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História Sempre Foi Você - My life


Escrita por: Barbarideadi

Notas do Autor


RELOUUU
Apareci com um episódio lindo pra vocês ♥
Boa Leitura

Capítulo 34 - My life


13 de maio de 2012

Enquanto se reclinava no assento de couro, Lauren olhou pela janelinha redonda, notando que finalmente estavam sobrevoando terra. Os campos abaixo foram o suficiente para ela perceber que estavam sobrevoando a Europa; até de cima a terra era diferente dos Estados Unidos. Menor e mais bonita, de algum modo ela se adequava ao temperamento dos seus habitantes. 

Um dos quais o seu filho. 

Seu filho. 

Por mais que repetisse as palavras para si mesmo, não conseguia compreendê-las. Pela primeira vez na vida, tinha tomado um comprimido antes de embarcar – o suficiente para acalmar seus nervos e impedi-la de querer alternadamente beijar e matar Camila Cabello. Ela estava dormindo ao seu lado, seu cabelo castanho longo espalhado sobre o apoio de cabeça. Dois voos transatlânticos em menos de vinte e quatro horas tinham acabado com ela. A exaustão estava evidente em seu belo rosto. 

Lauren olhou para o laptop aberto, correndo os olhos pelos e-mails que tinha baixado antes de embarcar. Quando pediu a Lisa que a pusesse naquele voo, ela tinha automaticamente cancelado e remarcado todas as reuniões, embora pelo visto ela fosse ter algumas por
videoconferência. Ela só esperava que o wi-fi de Camila estivesse à altura do desafio. 

Outra onda de rancor racional a atingiu. Seu rosto se contorceu enquanto tentava controlar a fúria, as mãos desesperadamente se fechando em punhos. Ela não podia olhar para Camila, nem podia pensar no que ela havia feito, sem querer lhe causar dor. Aquilo a estava matando.  

Um soluço abafado a distraiu de sua nuvem de fúria e ela virou a cabeça, encontrando Camila acordada. Ela a estava encarando, a mão cobrindo a boca, o rosto brilhando com lágrimas. Sua raiva diminuiu e foi substituída por preocupação, e ela amaldiçoou seus humores alternados. 

Ela não enxugaria as lágrimas de Camila. Não dessa vez. Por mais que sua mão estivesse levemente erguida, desesperada para tocar o rosto dela. 

– Desculpe – a voz dela era um sussurro. – Você parece tão brava. 

Lauren respirou fundo. Aquele não era o lugar para ter aquela conversa, não importava o quão desesperada Camila estivesse para ser absolvida. As luzes acima do assento estavam apagadas, mas os movimentos constantes da aeromoça e dos diversos viajantes atravessando o corredor até o banheiro faziam o espaço delas pouco reservado. As recriminações teriam que esperar até elas aterrissarem na França e estarem sozinhas na vila. 

Até que ela conhecesse seu filho. 

A luz de segurança piscou acima delas, seguida por um anúncio de que estavam começando a aterrissagem. Lauren olhou para fora da janela outra vez, maravilhada com a beleza da terra. A luz branca da manhã machucava seus olhos. Nova York já parecia estar muito distante, como uma cidade de sonhos.  

– Um carro vai nos pegar no aeroporto – Lauren tentou manter o tom civilizado. Ficar tão próxima dela tinha sido uma má ideia. Todas as emoções existentes no mundo pareciam passar por ela sempre que olhava para Camila. Ela tentou ao máximo não fazer isso. 

– Obrigada. 

– Taylor e Shawn vão nos encontrar na vila. Depois disso, eles vão para Mônaco por alguns dias. Vamos ter uma chance de resolver as coisas em paz. 

Ela sentiu Camila ficar tensa. O braço dela estava a milímetros do seu, e Lauren viu-a batendo os dedos nervosamente no apoio de couro. Lauren apertou a coxa e reprimiu a vontade de pegar a mão dela e esfregar um dedo pelas articulações até que ela se acalmasse. 

– Eles vão embora? – ela perguntou, a voz trêmula. – Queria passar mais algum tempo com Taylor. 

