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História Sempre Foi Você - The truth


Escrita por: Barbarideadi

Notas do Autor


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Capítulo 32 - The truth


25 de abril de 2012 

“Alecrim, alecrim dourado…”

Camila bateu a mãozinha de Matty contra a dela, o som de pele contra pele fazendo os olhinhos dele brilharem encantados. Ela repetiu a música e ele deu gritinhos de alegria, balançando a cabeça para incentivá-la a cantar de novo. 

Ele estava acordado havia dez minutos, depois de uma longa soneca, e parecia que ficaria acordado até Tom chegar. Camila tinha prometido manter seu filho acordado até que Shawn chegasse à sua vila em Nice, desesperado para ver como Matthew tinha mudado nos poucos meses desde que o vira. 

– Campo – o vocabulário de Matty consistia de frases de uma palavra, mas, a cada dia, ele entendia mais. O rosto dele ficou animado quando Camila lhe pediu que pegasse os sapatos e ele voltou com eles em mãos, orgulhosamente andando em suas perninhas gorduchas.

Camila pegou as mãos dele nas dela e começou a cantar “Atirei o pau no gato”. Como sempre, ele segurou a respiração até que chegasse na parte do berro, e então soltou um grito estridente, rindo até cair no chão enquanto ela punha as mãos sobre as orelhas, fingindo que ele a tinha ensurdecido. 

Deus, como ela o amava! Desde o momento em que ele nascera e fora colocado nos braços dela, era como se o sol emergisse depois de ter se escondido atrás das nuvens por meses. A adoração que ela sentia por ele borbulhava dentro dela, apertando seu coração até doer fisicamente. Ela faria de tudo por aquele menino – mataria dragões e atravessaria as minas de Moria se fosse preciso. Nada era demais para ele. 

Camila dera à luz num hospital perto de Nice. Tinha sido um parto fácil e rápido, como uma prévia do futuro, recebendo a criança mais calma e alegre que ela já tinha visto. Não que ele não chorasse – ela estava acostumada a acordar durante a noite, encontrar a chupeta dele e oferecer uma refeição extra. Ela estava tão condicionada às necessidades dele que não parecia um incômodo ter que sair da cama. Ela se considerava sortuda demais para pensar assim. 

Ela tentou afastar a lembrança de Lauren da mente, porém ela nunca estava distante, sempre flutuando às margens dos seus pensamentos. Ela tinha feito a coisa certa; de fato, ela acreditava nisso. Enquanto Meredith estava paralisada e presa a uma cadeira de rodas, pelo menos Camila tinha um belo futuro planejado com seu menino, mesmo se ele nunca pudesse conhecer a outra mãe. 

Agora Matty estava com dezoito meses, e não era mais um bebezinho. Matthew Michell Cabello já era um homenzinho, com cabelo castanho liso e grandes olhos castanhos que a seguiam para onde quer que ela andasse. Camila considerava-se afortunada por ter passado quase todos os dias do último ano e meio com ele, trabalhando na vila de Shawn, produzindo a biografia do Fatal Limits e escrevendo para a Buzz. 

Ela havia transformado a orangerie de Shawn em escritório. Seu laptop ficava numa mesa branca vintage de madeira. No canto, empilhados numa cornucópia colorida de plástico, ficavam os brinquedos de Matty. A cada meia hora, ela fazia uma pausa, sentava e construía prédios com ele até que ele os derrubasse. Ela adorava ouvir as gargalhadas dele. 

– Lembra do tio Shawn, Matty? – ela colocou-o em seu colo, enfiando o rosto no cabelo macio dele. – Ele gosta de cantar pra você.

Matty balbuciou algo ininteligível, e Camila seguiu o joguinho de sempre. Ela fingia entender o que ele estava dizendo, conversando como se ele fosse outro adulto. 

– É isso mesmo, ele gravou aquela música pra você. 

“Dear Matty”, lançada em fevereiro de 2011, tinha ganhado o disco de platina. Todo mundo achava que era uma canção de amor dedicada a uma nova namorada. Só a banda e Camila sabiam que, na verdade, Shawn estava declarando seu amor pelo afilhado. Toda vez que a ouvia, Camila sentia arrepios. 

