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História Sempre Tem Um Lado Bom - Única Companhia


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


E aí, povo!
Pequeno atraso kkkk mas está aí um capítulo fresquinho para vocês!
Boa leitura...

Capítulo 29 - Única Companhia


Os dias se passaram... As semanas se passaram. Quando completou um mês desde o dia em que eu acabei com tudo que um dia existiu entre nós dois, eu ainda não me sentia melhor.

Minha mão melhorou e voltei para academia treinar com os demais. Nas sextas-feiras ainda íamos no Luck’s e nossa convivência voltou completamente ao normal. Ninguém mais trocava olhares e nem mesmo nós dois... Mesmo com um segundo ou outro eu tendo visto o Chris apaixonado me olhar, isso já faz semanas desde a última vez. Hoje, quando nossos olhos se encontram, recebo um sorriso amigável do velho Chris que conheci e que é o melhor amigo que alguém pode ter... E nenhum traço do Chris que um dia disse que me amava.

Treinamos a fundo nessas semanas, passando muito mais tempo na academia do que no escritório, até que finalmente descobrimos a razão. Este ano novamente se realizaria um tipo de competição entre as melhores equipes de policiais do país e estávamos no topo da lista, é claro. Como somos um esquadrão de táticas especiais, é impossível ficarmos de fora. Mas a questão é, que nossas equipes vão se misturar para formar apenas uma, pois apenas seis formam a equipe solicitada e por isso, misturariam a Alpha com o Bravo formando uma equipe mais forte.

Pelo que explicaram, teremos dois dias de treinamento em uma arena imensa e no terceiro seria a competição por fases. A equipe que chegasse primeiro, levaria o troféu... Tal troféu que o Wesker deixou claro que queria na mesa dele.

Ele e Enrico escolheram a dedo quem ganharia passagem e eu estava entre eles. Pela minha ótima mira e pelas fases da competição que poderiam apresentar portas onde eu seria indispensável, como os dois concordaram. Para as demais vagas foram escolhidos os melhores atiradores como Chris, Joseph, Forest, Richard e Enrico. Barry foi deixado de lado porque estava fora do quesito “limite de idade” e Wesker disse que tinha outros compromissos e que de qualquer jeito, não poderiam tirar todos os S.T.A.R.S. daqui, afinal, mesmo a cidade sendo calma, poderia haver alguma situação grave.

Seria um ótimo teste para minha sanidade, passar três dias enfurnada em um lugar com vinte e seis homens e entre eles ter o Forest. Foram seis equipes para a lista e nela há apenas quatro mulheres contando comigo, o que com certeza vai gerar alguns momentos desconfortáveis para mim já que no último dia terá uma festa de comemoração e todos beberão até cair e como seremos as únicas mulheres do recinto, provavelmente cantadas sem criatividade não vão faltar. Além do mais, todos sabem que a maioria dos policiais são sem vergonhas e quando veem uma policial feminina e diferente, ficam loucos.

Nessas últimas semanas, algo interessante para contar é que foi notável que minha inimizade com Forest aumentou. Ele adorava me provocar e quando eu o cortava ele reinava comigo e não me olhava mais, finalmente me dando sossego. Mas eu o fuzilava quando, para se vingar, ele jogava o Chris para cima de qualquer oferecida na área e me olhava com um sorriso irônico. Mas o Chris não dava corda, todas as vezes que eu vi, ele nunca deu moral para as que Forest lançava sobre ele e eu continha um sorriso, mesmo sem dever ter razão para isso.

Também saí com a Rebecca algumas vezes e soube que o Joseph a convidou para sair, mas com essa competição, ela adiou a resposta. Apesar dela ser agitada e espoleta, ela era insegura e tinha medo de se amarrar no cara errado e principalmente complicar a convivência no trabalho como eu tentei evitar, mas piorei tudo.

Tendo que permanecer três dias fora, chamei uma vizinha minha para ficar de olho na minha casa e também dei a cópia de uma chave para o Barry ir durante algumas horas lá com as filhas ou com quem quisesse, para dar um movimento e não parecer que minha casa estava sozinha.

Com as malas já prontas, fui para a delegacia onde os rapazes se arrumavam já com os uniformes e eu também, tendo o lavado e vestido em casa junto com minha boina adorada que agora estava cheirosa e mais azul do que antes.

