História Sem Rumo - Nossa, namorada?

Estava tudo calmo nas fronteiras, ainda era de manhã, Naruto e Sasuke estavam esperando Sakura para colocar o plano deles em ação. O plano para descobrir o que aconteceu entre Ino e Gaara e junta-los.

– Nossa cara, por que a gente tem que estar acordado tão cedo? – Naruto reclamou.

– O plano não foi meu, então pode ficar quieto. – Sasuke foi grosso com Naruto, pois já ouvia essa reclamação há mais de meia hora.

– Fala sério Sasuke, estamos cedo aqui por que a Sakura disse que ia vir agora cedo. – Provocou o amigo – Ela disse que vinha cedo, mas não tão cedo assim.

– Do que está reclamando Naruto? – Perguntou pegando o loiro de surpresa.

– Nada não Sakura. – Riu com a mão atrás da cabeça.

– Tudo bem então... – Fingiu acreditar. – Vamos então ao que interessa. – Disse sentando no banco ao lado de Sasuke. – De onde começamos?

– De quando ele chamou a Ino para conversar assim que ela terminou de cantar. – Naruto sugeriu.

– Falando de "acabou de cantar" vamos falar da música. – Sakura parecia anima, porque tudo o que queria era fofocar sobre a noite de ontem.

– É uma boa, porque ficou claro que foi pra ele. – Sasuke se manifestou, mas mantinha um rosto sem bastante interesse, diferente de Sakura.

– Sasuke tem razão. – Concordou. – Isso ficou tão na cara que ele foi falar com ela. – Sakura seguiu a linha de raciocínio.

– Então a música foi um tipo de "declaração" não foi? – Naruto tentou entender.

– Quase isso Naruto. A música deixou claro que ela gostava dele, mas que não queria nada com ele. – Corrigiu o loiro.

– Então o que deve ter acontecido depois que eles foram conversar? – Sasuke indagou.

– Ino pálida, Gaara com a cara fechada. – Falou pensativa.

– Eles se beijarem. – Naruto gritou matando a charada.

– Quem se beijou? – Gaara intrometeu a conversa. Todos se assustaram e se calaram no mesmo segundo. Estavam se entreolhando, afinal o que diriam? – Então? – O ruivo insistiu para saber do que eles falavam.

– O Sasuke e a Sakura. – Naruto respondeu a primeira coisa que pensou, Gaara riu com a cara dos dois.

– Naruto. – Sakura o repreendeu.

– Não queria que eu soubesse Sakura? – Sasuke tentava esconder a risada, não ia se pronunciar, mas viu Sakura sem saber o que dizer.

– Vai cuidar da sua vida Gaara. – Falou autoritário.

– Legal que agora temos Naruto e Ino, Sasuke e Sakura como novo casal. – Afirmou em voz alta e pouco sarcástica.

– Não acredito. – Naruto se manifestou. Todos acharam que ia rolar outra discussão dos dois, mas Naruto só ignorou o que Gaara disse.

– O que foi Naruto? – Sakura perguntou preocupada.

– Nada não Sakura, eu tenho que ir ver o Kiba, vamos aprontar com o Gai e já esta na hora. – Naruto desceu correndo, estava evitando Gaara, porque não queria entrar em discussões desnecessárias. Gaara era muito ciumento.

– Viu a Matsuri, Sasuke? – Trocou de assunto a não ser correspondido. Gaara estava provocando bastante Naruto e sabia que ninguém o apoiava.

– Não parceiro. – Sasuke fez sinal negativo com a cabeça e Gaara se distanciou.

– Ouviu o que ele disse? – Perguntou preocupada.

– Ouvi. E sei pra que ele quer procurar Matsuri. – Disse sério em um tom baixo na voz.

– É... Eu também. Gaara já esta enchendo o saco do Naruto né? Falando nisso, nós nos beijarmos? Viajou bem! – Sakura revirou os olhos falando da “solução” que Naruto tinha dado ao problema deles.