Lauren balançou a cabeça, ainda encarando a mão dela. 

– Quero passar um tempo com meu filho, longe de todo mundo. 

Outro soluço mal contido. Lauren não tinha que vê-la para saber que ela estava mordendo o lábio. Ela sabia tudo sobre aquela mulher; o jeito como ria, o jeito como chorava. 

O jeito como mentia. 

O avião estava descendo rápido, e os ouvidos delas se fecharam enquanto tentavam se adaptar à altitude. Camila estendeu a mão para pegar uma garrafa de água do apoio de copo e começou a beber rapidamente. Lauren tinha se esquecido de como os canais auditivos dela eram sensíveis, mas agora se lembrava com clareza daqueles poucos voos que tinham pegado juntos de Nova York para Londres, e como ela havia acariciado a cabeça dela enquanto Camila engolia desesperadamente, tentando normalizar a pressão na cabeça. 

Ela umedeceu os lábios. Não olharia para Camila.  

Camila ergueu a mão do apoio de braço e Lauren imaginou que ela cobriria a orelha. Lauren seguiu o movimento com os olhos até que estava olhando para o cabelo longo e ondulado dela. Ele tinha um tom mais bonito no reflexo da luz brilhante que entrava pela janela do avião. Os dedos de Camila curvaram-se ao redor da orelha, e quando ela olhou seu rosto, pôde ver que ele estava contorcido de dor. 

– Vem aqui – Lauren puxou a cabeça dela para perto, passando os dedos pelo seu cabelo e massageando o couro cabeludo num ritmo que havia esquecido há muito tempo, sentindo-a relaxar contra ela enquanto continuava os movimentos. 

Ela ainda estava chorando. As lágrimas caíam sobre a camisa de Lauren, deixando pontos molhados onde as bochechas dela o tocavam. Ela passou a mão pela outra bochecha de Camila, enxugando as lágrimas daquele lado. 

– Obrigada – a voz de Camila foi abafada pelo peito dela. Lauren não sabia por que ela estava agradecendo: pela decência humana de tentar reduzir sua dor, pelo fato de ter finalmente tocado nela, ou talvez pela esperança de que elas pudessem superar aquela situação terrível e sair do outro lado com certo nível de amabilidade entre elas. 

Quando saíram do voo, separaram-se na imigração: Camila foi pelo lado europeu, enquanto Lauren continuou com a multidão de pessoas na fila do “resto do mundo”. Camila esperou-a na esteira de bagagens; até apanhou as malas de Lauren e colocou-as num carrinho. As interações delas voltaram a ser estritamente polidas. 

O trajeto até a vila levou menos de uma hora. Era um dia claro de primavera; os campos estavam verdejantes, e as ruas cheias de carros pequenos e barulhentos, mal obedecendo às regras de trânsito. De vez em quando um daqueles carros, normalmente um Renault ou um Citroën, ultrapassava o táxi delas e Camila estremecia. 

Ao chegarem à casa de Shawn, Lauren sentiu o queixo cair. Quando Camila tinha dito que era uma “vila”, ela imaginara um chalezinho de campo pitoresco, com talvez dois ou três quartos pintados de branco com persianas de madeira apodrecidas. Em vez disso, o que viu era quase um palácio. Até para alguém como Lauren, que estava acostumada com riqueza e propriedades, era grande. Foi como um chute no estômago saber que seu filho estava crescendo dentro daquelas paredes. 

O motorista saiu do carro e tirou as malas de Lauren do porta-malas, passando a malinha de Camila com um sorriso irônico. Lauren levantou as três malas e elas seguiram até a porta da frente, ambos em silêncio, afogando-se sob o peso dos próprios pensamentos. Ao chegarem na entrada Camila quebrou o silêncio. 

– Como você quer fazer isso? – ela soava mais confiante de novo, como se estar no próprio território lhe desse vantagem. – Posso apresentá-lo como um amigo. Não que Matty vá entender, ele é pequeno, mas não quero fazer nada que deixe você desconfortável. 