Ao me aproximar, eles acenaram e eu fui para perto do Joseph já que eu não tinha muita intimidade com os demais e o Chris estava com o Forest do lado.

            -E aí, Jill... Pronta para trazer o troféu conosco?

            -Pronta! – Eu sorri.

            -Vamos lá galera, que são três horas de viagem! – Enrico disse – Guardem o papo para a caminho.

Tinham algumas pessoas por perto nos desejando boa viagem e reparei que aquela oferecida da Brendha que ultimamente o Forest quase coloca no colo do Chris estava ali também se arreganhando para os dois. Mas sorte a minha que a Rebecca veio em minha direção e me deu um abraço.

            -Boa sorte, Jill! E boa viagem.

            -Obrigada, Rebecca.

            -Muita boa sorte rapazes, vou estar de dedos cruzados torcendo por vocês...

Ouvi a voz da Brendha ao lado e a vi se arreganhar para os dois... Ela poderia aprender a cruzar as pernas também, ao invés de arreganhá-las para qualquer um. Mas meu olhar de canto infelizmente foi pego pelo Forest que já parecia esperar que eu a encarasse feio, mas desviei normalmente como se olhasse para todos e não para eles ali.

            -Se cuida, Jill... Qualquer coisa, me liga.

            -Pode deixar.

            -Tragam uma lembrança da cidade para mim... Vou adorar ganhar um presente de vocês e principalmente seu, Chris.

Que tal um presente meu, tipo um soco na cara ou um tiro mesmo?

Eu me contorci em meu lugar e vi que a Rebecca reparou, então ela discordou com a cabeça em minha direção e falou mais baixo.

            -Ela dá em cima de todo mundo...

            -Tanto assim?

            -Não, mas... Você sabe que o Chris tem o dom para conquista.

            -É, eu sei.

Eu fechei a cara involuntariamente ao ver ela dar um abraço no Forest e depois um mais demorado nele, que mesmo parecendo sem graça, não dispensou. Eu desvio dali e a Rebecca me abraça novamente com um sorriso.

            -Força, amiga.

            -Vou tentar.

Deixe de ser burra, você não tem nenhum direito de cobrar alguma coisa dele... Mas que as mulheres da competição nem tentem colocar as mãos nele porque se isso acontecer, talvez eu erre um ou mais tiros na direção delas.

            -Vamos lá!

Enrico finalmente chamou e entramos no veículo. Eu sentei na janela com o Joseph sentando ao meu lado e no dele o Chris e o Forest. Os demais sentaram onde deu e o Enrico foi para o volante.

A viagem foi com muita falação entre os rapazes e até o Enrico se envolvia, provando que era um Capitão bem mais sociável. Ele era muito sério e extremamente profissional, mas o vi rir várias vezes com as piadas do Forest e Joseph, algo que jamais o Wesker se daria ao luxo de sequer ouvir.

            -E aí, Jill, como se sente em saber que ficará confinada conosco durante três dias? – Forest perguntou.

Eu virei para ele com um sorriso leve e reparei os olhares em mim.

            -Vai ser emocionante.

            -Pode crer!

            -A Jill terá mais sorte do que nós... – Enrico disse – Pelo que eu soube, cada equipe tem seu dormitório e...

            -A Jill vai ficar no mesmo quarto que nós? – Forest perguntou.

O quê?

            -Para sorte dela, não... – Enrico riu – Cada garota tem um quarto para si.

            -Como assim elas têm um para cada uma e nós temos que dividir?

            -Porque elas são as garotas e nós os marmanjos.

Todos rimos e Forest sacudiu a cabeça como se discordasse e pensei a razão para ele querer que eu ficasse no quarto com eles... Ah, não importa.

A viagem continuou tranquila, com os rapazes rindo e contando piadas, eu acompanhava apenas nos risos, não queria me envolver no papo de cinco homens sendo eu a única garota aqui.

            -Curtindo a paisagem, Jill? – Joseph perguntou.

Desvio da janela e olho para ele que tem um olhar diferente para mim, mas ignoro isso e balanço a cabeça.

            -Sim.

            -Você está bem?

            -Estou, sim.

Ele concorda percebendo que não estou no meu melhor dia e volto a olhar para a janela esvaziando a cabeça para não pensar em nada que me faça piorar.

Quando Enrico estaciona, saímos do veículo e observamos um lugar enorme em forma de cúpula e ficamos impressionados pela extensão do lugar. Vejo que tem uma van onde há pessoas desembarcando também, todos de uniforme e é inevitável reparar em uma garota de shorts curto abaixada mexendo nas malas.

