Ele nos guiou para o carro dele e gentilmente abriu a porta para nós duas me fazendo lembrar de alguém que dispensei de meus pensamentos rapidamente.
O carro do Erick era um conversível vermelho e que percebi que era o último modelo que havia saído de um carro muito caro. Não reconheci a marca e não me esforcei para isso, então ele arrancou e seguimos para o centro da cidade.
Quando ele parou o carro, estávamos em um lugar imenso com uma música agitada que podíamos ouvir baixo daqui. Ele abriu a porta para mim e jogou as chaves a um rapaz que sorriu e acenou.
-- Boa noite, Sr. Shane.
-- Boa noite, Marty.
Ele conhece o Erick? É, acho que realmente ele não é um faz tudo como a Rebecca disse, ele deve ser um garoto rico que frequenta bastante esse lugar e o hotel. Mas por que trabalhava de garçom? Não quero perguntar e dar uma de interessada nele ou de interesseira mesmo. Prefiro ignorar.
Quando chegamos na entrada havia um segurança carrancudo guardando a porta, mas ao nos ver ele abriu um sorriso e rapidamente arreganhou a porta.
-- Boa noite Sr. Shane... Senhoritas.
Eu e a Rebecca nos entreolhamos, mas não dissemos nada. Erick nos guiou pela boate e reparei que realmente era para quem tinha dinheiro, porque o lugar era bem cuidado, músicas como qualquer outras, mas os caras estavam todos com roupa de marca e me senti meio que mal vestida para o lugar e também me deu uma dor no bolso em pensar quanto deve ser a entrada nesse lugar.
Ele foi caminhando e me olhando o tempo todo, não sei se era para ver o que eu estava pensando sobre a situação ou talvez para se prevenir de que eu não iria fugir. Ao chegar perto de uma área completamente VIP, ele se lançou no sofá e eu olhei ao redor. Tinha um sofá vermelho e um carpete branco no chão, apenas naquela área e tinha uma corrente que um rapaz fechou depois que passamos para ninguém mais entrar.
-- Senta aqui.
Ele apontou para o sofá ao lado dele e sentei com a Rebecca ao meu lado sorrindo ao olhar para tudo, então escuto o Erick rir e viro para ele.
-- Não vai perguntar nada?
-- Não...
Ele quer que eu pergunte para se gabar, só pode...
-- Certo... Querem beber o quê?
Um rapaz chegou rapidamente nos cumprimentando com a cabeça e ergui os ombros sem querer beber nada alcoólico, mas também não queria parecer super correta.
-- Você escolhe.
Ele apenas fez um gesto para o rapaz que saiu anotando algo na caderneta e voltei a olhar ao redor, mas então sinto a mão dele em meu queixo e faz eu virar o rosto para ele que me olha com um sorriso.
-- Você é a mulher mais linda que já tive o prazer de esbarrar.
-- Diz isso para quantas por semana?
-- Você se surpreenderia.
Eu desviei e me perguntei o que eu estava fazendo ali, mas desviei o pensamento e voltei a olhar ao redor.
-- Você está com medo de mim ou só não foi com a minha cara mesmo?
Eu virei para ele e sorri... O Erick pode ser fofo ou garanhão, mas isso não me dá direito nenhum de enganá-lo, ele merece sinceridade.
-- Não tem nada a ver com você... Sou eu.
-- Você tem os olhos mais lindos que eu já vi em toda a minha vida, Jill... – Ele sorriu – E não é só porque eles têm um tom de azul hipnotizante, mas porque eles passam força, dignidade e honra de uma mulher com extremo valor.
Eu desvio pelo elogio, e ele se aproxima de mim, sentando mais perto e se vira completamente para mim.
-- A única coisa que não combina, é essa tristeza que eles tentam esconder...
Eu desvio para longe já voltando a mágoa e a irritação pelo assunto, mas ele volta a puxar meu queixo em sua direção.
-- Não vou te cobrar nada, só te trouxe aqui porque perguntou se eu conhecia um lugar legal.
-- Que bom.
-- Só que cada minuto do seu lado, você me surpreende mais.
-- Por quê?