– Sou a mãe dele, Camila – Lauren respondeu, a raiva voltando. – Talvez seja melhor começar já como vamos continuar, não? 

Camila engoliu e deu um aceno. 

– Certo. Mas ele nem sempre gosta de estranhos imediatamente. Você precisa dar um tempo a ele. Não fique chateada se ele não se afeiçoar a você de cara. 

Antes que ela tivesse chance de responder, a porta abriu-se na frente delas. Lauren virou-se para Shawn, que tinha um enorme sorriso no rosto e uma criança nos braços se contorcendo desesperadamente de animação. 

– Ele não podia esperar mais, Camila. Estava correndo para a porta. 

Lauren tentou reprimir a inveja quando Matty estendeu os braços para a mãe, balbuciando sem parar. Camila pegou-o e apertou-o com força, enfiando a cabeça no cabelo dele, dizendo a ele como tinha sentido sua falta. 

Ela sentia a falta dele? 

Como diabos ela achava que Lauren se sentia? 

Como se pudesse ouvir seus pensamentos, Camila ergueu a cabeça e olhou para ela, os lábios curvados num sorriso. Ela virou-se um pouco para que Lauren pudesse ver o rosto de Matty, e toda a raiva borbulhando em seu corpo desapareceu. 

Seu filho era lindo. 

Seus olhos castanho-escuros eram profundos e expressivos. Ele olhou Lauren com interesse, erguendo a mão e chupando o dedão enquanto a examinava. Fios mais claros caíam sobre a testa, uma cor que Lauren vira em fotos da própria infância para saber que uma hora
escureceriam, deixando Matty mais parecido com ela.  

As sobrancelhas finas da criança se franziram, não em tristeza, mas em concentração. Ele tirou a mão da boca – o dedão ainda molhado – e apontou para Lauren. 

– Quê? 

O olhar de Camila encontrou o de Lauren outra vez, sua expressão reconfortante. 

– Essa é a sua papa, querido. 

Matty deu de ombros, sem se perturbar com a declaração, as palavras não significando nada para ele. Lauren não tinha certeza se estava aliviada por ser aceito tão facilmente ou brava por ter sido roubada de um encontro emocional. 

Seu coração acelerou quando viu que o filho a fitava. Ele era tão lindo. Era como se as melhores partes dela e de Camila tivessem sido moldadas em um ser perfeito e novo. Lauren tentou controlar a respiração, acalmando sua reação para não assustar o filho. Matty estendeu a mãozinha e tocou o rosto dela, as linhas na testa desaparecendo e seus lábios se curvando num sorriso encantado. 

– Pa. 

O toque da mão macia do filho em seu rosto era indescritível. Ela queria fechar os olhos e absorver as emoções, agarrar a mão dele e abraçá-lo. Queria roubar Matty dos braços de Camila e girá-lo no ar, mostrar a ele como estava feliz de vê-lo. 

Seu filho. 

– Oi, Matthew – os cantos dos lábios de Lauren ameaçavam atingir suas orelhas, de tão grande seu sorriso. – Como vai? 

Matty deu um aceno, como se entendesse, e balançou os braços na direção de Lauren, contorcendo-se nos de Camila até que ela o estendeu para ela. Lauren precisou de um momento para entender o que estava acontecendo, mas seu corpo reagiu antes de sua mente. Antes que percebesse, estava segurando o filho nos braços, o rosto deles tão próximos que ela podia sentir a respiração rápida de Matthew na pele. 

– Hmm – Matthew cutucou o rosto de Lauren com o dedo e riu. Sua gargalhada contagiosa fez Lauren rir também. Ela segurou Matthew com firmeza, encantada com a sensação de segurar seu filho, maravilhada com como ele era leve e como cabia perfeitamente em seus braços. 

– Ele é lindo – Lauren viu Camila com novos olhos. Como ela poderia odiar alguém que tinha feito algo tão perfeito? 

– Ele gosta de você. Normalmente não se joga nas pessoas – a voz dela estava firme, mas ela podia ver que seus olhos brilhavam com lágrimas. Ela enfiou um cacho de cabelo atrás da orelha e desviou o olhar. – Tudo bem por aqui, Shawn? 