Respiro fundo quando saio do nosso veículo e olho para cúpula em frente, mas sou distraída com um assovio ao meu lado.

            -Caramba... Olha para aquilo!

Vejo o Forest encarando boquiaberto para garota do shorts e ele cutuca o Chris que olha para ela e volta a encará-lo rindo de sua expressão.

            -Cara, já vi que vou curtir o lugar...

Olho para garota que antes distraída agora olhava para nosso lado com um sorriso no rosto e mesmo estando longe, detecto a encarada na direção do Chris e reviro os olhos, então ela acena e o Forest se achando corresponde com uma cara de abestalhado. O Chris ri ao ver aquilo e vou para as bagagens ignorando os dois.

            -Forest, foco no objetivo! – Enrico fala.

            -Pode deixar, Capitão.

Ele desvia cutucando o Chris com um sorriso e desvio sentindo minha garganta seca... Este será mais um lugar em que o Forest adorará me infernizar e torturar, já vi tudo. Ao encontrar minhas duas malas, tiro uma, mas a maior trava e quando vou puxar uma mão extra surge e a tira de lá.

Não preciso virar para olhar quem é... A presença dele já me causa uma sensação única e não preciso de meus olhos para isso. Mas o Joseph aparece com um sorriso.

            -Quer ajuda, Jill?

            -Eu levo para ela...

Chris fala me dando um sorriso carinhoso e retribuo com um aceno, então pego minha mala menor e vejo que Enrico começou a caminhar. Seguimos com ele e entramos no local com ele indo falar com um cara que se aproxima de nós.

Reparo no lugar ao redor e vejo que é bem cuidado e muito limpo, não tem luxo nenhum, é prático e com bom espaço. Poucas pessoas transitavam por lá, mas as que passavam estavam fardadas e pareciam apressadas, todos que vi eram homens e mais velhos.

            -Bom dia, é uma honra conhecê-los!

Um homem mais velho de terno se aproximou de nós e cumprimentou cada um com um aperto de mão, mas quando chegou em mim deu um leve beijo em minha mão me deixando constrangida, mas ele pareceu super educado.

            -Senhorita... Que bom que aceitaram o convite, os S.T.A.R.S. aqui colocarão fogo na competição, não tenho dúvida!

Ele parecia animado e Enrico sorriu em gratidão para ele que observava cada um de nós com entusiasmo, mas quando parou para mim sorriu.

            -Que bom que trouxeram ela, são poucas mulheres trazidas para cá... Não entendo o porquê deste preconceito tosco, não somos nada sem uma mulher por perto.

Todos riram e eu senti meu rosto esquentar pelo jeito dele, que parecia apenas educado e realmente feliz por estarmos ali.

            -Não iríamos para lugar nenhum sem a Jill. – Enrico disse – Era a primeira da lista, a competências dela são indispensáveis e sua habilidade com arrombamento se sobressai de tudo que já vi.

            -Nossa, incrível! Mal consigo abrir meu carro apertando só o botão de destrancar, imagine arrombar alguma coisa...

Todos riem de novo e eu desvio com aquelas palavras me trazendo uma lembrança carinhosa e extremamente dolorosa ao mesmo tempo... Sinto um vazio no peito, mas desvio para sorrir para ele.

            -Seu namorado não poderá esconder nada de você.

            -Não tenho namorado...

            -O quê?

Ele olhou parecendo pasmo e encarou os demais rindo deles e eu desviei.

            -O que vocês têm na cabeça de trabalhar com uma mulher dessa e não tentarem nada? – Ele riu – Ah, se você fosse do meu tempo, não escapava!

Agora eu finalmente ri de verdade, com minha boca até ficando dolorida por já não saber mais o que é isso e vi os demais acompanharem.

            -Bom, mostrarei o quarto de vocês...

Ele piscou gentilmente para mim e seguimos ele pelos corredores, mas percebo o Forest cochichar algo que não escuto para o Chris que permanece sério.

O homem que ainda não nos disse seu nome abriu uma porta por onde os rapazes entraram e vi que era um espaço pequeno, mas o suficiente para eles, com camas distribuídas de forma que ainda dava espaço para caminharem livremente e pela porta aos fundos, imaginei ser o banheiro.

            -A senhorita é separada, na porta ao lado...

