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História Sempre TE Amei - Capítulo 3


Escrita por: DrakonDelfoi

Notas do Autor


Salve!

Sei que muitos que leem por aqui são fantasmas, eu agradeço a leitura e peço que aproveitem o próximo capítulo.

Sem mais delongas, nos vemos nas notas finais:

Capítulo 3 - Capítulo 3


– Na verdade, acredito que você possa me ajudar em algo extremamente importante Mira. – Disse Mavis.

A Strauss mal sabia no que estaria se envolvendo e nas futuras confusões que realizar um simples pedido à uma fantasma lhe causariam e não só a ela, mas a toda Guilda em si.

– O que seria assim de tão importante? – Perguntou, imaginando que seria algo referente à construção ou a buscar informações sobre os membros que haviam saído em viagem, e sobre àqueles que saíram em missão, e qual seria a missão de cada um, com o objetivo de arrecadar mais verba para a Fairy Tail. – É sobre o paradeiro de cada membro em missão?

– Infelizmente, não. – respondeu Mavis em um suspiro – Envolve assuntos internos da Guilda, se ao menos o Makarov ou o Gildartz estivessem por aqui eu poderia simplesmente falar para eles investigarem e dependendo do que encontrassem expulsassem um membro.

Mirajane não conseguiu esconder e nem disfarçar a expressão de surpresa em seu rosto, pois expulsar alguém deveria ser algo realmente sério. Pelo que se lembrava do tempo que estava na Fairy Tail, só havia ocorrido uma única vez. Na tentativa de tomada de controle do Laxus, ainda antes do exame de mago de classe S, aquilo parecia que havia acontecido há pelo menos 20 anos.

– Desculpe Primeira, mas como é que é? Expulsar alguém? Como assim? – Perguntou surpresa.

– Sim Mira, dependendo das informações que seriam encontradas e das decisões tomadas poderíamos chegar a tal ponto. Estou falando do Mest, acredito que assim como eu, você também esteja com desconfianças da conduta dele nos últimos dias. Estou com medo de que ele possa fazer alguma besteira.

– Mestra, você realmente acha que ele chegaria a tal ponto? – comentou Mirajane ainda surpresa e compreendendo aonde Mavis queria chegar.

– Eu não sei, Mira, sinceramente não sei, entretanto ele me fez muitas perguntas com segundas intenções sobre alguns membros que estão afastados por diversos motivos. Entre eles está a Lucy. Acredito que ele vá fazer algo para obter informações para poder dar continuidade a essa caça aos monstros sem sentido que ele está, indiretamente, promovendo. – Disse Mavis explicando o verdadeiro motivo das suas preocupações. – Ainda mais a Lucy que agora está começando a se recuperar do gasto absurdo de mana e do desgaste emocional. Tenho convicção que ele vá atrás dela para conseguir maiores informações, quero que você abandone tudo o que está fazendo agora e vá até a nova enfermaria para verificar se está tudo bem por lá, e também avise a Porlyusica para ficar de olho em possíveis encrencas por aquele lado. Não duvido que teremos alguns feridos se alguma coisa acontecer com a nossa maga estelar.

Mirajane ao ouvir toda essa explicação da Vermillion saiu em disparada na direção da enfermaria, pois todas as suspeitas que ela estava levantando para apresentar aos mestres em um momento mais propício estavam se confirmando e ela sempre achou que de todos os atingidos de forma direta na guerra contra Alvarez, Natsu e Lucy foram os que mais sofreram.

Enquanto as duas estavam conversando, na enfermaria Lucy saía do banheiro após um banho renovador, ela se sentia como se tivesse tirado cinquenta quilos dos ombros, realmente estava precisando tomar um banho, relaxar e pôr para fora toda a angústia que estava no seu peito. Agora ela já estava praticamente pronta, pelo menos era assim que pensava que estava, para encarar os demais membros da Guilda e se duvidar ouvir algumas acusações e insultos por ter protegido o demônio dos demônios, aquele que tinha o poder suficiente para aniquilar o Mago Negro. Ao pensar nesse ser não pôde deixar de dar um sorriso de canto ao lembrar de um certo gato azul.

