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História Sempre Fui Sua - Chapter 34


Escrita por: selenandzayn

Notas do Autor


SOCORRO JA TA CHEGANDO QUASE PERTO DA VERDADE

Capítulo 36 - Chapter 34


Maci Feldman veio correndo para cima de mim, assim que Ben e eu chegamos na reunião em volta da fogueira.

– Aquilo foi demais! Meu irmão está, tipo assim, indescritivelmente feliz por ter ganhado aquela aposta.

As fogueiras eram feitas na casa de Marcus Hitchen, às margens do Lago Swansea, praticamente toda semana, principalmente depois das corridas e jogos de futebol americano.

Durante o frio penetrante do inverno era a única época em que quase nada acontecia, tanto no lago quanto na pista da fazenda dos Benson.

– Que bom que ajudei – respondi. E era verdade. Correr esta noite foi a melhor coisa que já fiz na vida. – Mas eu só venci porque a outra menina não sabia dirigir um carro com câmbio manual.

Por que eu disse isso? Eu fui super bem naquela corrida, a idiota sabendo ou não o que fazer.

Ela segurou meu braço, enquanto Ben estava com a mão na minha cintura. Outras pessoas vieram nos cumprimentar, tanto para dizer “oi” a Ben quanto para me parabenizar.

– Bom, adoraria vê-la correr de novo. O que acha, Ben? – Maci se dirigiu ao meu ficante, quando ele parou de prestar atenção nos amigos do futebol americano.

– Acho que sou sortudo.

Ele olhou para mim de cima e não tive como não notar o modo como evitou a pergunta.

Fiquei pensando se ele se sentia envergonhado por sua garota estar fazendo algo do qual apenas homens costumavam participar.

Como já eram dez e meia, me comprometi a ficar por uma hora antes de Ben me levar para casa. Por causa da competição de manhã, teria que chegar em casa e descansar, querendo ou não.

– Ótima corrida esta noite, Sel. – Jess Cullen deu um tapinha no meu ombro ao passar por mim.

– Obrigada – exalei, sentindo-me inquieta com toda aquela atenção.

– Tá tudo bem? – Ben me puxou para mais perto.

– É claro que sim – falei, antes de ir em direção às bebidas. – Vamos pegar algo para beber?

Ele levantou a mão, pedindo-me para ficar parada.

– Fique aqui, volto já.

E então ele foi até o barril.

Grupos de pessoas estavam em volta da fogueira ou sentados em pedras, enquanto outros circulavam. K.C. ainda não tinha chegado, pelo menos não a tinha visto ainda, então deduzi que ela pegara uma carona com Zayn. Fiquei lá parada, desconfortável na minha posição.

Acho que devia culpar Zayn por eu ficar mais confortável perto de um grupo pequeno, ao invés de muita gente. Por causa dele, nunca tinha sido convidada para esse tipo de coisa.

Chacoalhei a cabeça para clarear os pensamentos. Precisava parar de culpá-lo. Foi culpa dele eu ter sido posta numa lista negra no passado, mas não era sua culpa eu ter vivido com isso. Eu tinha que assumir essa responsabilidade agora.

Ao olhar para o grupo de garotas rindo perto da água, reconheci uma da minha equipe de cross-country.

– Foda-se. – Dei de ombros e decidi ir com tudo. Dei um passo à frente em direção ao grupo quando uma voz me parou.

– Foda-se o quê?

Arrepios se espalharam pelo meu corpo todo quando me virei e vi Zayn. Ele estava com um copo em uma mão e o telefone na outra. Parecia estar enviando uma mensagem enquanto esperava pela minha resposta. Ele colocou o telefone no bolso de trás e olhou para mim.

Os pelos em meus braços davam a sensação de que tinham sido eletrizados com estática, como se tivessem sido contraídos para Zayn. Esfregando as mãos para cima e para baixo de meus braços, virei a cabeça para a fogueira, tentando ignorá-lo. Ainda não tinha certeza de como estávamos. Não éramos amigos, mas também não éramos mais inimigos. E ter uma conversa normal ainda estava fora de discussão.

– Você está com frio. – Zayn aproximou-se do meu lado. – A K.C. ainda está com a sua jaqueta?