Ele indicou a porta em frente e sorri agradecendo indo para lá. Abro a porta e vejo um lugar pequeno, com uma cama e mais uma porta, imaginando ser o banheiro. Entro e deixo a mala no chão, me sentando na cama.

As palavras do homem voltam minha cabeça e meu desânimo volta... As palavras dele sobre minha habilidade de arrombamento me trouxeram uma lembrança querida para mim, mas ao mesmo tempo uma dor cruel em meu coração.

Uma lembrança... Meu primeiro dia nos S.T.A.R.S.... O primeiro dia em que o vi... O dia em que conheci o homem que faria minha vida ter sentido...

 

* * * Primeiro dia – Jill * * *

 

Eu estava com uma papelada imensa nos braços devido a todos os documentos que me pediram e ao olhar no relógio vejo que faltam trêss minutos para dar o horário em que eu devia estar na frente do chefe. A moça da recepção indicou a direção, mas minha teimosia não me permite perguntar para alguém no caminho e confessar que me perdi na delegacia.

Dobro mais um corredor e nenhuma placa indica a sala do chefe Irons, então começo a entrar em desespero por dar a oportunidade de me acharem atrasada já no primeiro dia.

Aperto o passo e minha visão prende em um homem com o uniforme escrito S.T.A.R.S. e penso se devo ir pedir ajuda e me humilhar ao confessar que me perdi.

Mas minha decisão se esvai quando alguém bate com tudo em mim na curva, já que meus pés não tinham parado e antes de cair braços fortes me seguram.

            -Opa, me desculpe...

Eu levanto o rosto já com meu estresse florescendo para puxar briga e descontar em alguém, mas quando encaro aqueles olhos verdes brilhantes e ele abre um sorriso para mim, eu me esqueço de como se respira por um instante. Desvio antes que repare e ele me solta ajuntando uma única pasta caída e me entregando com uma expressão amigável.

            -Está atrasada para alguma coisa?

Ele tem uma voz carinhosa e um olhar doce que continuam a me deixar com dificuldade em respirar, mas sorrio constrangida deixando isso de lado.

            -Quase... Eu me perdi.

A risada dele foi o som mais bonito que eu já tinha ouvido, então foi inevitável acompanhá-lo e me surpreendi ao notar como falei isso com tanta facilidade para ele.

            -Certo... Posso te levar aonde precisa se quiser.

            -Obrigada... Preciso ir até a sala do chefe de polícia, o Sr. Irons.

Ele me olhou curioso e eu ri do seu jeito, o fazendo sorrir com algo curioso no olhar.

            -Tudo bem... Mas já aviso que ele não é a melhor pessoa daqui, já para não ficar com uma impressão ruim dos demais.

            -Certo, vou me lembrar disso.

            -Desculpe a curiosidade, mas o que quer com ele?

            -Entregar a papelada que ainda precisava...

            -Vai trabalhar aqui?

            -Sim...

Ele sorriu de canto e desviou por um minuto me fazendo rir do jeito dele.

            -Você não é do tipo de cara que é contra mulher ser policial, é?

            -O quê? Não, claro que não... Pelo contrário.

            -Hum... Ok.

Eu ri desconfiada e ele riu da minha expressão.

            -Em que vai trabalhar?

            -Ah, não lembro o número da sala, só o setor...

Eu puxei a primeira folha da primeira pasta onde estava a sala da equipe Alpha dos S.T.A.R.S. e entreguei a ele que sorria até encarar o papel, então voltou a me olhar curioso e eu ri da sua cara.

            -O que foi?

            -Vai trabalhar nos S.T.A.R.S.?

            -Sim...

            -Então você que é a novata!

            -Provavelmente, sim. – Eu sorri.

Ele olhou novamente para folha parecendo animado com a informação e riu ao ler alguma coisa, então voltou a me olhar.

            -Arrombamento?

            -Sim...

            -Nossa, isso é incrível! Eu mal consigo destrancar a porta do meu apartamento com a chave dele, imagine isso...

Eu ri alto da piada dele que me acompanhou e indicou o corredor ainda me olhando e caminho com ele que me devolve a folha e guardo na pasta.

            -Deixe eu me apresentar, então... Chris Redfield, muito prazer!

Ele me estende a mão e a pego o cumprimentando.

            -Jill Valentine e o prazer é meu... Obrigada pela ajuda.