Happy sempre fora o maior companheiro e amigo do Natsu. Sem ele provavelmente o garoto estaria mais perdido que um cego em tiroteio nessa sua busca de identificação, sobre quem ele realmente era. Um humano normal? Um mago? Um demônio? Um Dragão? Tudo ou nada? Ela realmente gostaria de ter ido junto com ele, pois sentia que poderia ser de grande ajuda, principalmente para cozinhar, pois ele sempre fora um zero à esquerda na cozinha. Ainda rindo e balançando a cabeça percebeu que ele tinha que fazer tal jornada sozinho, se bem que aquele gato que tanto a tirava para louca estava junto...

Completamente perdida em seus pensamentos e lembranças agradáveis daqueles dois que se tornaram essenciais em sua vida, aplacando a falta que seus pais faziam. Ela não percebeu que havia alguém a observando, com um olhar que variava de admiração, surpresa, curiosidade e malícia.

Também não percebeu quando esse ser fez um movimento com a mão direita, como se girasse uma maçaneta para a esquerda com a mão direita.

 

– Lucy!! Vamos logo!! Se arrume e vamos logo para a missão, já estamos atrasados! O pessoal está nos esperando! – Ouviu, assustando-se pois reconhecia aquela voz e duvidava que ele teria voltado tão cedo. E que missão era aquela que ele falava? Eles acabaram de sair de uma guerra, não é?

– Natsu? Mas você não deveria estar longe, em uma viagem? – perguntou desconfiada.

– O que você está falando Lucy? Pelo menos já está vestida? Estou cansado de te ficar largado nesse sofá duro que você tem. Não poderia pelo menos trocar ele, se for me fazer esperar toda vez que iremos sair em alguma missão? – reclamou o rosado.

Somente agora ela olhou ao redor e percebeu que estava em seu apartamento novamente, ela estava vestindo uma calça jeans básica, com uma blusa vermelha de mangas curtas nas mãos para vestir. Ela simplesmente gritou dizendo que já estava indo, vestiu a blusa e saiu do seu banheiro e para se deparar com uma cena que ela jamais poderia ter imaginado. Natsu estava vestido de uma forma realmente impressionante. Calça e camisa combinando, a camisa estava por dentro das calças, cinto no lugar e uma simples jaqueta jeans desbotada. O cabelo e o sorriso ainda eram os mesmos que ela se lembrava, porém percebeu que havia alguma coisa de errada nele, ou melhor faltando.

– Natsu, onde está o teu cachecol? – falou se dando conta que ele não estava usando mais aquela peça que ele nunca tirava, mesmo nos dias mais quentes, pois havia sido um presente do seu pai adotivo, Igneel.

– Cachecol? Nesse calor? Você está bem Lucy? Se não estiver se sentindo bem eu posso pedir para a vovó-Porlyusica dar uma olhada em você. Além de que essa missão é fácil mesmo, além de rápida. Lissana, Max, Grazille e eu podemos dar conta disso sem problemas nenhum se você não estiver se sentindo bem. Eles com certeza aceitarão numa boa em repartir o valor da recompensa contigo. – disse o rosado de maneira séria, deixando-a ainda mais desconfiada de tudo que estava vendo e ouvindo.

– Não, não. Tudo bem. Eu estou ótima, acho que essa última semana de trabalhos diretos acabou me desgastando um pouco, assim como todos eu acho, né? – comentou a loira. – Além de que não podemos deixá-los esperando ainda mais, não estou certa? E outra, vamos indo, estou mesmo a fim de uma missão mais fácil do que as que temos realizado ultimamente. Enquanto vamos nos dirigindo você pode me falar sobre a sua viagem de treino e de reflexão que fizeste até semana passada.

– Viagem de treino e reflexão? Eu? Lucy, você sabe muito bem que eu só saio de Fiore para fazer os trabalhos, mais nada. – Comentou Natsu a olhando de forma estranha.

