1. Spirit Fanfics >
  2. Sempre Fui Sua >
  3. Chapter 51

História Sempre Fui Sua - Chapter 51


Escrita por: selenandzayn

Capítulo 54 - Chapter 51


O baile foi melhor do que havíamos imaginado, mesmo com a música fraca e com dois acompanhantes para conciliar. O tema do baile de Boas-vindas era “New Yok, New York”, e a quadra estava decorada de maneira genial, com recortes da silhueta da cidade de Nova York e luzes cintilantes.

Madoc e Zayn eram como yin yang. Madoc adorava tudo e todos. Zayn – eu o amo – quase não suportava nada. Madoc tirou umas fotos bem legais nossas encostados em um táxi antigo de Nova York para colocarmos no álbum de formatura. Entrei no jogo dele, apesar de ele tentar posar como bom companheiro o tempo todo. Tínhamos que forçar Zayn a entrar na frente de uma câmera, mas tenho certeza de que ele fez isso por mim.

Após o constrangimento inicial em tentar ficar junto num encontro real, Zayn e eu tínhamos nos soltado e nos divertido um pouco. Conheci alguns amigos dele e conseguimos superar aquele incômodo de ficar perto de K.C. Acho que ela estava se sentindo mais confortável com Zayn do que com Liam. Mas, depois de um tempo, tudo ficou bem.

– Beleza, vamos ficar chapados. – Madoc nos levou até a casa dos Beckman à procura de álcool. Chegamos no after da Tori quase na mesma hora que todas as outras pessoas estavam chegando, e travei ao colocar o pé lá dentro. Ao me lembrar da última vez em que estivera aqui há um ano, meu coração acelerou.

Saco.

Zayn parou na minha frente, provavelmente porque hesitei. Minha respiração ficou mais curta e apertei a mão dele. Mesmo na minha mente, não conseguia entender por que estava reagindo assim. Não estava com medo. Sabia que nada aconteceria esta noite.

– Sel, você está bem? – Os olhos de Zayn pareciam preocupados.

– Sim, preciso beber alguma coisa. – Não ficaria bem se me prendesse ao passado. Meu corpo estava em estado de alerta neste momento, mas só queria curtir a festa.

Ao chegarmos à cozinha, que tinha um bar improvisado igual à última vez, Madoc botou a mão na massa e nos preparou bebidas. Zayn recusou, já que estava dirigindo, e fiquei orgulhosa ao vê-lo agindo de forma responsável. Madoc estava bem feliz por ter um motorista garantido.

Arrancando o copo vermelho da mão do Madoc, engoli o líquido ardente misturado com Coca-Cola o mais rápido possível. Cada vez que tomava um gole, o álcool piorava e o gosto amargo me fazia desejar uma bolacha ou uma bala ou algo doce. Após consumir cada gota com sucesso, joguei o copo dentro da pia e tossi na minha mão enquanto Madoc ria de mim.

– Que fofo, ela está tão vermelha quanto um tomate – brincou ele para Zayn.

– Não enche – murmurei.

Zayn colocou uma mão na minha cintura e me puxou para mais perto dele, beijando meu cabelo. Fechei os olhos e deixei o álcool esquentar meu sangue, relaxando os músculos.

– E aí, gente. – K.C. chegou à cozinha, puxando Liam atrás dela. Ele acenou para Madoc e para Zayn, claramente infeliz pelo breve relacionamento que o Zayn  teve com ela. Liam traiu, mas estava meio chateado porque K.C. teve encontros com outro cara.

Bola pra frente.

– O que estamos bebendo? – perguntou ela.

– Bom, acabei de tomar um líquido encorajador, então estou bem por enquanto. – Minha voz ainda estava rouca por causa da queimação do álcool.

Enquanto ela e os outros se ocuparam em fazer suas bebidas, Zayn se abaixou na minha orelha.

– Venha comigo.

Arrepios se espalharam pelos meus braços quando sua respiração soprou na minha orelha.

Ele pegou a minha mão e deixei-o me guiar para fora da cozinha e subir as escadas até o segundo andar da casa.

A casa dos Beckman era enorme, por isso as festas aqui eram tão populares. A minha casa e a de Zayn eram pequenas, mas Tori e Bryan Beckman desfrutavam de um lar de dois andares, espaçoso e luxuoso, com um subsolo e um quintal totalmente preparados por um paisagista, grande o bastante para um campo de minigolfe. Esta casa provavelmente tinha uns sete ou oito quartos.