Suspirei, sem saber o que estava causando minha irritação desta vez. Talvez fosse porque toda vez que Zayn ficava perto de mim, os nervos em meu corpo se tornavam fontes pulsantes de calor, enquanto que Ben me deixava com uma vontade de me enrolar no sofá e assistir American Idol.

Zayn provavelmente nunca assistiu TV. É uma atividade muito comum.

Além disso, eu achava ridículo Zayn fingir estar preocupado se eu estava com frio, quando no começo desta semana disse que não se importava se eu estava viva ou morta. Ele não tinha se desculpado e não podia me esquecer disso.

– Bom, ela usava a minha jaqueta quando você a trouxe até aqui, certo? – Minha curta observação foi recebida com um sorriso malicioso.

– Ela não veio comigo. Nem sei se ela já está aqui. – Ele virou a cabeça e olhou para mim.

– Como assim? Você foi embora da corrida com ela, né?

– Não, ela pegou uma carona com o Liam. Vim sozinho. – Seu tom de voz baixo e rouco mexeu comigo, e tentei segurar um sorriso ao escutar o que ele disse.

Acho que K.C. e Liam estavam no caminho da reconciliação.

Limpei a garganta.

– E você não se importou com isso? – perguntei.

– Por que me importaria? – perguntou ele diretamente para mim, com uma expressão confusa no rosto.

É claro. O que estava pensando? Zayn não namorava, não tinha como ele estar apaixonado por K.C. Enfiei a mão na bolsinha que estava no meu quadril e comecei a procurar pelo meu telefone.

– Caso eu a veja, falo pra ela te procurar. – Zayn começou a ir embora, mas parou depois de alguns passos e se virou para mim. – Preciso do fóssil de volta. – Ele gesticulou em direção ao colar que descansava no meu pescoço.

Percebi que ele estava falando sobre seu amuleto da sorte.

– De jeito nenhum. – E voltei a prestar atenção no meu celular.

– Ah, Sel. Eu sempre consigo o que quero. – Seu tom baixo de flerte me fez congelar.

Pausei os dedos em cima da tela do celular como se, de repente, tivesse me esquecido de como enviar uma mensagem. Olhei para cima bem na hora em que ele sorriu e foi embora.

Observando-o se dirigir até Madoc e sua turma, fiquei mais confusa agora do que estava no começo da semana. Queria que Zayn se tornasse mais humano e queria que ele me tratasse bem. Agora que ele estava demonstrando ambas as coisas, eu estava cheia de questões não respondidas. Sentimentos antigos começaram a vazar pelas rachaduras do muro que tinha construído para mantê-los longe.

– Ei, aqui está. – Ben chegou com duas cervejas, oferecendo-me uma.

– Obrigada. – Lambi os lábios e dei um gole, deixando o gosto amargo molhar minha língua e garganta.

Ben passou os dedos pelo meu cabelo e o colocou atrás da minha orelha. Meus músculos ficaram tensos. Minha invisível bolha pessoal de alguns centímetros tinha sido rompida e eu queria ir para longe.

Por quê? Por que eu não conseguia gostar deste garoto? Estava frustrada comigo mesma.

Ele parecia decente e focado. Por que ele não me dava arrepios ou me fazia sonhar acordada?

Peguei-me desprevenida pela certeza e não tinha forças para pará-la. Não desejava o Ben.

Simples assim. Não ia ser uma daquelas garotas de história de amor que vivem em um triângulo amoroso porque não conseguem escolher. Não que eu estivesse em um triângulo amoroso, mas nunca entendi como uma garota não conseguia saber se ela queria ou não queria um cara. Podemos ficar confusas sobre o que é bom para nós, mas não sobre o que realmente desejamos.

E eu não desejava o Ben. Disso, eu sabia.

– Era o Zayn conversando contigo? – Ele apontou com a cerveja para o outro lado da fogueira onde Zayn estava rindo com alguns meninos da escola.

– Sim. – Dei outro gole.

Ben soltou uma risada e tomou um gole da cerveja.

– Ainda não é fã de dar informações, né?

– Ah, não foi nada. Estava procurando pela K.C. e achei que eles tivessem vindo juntos para cá.

– Ela roda bastante, né? – Ben mais comentou do que perguntou.

– O que você quis dizer com isso? – disse, na defensiva. Eu e K.C. andávamos meio brigadas ultimamente, mas ela ainda era a minha melhor amiga.