– Sério? Oh, que pena, eu estava pensando em irmos para a capital para descansarmos um pouco, só nós dois, o que achas? – perguntou piscando um olho em direção ao rosado. Normalmente ela jamais faria tal coisa, porém como ela estava desconfiada de algo e conhecia as reações dele perante uma cantada ou algo do gênero. Normalmente ele iria ficar sem reação, travar ou até mesmo engasgar e desviar do assunto, qualquer reação ao contrário confirmaria que ela estava sofrendo de alucinações ou que estavam adulterando a realidade, com que objetivo? Ela não sabia.

– Olha, Lucy, eu até que aceitaria ir contigo, numa boa. Acredito que será uma grande oportunidade para descansarmos. Só resta saber se o Mestre irá nos liberar né? – comentou Natsu já se dirigindo para a porta do apartamento da maga estelar. Um tanto corado com o que acabara de falar.

Ela não deixou escapar esse detalhe, estava quase tudo combinando com o garoto que ela conhecia, entretanto ao mesmo tempo que combinava esse na sua frente era completamente diferente. Era como se fossem duas pessoas altamente distintas ao mesmo tempo. Somente agora ela se tocou que não fora incomodada por um certo bichano azul, com piadas bobas, ou falando algo relacionado a peixe. Começou até mesmo, por incrível que pareça, sentir falta dele dizendo que os dois se gostavam, quase a toda hora.

– Natsu, espera! Agora que me toquei, aonde está o Happy? – perguntou um tanto desconfiada e preocupada. Podia não parecer, mas havia se apegado àquela criatura que considerava uma sarna, porém sempre podia contar quando precisava.

– Hã? O Happy? Se refere àquela bola de pelo azul, que consegue voar e não consegue falar algo sério e que somente sabe irritar os outros? – perguntou se virando do meio da porta. – Eu o despachei. Lhe disse para ficar com quem se importasse com ele, já que ninguém do nosso time atura gatos. A Lissana é alérgica. O Max não vai com a cara dele. O Grazille e você preferem cães. Eu não aturo as frescuras de ficar se enroscando nas pernas e se espreguiçando por qualquer coisa. – respondeu às perguntas com total indiferença e descaso na voz e no rosto. Daria até para se dizer que ele estava respondendo com um certo tédio na voz, passando a impressão de que ele já havia respondido tais questões centenas de vezes antes.

Lucy imediatamente percebeu tudo o que estava acontecendo. Alguém estava manipulando a sua realidade, implantando imagens e realidades falsas com o objetivo dela cair e falar algo, ou até mesmo para matá-la. Quem poderia descer a tal ponto para lhe perseguir, uma vez que ela não conseguia usar magia?

Do lado de fora da mente da Lucy, Mest se espantou que a sua magia estava sendo desfeita, e que as preciosas informações sobre o paradeiro do demônio não iriam lhe ser entregue de bom grado. Antes que pudesse fazer qualquer coisa para amplificar a sua magia de controle das mentes, a mesma fora quebrada completamente. Esse era o único ponto fraco de sua magia, se o seu adversário, inimigo, alvo, percebesse que estava sendo manipulado e conseguisse se lembrar da realidade, então a magia seria desfeita. Ao mesmo tempo que a sua magia era desfeita, Lucy recobrava os sentidos e ao se dar conta que havia alguém nas suas costas imaginando que deveria ser a farmacêutica, resolveu se virar para falar com ela, sobre a possibilidade de receber alta e poder, quem sabe, ajudar os demais membros na reconstrução da cede, além de poder sanar algumas dúvidas que possuía ainda sobre o fatídico dia do final da guerra. Ao observar quem estava vigiando o seu sono se surpreendeu ao ver quem era.

– Você?? O que queres agora??? Eu mal te conheço e mal nos falamos desde o dia da reestruturação da guilda após o ataque da Tártarus, e agora você invade a ala feminina da enfermaria para que?? Para me espionar?? O que foi que eu fiz para você??? – Perguntou se irritando com a presença do Mest, ao mesmo tempo que tentava esconder o seu corpo, enrolado apenas com uma simples toalha.