Matty acomodou-se no colo da mãe, ficando em pé e envolvendo os braços gordinhos ao redor do pescoço dela. Seus pulsos ainda tinham pequenos rolos, como se tivessem colocado elásticos ao redor da sua pele. A cada dia ele ficava mais forte, alto e mais parecido com uma criança. A alegria de conhecê-lo melhor era o bastante para reprimir a tristeza pelo fato de seu bebê estar crescendo.  

Um bipe alto de três tons alertou-a para uma mensagem nova no celular. Erguendo Matty do colo, ela equilibrou-o no joelho, indo até o canto da sala de vidro. Seu iPhone ainda estava aceso, e ela apanhou-o, passando o dedo pela tela. 

Aterrissei em Monte Carlo. Devo chegar em umas duas horas. 

A etapa final da turnê mundial do Fatal Limits era na Austrália, e Shawn havia tirado algumas semanas para relaxar e surfar um pouco. Ele tinha voltado para casa, em Londres, uma semana antes, e estava planejando se juntar a Camila, em Nice, por algum tempo. Eles precisavam ver as provas finais da biografia da banda e esperavam ter algum tempo juntos, já que Shawn passara tanto tempo longe depois do nascimento de Matty. 

Camila só tinha voltado a Londres algumas vezes. Ela ainda mantinha o flat lá, sabendo que um dia poderia querer voltar para casa. Mas, no momento, estava estabelecida na França. Matty amava os jardins da vila de Shawn e adorava ir à praia. Era um modo de vida bem mais pacífico. 

Além disso, ela não tinha que se preocupar em encontrar os Jaureguis. 

Vou colocar o champanhe no gelo. Teremos peixe para o lanche. 

Ela sorriu quando enviou a mensagem. Uma de suas partes favoritas de ser padrinho era provar a comida de Matty. Durante suas visitas apressadas à França entre shows, Shawn entusiasticamente dava a Matty a papinha congelada que Camila fazia. Muitas vezes comia mais da metade, seguindo uma rotina de “um para Matty, um para Shawn”. 

Melhor fazer uma porção extra. Estou levando alguém. 

Isso era intrigante. Até onde Camila sabia, Shawn estava solteiro, embora ela suspeitasse que ele tinha seus casinhos em algumas cidades da turnê. Sua esperança de que ele e Taylor ficassem juntos parecia não ter se concretizado, e parte de Camila suspeitava que isso era parcialmente culpa dela. Quando ela colocou um muro entre ela e os Jaureguis, Shawn tinha ficado firmemente do lado dela. 

Não que ela esperasse que ele escolhesse. Ela ainda mantinha contato com Taylor e Clara, quase surpresa por elas terem aceitado a desculpa esfarrapada dela para não poder vê-las. Ela inventou um acordo entre ela e um “cantor recluso” sobre o qual estava escrevendo, dizendo que não podia revelar seu paradeiro à família e aos amigos. Talvez fosse a experiência de Clara com os excêntricos de Nova York que a tivesse levado a acreditar que tudo era possível, ou a preocupação de Taylor com o PhD em Física Molecular. De qualquer modo, tinha sido muito fácil esconder a existência de Matty. 

 

A porta da frente bateu, e Matty começou a balbuciar e a bater as mãos na água do banho. 

– Você está aí? – Shawn chamou do corredor. 

– No banheiro – Camila gritou de volta, um sorriso enorme no rosto. – Está uma bagunça aqui! 

Alguns segundos depois, a porta do banheiro foi aberta e Shawn estava bem à frente dela, um sorriso absurdo moldando seus lábios. 

– Matty, meu garoto! – ele inclinou-se sobre a banheira e apertou Matthew, que esmurrou a água em protesto. A camiseta preta cara de Shawn ficou encharcada. 

Camila mordeu o lábio numa tentativa de abafar o riso. Matty parecia um pouco perturbado, tanto pela quebra na rotina como pelo abraço entusiasmado de Shawn. Ele estava começando a estranhar pessoas que não via com frequência. Camila esperava que fosse só uma fase. 

Ela levantou-se e abraçou Shawn, sentindo a água da camiseta dele passar para a sua blusa. 

– Como foi o voo? 

