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História Sempre Tem Um Lado Bom - Sentimentos Revelados


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Booooa tarde povo!

Esse capítulo bateu o recorde kkkkk super me empolguei, mas vocês tanto esperaram por este momento entre este casal, que fiz bem escritinho cada detalhe e vocês terão o final de semana para ler em partes se precisar kkkk.
Espero que gostem, curtam cada momentinho do nosso casal *-*

E mais uma coisinha, quero agradecer a quem está acompanhando minha fanfic, porque cada comentário e até mesmo as visualizações a mais que aparecem aqui, fico super feliz. Então muito obrigada!

Abraço a todos, curtam o capítulo ;-)

Capítulo 13 - Sentimentos Revelados


Eu levantei da cama e fui me olhar no espelho e senti meus olhos úmidos por confessar a mim mesma que estou apaixonada... Deixe de ser medrosa, Jill. O Chris é um cara especial, doce e amável, ele não te faria mal nenhum. Respiro fundo e coloco um sorriso no rosto, pronta para hoje mergulhar em um sonho.

Saio do quarto e o vejo afundado no meu sofá com o controle da televisão na mão. Ele não parava de mudar de canal e parecia distraído, então virou para me olhar e saltou do sofá com “aquele” sorriso perfeito dele e me olhou da cabeça aos pés.

-- Você fica cada dia mas linda, Jill.

Eu sorrio sem jeito e ele desliga a televisão deixando o controle no sofá e vem em minha direção com um olhar onde que ao mesmo tempo passava mil coisas e as escondia de mim.

-- Vamos?

-- Vamos.

Ele estendeu a mão para mim e eu peguei nela. Então seguimos para a porta e para seu carro, ainda de mãos dadas. Seguimos para o mercado onde fomos rápidos, ele ia pegando tudo o que via pela frente como um pão grande, geleia de uva, uns pacotes de salgadinhos, barras de chocolate, garrafa de suco e um litro de refrigerante, biscoitos doces e salgados, ovinhos em conserva, amendoins, balas, doces diversos e salgados prontos na padaria de dentro do mercado mesmo e eu só o observei. Quando voltamos ao caixa ele pegou a carteira para pagar e pegou mais uns doces por perto e principalmente chocolates e eu não me aguentei mais, rindo sem parar, então ele me olhou e me acompanhou.

-- O que foi?

-- Quantos mais vão nesse piquenique?

-- Só nós dois... Mas não quero que passe fome.

-- Sou esfomeada, mas não tanto assim...

Ele riu e saímos de lá sem ele me deixar carregar nenhuma sacola, porém quando entrei olhei para a parte de trás nos bancos traseiros e vi que tinha algumas cobertas dobradas e eu virei para ele.

-- Cobertas?

-- Sim.

-- Não deveria ser uma toalha?

-- Tem uma toalha aí também.

-- Então por que as cobertas?

-- Espere e verá.

Eu ri e ele dirigiu. Durante o caminho eu reparei que ele realmente não mentiu quando disse que era fora da cidade, porque quando passamos a divisa ele riu da minha cara.

-- Está assustada?

-- Por que, vai me atacar?

-- Só se você quiser... – Ele riu.

Ele de repente virou para uma rua quase imperceptível e eu me segurei no banco rindo e ele me acompanhou, esticando o braço para trás para pegar uma coberta e me entregou.

-- Cobre os olhos.

-- Por quê?

-- Não discuta... Quero que veja só quando chegarmos.

-- Tudo bem.

Eu desdobrei um pouco a coberta e tampei o rosto para não estragar a maquiagem, então o ouvi rir.

-- Vai demorar muito?

-- Uns cinco minutos.

-- Quer que eu morra intoxicada?

-- Não vai morrer... Se desmaiar eu faço respiração boca a boca.

Eu o ouvi tentar conter um riso e eu faço o mesmo rindo em silêncio pela ousadia que ele estava voltando a adotar.