-- Porque você ainda não me perguntou nada e parece não se interessar nisso.
-- Você não conhece muita garota decente, então.
-- Não, não conheço... Mas conheci uma hoje e não quero perder de vista.
-- Por isso saiu da mesa quando falei?
-- Sim.
-- Achou que se eu perguntasse se tinha um bom cargo no hotel ou era mais rico do que qualquer outro e você concordasse, eu iria ceder?
-- Na verdade achei sim... Me desculpe.
-- Tudo bem.
Eu comecei a mexer na barra do meu vestido e sinto seus olhos em mim, mas quando desvio não encontro a Rebecca.
-- Ela saiu de fininho há dois minutos... Acho que ela me apoia.
-- É, pode ser.
-- Me conta sobre você, Jill.
-- O que quer saber?
-- De onde você é, o que você faz... Quero te conhecer.
-- Acho que a primeira coisa que deve saber então, é que amanhã já vou embora.
Ele perde o sorriso e desvia sentando melhor no sofá... É nítido que não gostou da notícia.
-- Por quê?
-- Porque segunda-feira de manhã eu trabalho.
A não ser que eu tenha sido demitida, é claro...
-- Não pode tirar uns dias de folga?
-- Meu trabalho não permite coisa do tipo...
-- No que você trabalha?
Não quero contar sobre minha vida... Amanhã vou embora e não quero nenhuma ligação com ninguém e nem o risco dele me encontrar se quisesse.
-- Sou secretária.
Isso não é de todo mentira... Mas ele me olha desconfiado.
-- É mesmo?
-- Sim.
-- Hum... Do quê?
-- De uma empresa da minha cidade.
-- Qual empresa?
-- Umbrella.
Foi o primeiro nome que veio a minha cabeça e como ela é mais conhecida, talvez ele não duvide... E também não é de inteira mentira, já que são eles que nos bancam.
-- A empresa de medicamentos?
-- Sim.
-- Hum... Ok.
Ele não demonstra ter acreditado, mas não insiste nisso. Então vejo que ele espera que eu faça as mesmas perguntas, mas fico calada olhando para as pessoas.
-- Onde você mora?
-- Por que quer saber?
-- Curiosidade.
Não quero que ele saiba onde me encontrar, mas também não quero ficar falando mentiras.
-- Não acho isso importante.
-- Por que não?
-- Porque não.
-- Certo.
Eu sei que eu estava me bloqueando, mas só quero curtir o lugar sem me estressar com mais nada ainda menos com uma companhia... Sei que pode ser bobagem, mas não quero dar chance a ele e nem ninguém.
-- Me fala mais de você.
O rapaz da bebida chega e nos oferece três taças, levando embora uma delas já que a Rebecca tinha sumido.
-- O que quer saber?
-- Por que veio para cá se já tem que voltar amanhã?
-- Eu precisava me distrair... Aí peguei a Rebecca e saímos da nossa cidade sem muitos planos, aí vi o hotel e optamos por ele.
-- Acredita em destino?
-- Não sei... Você acredita?
-- Acabei de começar a acreditar...
Ele sorri e me olha daquele jeito marcante dele e sinto meu braço sendo puxado e levo um susto da Rebecca.
-- Só um minuto, Erick.
-- Claro...
Ela me puxa mais para longe dele com uma expressão estranha e espero para ouvi-la.
-- Ele é o dono do hotel, Jill...
O quê?
-- O quê?
Não achei que seria para tanto assim...
-- É, do que estamos hospedadas e de mais uns mil pelo país.
-- O quê? Sério?
Realmente não achei que era para tanto.
-- É, assim como de outras coisas, inclusive dessa boate.
Ah, claro que sim... Ele tinha que nos trazer na boate DELE. Realmente me surpreendeu, achei que fosse rico e não milionário, um pequeno erro de cálculo, mas tudo bem, não faz diferença nenhuma.
-- Como soube disso?
-- Um dos garçons veio me perguntar quem era você porque ele geralmente não vem para cá e quando vem está sozinho.
-- Toma cuidado com o que vai dizer.
-- Eu não disse nada, só enrolei e perguntei do Erick... Ele te disse alguma coisa?