O mago que havia trabalhado no conselho mágico, se surpreendeu com tal agressividade, normalmente as pessoas que saíam da sua magia por condições próprias ficavam desorientadas, mas isso não aconteceu com essa maga. Entretanto, isso não seria o real problema para os seus planos, mas se ela começasse a gritar, bem, nesse caso ele teria que dar muitas explicações sobre do porquê estar na ala feminina da enfermaria.

– Já que você perguntou o que eu queria, sendo bem direta, vou poupar o nosso tempo e ser direto também. Eu quero informações do paradeiro daquele demônio que você protegeu ao final da batalha contra o Acnologia. Algo que, se formos ver bem, é abominável, pois quem é que em sã consciência e no meio de uma guerra contra demônios e dragões, vai proteger um? Eu pegarei leve contigo, não a denunciarei para o conselho mágico nem nada. Tudo o que precisas fazer é me dar todas as suas informações sobre o paradeiro do E.N.D. – falou Mest com calma. – Aliás, devo te parabenizar pelo seu corpo, não é à toa que muitos a consideram a maga mais bonita da Fairy Tail. Não me surpreendo ter conseguido chamar a atenção do demônio criado pelo mago negro de forma tão fácil.

– Quem você pensa que é para ficar me falando essas coisas? E qual é o motivo de você achar que eu sei de algo do paradeiro daquele imbecil? Aliás, aquele ser que eu chamo de imbecil, cabeça oca, burrichó, tem nome, é Natsu. N-A-T-S-U. Entendeu bem? – perguntou quase se alterando pela ousadia do ser à sua frente em chamar aquele que mais lhe ajudou e por quem ela tinha fortes sentimentos de demônio.

– Pois bem, serei sucinto. Quero as informações do paradeiro do natsu para o destruir de uma vez por todas, terminando o que você não permitiu que nós fizéssemos. Ele não é um humano, muito menos um mago. Ele é um ser criado com o único propósito de trazer destruição, caos e sofrimento ao nosso mundo. Sem ele, JAMAIS, entendeu bem? JAMAIS, teríamos entrado em guerra contra Alvarez. – falou dando ênfase no nome daquele ser desprezível, o dizendo de forma irônica e na negação.

– A culpa não é do Natsu! Ele é apenas mais uma das vítimas desta grande confusão! Não entendo como vocês não conseguem ver isso! E por que eu teria as informações por onde ele anda? Ele nem se quer se desculpou e comunicou que iria viajar para os Mestres, como ele já fez antes. Quem eu seria para que ele me informasse para onde ele iria? – questionou Lucy cada vez mais alterada, quase gritando por socorro, pois estava com um péssimo pressentimento perante o rumo daquela conversa.

– Certo, certo, certo... já vi que você não quer me ajudar. Eu então vou lhe dar três opções, loirinha, e para o seu próprio bem, espero que escolha bem. 1ª opção é: você simplesmente me diz onde aquele ser desprezível se encontra para que eu possa destruí-lo; 2ª opção, você se recusa a colaborar e eu invado a sua mente lhe causando muita dor até obter as informações que eu quero; ou a terceira que é a tortura. Lhe torturo tanto físico quanto mentalmente e arranco as informações que me são interessantes e o resto descarto além de fazer com que você não reconheça mais nem mesmo o seu próprio reflexo. – a ameaçou com um olhar sádico e uma expressão fria no rosto demonstrando que não estava blefando, ou pelo menos era o que estava demonstrando.

– Pode fazer o que quiser comigo, se conseguir encostar um dedo em mim. Não lhe falarei nada, que aproposito é tudo o que eu sei, NADA! – gritou Lucy o encarando nos olhos com a mesma determinação que demonstrou no dia em que convocou todos os seus dez espíritos estelares para proteger o rosado.

– Pretende fazer o que para me impedir? Achas que não sei que não consegues usar magia e que estás blefando? É lógico que sabe muito mais do que quer falar e não conseguirá fazer absolutamente nada contra mim, já que basicamente és só uma casca vazia sem mana, algo que é essencial para um mago. E não aches que lhe deixarei sair daqui para pedir ajuda. – falou Mest botando um fim nas esperanças da Lucy de conseguir fugir e obter auxílio.