Andamos mais um pouco e senti mais viradas intensas e percebi que ele ia bem devagar por causa da rua em mal estado, porque passávamos em cada buraco que me fazia dar um salto e o fazia rir. Quando senti ele parar o carro e desligá-lo, fiquei extremamente curiosa e nervosa... Finalmente estamos em um lugar que ninguém nos atrapalhará.

-- É o seguinte, vou tirar a coberta, mas quero a sua palavra de que não vai abrir os olhos até eu dizer... Promete?

-- Eu prometo.

-- Ótimo... Espere aí.

Escuto ele abrir a porta e ouço os passos dele contornando o carro e abrindo a minha porta.

-- Olhos fechados. – Ele diz.

-- Tudo bem...

Ele tira a coberta de mim e me puxa para fora do carro. Sinto uma brisa suave batendo em mim e ele me guia alguns passos onde imagino ser a frente do carro, então sigo com ele de olhos fechados. Então ele me para e fica atrás de mim, agora com os braços ao meu redor e respirando fundo.

-- Pode abrir...

Eu sorri e abri meus olhos... E a imagem que eu tive foi sublime. Estávamos na ponta de um morro alto onde nos permitia observar a cidade toda e suas luzes que faziam desenhos com tantos piscas intermináveis. Daqui ela parecia pequena e calma, como geralmente era, mas estava linda. Então levanto os olhos e vejo o céu lindamente estrelado, com muitas mais estrelas do que eu me lembrava e eu sorri.

-- É lindo, Chris...

-- Eu adoro esse lugar.

-- A cidade... E o céu... – Eu ri – Quantas estrelas!

-- Na cidade tem muitas luzes, não dá para ver direito... Mas aqui é perfeito.

Eu passo meus braços ao redor dos dele que me deixavam completamente encostada em seu corpo e o puxo para mais perto ainda o ouvindo rir nas minhas costas, então afunda seu rosto em meus cabelos e continuo olhando admirada para o céu.

-- É incrível... Obrigada por me trazer aqui, Chris. Eu amei esse lugar.

-- Eu sabia que ia gostar.

-- Com certeza.

-- E ninguém vai nos atrapalhar aqui... Podemos fazer o que quisermos.

Eu tremi por dentro sabendo que aquilo era verdade... Podíamos fazer qualquer coisa que quiséssemos que ninguém saberia, só as árvores.

-- Eu vou pegar as coisas.

Ele me deu um beijo leve na raiz dos meus cabelos e saiu em direção ao carro trazendo de volta todas as coisas, mas as cobertas ele jogou no capô do carro e o resto deixou no chão enquanto esticava a toalha e organizava a comida em cima.

-- Por isso os cobertores?

-- Sim...

-- Vamos ficar em cima do seu carro?

-- Sim.

-- Nossa... Achei que vocês homens idolatravam demais os carros para permitir uma coisa dessas.

-- Valerá a pena.

Eu sorri e ele sentou na toalha me chamando com os dedos, então sento na sua frente e ele me puxa para mais perto deixando um braço ao meu redor e abre o pão, mas para parecendo pensar.

-- Eu esqueci de trazer uma faca. Ou algo do gênero.

-- E nem copos... – Eu ri.

-- É verdade... Nossa, que mancada.

-- Não faz mal, nós tomamos do bico.

-- É mesmo?

-- Sim...

-- Beleza.

Eu puxei um pacote de salgadinhos e o abri para comer, então peguei um e dei na boca dele que o comeu e sorriu.

-- Bom... Você gosta desse?

-- Gosto de tudo que engorda.

-- Perfeito.

Nós rimos e ele abriu a barra de chocolate e os amendoins e ficamos comendo ali enquanto olhávamos as estrelas e a cidade. Não falamos nada, apenas ficamos ali comendo um pouco de tudo e com ele às vezes deitando a cabeça no meu ombro e eu fazendo um carinho em seus cabelos o fazendo sorrir.