– Ficou com o Liam e depois com o Zayn e agora voltou para o Liam. Vi os dois depois da corrida. Eles pareciam bem próximos.

– Dois caras significa que ela roda bastante? – Estava, na verdade, aliviada que ela tinha esquecido Zayn, mas não gostava que Ben ou qualquer outra pessoa tirasse conclusões sobre ela.

Ben me deu um olhar de arrependimento e mudou de assunto. Estava na cara que ele era esperto o bastante para saber que não devia se meter nisso.

– Você foi muito bem esta noite. Todo mundo na escola vai falar disso por um bom tempo. Acho que ganhei na loteria. – Ben colocou um braço em volta de mim e me levou para mais perto da fogueira.

Na loteria? O que ele quis dizer com isso?

Ben e eu rodeamos diferentes grupos de amigos dele, com ele indo e voltando do barril.

Bebi dois goles da minha cerveja e depois parei. Apesar das minhas melhores insinuações para Ben de que precisava ir embora logo, ele já estava na quarta cerveja e eu soube que ele não conseguiria dirigir. Comecei a pensar em como iria para casa.

Tinha visto K.C. e Liam há meia hora, sentados numa pedra, conversando. Ou melhor, Liam falava, enquanto K.C. escutava e chorava um pouco. Percebi que a conversa parecia intensa, vendo como as cabeças deles estavam juntas, então achei melhor deixá-los sozinhos.

Enquanto eu tentava ignorar a energia da presença de Zayn, percebi que não conseguia parar de procurá-lo. Eu o tinha visto conversando com os amigos e, na última vez que olhei, Piper estava com a cabeça enfiada em seu pescoço. Ela parecia vulgar com aquele vestido preto, curto e apertado, e de salto alto. Quem ia de salto alto para a praia? Não era nem uma praia de verdade, mas a margem de um lago, lamacenta e cheia de pedras.

Para a minha felicidade, ele parecia tão interessado nela quanto em um prato de cenoura. Captei o bastante para vê-lo tentar jogá-la para longe algumas vezes. Ela finalmente se tocou e saiu de lá fazendo beicinho.

Zayn me olhou mais de uma vez, mas toda vez eu cortava o contato imediatamente. As imagens da outra noite se misturavam com seu olhar penetrante e entorpecido, criando uma necessidade latejante bem lá no fundo de mim.

Soltei um suspiro áspero. Com certeza, é hora de ir embora daqui.

Ao olhar para o relógio, notei Ben voltando do barril.

– Oi, eu realmente preciso ir embora agora. Tenho aquela corrida amanhã – lembrei-o.

Ben franziu o cenho, surpreso.

– Ah, fala sério. Ainda são onze e meia.

O protesto foi um choque, e eu fiquei muito desanimada.

– Podemos ficar um pouquinho mais – disse ele.

– Desculpa, Ben. Foi por isso que me ofereci para vir até aqui com o meu carro. Eu preciso mesmo ir embora.

Com meu sorriso de desculpas, me mantive firme. Não tinha medo do que ele pensava, porque sabia que provavelmente este seria nosso último encontro. O desejo por ele não existia e, com exceção da corrida, acho que estaria muito mais feliz se tivesse ficado em casa lendo um livro.

– Vamos ficar só mais meia hora.

Ele tentou me empurrar mais uma cerveja, como se me deixar bêbada resolvesse, mas acabou cambaleando e teve que se agarrar em mim como apoio.

– Você não está bem para dirigir – salientei. – Posso te deixar em casa e você pode pegar seu carro amanhã na minha casa.

– Não, não – Ben levantou as mãos. – Vou parar de beber agora e ficar sóbrio. Vamos embora daqui a pouco.

– Bom, você não deveria dirigir. De jeito nenhum. – Desviei o olhar, ficando mais irritada.

– Posso cuidar de mim, Sel – declarou Ben. – Se você quiser ir embora agora, então terá que encontrar alguém para te levar. Se quiser ir embora comigo, estarei pronto daqui a uns instantes.

O quê?! Quanto é “uns instantes”?

Isso estava se tornando ridículo e eu já tinha perdido a paciência. Ele tinha me dito que podíamos ir embora às onze e meia e eu acreditei nele.

