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História Sempre Fui Sua - Chapter 35


Escrita por: selenandzayn

Capítulo 37 - Chapter 35


Escutei o barulhinho sinalizando que as portas do carro tinham sido destrancadas e entrei no carro quente de Zayn, dessa vez como passageira. Minhas mãos tremiam por causa do encontro com Nate, então tive que lutar para conseguir tirar a camisa de Zayn.

– Fique com ela. – Ele nem me deu uma olhadinha antes de ligar o motor.

Eu hesitei. Estava na cara que ele estava bravo, já que os músculos em sua mandíbula estavam firmes.

– Mas eu não estou mais com frio.

– E eu não posso olhar para sua camisa rasgada neste momento.

Passei a camisa de volta pelos ombros, coloquei o cinto e me encostei no banco, enquanto ele tirava o carro do estacionamento.

Qual era o problema dele?

Ele estava bravo comigo ou com Nate? É claro que Zayn não queria me ver machucada –  pelo menos não fisicamente. Mas por que ele estava sendo tão rude comigo?

O carro derrapou um pouco ao sair do estacionamento cheio de cascalho, e seguiu até a estrada pavimentada da rodovia. Zayn pisou forte no acelerador e trocou de marcha com força enquanto pegávamos velocidade. Não havia música tocando e também não conversávamos.

A rodovia estava deserta, com exceção das árvores assustadoras que se aproximavam de nós pelas laterais. Julgando por quão rápido tudo passava pela minha janela, acho que Zayn tinha ultrapassado bastante o limite de velocidade.

Olhando-o de relance, vi que ele estava fervendo de raiva. Ele estava lambendo os lábios e respirava fortemente, enquanto agarrava o volante com mais e mais força.

– Qual o seu problema? – perguntei, na lata.

– O meu problema? – Ele arqueou as sobrancelhas como se eu tivesse acabado de fazer a pergunta mais besta do mundo. – Você vem para a reunião em volta da fogueira com aquele idiota do Ben Jamison, que não consegue ficar sóbrio o bastante para te levar pra casa, e depois sai andando no meio do mato, no escuro, e é abusada pelo Dietrich. Acho que quem tem algum problema, na verdade, é você – ele falava baixo, mas estava sendo severo e rancoroso.

Ele estava bravo comigo? Ah, fala sério.

Virei-me no banco e olhei diretamente para ele.

– Não sei se você se lembra, mas tinha tudo sob controle. – Tentei ficar calma. – Qualquer favor que você ache que está me fazendo apenas satisfaz sua própria raiva. Me deixa fora disso.

Ele contraiu as bochechas e continuou olhando a rodovia.

Olhando para o velocímetro, fiquei abismada ao perceber que Zayn estava dirigindo a 130 quilômetros por hora.

– Vá mais devagar – ordenei.

Ele ignorou meu pedido e apertou a direção com mais força.

– Haverá algumas situações em que você não conseguirá ficar no controle, Sel. Nate Dietrich não ia levar muito na boa o que você fez com ele esta noite. Você achou que aquilo ia acabar daquele jeito? Ele iria atrás de você novamente. Você sabe o quanto o Madoc quis te dar o troco depois que você quebrou o nariz dele? Ele não queria te machucar, mas queria revidar.

Então por que ele não revidou?

Não havia dúvidas de que Madoc tinha sido humilhado naquela festa, há mais de um ano, quando quebrei o nariz dele. Mas ele deixou aquilo passar, ou pelo menos era o que eu achava, e não se vingou de nenhuma forma. Graças a Zayn.

Acho que o Nate Dietrich também não ia pensar em nenhuma represália. Não com Zayn envolvido

Senti a gravidade puxar meu corpo para o outro lado do carro e meu coração batia selvagemente, ao ver que Zayn não diminuía a velocidade quando dobrávamos uma curva fechada.

– Você precisa ir mais devagar.

Zayn bufou.

– Não, não preciso, Selena. Você queria experimentar toda aquela coisa de ensino médio, certo? Um namorado jogador de futebol americano, sexo casual, comportamento irresponsável? – ele me provocou com seu sarcasmo.

O que ele queria dizer com isso? Eu nunca quis essas coisas. Só queria ser normal.

E então ele desligou os faróis.

Ah, caramba.

A estrada estava escura e eu não conseguia ver mais do que um centímetro à nossa frente.