Isso é perfeito... Esse lugar, esse momento... Ele mesmo. Nem a garota mais durona resistiria a uma vista dessas.

Desvio os pensamentos quando ele coloca próximo a minha boca um chocolate aberto e dou uma mordida que se esfarelou um pouco e coloco a mão na boca o fazendo rir e dar uma mordida nele também.

-- Ficou sujo...

Eu passei a mão no rosto, mas ele riu de mim.

-- Aqui.

Ele aproximou o rosto e com os lábios mordiscou de leve a lateral da minha boca me fazendo esquecer onde eu estava, quem eu era e só pensar nele e na boca dele próxima a minha. Então ele solta e me dá um beijo leve no rosto e o escuto sorrir no meio dos meus cabelos por ter visto que conseguiu me provocar como queria. Eu desvio agradecendo por estar escuro para ele não me ver corar e ele puxa meu rosto na direção dele e eu tremo percebendo que agora ele tinha deixado a timidez de lado e agia de modo sedutor e direto comigo.

-- Você é linda demais...

-- São seus olhos.

-- Além do meu sorriso lindo? – Ele riu.

Eu desviei dele sorrindo e não discordei, já sabendo que ele sabia que o que ele sentia por mim era recíproco, porque é claro que ele só perdeu a timidez porque percebeu que eu também queria estar assim.

-- Quer comer mais?

-- Por enquanto não...

-- Então vem cá.

Ele levantou e me puxou pela mão me fazendo levantar também. Fomos até o capô do carro e ele esticou um dos cobertores, então me pegou pela cintura e me colocou em cima rindo e vindo ao meu lado.

Eu fiquei sentada observando as estrelas e ele me puxou para mais perto sem cerimônia, me abraçando e olhando para cima também. Quando uma luz passa rapidamente parecendo cair em algum lugar de um chão distante ele aponta para o céu e sorri.

-- Você viu?

-- Sim...

-- Faz um pedido...

Eu olhei para cima e só uma coisa me veio a cabeça, então olho em seus olhos que estavam fixos em mim e a poucos centímetros de distância dos meus. Só uma coisa que eu quero... Você. Desejo que isso não seja um sonho, quero que você me dê a chance de ser a mulher que você merece.

-- Você também tem que fazer um pedido...

-- Ah... – Ele sorriu – Só tem uma coisa que eu queira.

-- Então pede.

Ele me olhou do mesmo jeito que eu e foi evidente que se ele pediu, pediu algo relacionado a nós também.

-- Pediu?

-- Sim...

Ele passou os dedos no meu rosto e fechei meus olhos para apreciar mais seu carinho, então voltei a olhar para ele que estava mais perto de mim e meu coração veio até a boca por já poder sentir sua respiração no meu rosto.

-- Você sabe, não é?

-- O quê?

-- O que me faz sentir.

-- Eu preferia que você me dissesse.

-- Se eu disser, você dirá o que sente por mim também?

O quê? Por quê?

-- Ah... Sim.

-- Certo.

-- Certo...

Ele sorriu e acariciou meu rosto novamente e fixou seus olhos nos meus de um jeito que nunca tinha feito antes, porque era um olhar intenso e apaixonado que ele pareceu finalmente libertar.

-- Eu me apaixonei por você desde a primeira vez em que te vi.

Meu coração acelerou tudo o que podia e meu sorriso com certeza foi o mais abestalhado da história da humanidade, então desviei.

-- Mas você já sabia disso... Jill, eu penso em você todos os dias, todo o tempo. E quando não estamos juntos fico pensando em como seria se estivéssemos. – Ele sorriu – E antes de começarmos a nos aproximar na semana passada, eu te olhava de longe, quando você estava distraída e ficava sonhando com o dia que eu poderia te dizer isso.

-- E por que não disse?

-- Porque eu achava que sua amizade era muito melhor do que nada... Você nunca demonstrou me corresponder em nada, então nunca tentei me aproximar.

