde que eu fui embora de casa? Ou apenas na saída do hospital? Você é ridículo, Os Sabaku são inteligentes? Você pode ter passado muito tempo fora, mas não muda nada, quantos anos se passaram até ver algo errado? Quantos milhões do meu pai foram roubados até você perceber? – Estava indignado. Desculpas não eram algo que reconfortaria.

– Eu sei que estou errado, sempre estive...

– Isso é obvio, - interrompeu - é óbvio que enquanto o seu cartão de crédito tiver limite, nada vai estar incomodo. Eu fui esperto pra sair com a Temari antes de ser mandado embora. Todas suas idas para o exterior tinha um motivo, você é inteligente não esperto. Ele conseguiu nos afastar dos negócios, mas o Sabaku aqui é você! Eu não sou mais.

– Sem drama agora Gaara, você não nega o sangue, cada ato seu é de um Sabaku. Você ainda é um lixo por sujar nosso nome estando aqui, mas eu estou aqui porque preciso de você. Temos que tirar ele da empresa, assumi-la.

– Você diz tanta merda, que fica difícil dialogar. Não preciso daquela merda, eu tenho o que eu quero aqui!

– Não tem a aprovação dos pais da Yamanaka.

– Falta um ano para ela ter 21, eles não vão interferir mais.

– Isso que você pensa, a loirinha é uma Yamanaka, ao contrário de você, não nega o nome nem fodendo! Você está vivo por ela ser uma Yamanaka! E ela sempre vai ser a princesa deles, para sempre.

Isso era verdade, realmente Ino não negava o nome. Gostava de Gaara, mas gostava de quem era e todos sabiam disso. Se ia largar tudo por ele? Tinha medo de saber, tinha a dúvida, aquela incerteza que se recusava pensar, sabia que perderia o sono calculando hipóteses.

– Vou fazer o que pediu, mas nada vai mudar. Ele que apodreça sem mais nenhum centavo do que meu pai construiu.

– É o que eu quero também.

O que tinha que mudar? Algo tinha que mudar? Seu irmão era Sasuke, Naruto, Itachi. Sangue nunca fez ninguém leal. Sangue é só sangue. Se lembra da última vez que Kankurou foi legal com ele, e faz muito tempo. Mal sabe ele que desde o primeiro dia da morte de seus pais, não teve luto, foi maltratado por Baki e sentia que daquele dia em diante estaria sozinho.

Kankurou não quis ouvir os motivos pelo qual foi embora, deve ter se sentido abandonado por Gaara e Temari, porque desde que Gaara entrou na Fronteira, o laço que antes unia os dois, foi despedaçado, dando lugar ao rancor e a diálogos ofensivos e provocativos cada vez que se encontravam. Mas no penúltimo encontro deles, pode ver a duvida no olhar do irmão mais velho e com um dialogo decente pode abrir os olhos de quem sempre ouviu apenas uma versão da historia. Talvez seja por isso que dissipou a raiva que tinha, e fez com que ficasse imparcial no último encontro dos dois, onde Kankurou não ajudou Neji a acabar com ele.

– Vou reparar o erro, deveria ter te ouvido. Entro em contato. – Nem deu tempo de Gaara dizer qualquer coisa, não queria que ele dissesse. Afinal, o que ele diria? Preferia o silêncio, questionamentos mentais.

 

 

– Inoshi, sua filha está naquele lugar agora! – O homem gritava irritado no escritório do senhor Yamanaka.

 –Kizashi o que adianta proibi-las? Elas estão indo lá há meses... – Inoshi parecia mais centrado e calmo, mas não conivente. Estava sentado na sua grande cadeira enquanto o senhor Haruno andava de um lado a outro.

– Elas serão maiores de idade em um ano, são nossas únicas herdeiras. – Lamentou sentando-se novamente. – Você sempre soube, deveria ter me dito de imediato. – Acrescentou.