Felizmente, havia alguns refletores que separavam nossa faixa daquela do tráfego na direção contrária, mas as estradas do interior eram cheias de veados e outros animais, não apenas carros.

Que por/ra ele estava fazendo?

– Zayn, pare! Acenda os faróis! – Coloquei uma mão no painel ao me virar para confrontá-lo.

Estávamos correndo pela estrada a uma velocidade assustadora, e eu engoli em seco de pânico.

A tatuagem em seu braço surgiu detrás de sua camiseta, esticada pela tensão em seus músculos, enquanto ele agarrava o câmbio. Eu estava com as pernas enfraquecidas e, pela primeira vez em um bom tempo, estava assustada demais para conseguir pensar em algo.

– Zayn, pare o carro agora! – gritei. – Por favor.

– Por quê? Isso não é legal? – Zayn estava com uma voz calma, perturbadora. Nada disso o assustava ou até mesmo o empolgava. – Você sabe quantas lesadas azucrinantes já se sentaram neste banco? Elas amaram isso. – Ele estava com as sobrancelhas arqueadas ao me olhar com uma falsa alegria. Ele estava me provocando.

– Pare. O. Carro! – gritei, meu coração saindo pela boca. Ele ia nos matar.

Zayn virou a cabeça para me olhar.

– Sabe por que você não gosta disso? Porque você não é igual a elas, Sel. Você nunca foi. Por que você acha que afastei todo mundo de você? – Ele estava com um tom de voz bravo, mas claro. Ele não estava bêbado – pelo menos eu não achava que estivesse – e estava mostrando mais emoção do que eu já experimentara em anos, exceção àquela noite em que nos beijamos.

Ele afastou todos de mim? O que significava aquilo? Por quê?

Os pneus chiaram quando ele fez outra curva e acabamos indo parar na outra pista. Tinha certeza de que estava respirando tão rápido quanto o carro acelerava agora. Íamos bater em algo ou capotar!

– Pare a por/ra do carro! – falei bem alto com toda a força de meus pulmões, batendo os punhos nas coxas antes de bater no braço dele.

A última coisa que queria era distraí-lo a toda essa velocidade, mas isso funcionou. Zayn pisou fundo no freio, falando algumas palavras para mim e diminuindo a velocidade enquanto dava uma guinada para o acostamento da estrada e parava.

Saí do carro rapidamente e Zayn correu ao mesmo tempo. Nós dois nos inclinamos sobre o teto do carro, cara a cara.

– Volte para o carro – ele mostrou os dentes ao resmungar.

– Você podia ter nos matado! – Minha garganta estava apertada e percebi seus olhos furiosos encararem minha camisa rasgada que tinha aberto por baixo daquela de botões que ainda estava vestindo.

– Volte para a por/ra do carro! – Ele bateu no teto, com os olhos em chamas.

– Por quê? – perguntei, ameaçando chorar.

– Porque você precisa ir pra casa – falou como se estivesse dizendo uma coisa óbvia.

– Não. – Recusei com a cabeça. – Por que você afastou todos de mim? – Ele tinha começado essa conversa, então eu queria terminá-la.

– Porque você não combinava com o resto de nós. Você ainda não combina. – Os olhos de Zayn ficaram cheios de nojo e meu coração se apertou. Ele estava sendo mau, para não perder o costume.

Eu odeio ele.

Sem pensar outra vez, entrei no carro e tirei as chaves da ignição. Contornei a porta do carro, corri um pouco à frente e soltei o chaveiro oval torcido. Tirando uma das chaves, levantei-a e coloquei perto do rosto.

– O que está fazendo? – Ele se aproximou devagar, mostrando claramente estar irritado.

– Se você der mais um passo, vai perder uma chave. Não sei se esta é a chave do carro, mas uma hora ou outra vou chegar nela. – Coloquei o braço atrás da cabeça, pronta para jogá-la a qualquer instante. Ele parou. – Não vou entrar no seu carro. E não vou deixar você ir embora. Não vamos sair daqui até você me dizer a verdade.

Comecei a suar, mesmo com a temperatura beirando os quinze graus. Com os lábios fechados, esperei que ele começasse.

Mas ele não começou. Ele parecia estar tramando algo, mas eu não estava disposta a dar um pouco de tempo a ele para pensar em alguma mentira que me distraísse.