-- E por que começou a fazer isso?

-- Porque uma bêbada pode ser exagerada, mas não mente.

Eu ri e ele me acompanhou... Minha bebedeira foi a razão para estarmos aqui agora.

-- Pela primeira vez você me deu uma luz de esperança... Mas eu confesso, fiquei com medo de estar enganado, mas eu tinha que tentar. – Ele sorriu sem jeito – Sei que fui lerdo, mas meu medo de você de repente virar para mim e dizer “o que você está pensando, Chris? Eu não quero nada com você” grudou na minha cabeça e não consegui arrancar isso até perceber que você... Que você me olhava diferente, que parecia esperar eu me aproximar mais e parecia gostar de estar comigo.

-- Pelo menos você percebeu isso por si só.

-- E você também, não é?

Eu desviei me punindo mentalmente por não ter tido a capacidade de perceber sozinha, porque foi só depois de eu ouvir ele com o Forest que minha ficha caiu.

-- Não é?

Eu olhei de canto para ele e pensei que se eu abrisse a boca ele ia me crucificar porque eu menti duas vezes quando ele perguntou.

-- Ou você só percebeu porque ouviu uma conversa?

Eu desviei mais e ri já me entregando e ele beliscou minha bochecha me fazendo virar para ele que tinha um sorriso estonteante

-- Então confessa?

-- Não sei de nada.

-- Eu sabia desde o início que você tinha ouvido... Eu sabia disso.

-- Não, você desconfiava.

-- Eu sabia disso, nunca caí na sua conversa de que só tinha ouvido as últimas coisas. E o Joseph disse que você estava parada mais tempo lá... Ouvindo conversa dos outros, hein, que feio.

-- Eu não confessei nada.

Nós rimos e ele afastou uma mecha do meu cabelo do meu rosto e voltei meus olhos para ele me sentindo um pouco nervosa, mas ao mesmo tempo leve e despreocupada.

-- Bom, acho que isso ajudou também... Por causa disso você só falou bobagens quando bebeu e me beijou. Acho que foi aí que tudo começou e eu resolvi tentar.

-- Devia ter tentado antes...

-- Sim, eu devia... Mas estamos aqui agora, não é?

-- Sim.

Ele me observou com um olhar doce e extremamente amável e eu sorri sem jeito então ele riu.

-- Agora é você...

-- Eu?

-- Sim.

-- Eu acho que você tem um sorriso lindo.

Ele riu alto e eu o acompanhei, então ele fixou o sorriso e ficou me olhando curioso.

-- Fala para mim o que se passa aí dentro...

Eu desviei... Droga. Eu não sei fazer declarações bonitas como as dele. Virei para olhá-lo e ele esperava minha resposta, então deixei as palavras fluírem sozinhas.

-- Eu... Sempre achei você o mais lindo, o mais simpático, o mais atencioso. Nunca tinha parado para pensar que às vezes eu ficava voando me lembrando do seu sorriso. Quando ouvi vocês no banheiro, eu fiquei assustada... Não sabia em que pensar e fiquei ainda mais assustada ao perceber que eu tinha gostado daquela notícia.

-- É, você ouviu...

-- Desculpe, mas eu ia morrer de vergonha se eu confessasse isso quando me perguntou a primeira vez.

-- Tudo bem... Continua.

-- Eu... – Eu sorri – Eu não queria, Chris... Não queria me envolver, não queria me apaixonar. Mas não era mais uma opção, porque eu já tinha me envolvido... E eu já estava apaixonada.

O sorriso que ele abriu foi o mais lindo que eu já vi ele dar. Ele desviou o olhar e encarou um pouco as estrelas sorrindo e virou para me olhar novamente, ainda com o sorriso.

-- Então não é só meu lindo sorriso.

-- Não... Não só isso.

Ele fez um carinho no meu rosto e se aproximou de mim ainda sorrindo e me olhando nos olhos como se visse algo que sempre esperou.