– Dito para você? – Debochou rindo. – Meu caro Kizashi, Ino foi vista com Gaara no Sabaku. – Ressaltou o Sabaku. – Sakura com Sasuke Uchiha. – Ressaltou o Uchiha. – Seu sonho não é casá-la com alguém de grande nome? – Perguntou sarcástico.

– Já chega dessa psicologia, mesmo com as suas heranças, eles não são mais da Sociedade. – Disse bravo. – E outra você nunca gostou de nenhum deles, porque isso agora? – Perguntou desconfiado.

– Quando subirem as ruas jogando granadas e atirando para todos os lados, não vão perguntar quem é a filha de quem... Temos que salvá-los. – Falou devagar, temeroso.

– Quem te disse uma coisa dessas? – Perguntou ainda mais desconfiado, não entendia as divagações de Inoshi.

– Olha Kizashi, na última reunião o Hiashi disse que a Akatsuki voltou e isso significa que o trato com o Itachi acabou. – Kizashi arregalou os olhos com a informação, afinal nunca, nunca mesmo, falavam desse tal trato com o herdeiro Uchiha. 

Nos anos sombrios da Sociedade, a Akatsuki comandava tudo o que fizesse sombra. Quem vê os grandes homens da Sociedade ditando regras, não imaginam como eles acatavam as regras de uma grande gangue anos atrás.

Quando Itachi saiu da Sociedade para se juntar á gangue, ele se juntou por um objetivo nobre, acabar com a Akatsuki por dentro e assim derrubar seu líder (que até hoje ninguém além de Itachi possuiu o nome, seja lá por qual motivo). O trato era simples, Itachi ficaria nas Fronteiras e ali controlaria a paz, pela Sociedade. Mas os anos se passaram, Itachi cresceu e reuniu com ele grandes nomes da Sociedade, talvez só assim, a Sociedade dominaria tudo, de uma forma ou de outra.

Bom, depois que Itachi passou a liderar os ex membros da Akatsuki, o poder da Sociedade teve fim sob as Fronteiras. A marginalidade tomou conta delas, roubos constantes, incontáveis homicídios, ocasionais estupros, o tráfico de drogas pesadas tomou grandes proporções. Claro, ignorando os armamentos militares roubados e vários outros crimes hediondos que nunca passariam impunes pela Sociedade.

Até ai vocês podem entender o porquê as pessoas da Sociedade abominarem tanto as Fronteiras. Depois de incontáveis relatos de crimes citados a cima que a Sociedade se posicionou a abandonar seus laços com o herdeiro dos Uchiha. Limitando aos dois hospitais da cruz vermelha e mercados de estrada. Óbvio que constitucionalmente eles poderiam frequentar ao menos ruas e estabelecimentos públicos, porém, sempre acompanhados com olhos desconfiados e preconceituosos, afastando consequentemente os mais tímidos.

Ah, agora o que muitos de vocês deviam estar se perguntando (e se não se perguntaram ainda, deveriam), o que sempre impediu a Sociedade de tomar as Fronteiras e acabar com toda aquela deturpação. Bom, foi à última e frágil cláusula de um antigo trato entre Itachi e o Concelho (que até hoje é escondida dos cidadãos comuns): “A Sociedade não invadirá as Fronteiras, no entanto, que não se forme gangues e máfia nos domínios”.

 

 

Acordou com batidas na porta, amaldiçoou quem o acordava aquele horário, onze horas da manhã de um sábado deveria ser sagrado! Uma garota lhe chamou, sabia que ele estava a ignorando.

– Entra logo Ino. – Gritou do quarto. Ouviu a porta se abrir e logo depois a figura loira. – Vem loira, deita comigo!

Nem precisou olhar para a garota. Ouviu-a deixar o celular numa mesinha perto da porta junto com as chaves do carro e sentiu o corpo quente deitar-se contra o seu, abraçou a loira de costas e sussurrou um "depois conversamos".