E pelo jeito Zayn estava me levando para um deles.

Ai, caramba.

Ele bateu numa porta para garantir que o quarto estava vazio e nos levou para dentro dele.

Ele me encostou na porta assim que a fechou atrás de nós, fazendo com que eu pegasse em seus antebraços para me apoiar. Arquejei com a surpresa e acompanhei seu beijo, quando seus lábios se encostaram nos meus. Ele colocou a mão no meu bumbum e me levantou para encostar no meu quadril. Afastei minha boca da dele para conseguir respirar enquanto ele encostava a cabeça em meu pescoço.

– Caramba, Sel. Seu vestido devia ser queimado. – Sua boca estava quente na minha orelha quando ele começou a chupar meu lóbulo.

– Por quê? – perguntei, o desejo queimando lá embaixo, ficando cada vez mais difícil de conseguir me concentrar.

Ele riu no meu pescoço.

– Cada um daqueles garotos de merda ficou te olhando a noite toda. Vou ser preso.

Segurando sua cabeça, forcei o encontro dos nossos olhares enquanto nossos narizes se tocavam.

– Sou sua. Sempre fui sua. – Minha promessa ficou no ar enquanto ele olhava para mim, seus olhos de chocolate cheios de desejo.

– Vem aqui. – Ele me levou para o meio do cômodo grande, que parecia ser um quarto de hóspedes, em função da ausência de fotografias ou outros acessórios pessoais.

Zayn sacou o telefone e apertou alguns botões antes de “Broken”, do Seether, começar a tocar. Ele colocou o celular na cômoda, escorado no apoio, voltou e me abraçou enquanto eu colocava meus braços em seu pescoço. Devagar, começamos a nos movimentar ao ritmo da música, na nossa primeira dança lenta.

– Desculpe não ter dançado com você esta noite. – Ele não me olhava e falava com um tom de arrependimento. – Não gosto de fazer essas coisas na frente de todos. Acho que é algo muito pessoal.

– Não quero que você mude – disse a ele. – Mas um dia vou querer dançar contigo ou segurar na sua mão.

Ele me puxou ainda mais perto para me abraçar e colocou os braços em volta das minhas costas como uma fita de aço.

– Vou tentar, Sel. O que passou, passou. Sei disso. Quero de volta aquele conforto que tínhamos.

Inclinei a cabeça ainda mais pra cima para olhá-lo enquanto continuávamos nos mexendo com a música.

– Sua tatuagem mostra: “O passado dura para sempre, o futuro não chega nunca”. O que significa? – Tinha finalmente conseguido ler o que estava escrito na lateral de seu torso numa manhã esta semana, enquanto ele dormia.

Ele passou a mão no meu cabelo.

– Apenas que eu estava vivendo no passado. O que aconteceu com meu pai, o que aconteceu contigo, não conseguia superar a raiva. O passado ficava me perseguindo. E o amanhã, o novo dia, parecia nunca chegar.

Até eu, ele tinha escrito no bilhete.

– E o lampião no seu braço?

– Ah, você pergunta demais – Zayn reclamou, brincando, e percebi que ele estava envergonhado.

Mas esperei, não o deixando escapar.

Ele me alfinetou com um sorriso resignado.

– O lampião é você, Sel. A luz. Fiz ele depois que me meti em confusão no ano passado. Precisava melhorar meu comportamento e minha mãe decidiu fazer o mesmo com a bebedeira dela. Nós dois escolhemos um pensamento que nos ajudaria a ir tocando a vida. Um sonho ou um desejo… – Ele balançou a cabeça e parou de falar.

A confissão dele me deixou sem ar. Ele pensou em mim todos os dias?

– Eu? – perguntei.

Ele olhou para mim e passou o dedo na minha bochecha.

– Sempre fui seu. – Ele usou as minhas próprias palavras e não consegui engolir o nó na minha garganta. – Eu te amo, Sel. – Zayn olhou para mim como se eu fosse a coisa mais importante no mundo dele.

Fechei os olhos e encostei seus lábios nos meus.

– Eu também te amo – sussurrei na sua boca, antes de fechá-la com um beijo.

Nossos corpos se derreteram juntos e seus dedos enrolaram meu cabelo enquanto nos devorávamos. Seus lábios estavam macios, porém firmes nos meus, e meus dedos encostavam nas suas costas enquanto suas mãos procuravam pelo meu corpo. Eu o queria em toda parte.