-- Eu sou louco por você, Jill... Eu sou completamente apaixonado por você, minha pequenininha.

Eu ri do jeito que ele me chamou, mas quando vi ele já tinha posto os lábios nos meus e o tempo parou. Ele manteve os lábios parados por alguns segundos, então começou a movê-los com calma e cuidado e eu o correspondi totalmente. Ele me puxou para mais perto dele e o ouvi sorrir nos meus lábios e eu fiz o mesmo, então me beijou de novo, um beijo doce, mas intenso e ao me puxar mais um pouco, com cuidado me fez deitar no carro e deixou um pouco o peito em cima do meu, me puxando para ele e nos deixando completamente de corpos grudados.

Ele continuou a me beijar sem acalorar o beijo, apenas me beijava com calma e carinho e eu o correspondia com minha vontade de beijá-lo apenas aumentando.

 

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Continuamos ali, do mesmo jeito, por alguns minutos ou horas, eu não sei. Nos beijávamos demonstrando tudo o que sentíamos pelo outro naquele gesto e apesar de às vezes ele parar para me dar alguns beijos leves no rosto e no pescoço, logo ele voltava a minha boca e senti um tremendo medo de acordar do nada em minha cama e tudo isso ter sido um sonho.

Mas não... Não é um sonho. Estamos aqui e eu estou sendo beijada pelo homem mais lindo e perfeito que já conheci, então devo apenas me entregar a isso sem pensar em mais nada, porque sou loucamente apaixonada por ele assim como ele é por mim.

Ele tirou a boca da minha e me deu vários beijos no rosto, agora afundando o rosto no meu pescoço e eu sorrio o ouvindo fazer o mesmo. Eu passo os dedos entre a nuca dele e seus cabelos fazendo um carinho e ele suspira me fazendo rir novamente.

Eu acho que eu... Acho que sinto muito mais do que uma paixão passageira por você. Eu acho que... Eu amo você, Chris.

Fecho meu olhos ao ter certeza de que isto era verdade, porque nada mais justifica essa felicidade que transborda do meu peito, essa vontade louca de me entregar e tudo o que ele me faz sentir. Eu amo esse homem.

-- Você quer ir trabalhar amanhã? – Ele pergunta.

-- Preciso, não é... Precisamos na verdade.

-- Mas aí vamos ter de sair daqui... E eu não quero.

-- Eu também não.

-- Vamos fugir no final de semana?

-- Para onde?

-- Qualquer lugar... Não sei, mas quero ir para bem longe com você comigo.

Eu rio e ele me acompanha, então levanta o rosto para me olhar com aquele sorriso de garoto e levanta as sobrancelhas.

-- Você viria comigo?

-- Sim.

-- Mesmo?

-- Com certeza.

Ele vem me beijar e eu retribuo, então ele deita de costas no carro e me puxa para ele me fazendo deitar em seu peito e passa os braços ao meu redor.

-- Então está feito... Vamos sair final de semana e ir para sei lá onde.

-- Tudo bem. – Eu ri.

-- Eu estou falando sério.

-- Eu também.

Ele riu e eu virei o rosto para olhar para ele que mantinha um sorriso fixo na boca e virou para me olhar também, já me fazendo um carinho no rosto.

-- Isso não é um sonho, é? – Ele perguntou.

-- Eu espero que não...

-- Então se um de nós acordarmos, vamos correndo procurar o outro, certo?

-- Certo. – Eu sorri.

Ele sorriu e me deu um beijo leve na boca e ficou me olhando ainda sorrindo e eu a ele também, então de repente perdeu o sorriso e desviou.

-- O que foi?

Ele voltou a me olhar com um jeito meio constrangido.

-- Tenho que te contar uma coisa.

-- Fala...

-- Arranjaram uma acompanhante para mim amanhã, mas não tem nada a ver... Como você, vou só entrar e depois ela que se vire.

-- Quem?