Ben me puxou pelo braço para me levar de volta à fogueira, mas me soltei e fui para longe.

Ele não falou mais nada, então deduzi que ele tinha continuado sem mim.

Precisava ir para casa e Ben não era mais minha carona. Essa era a cena da qual eu quis tanto participar? Ben e seus amigos eram tão interessantes quanto barras de cereal, as garotas só se importavam com compras e maquiagem, e os caras aqui me davam uma vontade de limpar os olhos depois de vê-los me olhando daquele jeito.

Após uma rápida inspeção na área, certifiquei-me que K.C. já tinha ido embora. Tirei meu telefone da bolsa e liguei para ela. Ninguém atendeu.

Comecei a procurar pela minha colega do time de cross-country que tinha visto antes, mas percebi que ela também já havia desaparecido. A segunda opção seria ligar para minha avó, que eu temia acordar a esta hora, mas ao menos ela ficaria feliz em saber que liguei para ela me buscar com segurança.

Fiz um bico de decepção quando minha avó também não atendeu o telefone. Isso não era algo fora do comum, já que ela costumava se esquecer de levar o celular para a cama. E graças à conveniência dos celulares, tínhamos desconectado nossa linha fixa há alguns anos.

Ótimo.

Minha única opção neste momento era esperar por Ben e convencê-lo a me deixar dirigir, ou caminhar até o estacionamento e pedir carona para um conhecido.

O Ben que se dane.

Andei pelas pedras até o meio do mato para chegar ao atalho até a clareira perto da estrada usada como estacionamento.

Sem uma lanterna em mãos, usei a tela do meu celular para ajudar a iluminar o meu caminho. Era um tiro no escuro, pois o trajeto estava cheio de gravetos e tocos de árvores. As árvores já tinham começado a perder suas folhas, mas a chuva que havia caído neste outono manteve tudo úmido e flexível. Gotinhas espirravam em meus tornozelos quando eu pisoteava a folhagem molhada e alguns galhos secos cutucavam minha pele, me pinicando.

– Caramba, olha quem encontrei.

Pulei, assustada com o silêncio que tinha acabado de me cercar. Ao olhar para cima, me encolhi ao ver Nate Dietrich… que estava me olhando maliciosamente, como sempre.

Parecia que ele estava vindo de onde eu tentava ir, e agora bloqueava o meu caminho.

– É o destino, Sel – cantou sua voz irritante.

– Sai da frente, Nate. – Aproximei-me devagar, mas ele não se mexeu. Tentei passar, mas ele disparou as mãos para pegar na minha cintura e me puxar para mais perto de si. Meus músculos se contraíram e fechei as mãos.

– Shhh – pediu Nate, quando tentei me afastar dele. Sua respiração ecoou em meu ouvido e ele fedia a álcool. – Sel, faz tanto tempo que te quero. Você sabe disso. Que tal acabar com a minha tristeza e me deixar te levar para casa? – O nariz dele encostava em meu cabelo e suas mãos desceram até a minha bun/da. Enrijeci.

– Para com isso – ordenei e tentei golpeá-lo entre as pernas com o joelho. Mas ele parecia ter previsto aquele movimento, porque estava com as pernas bem fechadas.

Nate começou a gargalhar. Apertando meu bumbum, ele sussurrou:

– Ah, conheço seus truques, Sel. Pare de lutar contra isso. Se eu quisesse, podia te jogar no chão agora mesmo.

Os lábios dele vieram para cima dos meus, e um gosto ácido de vômito começou a subir na minha garganta.

Mordi o lábio inferior dele, forte o bastante para sentir meus dentes perfurando a pele. Ele resmungou e me soltou, passando a mão na boca para ver se estava sangrando.

Peguei na minha bolsa o spray de pimenta, que meu pai insistia que eu guardasse lá, e espirrei nos olhos dele. Ele gritou e caiu para trás, com as mãos cobrindo o rosto. Por fim, consegui dar uma joelhada entre as pernas dele e o observei se contorcer até o chão, agarrando a alça da minha regata enquanto caía.

Corra! Apenas corra!, gritei por dentro.

Mas não. Debrucei-me sobre ele enquanto gemia de dor.

– Por que os garotos da nossa escola são tão idiotas?!

Ele cobria os olhos com uma mão e agarrava o saco com a outra.