Quando ele terminou de falar, ouviu a porta da enfermaria se fechar com força desproporcional. Nenhum dos dois haviam percebido que alguém entrara e ouvira toda a conversa, se tal diálogo podia ser chamado de conversa.

– Sabe o que é mais irônico Mest? Você quer destruir e aniquilar todos e quaisquer demônios pois acredita que eles são a causa de todo o mau que aconteceu contra a guilda e sobre ti. Entretanto devo dizer que a Fairy Tail é uma guilda que abriga dois demônios. E que um deles está viajando para conseguir compreender algumas coisas sobre si mesmo, e enquanto que o outro você acaba esquecendo totalmente que ela existe e sempre estará disposta a ajudar os seus companheiros. – falou o ser que havia entrado na enfermaria emitindo uma aura negra com uma intensão assassina claramente evidente. – Digo mais até, esse outro demônio está na sua presença e se você ousar fazer algo contra a Lucy, eu não lhe perdoarei e simplesmente lhe causarei a maior dor que jamais sentiu em toda a sua vida.

Tanto Mest quanto Lucy estavam surpresos com tal aparição.

– Você? Mas como é que você sabia que eu estava aqui? Tenho certeza que ninguém me viu entrando e quero saber exatamente o que planejas fazer se eu obter as informações que essa vadia à minha frente se recusa de me dar? – falou Mest se virando para encarar o se indesejado, na sua opinião.

– Quer mesmo saber? Pois bem, eu lhe digo, quem me mandou aqui fora a Mestra Mavis, ela ficou desconfiada com a quantidade de pergunta que você estava fazendo sobre a Lucy e achou que poderias fazer alguma coisa contra ela. E quer saber? Ela estava certa mais uma vez. – disse o demônio da guilda assumindo a sua forma de batalha.

– MIRA-SAN!! – gritou Lucy, completamente surpresa com a aparição e determinação da albina em lhe proteger. – Me ajude! Ele quer saber onde o Natsu está para mata-lo. Ele não entende que eu não sei onde aquele idiota se enfiou!

– Lucy, por favor, saia de perto desse ser, não quero lhe machucar, mas também não quero manchar de sangue a enfermaria. Mest, lhe peço mais uma vez se afaste da Lucy. – falou com evidente raiva nos olhos, pois não estava gostando do rumo que as coisas estavam indo.

– Achas que conseguirá me atingir antes que eu faça algo com essa loirinha? – perguntou Mest debochando das habilidades da Strauss. – E respondendo a sua questão, não eu não me esqueci que você também é chamada de Mirajane O Demônio, só que achei que não seria preciso arrancar o seu coração, uma vez que não fez nada contra a guilda.

Ele falou isso dando as costas para Mira e caminhando na direção da Lucy que havia aproveitado da distração do mago para se distanciar, só que ela não imaginava que estava tão perto da parede. Quando bateu as costas na parede começou a desesperar e implorar mentalmente para que ainda pudesse convocar algum de seus espíritos para lhe proteger. Porém na atual situação estava sem as duas principais coisas: não possuía mana o suficiente para tal ação muito qualquer uma das suas chaves douradas.

– Certo Heartfilia, está na hora de terminarmos o nosso assunto de uma vez por todas e você me dizer onde o ser criado pelo Zeref está. – falou Mest com um sorriso sádico no rosto.

Quando ele estendeu a mão para tocar na cabeça de Lucy, Mirajane se lançou contra Mest na esperança de conseguir impedi-lo de fazer o que ele havia prometido, ou seja, de fazer com que o cérebro da Lucy sofresse um derrame e assim ficando completamente inutilizado.

Tudo o que se viu e ouviu em seguida fora um clarão e um forte grito de dor.

 

[...]

 

Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado desde a batalha final com o Zeref e com o Acnologia. Tudo o que sabia era que ele tinha que se compreender. Será que algum dia poderia retornar ao convívio dos seus amigos e daquela pessoa que sempre lhe encantou?

