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História Sempre Tem Um Lado Bom - Castigo


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boa tarde, pessoal!
Sou uma jogadora de Resident Evil, completamente apaixonada por toda a história que a CAPCOM criou. Leio as fanfics daqui já há um longo tempo e sempre tive vontade de escrever, até que hoje parei e pensei... Por que não?
Adoro escrever e hoje iniciei minha carreira de escritora de Fanfics também! Hahah
Espero que gostem.

Fanfic postada nas plataformas Spirit e Wattpad.
( Wattpad: https://www.wattpad.com/story/298531961-sempre-tem-um-lado-bom )

Capítulo 1 - Castigo


1998

 

Estacionei meu carro na vaga de sempre e o fechei rapidamente assim que peguei minha bolsa e aquela maldita papelada que só me deixou ir dormir depois das três horas da madrugada.

Corri para a porta de entrada e já fui recebendo alguns acenos e cumprimentos.

-- Bom dia, Jill!

-- Oi, bom dia. – Respondi.

Segui rapidamente para as escadas. Eu preciso deixar essa papelada em cima da mesa do Capitão Wesker antes que ele sente na mesa dele e já queira me apedrejar novamente.

Passei a noite toda escrevendo os relatórios que ele mandou... Às vezes parece que ele planeja as noites em que não vai me deixar dormir porque preciso trabalhar em casa também. E sou a única. Ele não escraviza mais ninguém desse jeito.

Ao terminar de subir as escadas abri a boca de sono e vi a santa máquina de café e fui em sua direção. Olhei para o relógio e ainda faltavam dez minutos para ele chegar.

Fiz uma grande manobra para pegar minha carteira e o dinheiro necessário nela com toda aquela papelada em meus braços, mas consegui. Coloquei o dinheiro, o copo e apertei o botão... Nada como aquele som do café caindo no meu copo, porque hoje já estou bem ciente de que terei de tomar uns dez desse para me manter em pé.

Quando terminou, o tirei dali e segui calmamente pelo corredor. Assoprei um pouco meu café e o coloquei na boca tomando um grande gole, mas quando eu o abaixo para fazer a curva para o outro corredor, trombo com alguém que parecia tão distraído quanto eu.

-- Jill! Você está bem? Te machuquei?

O meu café tinha se espalhado pelo chão e um pouco no meu braço, mas segurei firme minha papelada para não amassar. Chris ajunta o copo de café do chão e olha para bagunça que a bebida fez.

-- Não, estou bem... Estava distraída.

-- Percebi.

E já de manhã recebo aquele sorriso maravilhoso que faz todas as garotas da delegacia derreterem... Não que eu realmente repare que ele é o cara mais bonito daqui, mas é inevitável entrar em coma por alguns segundos quando ele lança esse sorriso em minha direção.

-- Deixa que eu dou um jeito nisso. – Ele sorriu – Vou limpar.

-- Não, eu só vou deixar a papelada e volto para limpar, não se incomode.

-- Não discuta, Jill... Vá fazer o que precisa que eu ajeito aqui, não é incômodo algum, afinal fui eu quem bateu em você. – Ele sorriu – Estava distraído também.

-- Você não bateu sozinho... – Eu ri.

-- Pois é... Mas eu faço esse esforço por você.

-- Obrigada.

Eu segui pelo corredor sem nem ligar para a ardência do meu braço queimado com o café e antes de entrar pela porta do meu departamento olho para trás e o vejo encarando o chão provavelmente pensando em alguma maneira de limpar aquilo rapidamente.

Ao entrar na sala, vejo o Barry na sua mesa olhando concentrado para um papel a sua frente e quando passo por ele, já levanta a cabeça e sorri.

-- Bom dia, Jill.

-- Bom dia, Barry. E as meninas?

-- Ah, estão bem... Fora o fato de que a Moira contou uma história de terror para irmã antes de dormir e a Polly teve que ir dormir conosco morrendo de medo, tudo bem.

-- Ah, sim... – Eu ri – Crianças.

Ele riu e fui a minha mesa jogando minha bolsa no chão ao canto e coloquei a papelada em cima da mesa com os olhos fixos na mesa da frente, a do Capitão Wesker. Ela era de frente para as outras cinco. A do Chris era bem na frente do Capitão, na esquerda, e atrás dele a do Barry, a minha era a última ao lado de Barry e na minha frente estavam as mesas do Joseph e do Brad.