Estava insaciável, e a culpa mostrava sua cara para mim. Queria ele aqui e agora, mas transar no quarto de outra pessoa, enquanto uma festa acontecia no andar de baixo, não era algo que uma garota comportada faria.

Pressionei o quadril contra o dele e nós dois ficamos sem ar entre os beijos.

Tracei um caminho até sua mandíbula e meus dentes levemente arranharam seu queixo.

– Abra meu zíper – ofeguei.

Ele gemeu.

– Vamos embora daqui. Eu quero mais do que apenas uma rapidinha.

– Mas nunca dei uma rapidinha – declarei. – Abra meu zíper.

Ele obedeceu, e os cantos de sua boca se levantaram em um sorriso sexy.

– Onde foi parar a minha garotinha? – A pergunta era retórica. Sabia que ele amava o jeito como o queria.

Senti um tesão quando a mão de Zayn me alcançou por trás para abrir meu vestido, e gemi quando suas mãos deslizaram e acariciaram minhas costas. Elas pareciam drogas, quase tão viciantes quanto sua boca. Arranquei o blazer dele, enquanto ele deixava meu vestido cair pela cintura.

Zayn fazia meu pescoço arder com sua boca e beijos macios, enquanto eu desabotoava sua camisa. Prendi a respiração quando ele passou suas mãos em meus seios. Arrepios fluíam pela minha pele, que o desejava ainda mais.

– Zayn – sussurrei e envolvi um braço em volta de seu pescoço, colocando meus lábios nos dele –, eu realmente sou uma garota comportada. Mas hoje quero ser muito, muito má.

Sua respiração agitou-se na minha boca e ele capturou meus lábios com um beijo feroz.

Caramba, ele me queria muito. E eu estava empolgada, porque não queria esperar chegar em casa.

Zayn rasgou o resto de sua camisa, fazendo diversos botões caírem no piso de madeira.

Deixei meu vestido cair até meus pés e então arranquei minha calcinha, ficando apenas de salto alto.

– Car/alho, Sel. – Zayn ficou tenso com a visão à sua frente. E puxou meus lábios aos dele novamente, devorando quase todas as minhas partes com sua boca e mãos. – Me desculpe. Quero pegar leve contigo. Mas é tão difícil. Você acha que daqui a dez anos finalmente chegarei ao ponto de realmente precisar de preliminares para ficar duro com você?

Seus olhos me questionavam, mas eu só conseguia sorrir. Tinha alguma coisa no modo como ele me queria, no modo como seus olhos dissipavam quaisquer dúvidas, que fazia eu me sentir poderosa.

Zayn, pelo que tinha notado, era aquele tipo de homem que só saía com a mesma garota uma vez. Ele não passava a noite na casa de ninguém e não trocava números de telefones.

Fiquei com medo de que ele perdesse o interesse ou considerasse nossa primeira noite juntos uma missão cumprida, mas ao invés disso ele se tornou ainda mais faminto.

Cada toque nesta última semana, cada beijo, cada vez que tínhamos feito amor, ele agia como se fosse novidade. É ridículo, eu sei. Ele era mais experiente do que eu, então por que haveria algo em mim que fosse diferente do que ele já havia experimentado antes?

A não ser que ele me amasse. Isso era algo que eu tinha certeza de que ele ainda não tinha tido com nenhuma outra garota. Pelo menos é o que esperava, enfim.

Queria ser audaciosa, apesar da minha ousadia querer me abandonar ali mesmo. Queria experimentar tudo com Zayn. Sem esconder nada, sem ter medo de nada. Pediria tudo que queria e seria corajosa. Para sempre ou nunca.

Sua camisa caiu no chão, seguida pela calça.

Seja audaciosa.

Coloquei a mão na prova dilatada de que ele me queria. Ele reagiu e prendeu a respiração enquanto eu colocava a mão ao seu redor e chacoalhava. Presumi que ele fosse fechar os olhos. Ele não tinha que fazer isso? Para se concentrar mais na sensação? Só que, ao invés disso, ele apenas ficou me olhando tocá-lo. Ficou mais duro na minha mão e estiquei as pernas, excitada por conta do comprimento suave que tinha estado dentro de mim – e estaria novamente.

Ele me observava, com olhos escuros e fervorosos. Ficou olhando eu tocá-lo, e pensei que eu fosse go/zar apenas com o deleite da cena. O modo como ele fechava as mãos e sua ereção aumentava quando eu esfregava de um certo modo, e como sua respiração ficou mais forte, tudo me fez vibrar até o ponto em que não aguentava mais.

