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História Sempre Fui Sua - Chapter 11


Escrita por: selenandzayn

Capítulo 12 - Chapter 11


– Droga! – soltei um gemido gutural no meio da escuridão da noite, enquanto olhava para o teto iluminado pelos faróis do carro do vizinho.

Já passava de uma da manhã e o barulho estridente da festa ao lado não diminuía. O travesseiro que coloquei sobre as minhas orelhas para abafar os sons não estava ajudando.

Mandar um SMS para K.C., para ela mandar outro para Liam e ele, por sua vez, mandar um para Zayn também não ajudou. Ligar para a polícia e fazer uma denúncia uma hora atrás tampouco ajudou.

Quando não era o som alto ou o constante entra e sai de carros turbinados, com seus imprestáveis escapamentos, eram os gritos ou risadas vindas do quintal de Zayn. Gosto de música alta, mas uma festa no meio da noite, que deixava a vizinhança toda acordada, tinha que chegar ao fim.

Joguei as cobertas para longe, saí da cama batendo pé e fiquei perto das portas francesas.

Toda a casa dele estava iluminada e vibrava com barulho e agitação. Algumas pessoas estavam tropeçando pelo quintal da frente, que estava cheio de copos de bebidas, e outras estavam reunidas no quintal dos fundos, fumando ou curtindo o ofurô.

Ele é tão imbecil! Estava com as mãos no quadril, segurando-o mais forte do que de costume. Que tipo de pessoa não tem um pingo de respeito pelos outros? Já sei: o cuzão egoísta que mora ao lado. Ia conversar com meu pai por vídeo daqui a seis horas e não ficaria acordada a noite toda porque eles queriam ficar bêbados e chapados.

Foda-se. Calcei meu All-Star roxo e moletom preto e desci as escadas.

Abri a porta da cozinha que dava para a garagem e fui até a bancada de trabalho do meu pai, ainda organizada como havíamos deixado. Peguei o grande alicate torquês da gaveta de ferramentas e o escondi dentro da minha manga direita. Com a mão livre, abri a outra gaveta e peguei um cadeado dos três extras que estavam lá. Coloquei-o dentro do bolso da frente do meu moletom e saí.

Dobrei a esquina da minha casa e andei até os fundos, meu coração acelerando a cada passo dado. Quando achei o buraco que tinha feito na cerca há alguns anos, afastei as plantas que tinham crescido e atravessei. Depois, virei à direita e continuei andando, consegui escutar os festeiros no quintal dos fundos, do outro lado da sebe. Estava a menos de dois metros deles, mas não tinha como me verem.

O quintal dos fundos, como o meu, era rodeado por cercas de madeira nas laterais e altas sebes na parte de trás. Quando cheguei até o outro lado da casa dele, enfiei a mão entre a densa folhagem. Tentei afastar os ramos ao máximo, mas os brotos, que pareciam agulhas, continuavam arranhando e pinicando minhas pernas quando eu me mexia.

A festa estava pegando fogo e havia muita gente aqui. Tinha que ser rápida no que estava prestes a fazer.

Olhando de relance em todas as direções para garantir que cheguei despercebida, corri pela lateral da casa de Zayn, até chegar no disjuntor. Passara muito tempo nesta casa quando pequena e, por isso, conseguia enxergar o disjuntor até no escuro. Deslizei o grande alicate da minha manga fina e, usando toda a força que tinha, parti o cabo do cadeado que estava protegendo o painel. Assim que coloquei o cadeado velho dentro do bolso, abri o painel e comecei a desligar os interruptores.

Tentei não prestar atenção no que acontecia dentro da casa, a súbita interrupção da música e da luz, além de vários “que por/ra está acontecendo?” vindo de diversos lugares. Terminei de desligar os interruptores, tirei o cadeado novo do moletom e coloquei no painel fechado.

Zayn não era burro. Assim que percebesse que as outras casas não ficaram sem luz, viria até aqui para checar o disjuntor. Então, caí fora dali. Bem rápido.

Correndo com pernas moles como gelatina e deslizando por baixo da cerca, comecei a ofegar instantaneamente. Uma gota de suor escorregou pelas minhas costas e percebi que queria rir, gritar e vomitar, tudo ao mesmo tempo. Não estava certa de qual lei tinha descumprido, mas sabia que me meteria em encrenca se alguém descobrisse. Minhas pernas latejavam com um calor líquido, deixando meus joelhos frágeis.

A ansiedade de ser pega fez com que meus músculos ficassem tensos desde a minha saída do arbusto até entrar na garagem. Não consegui conter um sorriso de orelha a orelha. Fiquei com medo de ser pega, mas a sensação de ter dado um chute metafórico na bun/da dele fez com que eu desse pulinhos de alegria.

E depois disso tudo, não estava mais cansada. Pu/ta merda, que demais.

Fugindo à regra, tranquei todas as portas e subi correndo as escadas, dois degraus de cada vez. Fechei a porta do quarto e, com as luzes ainda apagadas, fui até as portas francesas e dei uma espiada lá fora, esperançosa por ver a festa se dispersar. Analisei o quintal da frente e o dos fundos e, felizmente, vi algumas pessoas caminhando até seus carros. Fiz uma careta ao pensar que, talvez, colocar pessoas bêbadas para saírem dirigindo seus carros não tivesse sido uma boa ideia.

Vi um número crescente de pessoas indo até seus carros, e algumas saírem andando pelas ruas até suas casas. Quebrar o cadeado ou chamar um eletricista seriam as únicas saídas de Zayn para fazer a luz voltar.

Enquanto eu observava tudo, desde a frente até os fundos, meus olhos rapidamente se direcionaram para a única luz que eu realmente via. Zayn estava na janela de seu quarto segurando uma lanterna e apoiado nos dois lados do batente da janela.

E ele estava me encarando.

Merda!

Minha pulsação acelerou de novo e um calor passou queimando pelo meu corpo. Minhas cortinas pretas transparentes estavam fechadas, mas tinha certeza que ele conseguia me ver.

Ele estava com a cabeça virada na minha direção e parado… imóvel.

Tirei o moletom e me joguei na cama. Decidi que negaria qualquer acusação se ele viesse até aqui. Ou talvez eu não devesse, pensei. Mas ele também não poderia fazer nada. Talvez eu quisesse que ele soubesse.

Fiquei deitada por uns dois minutos, resistindo à tentação de investigar o que estava acontecendo lá fora. No entanto, não era muito difícil de perceber que a festa estava acabando, já que o som dos motores partindo preenchiam a vizinhança. Uma excitação surgiu por todo o meu corpo, proporcionando-me uma energia que me fez querer pular da cama e começar a dançar.

Sou demais. Sou demais. Cantei para mim mesma.

Mas congelei no meio da música, e quase engasguei com minha própria respiração, ao escutar o som de uma porta batendo bem forte dentro de casa.

Dentro da minha casa!

 

 

 

*Quem será na casa da Selena?


Notas Finais


até logo amores, comentemmm


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