Encarei novamente a imagem das pessoas desaparecidas fixadas no mural ao lado da mesa do Chris e mais uma vez aquela aflição por pessoas provavelmente inocentes me dominou... Imagine a família dessas pessoas, sem ter nenhuma notícia.

Joseph entra na sala logo atrás de Wesker e dou um salto na minha cadeira, já levantando e ao olhar para a papelada em minha frente quando vou puxá-la para meus braços fico boquiaberta.

-- Bom dia, Barry, Jill! – Joseph falou amigavelmente.

Wesker simplesmente passou como um raio até sua mesa e continuei paralisada olhando para minha papelada.

-- Jill, a papelada. – Ele disse.

Eu continuei encarando o meu trabalho que durou horas a fio e uma perda imensa do meu sono... Toda a frente do papel de capa estava suja de café e as letras borradas causando uma extrema bagunça desenfreada. Puxei os outros papeis e estava tudo da mesma forma, mas ao tentar separar uma página apenas para desgrudar, fiz um barulho alto de rasgo e o outro pedaço se desmanchou.

-- Algum problema, Jill? – Joseph me olhou curioso.

Levantei a cabeça para eles e vi que todos me encaravam e o Capitão já vinha em nossa direção com as imensas pastas de trabalho para o dia, fazendo meu coração gelar a cada passo que ele dava em minha direção.

Eu olhei novamente para os papeis e me lembrei da pior parte... Fiz back up em um disquete que estava embolado junto com a papelada e que quase me fez derramar uma lágrima ao vê-lo ensopado de café também.

Quando vejo os pés do Wesker parando ao lado da minha mesa, levanto o olhar e reparo que encara os papeis.

-- O que é isso?

-- Ah... – Eu parei.

-- Não tenho o dia todo, quero a papelada que mandei fazer ontem, Jill.

-- Pois é...

Ele me encarou mais frio do que antes e eu respirei fundo apontando para a papelada na minha frente.

-- Essa era a papelada.

Ele encarou os papeis de uma maneira estranha, então desviou deles e de mim respirando fundo. Senti que a qualquer instante poderia me atacar, mas então olhou para mim novamente com seu ar frio e um sorriso sarcástico.

-- Bom... Acho que vai curtir um serão hoje a noite, então.

Ah, que ótimo...

-- Se essa papelada não estiver na minha mesa assim que eu colocar meus pés nessa sala amanhã... Vamos ter uma conversa que você não vai gostar.

-- Desculpe, Capitão... É que eu me bati com alguém na curva do corredor e eu estava com um copo de caf...

-- Não me importo. Serão. Hoje. Papelada pronta.

-- Sim, senhor.

-- Não quero saber quanto tempo demore e ai de você se eu te ver refazendo isso no lugar do seu trabalho de hoje.

-- Sim, senhor.

-- E só porque estou de bom humor hoje, Jill... Não me decepcione mais uma vez.

Como se eu já tivesse feito isso antes... Sempre faço tudo que ele manda e dentro do tempo determinado.

-- Anda, comece a trabalhar!

Ele jogou a pasta de trabalho em cima da minha mesa a fazendo tremer e saiu da sala rapidamente. Me joguei na minha cadeira mais uma vez respirando fundo e o Barry com o Joseph se aproximaram.

-- Não foi tão ruim. – Joseph riu – Do jeito em que o homem está hoje, dá para dizer que até que ele foi bondoso com você.

-- É verdade... – Barry olhou para mim – O que aconteceu, Jill?

-- Me bati com o Chris na curva e voou café para todo lado... Só reparei aqui que tinha caído na papelada.

-- Diz para o Redfield te ajudar, então... Afinal, foi culpa dele também. – Joseph riu.

-- Não, não... Ele não teve culpa de nada, a papelada era minha, o café era meu e a distração era minha também.

Suspirei e me ajeitei na cadeira empurrando a papelada molhada para longe e puxando a pasta de trabalho para hoje.

-- Vou refazer tudo a noite e “vai estar na mesa dele assim que colocar seus pés na sala”. – Eu imitei a voz do Wesker e eles riram.

-- Tudo bem... – Barry sorriu – Vou chamar o Chris e o Brad para virem ou serão outros que ficarão até depois da hora.

Ele saiu e o Joseph deu uma piscada amigável para mim e ao abrir minha pasta reparo que como sempre ela é maior do que as dos meus caros colegas.

Ah, o Wesker definitivamente me detesta... E hoje vai ser mais um dia em que não poderei resgatar meu sono atrasado.



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