Quando levantei o braço para jogar a primeira chave, ele olhou, impotente, para mim e para meu punho, enquanto levantava a mão para gesticular pedindo para eu parar.

Após mais um momento de hesitação, ele, por fim, soltou um suspiro de derrota e me olhou.

– Sel, não faça isso.

– Não é essa a resposta que eu espero. – Lancei uma das chaves no meio do mato no canto da estrada.

– Que saco, Sel! – resmungou ele, olhando nervoso para mim e para a floresta escura onde a chave tinha desaparecido.

Eu rapidamente tirei outra chave e coloquei a mão atrás da cabeça, pronta para arremessá-la a qualquer instante.

– Agora, fala. Por que você me odeia?

– Te odeio? – Zayn respirou forte e balançou a cabeça. – Eu nunca te odiei.

O quê?

Fiquei chocada.

– Então por quê? Por que você fez todas aquelas coisas?

Ele soltou uma risada amarga ao perceber que estava sem saída.

– No primeiro ano, escutei o Danny Stewart falando que ia te chamar para ir ao baile de Halloween. Garanti que ele nunca te levasse, porque ele tinha falado para os amigos que não via a hora de descobrir se seus peitos caberiam na palma da mão.

Contorci-me de nojo.

– Não pensei duas vezes antes de agir. Espalhei aquele boato sobre o Stevie Stoddard porque você não combinava com o Danny. Ele era um idiota. Todos eles eram.

– Então você pensou que estava me protegendo? Mas por que faria isso? Naquela época você já me odiava. Aquilo aconteceu depois que você voltou da casa do seu pai no verão. – De repente, fiquei confusa com cada palavra dita. Nossa amizade tinha terminado naquela época e ele não se importava comigo, então por que me protegeu?

– Não estava te protegendo – disse Zayn, literalmente me cutucando com um olhar flamejante. – Estava com ciúmes.

Palpitações atacaram minha barriga. Parecia que algo no meu estômago estava sendo sugado para o ralo, os formigamentos descendo e descendo cada vez mais.

Quase nem o vi se aproximar, andando para mais perto de mim, enquanto eu tentava recuperar o fôlego.

– Chegamos ao ensino médio e, de repente, tinha uns mil caras correndo atrás de você. Lidei do único jeito que sabia.

– Me atacando? Isso não faz sentido. Por que não conversou comigo?

– Não podia. – Ele secou a sobrancelha antes de enfiar a mão dentro do bolso. – Não posso.

– Você está indo bem até agora. Quero saber a razão de tudo isso ter começado, em primeiro lugar. Por que você quis me machucar? As brincadeiras, a lista negra em todas as festas? Isso não tinha nenhuma relação com outros garotos. Qual era o seu problema comigo? – acusei-o.

Ele bufou ao suspirar.

– Porque você estava lá. Porque eu não podia machucar quem eu queria, então machuquei você.

Não pode ser só isso. Deve ter algo mais.

– Eu era sua melhor amiga. – A frustração afastou minha paciência para bem longe. – Todos esses anos… – Meu tom de voz foi diminuindo, quase não conseguindo conter as lágrimas que começavam a aparecer em meus olhos.

– Sel, aquele verão com meu pai foi uma bosta. – Sua voz parecia mais próxima. – Quando voltei, não era mais a mesma criança. Nem um pouco. Queria odiar todo mundo. Mas, com você, eu ainda precisava de você, de um certo modo. Precisava que você não me esquecesse – Zayn falava sem interrupções, mas podia perceber que ainda havia remorso em seu tom de voz.

O que tinha acontecido com ele?

– Zayn, refleti milhões de vezes sobre o que eu pude ter feito para você agir daquele jeito comigo. E agora você está me dizendo que fez tudo sem nenhuma razão? – Olhei para cima para encontrar seus olhos.

Ele estava com o corpo cada vez mais próximo, mas não ligava pra isso. Queria escutar mais.

– Você nunca foi pegajosa ou incômoda, Sel. Quando você se mudou para a casa ao lado eu achei você a coisa mais bonita que já tinha visto. Eu te amei pra caramba. – A última parte saiu quase como um sussurro, com seus olhos caindo para o chão. – Seu pai estava tirando as coisas do caminhão de mudança, então olhei da janela da sala de estar para ver o que era aquele barulho. Lá estava você, andando de bicicleta na rua. Você estava de macacão com um boné de beisebol vermelho. Seu cabelo estava solto nas costas. – Ao confessar, Zayn não olhou para mim em momento algum.