Ele rasgou a embalagem da camisinha que tinha deixado no criado-mudo ao tirar a calça e deslizou-a nele.

Até que enfim.

Derretendo meu corpo dentro do corpo dele, com meus seios esfregando na pele suave do peito dele, beijei-o profunda e longamente, passando as mãos pelas suas costas inteiras.

Seja audaciosa.

– Minha vez – sussurrei na orelha dele.

Zayn esbugalhou os olhos ao perceber o que eu queria dizer.

Empurrei-o levemente de volta à cama e deslizei por cima dele. Uma dose de adrenalina passou por mim ao sentir suas mãos em meu quadril e seu sexo pressionado contra mim.

– Você é perfeita. Perfeita para mim. – Ele passou as mãos por cima e por baixo das minhas coxas.

Movimentei-me, deslizando seu pa/u pela minha abertura, provocando-o. Quando me abaixei nele, fazendo com que ficasse dentro de mim, curvei os dedos do pé por causa da sensação indescritível. Era muito mais profundo desse modo e me inclinei um pouco para trás para conseguir absorver cada parte. Estava completa e esticada e queria que ele se sentisse tão completo quanto eu.

Zayn colocou uma mão no meu seio e usou a outra para guiar meu quadril, que trabalhava lentamente.

– Sel, fala que gosta disso.

– Eu… – Estiquei as pernas um pouco mais nas laterais e me movimentei em um ritmo de frente para trás nele, mais do que de cima para baixo, como estava fazendo.

Ai, caramba.

Ele atingiu o ponto certo dentro de mim e minha cabeça caiu para trás quando gemi.

Caramba! Não havia nada melhor do que senti-lo dentro de mim.

Adorava saber que eu ainda podia senti-lo naquele lugar no dia seguinte. E queria senti-lo amanhã, também.

Ele levantou o quadril bem forte contra mim, arrepiando todo o meu corpo.

– Diga.

– Eu amo isso. – Meu corpo perdeu o controle. A agitação dentro de mim tinha se tornado uma onda, e eu roçava nele mais rápida e fortemente. – Amo fazer isso contigo.

Por fim, nos jogamos na cama, muito cansados para nos mexer, e eu só queria ficar embaixo das cobertas com ele. Não conseguia acreditar que tinha transado na casa de um estranho.

Precisávamos sair daqui antes que todos descobrissem o que estávamos aprontando. Tinha que começar a ser mais cuidadosa. Meu pai confiava em mim, mas isso não continuaria assim se não parasse de tomar decisões irresponsáveis.

Sim, ele gostava de Zayn. Eu tinha dezoito anos. Meu pai sabia que, uma hora ou outra, acabaríamos transando. No entanto, este ano escolar tinha sido cheio de contratempos comportamentais da minha parte, e transar na casa de um estranho durante uma festa não estava na minha lista de boas ideias. Foi legal uma vez, mas me lembrei de não tentar isso novamente.

Beijei Zayn e sorrimos e demos risada enquanto um ajudava o outro a se vestir.

– Tenho uma pergunta – finalmente quebrei o delicioso silêncio enquanto alisava seu cabelo. Era a mesma pergunta que tinha tentado fazer antes. Havia somente mais uma peça do quebra-cabeça de Zayn que precisava desvendar.

– Manda.

– Você não queria me contar sobre seu pai ou seu irmão. Mas a Piper sabia aonde você ia todos os finais de semana. Por que ela podia saber e eu não? – Pensar queZayn era tão íntimo daquela garota a ponto de confiar nela me deixava puta.

– Sel, eu não disse nada à Piper. O pai dela é policial. O mesmo policial que me prendeu no ano passado por atacar o pai adotivo do Chris. Ela descobriu por ele. – Ele colocou os braços em volta da minha cintura e me segurou mais perto.

– Então era mera coincidência você estar saindo com a filha do policial que te prendeu? – Sabia que era mais que uma coincidência, sem que ele precisasse dizer nada. Ele tinha ido atrás da Piper por algum tipo de vingança boba. Tirar uma com a filha do policial era um “vai se foder” para o pai dela.

Ele deu de ombros.

– Sim, não sinto orgulho nenhum em ter feito isso, mas você se sentiria melhor se eu realmente gostasse dela?

Desviei o olhar. Não. Não me sentiria.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...