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História Sempre haverá um final - A little about myself


Escrita por: fannyyyyy

Capítulo 1 - A little about myself


 Você já parou para pensar qual será o final da sua história? —Talvez ela nunca tenha começado, mas a minha já começou, e de um jeito não tão agradável. Talvez isso tudo seja apenas temporário, ou então seja como deveria ser. Eu já sei o final da minha história, porque isso é o que todos nós já sabemos: a morte, que pode ser sim uma coisa boa, como para aqueles que presenciaram essa grande dúvida do que é ter vivido o que estava planejado para si, e depois terminaram a sua grande missão, e por fim, foi liberto de seus desejos e realidades. Isso tudo é como uma bomba que um dia vai se explodir. Como uma criança, que cresce e satisfaz os seus desejos tão esperados para ser realizados. Mas o problema é que um dia esses momentos irão passar e acabar, e não sobrará mais nada, nem pequenas substâncias desses minúsculos sentimentos de felicidade. 

     Eu tenho tantas dúvidas sobre a verdade e sobre o fim, como: será que os finais desses grandes livros de finais felizes, realmente existem a verdadeira felicidade? Eu sei que são histórias criadas por pessoas que talvez tiraram ideias interligadas à sua vida, ou à vida alheia. Mas o que sempre me impressionou e me deixou na dúvida, é o que acontece com as pessoas descritas nas histórias de livros ou filmes. O que acontece depois do último ponto final dessa grande e incrível história. São tantos sorrisos e lágrimas que saem de nós depois de lermos uma pequena frase escrita com tanto desempenho e criatividade. Mas o que realmente acontece com eles após o final dessa história? 

     Hoje eu tento relacionar dúvidas e razões que me mostrem um outro jeito de vivenciar essas pequenas histórias. Será que Miles Halter de: "Quem é você, Alasca?" ainda pensa em Alasca, ou ele já está vivendo uma nova história. Ou será que Liesel Meminger de: "A menina que roubava livros" continua roubando livros. São tantas, e tantas dúvidas que correm pela minha cabeça e me faz perguntar qual é o final, ou melhor, a continuação dessas histórias. 

     As pessoas sempre falam que ter uma doença te torna diferente, seja porque elas nunca perceberam que ser doente não é ser diferente e sim que a doença é a sociedade e seus julgamentos. Eu sou normal, a única diferença que há em mim é que eu não produzo glóbulos vermelhos suficientes, glóbulos brancos e plaquetas. Por causa das células de leucemia que substituem as células normais produzidas pela medula óssea. Isso tudo é tão chato e tão educacional. Para falar a verdade, eu demorei séculos para decorar essa frase. 

     Desde os meus treze anos eu ouço tantas perguntas idiotas e desnecessárias como: "você tem medo de morrer?"  ou "quantos anos você ainda tem de vida?".  Para ser sincera, essas coisas não me preocupam tanto, pois eu sei que eu iria morrer mesmo se eu não tivesse essa doença. É normal, a morte é normal. Isso é como uma pequena estrela no céu, que devido as reações termonucleares (queima de combustível em seu núcleo) que ocorrem em seu interior, a faz brilhar. Mas e se esse combustível e essa energia acabasse? —  As estrelas, como os seres humanos, tem um ciclo de vida, na qual nascem, se desenvolvem e morrem. Então, se até as estrelas morrem, por que eu iria me preocupar com o meu fim? — Isso é tão complicado, mas ao mesmo tempo tão simples. 

     Meus médicos e meus pais nunca me disseram quanto tempo eu ainda tenho de vida. Mas pude tirar algumas informações da internet. Mesmo a internet sendo boa para pesquisas que nos ajudam a nos dar informações, ela também é ruim para uma busca como: "Quantos anos uma pessoa com leucemia ainda pode viver?".  Não sei se essas pesquisas são apropriadas para adolescentes com dezesseis anos que ainda não conhece muito sobre à vida e que acaba de descobrir que ela já está chegando ao fim. 

     Minha mãe, Daisy,  já percebeu que daqui à alguns anos chegará o meu fim. O que mais me dói não é tudo isso, e sim que um dia ela ira sofrer por mim. Eu não quero que alguém sofra pelo meu fim, principalmente por mim. Há tantas coisas que eles tem de se preocupar, como contas e trabalhos. Mas isso não vem ao caso ainda. Meus pais depois que descobriram a minha doença, dedicaram os seus preciosos momentos a mim. Isso até que se tornou chato, porque eu não posso fazer quase nada sozinha, muito menos ir à escola.

— Mãe, eu já tenho dezesseis anos. Já posso ir à escola sem que você e o papai me ajude — digo entrando no carro.

— Kirsty, filha. Você sabe que precisa de maiores cuidados possíveis —   ela diz apontando o dedo indicador para o cinto de segurança. 

— Sim, mãe. Eu sei. Mas quando vou poder ir para a escola sozinha? 

—  Quando você estiver melhor   — ela responde. 

—  Eu nunca estarei melhor. 

— Querida, não fale uma coisa dessas — ela fala me olhando, triste. 

— É a pura verdade — falo baixinho para que ela não possa escutar, enquanto encosto minha cabeça ao assento do carro. 

     Minha mãe era do tipo superprotetora. Isso era uma coisa boa, às vezes, mas tinha que ter limite. 

                                                                                       ***

     Chegamos na frente da escola às 6h45. As aulas começavam hoje, então estava ansiosa, mas ao mesmo tempo um pouco desanimada. Era o meu primeiro ano naquela escola, e eu não conhecia ninguém. Havíamos nos mudado para Nova Iorque a pouco tempo e além de não conhecer ninguém, também não conhecia quase nada daqui.  Eu vou começar a fazer o segundo grau, e provavelmente esse ano será uma merda. Gente nova, matérias novas. Isso tudo é um saco.

 — Boa sorte, querida   — mamãe fala, enquanto pego minha mochila. 

— Obrigada — digo.  —  Sorte é o que eu realmente preciso para enfrentar esses adolescentes idiotas. 

— Beijos, filha — ela fala acenando para mim. — Eu te amo.

—  Eu também te amo, mamãe. — falo acenando para ela de volta. 

    A parte mais legal do colégio é o horário de ir embora. O problema é que as aulas mal começaram e eu já estou reclamando. Imagina na metade do ano, eu não vou aguentar nem meu próprio peso, literalmente falando.     


Notas Finais


Comentem se gostaram, irá me ajudar muito sz


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