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História Sempre Fui Sua - Chapter 37


Escrita por: selenandzayn

Capítulo 39 - Chapter 37


Mesmo tendo dormido tão pouco, a oportunidade de liberar energia e frustração com a competição se mostrou útil. Minha equipe ficou em segundo lugar no passado, e também participei da corrida individual de alguns quilômetros em uma área recreacional ali perto. As paredes altas da pedreira ao nosso redor e a aglomeração densa de árvores fizeram com que o caminho parecesse apertado. E era assim que estava me agradando. Não conseguia me imaginar sozinha, então estava difícil deixar minha mente fora da corrida.

Ao chegar em segundo lugar novamente, sorri para minha avó enquanto ela tirava uma foto atrás da outra. Sentia-me feliz por ela me ver correr, provavelmente a última vez durante o ensino médio. Apesar de meu pai ter perdido e eu agora estar com ainda mais saudades dele.

Era difícil não ter minha mãe nos eventos importantes, mas eu realmente queria meu pai aqui hoje.

Após comermos um cachorro-quente apimentado no Mulgrew’s, ela nos levou para casa.

– Vou sentir sua falta. Mas já avisei seu pai que vou voltar para o Natal. – Minha avó empacotou seus últimos pertences e colocou tudo no banco da frente.

– Não vejo a hora. E vou sentir saudades também.

– Mas e aí, quer me contar sobre ontem à noite? – Ela deu umas olhadas na bolsa para garantir que pegou tudo.

Meu coração se acelerou um pouco.

– Ontem à noite? – Poderia abrir o jogo para ela, mas, em vez disso, resolvi dar uma de desentendida. Não sabia como começar a falar sobre ontem à noite.

– Isso. Um carro preto que parecia perigoso, igual ao do nosso vizinho, te deixou em casa depois do horário permitido? – questionou ela, com olhos sorridentes. Estava na cara que ela não estava muito preocupada.

– Issssso – falei, fazendo um drama. – Zayn me deu uma carona até em casa. Estávamos na mesma festa. Nada importante. – Desviei o olhar para os sapatos, já que minhas omissões estavam fazendo eu me sentir culpada. Havia mais coisas para contar a ela, muito mais, mas como sempre, achei melhor manter meus problemas com Zayn em segredo.

E agora havia uma nova caixa de Pandora a ser aberta: seu beijo e meus sonhos obscenos.

Ela ficou parada por alguns instantes me estudando enquanto eu continuava agindo como se estivesse distraída.

– Tudo bem, se você diz isso. – Ela colocou a bolsa no ombro. – Lembra das regras de trancar?

Assenti.

– Está bem. Bom, vem aqui me dar um abraço.

Ela levantou os braços e me envolvi nela, inalando seu cheiro de perfume mais uma vez.

Peguei uma das malas e fui com ela até o carro.

– Te vejo em breve – garanti a ela, ao vê-la esfregando um lenço no olho.

– Em breve – fungou ela. – Coloque algumas decorações de Halloween. Vai te deixar mais animada caso se sinta sozinha.

– Mas já?

– Estamos em outubro – riu ela. – É a época de Halloween, Sel.

Outubro? Nem tinha percebido. Meu aniversário estava chegando.

Assim que minha avó partiu, mandei uma mensagem para K.C. Depois de tudo o que acontecera na noite anterior, não tivera uma chance de conversar com ela.

Sel: Como tá?

Ela mandou um minuto depois:

K.C.: Bem. Me desculpe por não ter ido à competição.

Ocupada.

Sel: Então… você e o Liam?

Questionei. Uma parte de mim queria que ela e Liam tivessem voltado. Sentia-me culpada. Só uma pessoa abominável beijaria o cara com quem sua melhor amiga estava saindo, e fiquei preocupada, pensando em como contaria para ela. Se ela e Liam tivessem voltado, será que eu não precisaria abrir o jogo? Ela mandou:

K.C.: Não me julgue.

Fui inundada por uma sensação de alívio. Eles tinham voltado.

Sel: Nunca. Se você estiver feliz…

K.C.: Estou. Só espero conseguir confiar nele.

Ela ainda tinha dúvidas e não era para menos. Não acho que conseguiria aceitar de volta um cara que me traiu, mas, também, nunca me apaixonei. Acho que não saberia, até passar por isso. Escrevi:

Sel: Talvez você nunca saiba plenamente, mas se ele valer a pena.

K.C.: Acho que sim… então, o Zayn é todo seu.

O quê?! As batidas no meu peito doeram de verdade.

Aparentemente, demorei muito me afogando no meu próprio suor, porque ela enviou outra mensagem.

K.C.: Não se preocupe, Sel. Ele nunca foi meu mesmo.

Não conseguia responder. O que diria? Obrigada?

Zayn não era dela, mas ele, com certeza, também não era meu. Ele deixou bem claro que não pertencia a ninguém. Será que Zayn estava com ela por minha causa? Será que é por isso que ela me mandou aquela mensagem?

Passei o resto do fim de semana fazendo coisas para manter minha mente afastada de Zayn.

No sábado e no domingo limpei a casa, lavei o Bronco, terminei a lição de casa, digitei procedimentos para a minha experiência e evitei as mensagens do Ben e da K.C.

Precisava ficar sozinha e não sabia se conseguiria guardar segredo sobre o que houve comigo e com Zayn. K.C. merecia saber que nos beijamos, mas não queria que ninguém soubesse, então decidi evitar todos. Até mesmo meu pai, quando ele me ligou.

Ben mereceu meu silêncio, mesmo que tenha ligado e mandado mensagem diversas vezes se desculpando. Se ele tivesse me levado para casa, como havia prometido, aí eu não teria me metido naquela confusão com Nate.

Na real, Ben provavelmente era um cara decente, mesmo com aquele comportamento na reunião em volta da fogueira. Mas o problema continuava: não sentia fogos de artifício estourando dentro de mim quando ele me beijava. Não sentia nada.

Já Zayn, era como o Dia da Independência… por todo o meu corpo.



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