Já passava do meio dia e estava tentando mais uma vez se concentrar e esvaziar todo o seu corpo dos resquícios que ainda mantinha do mana. Sabia que era perigoso, porém tinha que fazer isso. Quando percebeu que havia chegado ao limite de concentração do mana em seu corpo, para ser mais específico em seu peito, simplesmente deixou sair por todos os seus poros causando uma enorme explosão, resultando no término de todo o seu mana, mais uma vez.

– Acho que posso chamar isso de a grande explosão do Rei Dragão do Fogo. – comentou se esforçando para se manter acordado, pois gastar todo o seu mana de uma única vez era algo extremamente perigoso. Nas últimas vezes que havia feito tal ação, havia desmaiado e acordado na caverna que estavam usando como abrigo.

Infelizmente não lhe restava muita força, porém estava feliz com o resultado do seu treinamento. Não havia mais sentido nenhuma força interna lhe dizendo que deveria ter se tornado um demônio que assim jamais sofreria com falta de mana e que poderia fazer praticamente qualquer coisa. Também ouvia, uma outra voz dando contra à primeira, esta lhe dizia que ele deveria ter escolhido o caminho dos dragões. Força, sabedoria, mana absoluto além de uma força sobrenatural ele poderia receber oferendas como protetor de uma cidade além de poder criar a sua própria guilda com o seu próprio nome. Todas essas propostas eram tentadoras, muitíssimas pessoas já haveriam declinado para qualquer um dos lados, escolhendo ser um demônio e ser respeitado pela força, ou conforme o seu ponto de vista, ser temido.

Outras escolheriam o lado dos dragões. Ora, quem não gostaria de ter o poder, a força, a sabedoria de um dragão? Um dos seres mais poderosos que já habitaram a terra e extintos há centenas de anos. Tudo era muito tentador, reconhecia isso. Porém havia uma coisa que ninguém perceberia se não pesasse os contras e se deixasse levar somente pelos prós. Você teria que abandonar tudo. Simplesmente isso. Abandonar toda a sua vida antiga, os seus amigos, as pessoas que você havia lutado ao lado em várias situações. A sua família (se tivesse uma). Até mesmo a pessoa que você amasse, teria que simplesmente abandoná-las para seguir qualquer um desses caminhos.

A sua escolha? Nenhuma e nem outra. Resolver seguir pelo caminho mais difícil, o mais complicado e o mais saudável para si. Escolher ser um humano, um mago, um membro da guilda Fairy Tail, escolher ser Natsu Dragneel. Ele já estava viajando a mais de um mês, entretanto disso ele não sabia; só sabia que estava andando há muito tempo. Se sentia solitário muitas vezes, mas felizmente havia um companheiro, um ser que já se acostumara a chamar de, conforme a loira que ele tanto adorava, irritante. Happy. O gato azul que possuía asas.

Graças a essa companhia improvável durante a sua viagem ele não enlouqueceu ou fora atacado por animais selvagens. No começo da sua viagem ele apenas pensava em como o pessoal poderia ter ficado com medo dele e querem lhe matar. Porém quanto mais andava, ajudava alguns aldeões pelas vilas pobres que foram atingidas pela guerra, mais percebia que eles estavam era com medo de que algo ainda pior pudesse acontecer. Muitos sofreram perdas irreparáveis, familiares mortos pelas mãos dos comandados de seu irmão mais velho, caos, mortes nada belas, como se existisse beleza na morte – pensava, outras tantas viram seus amigos, conhecidos e outras tantas pessoas serem empaladas vivas, isso ainda lhe revirava o estômago só de pensar. Havia ajudado a retirar e enterrar várias vítimas inocentes.

Nunca ficava mais que um dia em qualquer vila. Por mais que lhe oferecem estadia, comida, ou lhe implorassem para ajudar na reconstrução das casas, ele simplesmente fazia o que podia em um único dia, e depois ia embora dizendo que tinha que continuar a sua jornada e que eles o ajudaram a chegar mais perto da resposta que estava procurando.

Entretanto a maior parte do seu tempo ele dividia em viajar pelo país conhecendo lugares encantadores como desoladores. Havia iniciado a sua jornada de reflexão pelo litoral, mas acabou desviando o seu caminho para as montanhas onde se encontrava agora. Ele queria terminar com as vozes em sua mente lhe criticando por ter escolhido o caminho que elas achavam errado. Começou um novo treinamento com o objetivo de expulsar, expelir através de uma explosão essas vozes.