            -É minha obrigação, ainda mais que seremos colegas de trabalho, eu também sou dos S.T.A.R.S..

            -É mesmo?

            -Sim... Da equipe Alpha também.

            -Ah, que bom, assim já terá um rosto conhecido.

Ele sorriu e fiquei realmente feliz em conhecer meu colega de trabalho e ele ser tão gentil e prestativo... E extremamente lindo, será um esforço me concentrar nos treinos com ele por perto, espero que os outros sejam menos bonitos.

            -É aqui...

Olho na porta que ele indicou e vejo a indicação na placa de identificação. Sorrio ao finalmente chegar com apenas cinco minutos de atraso e vejo que ele me olha com um sorriso no rosto e um olhar curioso, mas desvio o pensamento.

            -Obrigada pela ajuda, Chris.

            -Não por isso... Vamos nos ver muito daqui para frente e desejo sorte aí.

            -Obrigada.

            -Até depois, foi um prazer, Jill.

Ele se afasta acenando e ainda com um sorriso e então encaro a porta menos concentrada do que eu queria. Olho na direção que o Chris saiu e encaro o lugar por um momento me lembrando daquele sorriso... Jill, foco! Desvio o pensamento do meu novo colega de trabalho e firmo na desculpa do meu atraso, batendo na porta antes de entrar...

 

* * * Hoje – Jill * * *

 

É impossível esquecer a sensação da primeira vez que vi aquele sorriso... Da primeira vez que aqueles olhos me observaram com curiosidade e interesse... Da primeira vez que senti seu toque em mim... Do primeiro momento em que um homem me deixou boba assim que o conheci. O Chris faz isso com as pessoas e não sou exceção, eu criei uma queda por ele naquele exato momento porque sempre fiquei boba com seu sorriso. E esse sentimento cresceu dentro de mim de um jeito que não sei como, se transformou em um amor forte e verdadeiro que não consigo arrancar da minha alma... E não quero.

Acho que esta é a questão eu não QUERO deixar de amá-lo, não QUERO esquecê-lo... Meu coração rejeita completamente a decisão de meu cérebro e contrabandeia lembranças para me torturar e tentar me fazer mudar de ideia.

A piadinha do homem que nos encontrou a pouco me fez lembrar da piada que o Chris fez para mim, me arrancando a primeira de muitas risadas alegres que dei com ele... Eu sorrio infeliz em perceber que mal lembro o que é isso.

Faz um mês que não somos mais os mesmos, eu teria até medo de me aproximar para tentar puxar esse assunto... Não acho que ia querer voltar a ter alguma coisa comigo, depois de tudo o que eu disse a ele, acho que ia rir da minha cara.

            -Jill?

Dou um salto na cama ficando em pé e vejo ele na porta com minha bolsa na mão e faço um sinal para ele entrar.

            -Sua bolsa.

            -Obrigada, Chris... Pode deixar em qualquer lugar mesmo.

            -Tudo bem.

Ele deixou ao lado da outra mala e olhou ao redor sorrindo para mim e tentei manter minha concentração em agir normalmente.

            -Quarto bacana.

            -Sim... O de vocês também.

            -Seria melhor se o Forest e o Joseph não estivessem lá, eles são um terror quando estão no mesmo lugar.

Eu sorri pelo jeito dele, mas parei ao ver ele se afastar indicando a porta.

            -Eu vou lá ajeitar minhas coisas... Nos vemos depois, Jill.

            -Certo, até depois...

            -Até.

Ele saiu e eu fui até lá fechar a porta, então respirei fundo tentando desviar qualquer pensamento referente a ele, mas meu coração traiçoeiro puxa em minha mente flashes de tudo que já passamos e a dor que sinto apesar de me impedir de dar qualquer sorriso, já não me tortura tanto, pois ultimamente ela é minha única companhia... E a única prova de que realmente tudo aquilo não foi um sonho.

Sim, minha dor é intensa e me impede de sentir alguma alegria, mas depois de tanto tempo aprendi a conviver com ela, pois minha dor é a única prova de que tudo aquilo foi real.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Quis apostar em uma lembrança da Jill e fiquei meio insegura se iam gostar ou não, espero que tenha causado uma boa reação em vocês heheh. Estou pensando em adicionar mais algumas, afinal, com este período de separação temporária de nosso casal, acho interessante... Se não gostaram, me avisem.
Obrigada por acompanhar!
Bjooon :-)


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