– Longo. Passei a maior parte dormindo – ele esfregou os olhos com as mãos, confirmando sua exaustão.

– Aposto que sua amiga amou isso. 

– Minha amiga?

– Quem quer que você tenha trazido. A mulher para quem eu preparei o jantar. 

– Você quer dizer Taylor – Shawn riu e as palavras gelaram o sangue de Camila. 

– Taylor Jauregui? – a voz dela tornou-se um sussurro. – Você trouxe Taylor aqui? 

Shawn estendeu a mão e esfregou o braço dela. 

– É uma longa história. Há algumas coisas que vocês precisam discutir. 

– Realmente.  

Camila ergueu os olhos e viu Taylor parada na porta. 

– Você disse que esperaria eu falar com ela – Shawn foi até Taylor e passou um braço ao redor da cintura dela. – Isso só vai ser mais difícil se vocês começarem a se atacar. 

Camila sentiu um nó na garganta. O pânico a fez perder o fôlego. Ela sentia-se traída por Shawn e com medo de que, agora que a barragem tinha sido aberta, a vida confortável que ela construíra para ela e Matty estivesse sendo ameaçada pelas pessoas por quem ela mais sentia falta. 

– Taylor, eu sinto… 

Matty bateu na água outra vez com força o suficiente para espirrar água na blusa de Taylor.  Camila viu um sorriso se abrir no rosto dela, sua expressão se tornando mais suave quando ela olhou para Matty. 

– Ele é lindo. 

Camila só assentiu, sem saber o que dizer. 

– Não acredito que você não me contou sobre ele, Camila. Não consigo entender por que não podia confiar em mim. Era pra sermos amigas. Quer dizer, você é minha melhor amiga, e todo esse tempo ficou me mandando e-mails com histórias sobre artistas reclusos e reportagens difíceis. 

– Eu sou meio recluso – Shawn apontou, ganhando de Taylor um soco no braço. 

– E não pense que terminei de falar com você – Taylor balançou a cabeça para ele. 

– Não é culpa do Shawn. Eu pedi que ele não contasse a ninguém. 

– Ele contou para o mundo inteiro, Camila. Escreveu uma música sobre o seu filho, pelo amor de Deus – a expressão de Taylor ficou séria de novo. – Seu filho com Lauren. 

Camila não se deu ao trabalho de negar. A semelhança estava crescendo junto com Matty. Seu cabelo de bebê tinha sido substituído pelo tom castanho-escuro de Lauren. Só os olhos eram os de Camila. 

– Posso colocar Matty pra dormir? – Camila puxou o filho da banheira, molhado e se debatendo, enrolando-o numa toalha branca felpuda. – Podemos conversar enquanto ele dorme. 

Os olhos de Taylor fitavam o sobrinho com gentileza, enquanto ela o via mastigar a toalha. 

– Claro. Vou abrir as malas. Você tem meia hora.

 

Matty estava quase dormindo quando ela se sentou com ele na cadeira, terminando a mamadeira de leite morno que ela tinha lhe dado. Todo seu corpo relaxou contra Camila e ela podia sentir sua respiração ficando mais suave até atingir a cadência do sono. Só aí ela o
colocou no berço, ligando a luz noturna e o monitor, antes de sair silenciosamente do quarto e fechar a porta atrás de si. 

Ela estava temendo aquela conversa. Parte dela estava furiosa com Shawn por colocá-la naquela posição, sem aviso. Mas, principalmente, ela estava furiosa consigo mesma. A situação em que colocara Shawn era insustentável, em especial se ele estava se aproximando de Taylor. Pedir que mentisse era completamente injusto. 

Camila entrou na ampla sala de estar. O sol do entardecer era laranja, lentamente se movendo em direção ao horizonte. Ele iluminava a sala com um brilho âmbar, refletindo na pele de Shawn e Taylor até que eles parecessem quase sobrenaturais. Ela observou-os por um momento, sentados juntos, as cabeças próximas enquanto conversavam. Há quanto tempo aquilo vinha acontecendo? Eles pareciam íntimos demais para duas pessoas que tinham ficado juntas há alguns dias em Londres. 

– Quer um pouco de vinho? – Shawn levantou e se aproximou dela, oferecendo um sorriso conciliatório. Ela tentou sorrir de volta, indicando que eles estavam bem. 