-- Ah, eu estava no Barry ontem... E as duas sobrinhas dele vieram passar alguns dias com ele e a esposa, e uma delas tem dezenove e ficou louca para ir no baile e o Barry perguntou se eu não poderia levar ela já que eu não queria convidar ninguém.

Eu também perdi o sorriso porque é óbvio que essa sobrinha se animou para ir no baile só quando viu o Chris.

-- Tudo bem...

-- Só vou levar, ok... Mas é você quem eu vou levar para casa depois e é com você que vou ficar lá, tudo bem?

-- Ok... – Eu sorri.

-- Eu só aceitei porque o Barry pediu... Se não, eu teria recusado.

-- Não se preocupe com isso Chris, está tudo bem.

-- Legal.

Ele voltou a sorrir e então revirou os olhos para mim.

-- Vou querer te sequestrar amanhã quando eu te ver com o Wesker.

-- Então sequestre... Só que ninguém pode ver.

Nós rimos e ele ficou com um sorriso no rosto sem desviar de mim.

-- Escolheu o vestido?

-- Sim.

-- Como ele é?

-- Maravilhoso.

-- E como é?

-- Não, não... Vai ver amanhã.

-- Vai me deixar curioso?

-- Com certeza.

Ficamos ali por um tempo sem falar mais nada e virei para observar o céu, com uma mão unida a dele e a outra agarrada em seu braço que ele mantinha ao meu redor.

Eu não consigo acreditar que finalmente estamos aqui... Juntos. De vez. Achei que isso não ia mais acontecer pela timidez dele, mas pelo que ele disse, ele só agiu assim por medo da minha resposta e agora está descontraído e direto. Desde que me viu hoje já estava assim, pegou na minha mão, me abraçou o tempo todo e me beijou sem se preocupar... Percebeu que eu sou tão apaixonada quanto ele e resolveu agir normalmente perante isso.

-- No que está pensando?

-- Que eu não acredito que finalmente estamos aqui... Desse jeito.

-- Eu também... Eu queria muito que tivesse acabado o nosso sábado assim, mas infelizmente não deu certo.

-- Pois é... Mas ia me beijar se fosse no sábado?

-- Se eu percebesse que não sairia correndo de mim, com toda certeza.

-- Nossa... Que droga.

-- Pois é.

Se tivesse sido assim no sábado, como estaríamos agora? Hum... Melhor nem pensar nisso ou minha imaginação vai fluir.

Passei os olhos pelo lugar e me lembrei da nossa comida sobre a toalha e levantei encarando tudo aquilo ainda ali.

-- O que foi?

-- Estou com fome...

Ele riu e saiu do carro indo em direção as coisas e apontou para elas.

-- O que você quer?

-- Um salgadinho e os chocolates.

-- “Os”?

-- Sim... – Eu ri.

Ele voltou ao carro e me deu o que eu queria, comigo já abrindo tudo e comendo. O salgadinho eu comia um e dava um para ele que sorria toda vez, então deitou de novo no carro e ficou com a mão no meu cabelo, enrolando uma mecha dele em seus dedos.

-- Que horas são será?

-- Meia-noite... Talvez um pouco mais.

-- O quê? Chris, precisamos voltar...

-- Ah, não, não, não...

Ele veio e deitou a cabeça no meu colo e eu ri com ele me acompanhando.

-- Você sabe que precisamos ir, não é?

-- Não, não precisamos não...

-- Chris... – Eu ri – Amanhã vamos levantar cedo e provavelmente ir dormir mais tarde... Aí sexta-feira de manhã temos que ir trabalhar.

-- Nossa, agora isso é ridículo, não é... Trabalhar no dia seguinte. Por que já não fizeram na sexta-feira, então?

-- Porque adoram nos escravizar.

Nós rimos e ele levantou comigo dando um pedaço do chocolate para ele agora. Então ele saiu do carro e foi ajuntar as coisas e eu fiquei o observando se abaixar e quando foi pegar o pão, ele virou a bunda para mim parecendo sem intensão e eu ri alto. Ele virou e riu parecendo perceber o porquê da minha reação, então tentou fazer uma expressão de repreensão.