Tínhamos mudado para uma casa nova na cidade depois que minha mãe faleceu. Lembro quando vi Zayn pela primeira vez naquele dia. Ele se lembrou de como eu estava vestida?

Eu te amava. Uma lágrima caiu quando fechei os olhos.

– Quando você recitou seu monólogo esta semana, eu… – Ele parou de falar, dando um suspiro. – Eu soube então que realmente tinha te magoado e, ao invés de me sentir satisfeito, fiquei muito bravo comigo mesmo. Durante todos esses anos, queria te odiar, queria odiar alguém. Mas não queria te machucar, e não percebi isso até o monólogo.

De repente, ele estava na minha frente. Jogando a cabeça para o lado, seus olhos cintilantes buscavam os meus. Não sei o que ele estava procurando, e não sabia o que queria revelar. Eu o odiava por todos aqueles anos de sofrimento. Ele jogou fora tudo o que tínhamos porque estava bravo com outra pessoa. Senti minha garganta sendo perfurada por agulhas enquanto eu tentava segurar mais lágrimas.

– Você ainda está escondendo alguma coisa. – Minha voz estalou, quando ele segurou meu rosto e secou com o dedo a lágrima que estava caindo. Seus dedos longos e largos estavam quentes na minha pele.

– Não, não estou. – Seu sussurro rouco fez meu corpo se arrepiar, ou talvez tenha sido seu dedo fazendo círculos na minha bochecha. Estava ficando desorientada com tudo o que tinha acontecido esta noite.

– As cicatrizes nas suas costas – disse, com os olhos palpitando, ao sentir seu toque. – Você me disse que teve um péssimo verão e que, quando voltou, queria odiar todo mundo, mas você não tratou mais ninguém tão mal quanto…

– Sel? – Seus lábios estavam muito próximos dos meus, e seu corpo irradiava calor. – Não quero mais conversar esta noite.

Pisquei e percebi como seu corpo tinha me envolvido. Ou talvez eu o tivesse envolvido. Éramos como os lados opostos de ímãs, novamente. Ele estava tão próximo agora e tinha acabado com a distância entre nós, sem eu mesmo notar.

Você não vai sair dessa tão fácil.

– Você não quer mais conversar? – mandei, sem acreditar no que tinha ouvido. – Bom, mas eu quero. – E me virei para lançar outra chave no ar, mas os braços de Zayn apareceram e se envolveram em meu corpo, me deixando presa por trás.

Respirei com dificuldade, enquanto tentava me soltar. Muitos pensamentos começaram a passar pela minha mente e estava difícil se prender a apenas um. Ele nunca me odiou. Eu não tinha feito absolutamente nada! Apesar de saber disso, uma parte minha sempre achou que tinha que ter alguma razão. E agora ele não queria terminar a história? Eu precisava saber!

Seus braços fortes me apertaram, e ele estava respirando quente no meu cabelo enquanto eu tentava me desvencilhar de seus braços.

– Shhh, Sel. Não vou te machucar. Nunca mais te machucarei novamente. Me desculpe.

Como se isso fosse corrigir tudo!

– Não me importo que você esteja arrependido! Eu te odeio. – Minhas mãos agarraram seus antebraços, que estavam por cima do meu peito enquanto eu tentava me soltar dele. A raiva em mim se tornou ira com seus joguinhos e babaquices, e eu estava cansada de olhar pra cara dele.

Ele parou de me apertar ao usar as mãos para roubar as chaves do meu punho. Ele me soltou e dei um passo à frente antes de me virar para encará-lo.

– Você não me odeia – declarou ele. – Se você me odiasse, não estaria tão chateada. – A transformação petulante de seu tom fez meu corpo se enrijecer, mas retomei o controle cravando as unhas na minha pele.

– Vá se foder – disse e comecei a andar.

Até parece que eu deixaria ele controlar a situação! Ele queria que eu o perdoasse em uma noite depois de anos de constrangimento e infelicidade, e ainda achava que eu me importava com ele. Ele achava que sairia dessa ileso.

Que tremendo idiota!

Quando me dei conta, meus pés estavam fora do chão e meu corpo de cabeça para baixo.