-- Não, parece que quer que eu pergunte, mas agora de vez que nem vou tocar no assunto... É melhor irmos embora antes que nos metamos em confusão.
-- Ah, Jill... Você esbarrou com um cara lindo e milionário e quer correr? Não seja covarde!
Sinto novamente alguém me puxar pelo braço e olho para ele que me puxa para mais perto do que eu estava antes e fico sem jeito.
-- Não fique tão longe... Está tudo bem?
-- Sim, tudo bem.
-- Prove a bebida...
Eu olhei para minha taça intocada e tomei um pouco, era docinho e realmente uma delícia, mas o álcool queimou na minha garganta.
-- É uma delícia... Quanto é a garrafa disso?
-- Não se preocupe com isso, é por minha conta.
-- Não quero passar o dia as suas custas, Erick.
-- Eu sei... Mas eu insisto.
Eu desviei e tomei mais um pouco da bebida começando a me acostumar com a leve ardência e já gostando. Quando a taça esvazia o garçom vem e a preenche sem eu precisar dar o mínimo sinal.
Cada movimento que eu faço, cada olhar que eu dou ao redor, cada gole que eu dou em minha taça, sinto seus olhos me estudando e involuntariamente eu rio... Então o encaro e noto que deu aquele sorriso torto para mim.
-- O que foi?
-- Não sei... Não consigo tirar os olhos de você.
-- Você sempre é assim?
-- Não.
-- O que você quer, Erick?
-- Você, Jill.
Eu ri da direta super direta dele, mas ele não desviou os olhos e manteve o sorriso e mesmo do seu jeito, parecia sincero.
Involuntariamente me recordo do Chris... O tempo que ele levou receoso até me dizer algo do gênero. O Erick parece o inverso dele nessa questão, pois ele é decidido e foi direto sem rodeios desde que me conheceu.
-- Me diz se tenho uma chance com você.
-- Chance do quê?
-- De fazer você esquecer o cara que está te atormentando e te impedindo de olhar para mim.
Eu desvio perdendo o sorriso. Por mais que minha mente seja traiçoeira e me faça lembrar dele constantemente, não quero falar dele com ninguém.
Sinto que ele puxa minha mão para seu colo e a coloca entre as suas, como se a protegesse, me fazendo voltar a olhá-lo.
-- Para que tanto esforço, Erick? Já te disse que volto amanhã e não sou o tipo de garota que conhece alguém de manhã e termina a noite indo com ele para cama...
-- E justamente por eu saber disso que quero ter mais tempo com você.
-- Para conseguir me levar para cama?
-- Para conseguir te entender.
-- Não tem o que entender... Sou muito simples.
-- Quero entender o porquê de você continuar a não me dar nenhum olhar mesmo depois de sua amiga vir contar para você quem eu sou.
-- Se eu fosse interesseira, já estaria casada com um rico qualquer.
-- Pois é... No mundo atual está quase impossível de alguém como eu encontrar alguém como você.
-- Se você procurar bem, você encontra.
Tomei o restante da bebida e o garçom veio novamente mesmo comigo tentando o impedir, mas já era tarde.
-- Eu já encontrei, Jill... E não pretendo te perder de vista.
Que ótimo, encontrei um estorvo...
-- Não vem com essa, Erick... O que você pode querer comigo? Sou uma garota simples de uma cidade pequena, sou chata e sem graça.
-- Você não é nem uma e nem outra... Assim que te conheci soube que era diferente.
-- Deixe disso.
Eu bebi mais e antes de minha taça acabar o garçom a enche de novo e vejo o sorriso do Erick ao notar que não tentei mais impedi-lo, então ele se aproxima e passa a mão no meu rosto.
-- Achei que não era de beber.
-- Não sou... A culpa é sua de me dar algo bom e caro para tomar.
-- Posso dar tudo do melhor à você.
-- Gosto de conseguir minhas coisas sozinha.
-- Eu sei, mas mesmo assim...
-- Erick, já chega ok... É “não”, e pronto. Não vim procurar um homem para afundar minhas mágoas na cama dele, só queria me distrair sozinha.