-- Está olhando a minha bunda, é?

-- Estou... Não posso?

-- Pode, claro que pode... Eu já olhei para sua um milhão de vezes, então você pode, sim.

Eu ri e joguei um salgadinho nele que se esquivou rindo também. Ele embolou tudo na toalha e colocou dentro do carro, então veio em minha direção me puxando para ele e me pegou no colo, já me colocando sentada no banco do carro comigo rindo de novo. Ele contornou o carro e entrou, então eu vi o relógio no painel que indicava que realmente eram meia-noite e quinze.

-- Tem certeza de que quer ir embora?

-- Não... Mas precisamos, você sabe disso.

Ele pegou o pacote vazio de salgadinhos da minha mão e jogou para o banco de trás e veio me beijar. Eu retribuí, mas foi evidente que este beijo era diferente, mais intenso e mais acalorado do que os de antes e senti meu corpo todo formigar por isso.

Senti ele abaixar meu banco e eu ri, então ele sorriu e voltou a me beijar, vindo para cima de mim e me puxando para ele demonstrando o que ele queria.

Nossa, assim do nada ele tenta isso? Isso sim que é perder a timidez...

Ele foi ao meu pescoço e me beijou e mordiscou ali, fazendo eu me contorcer e conter um micro gemido, mas puxo seu rosto para mim em um beijo mais intenso e ele vem de vez para cima de mim. Eu não o rejeito, não o afasto, apenas o puxo mais para mim sentindo que meu corpo o quer e quer ser dele... Eu quero me sentir dele. Completamente dele.

Ele desliza a mão para minha perna e a sobe por baixo do vestido até minha bunda e a aperta e eu não consigo conter um gemido quando ele se pressiona contra mim e eu sinto que ele está tão animado quanto eu pelo que percebe-se no andar debaixo. Ele me puxa de novo e intensifica os beijos no meu pescoço, me fazendo colocar a mão por dentro da camisa dele, pela abertura da gola na parte de trás e quando me puxa de novo contra ele eu sinto que eu o arranho e ele geme alto. Então vem em meu rosto e me dá um beijo desesperado, intenso e transbordando desejo e eu correspondo... Ele desce a boca e com uma mão puxa o decote do vestido mais para baixo e me beija ali, sem ir para nenhum dos lados, apenas ali no meio e eu gemo.

Jill, o que você está fazendo? O que ele vai pensar de você se fizer isso assim e aqui? Minha consciência acorda e me pune por querer continuar, então eu coloco as mãos em seu peito e o empurro de leve.

-- Chris, para...

Ele para tudo e levanta o rosto para me olhar e sua respiração ofegante me deixa mais excitada, mas tento me controlar.

-- E se eu... Se eu pedir para ir com calma?

-- Calma?

-- Sim.

Ele me olhou ainda ofegante parecendo pronto para o que fosse, pois a animação dele na parte debaixo ainda era evidente.

-- Tudo bem... Mas com calma no ato ou com calma para o ato?

Eu ri e ele me acompanhou saindo um pouco de cima de mim e passando a mão no cabelo para ajeitá-lo e ficou me olhando por inteiro.

-- Na verdade eu não planejava ir até o fim aqui, ok... Eu pretendia só começar e ir para sua casa ou para minha.

-- Ah, sim, com certeza... Porque você conseguiria parar.

-- Se você começasse a arrancar minha roupa, aí talvez eu não conseguisse.

-- Estava mais para você arrancando a minha... – Eu ri.

Ele olhou para minha perna nua e puxou o vestido para baixo, me cobrindo o quanto dava e respirou fundo voltando a me olhar.

-- Eu quero tanto você, Jill...

-- Eu sei.

Eu passei a mão no rosto dele e ele fechou os olhos dando um beijo nela.