Lauren tinha se esquecido de que eles três não estavam sozinhos e olhou para Shawn com surpresa. 

– Oi, Shawn– ela estendeu uma mão, ajeitando a posição de Matty para segurá-lo apenas com o outro braço. 

– Lauren, é bom ver você – o sorriso de Shawn estava tão largo quanto o de Lauren. – Estava na hora – ela ergueu as sobrancelhas para Camila, e ela teve a decência de parecer envergonhada. 

– Cadê a Taylor? – Camila ergueu-se na ponta dos pés para olhar por sobre os ombros de Shawn. – Achei que seria a primeira a nos encontrar. 

– Ela dormiu demais – Shawn respondeu num sussurro exagerado. – Estou de pé com Matty desde às cinco. 

Matty assentiu rapidamente, como se estivesse se juntando à conversa. 

– Pé. 

– Isso mesmo, Matty. De pé, desde às cinco. Fico superfeliz com isso – a voz de Shawn era sarcástica. – Agora é com você, Lauren. Divirta-se. 

– É o que pretendo fazer – o rosto de Lauren parecia congelado num sorriso permanente. – Não acho que acordar cedo será um problema – nem considerando o mal-estar da viagem. Ela não pretendia perder nem mais um momento da presença do filho. 

– Lauren! – a voz de Taylor veio de dentro da casa. O som alto da irmã descendo as escadas correndo foi seguido pela visão de um verde que se lançava pelo corredor, mal conseguindo parar na frente dela. – Não acredito que perdi o grande encontro. Estou planejando isso há dias – virou-se e deu um soco no braço de Shawn. – Falei pra você não trazer ele pra fora. 

– Basta de violência – Shawn censurou, bem-humorado. Pelo modo como seus olhos brilharam assim que Taylor chegou, Lauren soube que havia mais que amizade entre eles. Ela balançou a cabeça, tentando tirar a ideia da mente. O papel de irmã mais velha teria que esperar, ela tinha coisas mais importantes com o que se ocupar agora. 

– Não se apaixonou por ele, Lauren? Ele não é lindo? – Taylor já tinha se esquecido da infração de Shawn e começou a fazer caretas para Matty, que ria de volta para ela. – Você parece tão confortável segurando-o. Já tinha segurado um bebê antes? Como sabe o que tem que fazer? – ela parecia quase decepcionada por ter que parar para tomar fôlego. 

– Te segurava por horas quando você era bebê. Era toda carente e reclamona, pra não mencionar que eu precisava trocar sua fralda toda hora – Lauren ergueu as sobrancelhas para Taylor e ela corou, olhando para Shawn para conferir se ele tinha ouvido. – Então acho que sei o que fazer. 

O dia passou num turbilhão de fraldas, comida e coloridos brinquedos de plástico. Entre sonecas e brincadeiras, o que parecia ser uma quarta-feira normal para todo mundo estava sendo um dia de milagres para Lauren. Sua atenção estava constantemente no filho, observando as pernas gordinhas dele balançarem enquanto corria de um quarto a outro, a necessidade constante de se apressar parecendo ser a principal motivação da sua vida. 

Matthew ficou agitado até que o cansaço o atingiu, e então, como um brinquedo eletrônico cuja bateria tivesse se esgotado, parou e se acomodou nos braços de Camila, chupando o dedão e apontando para um livro. 

Camila mostrou a Lauren como preparar o banho na temperatura certa e como trocar a fralda, de modo que a movimentação constante de Matty não fizesse uma bagunça ainda maior. Tudo que ela fazia vinha acompanhado de conselhos e experiências, e parte de Lauren queria afastá-la e dizer que a deixasse em paz. Ela era inteligente; tinha quase certeza de que saberia cuidar de uma criança de dezoito meses. 