Zayn tinha me colocado nos ombros, e todo o ar fugiu do meu corpo quando o osso de seu ombro enterrou-se sob minha barriga.

– Me coloca no chão!

O calor da raiva era como uma labareda de fogo cobrindo minha pele. Fiquei chutando e socando suas costas, mas ele simplesmente me carregou, segurando a parte de trás dos meus joelhos bem forte, voltando pelo caminho que tínhamos vindo. Sabia que minha saia não estava cobrindo nada nesta posição, mas estávamos sozinhos aqui fora e eu também nem me importava, com o humor que estava.

– Zayn! Agora! – rosnei.

Como se estivesse seguindo ordens, Zayn me colocou na posição certa novamente, sentada em cima do capô de seu carro. Por baixo das minhas coxas ainda estava quente porque tinha sido levada por ali, mas o calor não era bem-vindo, já que eu estava queimando de raiva.

Zayn se inclinou devagar, provavelmente com medo de que eu batesse nele, e colocou as mãos ao meu lado. Suas pernas ficaram entre as minhas e imediatamente fiquei corada ao me lembrar da última vez que ficamos nessa posição.

– Não tente fugir – advertiu ele. – Como você se lembra, posso te deixar aqui.

Respirei fundo. Sim, eu me lembrava.

Contraí os dedos do pé ao pensar naquele beijo, mas sabia que não poderia acontecer de novo.

– E eu sei como usar spray de pimenta e quebrar narizes. – Minha voz parecia com a de um ratinho patético, estridente e quase inaudível. Coloquei as mãos na frente para me manter o mais longe possível, mas meu coração ainda estava martelando como música eletrônica.

– Não sou o Nate ou o Madoc – ameaçou ele. – Ou o Ben.

E nada disso me abalou. Não estava atraída por eles, e ele sabia disso.

Ele se aproximou ainda mais, com seus olhos castanho-escuros, incitando meu corpo a fazer coisas que meu cérebro sabia que eu não deveria. Seus lábios estavam a um centímetro dos meus e podia sentir seu cheiro de canela.

Eu odeio ele. Eu odeio ele.

– Não – sussurrei.

Seus olhos procuravam os meus.

– Eu juro. A não ser que você peça.

Ele inclinou sua boca para a lateral do meu rosto e levemente roçou minha bochecha. Um prazer inesperado escapou da minha garganta e soltei um gemidinho.

Droga!

Ele nunca me beijou. Ele nunca fechou os lábios ou me provou. Sua boca apenas deslizou pela minha pele, deixando um traço delicioso de desejo e necessidade. Descendo a minha bochecha, seus lábios macios acariciavam minha pele antes de se moverem para o osso da minha mandíbula e depois seguirem até meu pescoço. Fechei os olhos, saboreando as novas sensações.

Nunca tinha feito amor antes e, com certeza, nunca tinha dado uns amassos com alguém que fazia eu me sentir assim. Caramba, ele nem estava me beijando, e eu já lutava para não me render.

Quando seus lábios chegaram na minha orelha, ele perguntou:

– Posso te beijar agora?

Ah, caramba. Não. Não. Não.

Mas eu não estava falando isso. Eu não disse nada. Ceder parecia como deixá-lo ganhar. E pedir para ele parar estava fora de discussão também. Não queria que ele parasse. Estava muito bom. Era como andar de montanha-russa mil vezes.

Ele beijou de volta minhas bochechas, aproximando-se da minha boca.

– Quero te tocar. – Ele falava contra meus lábios. – Quero sentir o que é meu. O que sempre foi meu.

Ah, Deus do céu.

Essas palavras não deveriam me excitar. Mas, caramba, elas conseguiram. Minha boca tremia de vontade de beijá-lo. Saboreei o seu cheiro e queria capturá-lo e senti-lo por completo. Queria satisfazer minha necessidade.

Mas abri os olhos ao perceber que isso satisfaria a necessidade dele também.

Merda.

Mordi o canto da boca para conter a dor entre minhas pernas e usei meus músculos fracos para empurrá-lo para longe.

Quase não consegui olhá-lo. Ele sabia que tinha me deixado abalada. Ele tinha que saber.

– Fique longe de mim. – Pulei do carro e andei até o banco do passageiro.

Escutei sua risadinha atrás de mim.

– Você primeiro.


Notas Finais


será que o Zayn falou toda a verdade? e as cicatrizes nas costas dele? vishh....


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