-- Você não tem noção de como te quero, Jill... O quanto já fantasiei isso na minha cabeça, me desculpe, mas já pensei muito sobre isso.

-- É, eu acredito.

Nós rimos e ele levanta meu banco de volta me fazendo sorrir para ele que tenta controlar a respiração, ainda virado para mim.

-- Eu imaginei que fosse me parar...

-- E por que tentou então?

-- Porque sou homem e tentar é minha obrigação... – Ele riu.

-- É, incrível que para me falar o que sentia demorou uma eternidade, mas para partir para cima de mim precisou só de uma oportunidade.

Ele riu e eu o acompanhei, então ele ligou o carro e colocou o cinto ainda com um sorriso e me deu uma piscada.

-- Tudo bem, vou te levar para casa... Intacta.

Eu ri e fizemos o caminho de volta em direção a minha casa. Eu deixei a minha mão fazendo um carinho na nuca dele e ele sorria toda vez se encolhendo para sentir mais meu gesto.

Quando chegamos na minha casa, ele saiu rapidamente do carro e o contornou para abrir a porta do carro para mim. Eu saí e ele pegou na minha mão, abrindo a porta de trás e pegando a comida que tinha comprado trazendo junto e eu ri seguindo com ele para minha casa.

Ao abrir a porta ele entrou e largou as coisas em cima da mesa e apontou para tudo com um suspiro.

-- Você fica com isso porque ainda tenho a pizza de ontem que você fugiu antes de eu te entregar.

-- Tudo bem.

Ele veio em minha direção e me puxou pela cintura e me beijou... Nada demais, só um beijo mais comprido, mas sem intensidade ou mais puxões fortes. Então ele parou e deixou a testa encostada na minha me olhando com um sorriso.

-- Amanhã quando eu te ver vou ter que me conter para não te puxar para um canto e te tascar um beijo, sabia...

-- É, eu acredito... Mas tenho fé de que vai conseguir se controlar.

-- Talvez... – Ele revirou os olhos e sorriu – Ou eu apenas vá e te agarre na frente de todo mundo.

-- Ah, aham, com certeza...

Nós rimos e ele continuou ali de testa colada a minha e riu do nada me fazendo esperar ele falar.

-- Tem certeza de que não quer continuar o que começamos no carro?

-- Eu gostaria, sim... Mas acho melhor não.

-- Alguma razão em específico?

-- Quero que seja na hora certa... Não quero antecipar isso, é importante para mim e com você se torna ainda mais especial.

-- Tudo bem... Você tem razão. Vou esperar o tempo que for, eu juro.

-- Obrigada.

Ele me deu mais um beijo e me puxou para um abraço e eu retribuí amorosamente como ele, então me deu um beijo leve na boca.

-- Eu vou... Boa noite, minha pequena.

Eu sorri pelo jeito dele.

-- Boa noite, Chris. Durma bem e sonhe comigo...

-- Eu espero que sim... E você também sonhe comigo.

-- Pode deixar.

Ele me dá mais um beijo calmo, mas demorado e ao se afastar me dá um beijo na testa e outro nas mãos e vai para a porta a abrindo e mandando um beijo no ar.

-- Durma bem, pequenininha.

-- Você também... Até amanhã.

-- Até.

Ele fechou a porta e corri na janela olhar ele correr para o carro e quando o contornou pude ver seu sorriso daqui e eu ri daquilo. Quando o vi acenar, eu aceno de volta e ele entra no carro partindo rapidamente.

Eu me jogo no sofá com um sorriso de orelha a orelha me sentindo nas nuvens e fecho os olhos me lembrando de cada segundo com ele e ao sentir o sabor de seus lábios eu rio sozinha como uma bocó.

Ah, Chris... Eu preciso tanto de você. Eu quero estar com você hoje e todos os dias daqui para frente, para sempre... Nós dois juntos. De uma vez por todas.


Notas Finais


Bom final de semana!
Próximo capítulo: Segunda-feira.


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