Todo mundo pensa que pessoas ricas são felizes, mas não é verdade, pelo menos não com os meus pais. Eles brigavam todo dia, isso quando não estavam trabalhando, e isso me fazia parecer como uma corda, algo que segurava o casamento dos dois. Eu sei que eles me amavam, é difícil um pai ou uma mãe não amarem sua filha única, mas eles nunca me deram muita atenção, o dinheiro sempre tomou conta do pensamento dos dois. Depois de muitas brigas eles decidiram se separar, eu lembro que na época eu fiquei aliviada, mesmo que seja estranho uma garota de treze anos querer o divórcio dos pais, tudo o que eu queria era que eles fossem felizes.
Com o processo da separação eles começaram a discutir sobre minha guarda, até chegarem ao consenso que os dois eram muito ocupados, não dava pra ficar me levando de uma casa para outra, e eu ja era grandinha o sulficiente para não precisar de babá, então me perguntaram com quem eu queria ficar.
Como eu sempre escutava todas as brigas dos meus pais eu sabia que eles brigavam por 3 motivos : tempo, trabalho e eu. Então achei que se eu não estivesse lá, eles teriam mais tempo e não se estressariam com um trabalho. Por mais que doa ficar muito longe dos pais, se eu estivesse perto só iria dar problema, era o que eu pensava na época, então decidi escolher um Colégio interno.
Foi difícil para os meus pais aceitarem a minha decisão, mas os meus argumentos de ensino melhor, e de que o Skype existia os convenceram a me deixar ir. Meu pai, Daniel, lembrou que tinha um amigo dele, prefeito de alguma cidade do interior de São Paulo, que tinha um Colégio Interno enorme, que algum antecessor da familia investira, então era pra lá que eu iria, uma cidade não muito longe, para um novo começo de vida, e é assim que começa a minha história.
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