– Merda! Sua filha da pu/ta! – resmungou Nate, tentando abrir os olhos.

– Selena! – A voz de Zayn explodiu repentinamente atrás de mim, e meus ombros se contraíram antes de eu virar. Com os olhos furiosamente alternando entre mim e Nate, Zayn parecia tão solene quanto um leão antes do ataque. Ele respirava ofegantemente e seus punhos estavam fechados. Percebi que ele olhava para o meu ombro, onde pendia a alça da minha regata no lugar onde foi rasgada.

– Ele te machucou? – Zayn perguntou tranquilamente, mas estava com os lábios contraídos e com olhos de assassino.

– Ele tentou. – Cobri meu ombro onde a pele estava exposta. – Estou bem – falei com um tom de voz brusco. A última coisa que queria esta noite era dar uma de “donzela em perigo” para Zayn.

Desabotoando sua camisa, Zayn jogou-a para mim enquanto vinha na minha direção.

– Coloque isto. Agora.

Ao pegar a camisa dele que bateu no meu rosto, uma parte minha queria jogá-la de volta nele. Apesar de Zayn e eu termos nos entendido durante a corrida, isso não significava que queria ou precisava de sua ajuda.

No entanto, estava exposta, com frio e sem vontade alguma de chamar atenção. Coloquei a camisa e o calor do corpo de Zayn aqueceu meus braços e peito. As mangas caíam além das minhas mãos e quando levantei-as para aquecer minhas bochechas frias, consegui sentir seu cheiro masculino. O odor híbrido entre almíscar e pneu quase fez meus pulmões explodirem enquanto tentava sentir melhor o aroma.

– Você tem uma memória fraca pra cara/lho, Dietrich. O que eu te falei? – Zayn se abaixou para resmungar na cara de Nate. Ele agarrou a camisa de Nate no peito e o puxou antes de dar um forte soco em seu estômago.

Arregalei meus olhos ao ver o ataque de Zayn. O soco gutural me lembrava argila sendo moldada. Nate se curvou com o ataque, e ele não seria mais o mesmo por um bom tempo. Seu arquejo, ao tentar recuperar o fôlego, parecia uma mistura entre o murmúrio de um fumante e o de um zumbi.

Zaynusou a mão esquerda para agarrar Nate pelo pescoço com força, enquanto ele recuava para encostar numa árvore. Com o punho direito, ele deu diversos socos no rosto de Nate. Meus joelhos começaram a se contrair ao ver Zayn apertar o pescoço de Nate até suas articulações ficarem brancas.

Pare, Zayn.

Ele continuou socando até que o olho e o nariz de Nate começaram a sangrar.

Depois de ele não mostrar mais sinal algum de que ia parar, dei um passo à frente.

– Pare. Zayn, pare! – gritei com minha voz firme por cima dos grunhidos e arquejos.

Zayn parou o ataque, mas rapidamente pegou Nate pelo cotovelo e o jogou no chão.

O que ele estava fazendo?

Ao virar para me olhar, vi que o peito de Zayn subia e descia fortemente. Seu corpo pareceu estar sobrecarregado pelo esforço quando seus ombros caíram, mas seus olhos continuavam ferozes. Ele me olhava com uma mistura de cansaço e fúria.

– Vou te levar para casa. – Ele se virou para ir até o estacionamento, sem nem menos ver se eu o estava seguindo.

Me levar para casa?! É claro, para que ele se sinta o grande herói.

Deixar Zayn sentir que tinha me ajudado a sair daquela situação que eu tinha sob controle me fez perder o orgulho. Que se dane.

– Não, obrigada. Tenho uma carona – menti, antes de deixá-lo me fazer um favor.

– A sua carona – Zayn se virou para me olhar, com nojo – está bêbada. Bom, a menos que você queira acordar a coitada da sua avó para ela vir te buscar aqui no meio do nada, depois que seu companheiro ficou bêbado e você quase foi estuprada, tenho certeza de que seu pai vai adorar saber que confiou em te deixar sozinha, então acho melhor você entrar na por/ra do carro, Sel.

E ele se virou para seguir em frente, sabendo que eu o seguiria.

 


Notas Finais


boa leitura e aqui está o link da minha nova fanfic zaylena https://spiritfanfics.com/historia/after-love-7478260


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