O resultado? Nada de mais, apenas desmaios e quase morte algumas vezes. Agora ele já estava um pouco mais acostumado a ficar sem mana repentinamente e não apagava mais. Das últimas cinco vezes Happy teve que lhe carregar para a caverna, pois ela simplesmente apagou quando gastou o seu mana. Vendo que conseguia se manter acordado, mesmo que um pouco tonto, voltou a se concentrar e se surpreendeu com o que encontrou em seu mais fundo “eu”. Não havia mais nenhum rastro de mana para ser acumulado. Se tivesse que enfrentar alguém ou alguma coisa em sua atual condição com certeza perderia ou morreria.

Percebendo isso, e ouvindo também o seu estômago roncar, saiu a posição de lótus, se erguendo mesmo sofrendo com um pouco de tontura, se dirigiu para a caverna, a quinhentos metros, onde havia deixado um pedaço de carne assando em brasas. Pela posição do sol, imaginou que deveria ser pouco mais de meio dia. Seguiria viagem à noite. Reservaria a tarde para recuperar a sua energia e refletir sobre tudo o que já havia visto desde que começou a sua jornada.

– Hey, Happy! Cadê você amigão? – gritou para dentro da caverna ao não ver o felino azul onde o havia deixado quando saiu para treinar de manhã cedo. – Vou comer toda a comida se você não aparecer logo!

Percebendo que não obteria resposta, deu de ombros, pois provavelmente o bichano estaria voando por ai para encontrar algum rio com o objetivo de pescar algum peixe e reabastecer os cantis de água.

Aproveitando que o exceed não estava presente resolveu deixar o fogo em brasas baixas para manter aquecido os pedaços de carne e fora dormir para, talvez, não sonhar com os acontecimentos da guerra e mais especificamente com uma certa loira que usou todo o seu poder mágico para lhe proteger, ocasionando a perda do seu poder mágico, de forma repentina, e por isso ela caiu desmaiada. Se ela não acordasse mais, não saberia como reagir, até porquê quem deveria ter enfrentado todos e mostrado que não era um demônio, mas sim um mago da guilda, era ele.

Ultimamente os seus sonhos estavam focados em uma única coisa: aquele dia; a guilda contra ele; a loira se pondo à frente de todos; os mestres a ajudando; ela invocando os espíritos e desmaiando; a guilda e todos os seus amigos investindo contra eles; matando ela e lhe aprisionando. Com certeza não podia chamar isso de sonho agradável, já perdera as contas de quantas vezes nesses últimos dias que acordara assustado ou não conseguia dormir. As últimas duas noites passara acordado por causa das vozes e desse sonho que insistia em lhe perturbar a mente. Talvez devesse entrar em contato com a guilda para obter informações sobre aquela que sempre lhe ajudara e insistia em viver em seus pensamentos, sonhos e por incrível que pareça em seu coração.

Que tipo de sentimento era esse? Se perguntava. Nunca havia sentido tal coisa. Será que era outro efeito colateral de tanto estresse e da eliminação das sementes que estavam lhe matando?

Com tal pensamento em mente, adormeceu, e pela primeira vez em uma semana conseguiu descansar sem nada lhe perturbar a mente, a não ser uma única coisa, a lembrança dos momentos felizes que passara junto com aquela maluca que ele insistia em irritar.


Notas Finais


E aw gente boa!
O que acharam?
Quem é que sofreu o golpe de quem?
Façam as suas apostas!!
O que acontecerá com o Rosado na continuação???

Gente, sério, quem lê, por favor, comente.
Estou desanimando por falta de comentários.
Gostaria de receber até o próximo capítulo pelo menos 5 comentários, será que é pedir de mais?

O próximo sairá quando eu conseguir tempo para o finalizar.
Sou professor em 3 escolas e as aulas começaram ontem, então o meu tempo não é muito, mas farei o possível para escrever e postar!

Baita abraço!!

Conto com vocês.


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