Era perto de uma hora da tarde, quando Gaara despertava lentamente, estava abraçado com Ino que cochilou do seu lado.

– Isso poderia virar um hábito! – Ino sussurrou ao ver que Gaara acordava.

– Claro que sim!

Ino sorriu com a resposta. Se ele estava em seus planos? Com certeza! Quais eram eles? Não fazia ideia. Se virou até poder encarar o namorado e o semblante dos dois mudou quase que instantaneamente.

– Quando ia me contar? – Sentou na cama brava.

– Hoje.

– "Hoje". Então começa me falando em que briga se meteu, com quem e por que! – Ino estava brava, saltou da cama, estava mais que brava. Por que ele não havia lhe contado? Ficou preocupada.

– Eu sabia que você ia fazer isso, só quis prorrogar a histeria. E antes que histericamente você tente defender que não é histérica, Neji estava no Norte com o Kankurou e eu fui lavar alguns panos. Tem sangue pra caralho naquele chão e pode apostar que 90% é dele! Dei um pouco do que ele merecia.

Ino estava no mínimo espantada, Gaara parecia que tinha apanhado horrores e se aquilo não era um discurso de machão, tinha medo de ver como o Hyuuga estava. Nunca acreditou na culpa de Neji, mas não iria se meter. Se ele tivesse matado Gaara, nunca o perdoaria.

– E seu irmão?

– Não fez nada, ficou só olhando... Hoje veio aqui em casa. Quer armar um golpe de estado com o Baki. – Resumiu. Ino já estava mais calma, sentou do seu lado novamente.

– Vai me dizer que seu tio deixou a máscara escorregar um pouquinho e o Kankurou viu? – Deduziu, soltava um pequeno sorriso divertido.

– Pra você ver! Ele anda desviando dinheiro da empresa. Na verdade sempre desviou, mas só agora Kankurou anda querendo saber da empresa e mexendo nas finanças, acabou encontrando.

Era extremamente engraçado ouvir aquele tipo de história. Ino era uma Yamanaka e Gaara um Sabaku de uma forma ou de outra, nada disso parecia ruim.

– Esqueci uma coisa... Temos que falar sobre a Sakura...

 

 

– Alô Shiori? – Ela atendeu no segundo toque.

– Como conseguiu meu número? – Perguntou insatisfeita.

– Onde Sakura está?

– Não vai vê-la tão cedo!

 

Foi á única coisa que Shiori disse antes de desligar o telefone. Itachi até tentou ligar novamente, mas caia direto na caixa postal. Sabia o que significava e não estava nem um pouco satisfeito. O plano deles ia dar totalmente certo, Sakura estava com eles e eles queriam Itachi, ótima troca pra quem não tem nada a perder.

Ele tinha que resgatar Sakura. Só assim, talvez, ela o perdoaria, porém sabia o preço que iria pagar: se juntar novamente com a Akatsuki. E isso tinha um peso muito maior do que qualquer um pensasse.

Agora que sabia onde a rosada estava, seu próximo passo era tomar uma decisão: fazer a troca, ou resgatá-la. Andou diversas vezes de um lado para o outro, sentou em sua mesa e calculou o que podia e o que não devia colocar em risco. Não sabia se pediria ajuda e correria o risco de Sakura contar tudo a alguém antes deles de acertarem, ou se optasse por fazer tudo sozinho e acabar sendo pego em um resgate fracassado. Ainda tinha muito no que pensar.

 

 

Continua...


Notas Finais


Finalmente podemos ver para onde os ventos sopram. Vocês acham que o Gaara vai ceder a Sociedade pela Ino ou a Ino vai abdicar do seu nome para viver com o Sabaku na Fronteira? Vocês acreditam na redenção do Itachi?
Dei uma luz p vocês da Akatsuki x Sociedade x Itachi. Teorias do que vem por aqui?


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