– Melhor que ele descobrir.

– Eu sei.

Residência Yamanaka.

– Já estou indo pra aí, Hina. – Falava ao celular com a Hyuuga.

Ino foi até o carro e dirigiu até a mansão dos Hyuuga que ficava no centro da Sociedade. Queria manter sua promessa que fez a Naruto, mas era difícil se concentrar desde que beijou Gaara duas vezes na noite passada.

– Por que insiste em ficar na minha mente ruivo? – Perguntou a si mesma enquanto dirigia. Balançou a cabeça pra se desfazer das imagens da noite anterior.

Agora á única coisa que queria se concentrar era em que sua promessa fosse cumprida ainda essa noite. Não precisou se identificar, o portão se abriu ao identificar o carro da Yamanaka. Deixou o carro com o manobrista e entrou na casa, sabia que Hinata estaria a esperando no seu quarto, já conhecia o caminho.

Entrou no Hall principal e logo encontrou Neji Hyuuga, o primo de Hinata. Alto de cabelos cumpridos e olhos claros, o solteiro mais cobiçado da Sociedade, o mais rico também.

Ele não disfarçou em olhar Ino da cabeça aos pés, ele sabia bem quem ela era, e ao contrario. Ino percebeu o olhar malicioso do Hyuuga e revirou os olhos, quando uma mulher usaria uma roupa justa sem ser cobiçada?

– Ino. – Ele veio a cumprimentar, ainda olhando o corpo de Ino até a finalmente olhar nos olhos. – O que me dá este prazer? – Perguntou malicioso, Ino riu, conhecia Neji, mas ainda mais a sua fama.

– Oi Neji. Não estou aqui para vê-lo, vim ver Hinata. – Disse um tanto séria.

– Vamos vou te levar para o quarto.

– Para o dela de preferencia. – Repreendeu, mas não segurou o riso. – Pervertido!

– Pervertido? Eu? Claro que seria ao quarto de Hinata, a não ser que quisesse o contrario. – Ele também a olhou rindo.

– Ok Neji, que seja vamos logo. – Disse indo na frente.

Subiram até o primeiro andar, varias e varias portas, poderia se confundir se a porta de Hinata não fosse azul com flores brancas pintadas. Ino ainda andava a frente quando Neji a puxou pelo punho.

– O que pensa que está fazendo Neji? – Sussurrou.

– O que acha que estou fazendo? – Ele foi irônico, Ino estreitou os olhos.

– Para com isso Neji. – Cortou a aproximação dos dois.

– Qual o problema Ino? Não está com ninguém, ou está? – Perguntou se aproximando novamente. Podia simplesmente dizer que estava com alguém, com o ruivo, mas resolveu não dizer nada.

Até pensou em mentir, mas não era o caso. Já teve uma época que gostou de Neji no colégio, mas nunca se aproximou dele por ser mais velho e primo de sua amiga. Como todas as garotas da Sociedade, ela o achava lindo, não era sua paixão platônica por Gaara que a faria não ficar mais com ninguém.

– Por quê? – A resposta dele definiria se ele poderia ficar com ela ou não. Gostava de atitude.

– Você é linda, gostosa. Acha que nunca vi você? – Respondeu. Só para isso que ele era direto. – Você cresceu. – Ele podia ser o maior pegador da Sociedade, mas Gaara não era o da Fronteira? De caminhos errados sua vida já era cheia.

– Cresci é? – Perguntou encurtando a distancia entre eles. Quis se dar uma chance, não tinha nada a perder.

– Essa é a Ino que eu conheço. – Riu ele.

– Se quiser só transar comigo você já fala! – Cruzou os braços.

– Calma Ino, até parece que não me conhece. – Sorriu beijando a mão dela.

– Então o que quer? – Ainda estava desconfiada, era Neji Hyuuga, não era qualquer cara.

– Uma namorada. – Ino se assustou, Neji não tinha namoradas... Por isso o titulo solteiro mais cobiçado. – Não sei por que ficou surpresa, também cresci. – Ino só arqueou uma das sobrancelhas descrente. – É sério. – Ele insistiu.