Eu tomei o restante da taça e decidi parar antes que minha cabeça girasse mais do que ela já estava girando, mas o garçom veio e a encheu. Antes que eu a deixasse de lado, o Erick levantou e me puxou pela mão me arrastando até a pista e mesmo tentando me desvencilhar, já senti minhas pernas bambas por causa da bebida.
-- Vamos dançar.
-- Não, eu...
Ele me puxou para perto dele e me segurei em seus braços para não cair, então senti o perfume caro dele e sinto que aproxima o rosto do meu, mas me afasto.
-- Não queria se distrair? Não vai morrer se dançar comigo...
É, ele tem razão...
Ele me puxou para perto dele e reparei que já tinha começado a dançar e mantinha o olhar fixo em mim e sempre próximo ao meu corpo.
Ah, que se dane... Se divertir não tira pedaço e já deixei claro para ele o que eu quero e o que não quero.
Eu comecei a dançar com a taça na mão e toda vez que ele podia ele se aproximava e colocava a rosto no meu pescoço, puxando forte meu perfume, então eu o empurrava e perdia o equilíbrio e ele me puxava de novo.
-- Eu quero sentar.
-- Não, vamos continuar a dançar...
Ele me puxou e beijou meu pescoço, mas minha cabeça girou e senti que ele me segurou para eu não cair e o ouço rir.
-- Acho que já deu por hoje para você... Quer que eu te leve para o hotel?
-- Acho melhor sim.
-- Certo... Venha sentar, vou falar com a sua amiga.
-- Tudo bem.
Ele me levou ao sofá e saiu em alguma direção. Eu abaixei a cabeça me sentindo extremamente tonta e minha barriga embrulhou... Que ótimo, Jill, você bebeu demais de novo e agora vai passar as últimas horas do seu final de semana vomitando e com ressaca.
Eu pego a taça de cima da mesinha e bebo um gole, mas o Erick surge e a tira de mim e o encaro feio.
-- Já chega para você, não é?
-- E a Rebecca?
-- Ela vai ficar mais um pouco... Mas vou deixar um carro aí fora para levar ela de volta quando quiser.
-- O quê?
-- Anda, vamos...
Ele me puxou e me levou para fora com a mão na minha cintura e eu sabia que não era só para me auxiliar na caminhada. Quando chegamos ao carro ele abriu a porta e me ajudou a por o cinto, então falou algo com um funcionário e veio ao volante.
Erick era um bom motorista e parecia distraído com o caminho. Fechei meus olhos quando sinto uma pontada forte em minha cabeça e coloco as mãos nela sentindo que vai explodir, mas quando abro os olhos minha visão embaça.
-- Você está bem?
-- Minha Nossa, o que é que tinha naquela bebida?
-- É uma das minhas favoritas, mas eu devia ter comentado que beber demais causa efeitos colaterais.
-- É, devia ter avisado... Ou não devia nem ter me oferecido.
-- Você precisava se distrair... Se divertiu pelo menos um pouco, não foi?
-- Pelo menos um pouco. – Eu ri.
Eu escuto ele me acompanhar, mas mantenho meus olhos fechados. Quando para, o escuto sair e logo me puxa para fora do carro e o acompanho abrindo um pouco os olhos e vendo que estávamos de volta ao hotel.
Por um momento temi que me levasse para outro lugar.
-- Vamos, eu te ajudo.
Ele me levou ao elevador e quando eu ia me apoiar na parede para não cair, ele me puxou em um abraço e eu encostei minha cabeça ardente nele sem reclamar agora. As portas se abriram e caminhamos, mas senti minhas pernas cederem de vez e ele me pega no colo me apertando contra seu peito e mantenho meus olhos fechados com uma vontade imensa de dormir.
-- Eu tenho um remédio que vai te fazer acordar bem melhor pelo amanhecer.
-- Que bom... – Eu sussurro.
-- Não durma, Jill... Ainda não.
Eu não consigo abrir meus olhos e mesmo seus braços já parecem aconchegantes para um cochilo, então o escuto destrancar uma porta e entramos em algum lugar.