– Uma taça de Sancerre vai bem – ela adoraria a garrafa inteira, na verdade, mas não ganharia nenhum prêmio de “Mãe do Ano” com aquela atitude. 

Shawn saiu da sala e Taylor ergueu-se, o rosto parecendo jovem na luz opaca do fim da tarde. Camila sentiu a atração antes que Taylor se movesse, e poucos segundos depois, elas estavam nos braços uma da outra, em um misto de lágrimas e recriminações, abraços e rancor. 

Elas eram irmãs. O amor as uniria sempre, não importava o que acontecesse. 

– Estou tão brava com você – Taylor soluçou no ombro de Camila. – Preciso que me diga por quê. 

Camila ergueu o rosto de Taylor, beijando a bochecha dela e sentindo as lágrimas delas se misturarem. O nó em sua garganta cresceu tanto que era difícil falar. 

– Eu… – Camila hesitou, tentando pensar em como se explicar. – Quando descobri que estava grávida, liguei pro Lauren pra contar. Caroline atendeu e me falou sobre Meredith. 

– Sobre Meredith? – Taylor perguntou. 

– Sobre ela não poder andar, depois do acidente – ambas estavam respirando com mais facilidade agora, e Camila pegou a mão de Taylor e conduziu-a ao sofá. Elas se sentaram, os joelhos se tocando, e continuaram a conversar. 

– Meredith consegue andar – Taylor estava perplexa. – Não podia no início, depois do acidente, mas logo ficou bem. 

Camila balançou a cabeça. 

– Não, Caroline me disse que ela estava presa numa cadeira de rodas para o resto da vida. Por isso não contei a Lauren. Não podia suportar que ela a deixasse por minha causa. 

Taylor estava imóvel como uma estátua. 

– Não é verdade. 

– Eu liguei! – Camila protestou. – Eu liguei, eu ia contar pra ela! 

– Estou falando de Meredith. É mentira. Caroline mentiu pra você. 

Foi como se o coração de Camila tivesse parado. Praticamente morrido dentro do peito. Por que Caroline mentiria sobre Meredith poder andar? Não fazia sentido, a não ser que ela estivesse tentando afastar Camila de Lauren. O que significava que era tudo uma grande
mentira. A ideia deixou-a nauseada. Todos aqueles meses sozinha, criando um filho sem a mãe, tinham sido por nada.

Nada.

O que faria agora? Mentira para Lauren omitindo a verdade dela, pensando ser melhor daquele jeito, mas acabou roubando o filho dela. De jeito nenhum Lauren a perdoaria. E de jeito algum Camila jamais perdoaria Caroline. Ela queria arrancar os cabelos da mulher, gritar-lhe o que as palavras descuidadas dela haviam feito. Aquela vadia havia roubado o futuro delas. 

Camila balançou a cabeça, as lágrimas escorrendo dos olhos. 

– Não. 

– Sim. Meredith é perfeitamente capaz de andar. E saiu da vida de Lauren. 

– Não! – Camila gritou. – Não contei a ela sobre Matty para que pudesse passar a vida com ela. Cuidando dela. 

– Camila, ela terminou com Meredith há quase dois anos. Veio para Londres e descobriu que você tinha ido embora. Ficou tão brava que nem consigo dizer quanto. Fiquei com medo de que fosse quebrar alguma coisa, ou quebrar ela mesmo. Nem ousei falar que a gente estava conversando por e-mail. 

Camila não sabia se queria vomitar ou se realmente precisava beber. Onde estava Shawn com o vinho? Ela esperava que ele trouxesse a garrafa. Se pelo menos ela tivesse tentado ligar para Lauren outra vez, ou falado com Taylor e contado a verdade, poderia estar com ela agora, vendo-a brincar com o filho, talvez jogando beisebol ou ensinando-o a chutar uma bola de futebol… Meu Deus, ela estava desesperada para voltar e mudar tudo. 

– Ela não está mais com Meredith? – Camila sentiu que precisava confirmar. Ela não sabia ao certo a resposta que queria ouvir. 

– Não, não está com ninguém, até onde eu sei. Não que ela me conte esse tipo de coisa. Estou morando com ela enquanto estou em Columbia. 