A hora de dormir foi perfeita. O quarto de Matty tinha sido decorado antes de Camila dar à luz, embora ela tivesse se recusado a saber o sexo do bebê. Era aconchegante e calmo, como um oásis depois de uma tempestade. Elas entraram no quarto juntas. Camila segurava Matty, que ergueu a cabecinha e lutou até que ela o pôs para baixo, deixando seus pezinhos tocarem o chão de madeira. 

Ele andou até uma estante azul-clara e puxou um livro velho, com páginas dobradas, que segurou estendido. Então foi até Lauren e o ofereceu a ela com uma expressão no rosto que era difícil entender. 

– Conto – como se soubesse que Lauren era principiante, Matty pegou a mão dela e, juntos, os dois foram até a cadeira de balanço azul e bege ao lado do berço. Lauren sentou-se, ajudando Matty a subir nos seus joelhos, até que se acomodou no colo da papa com o dedão na boca. 

Ela segurou a cabeça de Matty contra o peito, maravilhada com o calor que corria por suas veias. Era quase impossível acreditar que dois dias antes ela nem sabia da existência do filho. 

Agora, Matthew era a existência de Lauren. 

– Lê – o menino ordenou, e Lauren escondeu um sorriso. Ela abriu o livro, tomando cuidado para não puxar o papel mais do que já estava puxado, e começou a ler num tom suave e profundo. 

– Era uma vez, num reino muito distante… 

Ela virou as páginas, lendo as palavras e compartilhando as imagens com Matty, enquanto via as pálpebras do filho começarem a se fechar, seus cílios grossos e pálidos caindo sobre o rosto. Lauren pôs uma mão gentilmente no rosto de Matty, sentindo a maciez da pele e seu sorriso cansado. Seu coração apertou quando pensou que ela sempre o teria, sempre poderia segurá-lo nos braços. Matty agora era dela tanto quanto de Camila, e Lauren estava determinada a nunca mais ficar longe. 

De tudo que acontecera nos últimos doze anos, desde o modo como elas se conheceram até quando ela tinha fugido dela outra vez, Lauren não se arrependia de um único momento. Não quando tudo tinha levado ao nascimento daquela criança. Não importava como se sentisse em relação a Camila – ou como julgasse as ações dela –, ela não podia odiar uma mulher que tinha cuidado de Matthew como ela o fez. 

O dia todo ela vira amor nos olhos de Camila enquanto observava o filho, brincando, carregando-o quando ele estava chorando e censurando quando ele fazia algo errado. Cada movimento que ela fazia, cada palavra que dizia, era pensando em Matthew. 

Claramente, ele era a prioridade na vida de ambas.  

Quando Matthew adormeceu, Lauren beijou seu macio cabelo castanho-claro antes de depositá-lo gentilmente no berço. Puxando o cobertor até que todo o corpo estivesse coberto, ela permaneceu um momento sobre o berço, gravando a imagem do seu filho adormecido na mente para pensar nele a noite inteira. 

Lauren virou-se para sair e viu Camila na porta, com lágrimas escorrendo do rosto. Camila estava torcendo as mãos enquanto os olhava. Parte de Lauren queria tocá-la, puxá-la para um abraço, mas ela não queria lhe dar falsas esperanças de que as coisas estavam bem entre elas. 

As coisas não estavam nada bem. 

– Podemos conversar? – ela perguntou. 

– Hoje não – Lauren foi firme. – Estou exausta, vou dormir. 

– Quando, então? – Camila insistiu, e a calma de Lauren desapareceu. 

– Quando eu disser, Camila, não você – ela estava brava, e Camila se encolheu. – Foi um longo dia e eu tenho muito em que pensar. Boa noite. 

– Boa noite – a voz dela estava fraca e trêmula. Lauren precisou se esforçar para sair do quarto. 

Mas saiu, e sabia por quê. Aquilo não era mais sobre elas. Não era mais sobre duas garotas que tinham sido burras o bastante para deixar o amor escorrer pelos dedos. Era sobre o filho delas, uma criança linda que merecia uma vida cheia de felicidade e alegria. Matty era a vida de Lauren agora, e nada entraria no meio deles.


Notas Finais


ATÉ MAIS
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