Está quieto e escuro. Tento abrir os olhos, mas não vejo nada pelas luzes apagadas, então ele sussurra no meu ouvido.
-- Consegue ficar em pé?
-- Quero dormir...
-- Não, ainda não, por favor.
Ele me coloca com calma no chão e minhas pernas conseguem me sustentar, mas não abro os olhos. Escuto ele caminhar em algum lugar e voltar até mim.
-- Tome isso, vai ajudar.
Ele me entregou um copo com alguma coisa e ao engolir sinto o gosto de remédio caro, aquele que nem é tão ruim assim. Apenas quando devolvo para ele que percebo que acabei de tomar algo que não sei o que e de alguém que não sei direito quem é... Nossa, Jill... Certo.
Sinto que se aproxima e vem por trás de mim me puxando para perto dele, então coloca a boca em meu ouvido.
-- Abre os olhos... Quero que veja a vista daqui.
Daqui onde?
Me esforço para abrir os olhos e vejo que estamos de frente a uma enorme janela de vidro em um andar muito alto onde dá para ver a cidade lá embaixo com o tamanho de uma casinha de bonecas.
-- É lindo...
Espera, onde eu estou?
-- Que lugar é esse?
-- Meu quarto.
-- Por que me trouxe aqui? Erick, eu disse que...
-- Eu queria te mostrar a vista.
Aham, sei...
Então ele me contorna e mesmo eu tentando manter meus olhos abertos, não o vejo se aproximar demais e me beijar... Um beijo quente e com desejo. Mas me afasto tentando empurrá-lo, mas perco o equilíbrio e ele me segura.
-- Me leva para o meu quarto.
-- Aqui é melhor...
-- Mas não quero ficar aqui.
Ele me puxa de novo e quando noto já começou a me beijar novamente e aquele calor, aquele jeito me puxando para ele e o doce aroma me fazem lembrar do Chris... O beijo dele, a doçura de sua boca e o que me fazia sentir.
Sinto que ele me arrasta para algum lugar que não vejo onde é, mas logo noto que me coloca deitada em algum lugar macio e cheiroso e ao abrir os olhos com ele vindo para cima de mim e beijando meu pescoço, vejo a pouca claridade pela cortina dando em um quarto grande e bonito.
Jill, o que está fazendo? Ele não é o Chris... Não é o Chris.
Eu coloco minhas mãos em seu peito para afastá-lo, mas não tenho força e ele continua a beijar meu pescoço, mas quando sobe até minha boca eu desvio.
-- Eu não quero...
-- Ninguém precisa saber, Jill... Só nós estamos aqui.
-- Eu vou saber... Por favor, eu não quero.
Sinto ele beijar meu pescoço e quero empurrá-lo, mas não consigo. Minha cabeça dói e tudo gira, até mesmo a escuridão.
Não, eu não quero... Preciso sair daqui.
-- Erick, eu n...
Não consigo terminar a frase, meu estômago embrulha, tudo gira, minha cabeça arde e tudo se apaga, apenas me deixando ouvir uma palavra dita com muito desejo.
-- Jill...
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Mesmo com os olhos ainda fechados, sinto a claridade e esfrego meu rosto, lentamente abrindo meus olhos e encarando o teto.
Nossa, não me lembro de nada...
Quando minha visão consegue focar o teto detalhado e bem desenhado tento me lembrar dos desenhos no meu quarto de hotel, mas não me recordo deles.
Então olho para o lado e vejo móveis que não estavam aqui antes e esta parte do meu quarto parece maior... Até que olho no chão e vejo um vestido preto jogado ali. Eu não estava usando ele ontem? Então ao lado vejo mais roupas jogadas... Uma camisa? Uma calça? O quê? Espera...
Eu me apoio nos cotovelos levantando um pouco e olho mais ao redor, então puxo a coberta de cima de mim e vejo que só estou de calcinha e sutiã... Espera, o quê?
Então olho para o outro lado e meus olhos se arregalam... Um homem loiro, sem camisa e que dormia tranquilamente estava ao meu lado, bem próximo de mim, também embaixo das cobertas.
-- Erick?
Ah, não...
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