– Se for uma aposta eu te juro que...

– Não precisa me ameaçar. – A interrompeu. – Quero algo sério agora e você é perfeita. – Disse a olhando dos pés a cabeça com um olhar de desejo.

– Se parar de me olhar assim. – Pediu.

– Não goste que te olhem? – Perguntou ele malicioso. – Ninguém vai olhar pra você quando eu estiver do seu lado. – Pensou ter arrumado um cão de guarda, mas um cão muito lindo.

Neji era do tipo pacote completo e perigoso: Gato, gostoso, com músculos definidos, galanteador, educado, e conhecido por ter uma boa pegada e ainda por cima fazia parte da família mais respeitada da Alta sociedade. Ele faria Ino esquecer até o Orlando Bloom.

– Então é meu namorado agora? – Perguntou divertida.

– Claro. – Respondeu. – Agora tenho que ir. Negócios. Depois te ligo. – Explicou e a beijou.

Encostou Ino na parede e a segurou pela cintura, colando seu corpo ao dele. Um beijo envolvente e desejoso ele sabia beijar, e muito bem. Não era igual de Gaara, mas prometeu nunca comparar.

– Vou esperar. – Sorriu com a unha na boca. Ele piscou antes de descer. Ino respirou junto e foi até o quarto de Hinata.

– Ino. – Falou surpresa em ver Ino. – O que veio fazer aqui? – Abriu espaço para a loira passar.

– Vim aqui pelo Naruto. – Hinata ficou de prontidão, pensou ter acontecido algo.

– O que tem o Naruto?

– Soube que não podem mais se ver. – Hinata tinha um olha triste. – Sinto muito. – Foi até a cama onde a morena estava sentada e a abraçou.

– Não entendo por quê. – Dizia chorando.

– Sempre seremos de mundos diferentes. Pode chorar Hina. Chorar diminui a profundidade da dor. – Única coisa que pensou foi citar Shakespeare.

– Como ele está? – Perguntou enxugando as lágrimas.

– Igual á você morrendo de saudades, ele está muito mal, por isso que estou aqui. – Disse tentando animá-la.

– Como? – Perguntou com a mesma voz baixa e triste.

– Hina, eu irei levá-la para vê-lo hoje á noite. – Ela se espantou, mais no fundo um sorriso brotou.

– É impossível. – Afirmou.

– Nada é impossível pra mim. Por isso você vai "dormir na minha casa" hoje. – Fez aspas com os dedos e Hinata entendeu. – Falamos ao seu pai que irá dormir na minha casa e dela é fácil te levo ao encontro dele e espero vocês matarem a saudade. – Disse sorrindo e uma ponta de esperança já era visível.

– E o Neji? Ele desconfiará. – Disse ainda em dúvida.

– Meu namorado não desconfiará, darei um jeito de estar falando comigo e esquecer um pouco de você – Hinata a olhou com uma cara de surpresa, que Ino pensou ter dito que matou alguém. – Sim somos namorados desde á uns 5mim. – Respondeu, pois sabia que essa era a próxima pergunta.

– Fico feliz pelos dois. – Sorriu.

– Eu também estou. Afinal, porque não? – Sorriu de volta. Hinata não sabia nada de Gaara e Ino.

– Posso te fazer uma pergunta.

– Se eu já gostei do Naruto? – Adiantou novamente a pergunta, Hinata estava tão envergonhada que não poderia ser outra coisa, não naquele momento. – Nunca, nem ele de mim. Somos apenas irmãos.

– Entendo... – Sorriu aliviada, afinal desde quando a  encontrou com ele em uma das festas na Fronteira, tinha essa duvida.

– Agora deixe de papo e vamos logo pra minha casa se arrumar. – Disse tentando animá-la. E deu certo, ela iria ver o seu amado loiro cabeça-oca.

Mais tarde na Fronteira Sul.