– Que legal que vocês estão passando mais tempo juntas – a resposta de Camila foi automática. A parte racional do seu cérebro ainda estava firmemente fixa em Manhattan, em um apartamento de cobertura. Ela quase podia ver Matty correndo pelo chão de madeira caro, seu rosto alegre vendo a mãe chegar do trabalho. Outro soluço escapou quando percebeu que ela nunca veria aquela cena. 

– Está sendo incrível – os olhos de Taylor brilhavam enquanto pensava nas lembranças felizes. Shawn entrou com uma garrafa de vinho e três taças. 

– Já é seguro entrar? – ele perguntou, pondo as taças na mesa de centro e servindo o vinho frio. 

– Não nos atacamos ainda, se é isso que você quer saber – Taylor apertou a mão de Camila com força. – Agora só precisamos discutir como você vai explicar tudo isso pro Lauren. 

Camila ainda estava em choque, incapaz de moldar os pensamentos em algo que fizesse sentido. Ela deixou Taylor liderar, submetendo-se às sugestões da amiga. 

– Não tenho certeza se ela vai falar com você – Taylor confessou. – Nas raras ocasiões em que seu nome é mencionado, ela normalmente sai da sala. 

Camila sentiu um aperto no coração. Claro que Lauren devia odiá-la. As últimas palavras dela, quando se viram em Nova York, tinham sido uma promessa. Ela prometera esperar por ela em Londres. Não era à toa que ela tinha ficado furiosa quando chegou lá e Camila tinha sumido. 

De novo. 

Será que ela odiaria Matty também? Camila não aguentava pensar na possibilidade de alguém desprezando seu filho, mas se Lauren estivesse brava com ela, talvez o rejeitasse também. Matthew era a combinação perfeita delas duas, tanto em aparência como em temperamento, e Lauren conseguiria identificar a metade herdada de Camila. 

De qualquer modo, ela não podia adiar mais. Não era uma escolha sua. Ela queria ligar para Lauren imediatamente, revelar tudo por telefone o quanto antes, para compensar o tempo perdido. Mas não era o tipo de notícia que devia ser dada a milhares de quilômetros de
distância. 

– Não posso fazer isso por telefone. Tenho que ir para Nova York – ela mordeu uma unha. – Mas não sei se Matty vai gostar muito disso – Camila podia imaginar o filho correndo pelo avião, gritando com os outros passageiros. A visão a fez estremecer. 

– Deixe-o aqui com a gente – Taylor sugeriu. – Estou desesperada para conhecer meu sobrinho, e sei pela música que Shawn já está apaixonado. 

– Ele está passando por um estágio carente – Camila hesitou. Ela sabia que a sugestão de Taylor fazia sentido, só não tinha certeza se conseguiria suportar se afastar dele. 

– Dê umas semanas pra gente conhecê-lo melhor. Se achar que podemos cuidar dele, pode ir para Nova York e dizer a Lauren que venha para cá. Prometo que o trataremos como um rei – a voz de Taylor traía a sua animação. Camila ficou mais tranquila quando viu Shawn encarando-a com os olhos brilhando. 

– Será que Lauren vai aceitar me ver? – Camila perguntou, sabendo que as palavras representavam sua aceitação. Taylor inclinou-se e abraçou-a com força, soltando um gritinho alto que fez Camila estremecer. 

– Provavelmente não – Taylor respondeu. – Mas eu ligo e marco um horário com ela  no meu nome. Você pode encontrá-la no trabalho. Pelo menos, se estiver cercado de pessoas, ela não pode perder a cabeça. 

Parecia que Taylor tinha tudo planejado. Dali a duas semanas, Camila estaria em um voo para Nova York. O medo lutava com a animação em seu estômago, misturando-se com o álcool que ela estava ingerindo. A ideia de ver Lauren de novo deixava suas pernas bambas. 

Ela iria porque Lauren merecia saber sobre o filho. Iria porque Matty merecia ter outra mãe. Mas, principalmente, iria porque a amava tanto que achava que seu coração iria explodir.


Notas Finais


Bom o livro está chegando na etapa final, aproximadamente mais 7 capítulos pra o fim :(
Boa noite


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