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História Sempre Tem Um Lado Bom - Não Vai Acabar Bem


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


E aííííí, povo!!!
Só na boa? kkkkk
Gente, hoje as razões das próximas intrigas começam a surgir mais, já podendo dar uma ideia à vocês do que virá... Intrigas, briga, choro e pancadaria!!! kkkk
Boa leitura...

Capítulo 31 - Não Vai Acabar Bem


            -Eles tentarão nos provocar, temos que manter o foco total nos treinos e não nos deixar levar... Concentração. Escutem apenas o que nós daqui falarmos, não deem atenção aos demais, o melhor é manter distância de qualquer um deles. Isso não será uma competição amigável, tentarão nos prejudicar de qualquer forma...

Todos concordávamos com o que ele dizia, afinal, manter a calma aqui é essencial para nossa vitória... Não será difícil para mim, aquele cara idiota não conseguirá me tirar do sério e nenhum deles também, por mim será tranquilo. Só espero que os demais se controlem também.

            -Então, vamos... Foco, pessoal.

Ele foi para fora e o seguimos em silêncio. O Enrico é um ótimo Capitão, bem que ele podia assumir o lugar do Wesker, não é? Alguém mais tranquilo e que não causa medo de chegar perto quando necessário.

Ao chegar na academia, ficamos admirados com o tamanho do lugar. Dava o quíntuplo da nossa delegacia, um exagero, mas dava espaço para cada equipe treinar o que gostaria, mas na maior parte do tempo será dito o que devemos fazer... Será que vão nos colocar contra os outros das outras equipes como disse aquele imbecil?

Caminhamos até uma parte onde dava para ver os demais treinarem... Pareciam bons, mas nada espetacular que eu nunca tivesse visto.

Com poucos minutos de espera, um homem mais velho com cara de ranzinza entrou acompanhado de um garoto mais novo com uma prancheta.

            -Boa tarde a todos! Sou o Capitão Mason e vou guiá-los em seus treinamentos e descontar pontos quando eu achar necessário! Não tolero provocações e exibições premeditadas, então digo para não testarem minha paciência... Mas assim como tiro pontos, posso dar a vocês quando merecerem. Durante todo o tempo estarão sendo avaliados e apesar de isso não influenciar na pontuação da competição de depois de amanhã, a pontuação determinará a ordem de entrada na arena, quem tiver mais pontos, entra primeiro com maior vantagem, depois os demais com pontos descontados aqui. Entenderam?

            -Sim, senhor!

            -Todos iniciam com dez pontos! Vamos começar!

            -Sim, senhor!

            -Ótimo, nos livramos do Wesker para encontrar outro aqui... – Forest sussurrou.

Quem tem mais pontos entra primeiro na arena? Ótima maneira de controlar o povo daqui e também de fazer com que todos queiram ferrar com os outros ainda mais... Isso causará muita intriga.

            -Vamos começar com tiro ao alvo! Escolham um para começar, com esta sendo a única rodada valendo um ponto para o melhor.

Ele nos guiou a um espaço com vários alvos para acertarmos e chamou a primeira equipe depois de um minuto, então alguns começaram a ir para frente e Enrico nos fez um sinal. Mas não pude deixar de reparar que o imbecil que falou comigo mais cedo ia atirar... Essa é minha hora, só preciso convencer o Enrico.

Quando o segundo saiu de lá, Enrico começou a cochichar para nós.

            -Então, pessoal... Forest ou Chris, quem quer ir?

            -Posso ir, se quiser. – Chris sorri.

Chris é de longe o melhor atirador e justamente por isso, posso tentar convencer a eu ir no lugar dele... Pelo que deu para ver até agora, eles não são grande coisa.

            -Não acho a melhor escolha, Enrico...

Todos me olharam quando eu disse e indiquei os brutamontes do outro lado apontando um bom argumento.

            -Colocar o Chris ou o Forest já de cara pode ser ruim... Mostrar já quem são nossos melhores atiradores, pode causar consequências depois. Com certeza terá treinamento de luta corporal e nenhum desses brutamontes vai hesitar perder um ponto se em resultado der a ao Chris ou ao Forest um braço quebrado, de preferência o que usam para atirar.

Ele pareceu pensar no que eu disse assim como os demais e concordou, voltando a me olhar concentrado.

            -Você está certa... O que sugere?

            -Eu posso ir... Pelo que deu para ver não são dos melhores atiradores, posso dar conta deles.

Ele sabia que eu atirava bem e os demais não geraram discussão com isso, então ele concordou com um sorriso e me deu um tapa leve no ombro.

            -Abre para gente então, Jill.

            -Pode deixar. – Eu sorri.

Voltamos a olhar para lá e era o cara nojento quem atirava... Pela expressão do Capitão Mason, ele foi o melhor, 36 pontos.

            -S.T.A.R.S.!

Ele berrou de lá e eu fui em direção a eles sentindo a tensão da minha equipe. Eles confiam em mim, mas provavelmente têm medo que eu me deixe levar ou perca o foco no momento... Homens, nunca confiam plenamente em uma mulher.

            -Pontuação máxima 36 pontos... Acha que supera?

            -Acredito que sim, Capitão.

Ele me olhou curioso, não duvidando, mas interessado com minha resposta. Então me entregou uma pistola pequena e fui até a posição, mas o nojento ao passar por mim deu um sorriso desdenhoso.

            -Por que não deixou um profissional de verdade tentar me passar, gostosinha?

            -Porque sua humilhação será maior assim.

Ele sorriu de canto e foi ao lado dos demais, perto do Capitão Mason que me olhava curioso de braços cruzados.

Viro para a arena e vejo o botão para fazer o cronômetro começar a rodar, então respiro fundo me desligando de tudo ao redor e encarando aquilo como uma prova comum da delegacia, esquecendo de todos que me olhavam.

Então aperto o botão e começo a atirar... Cada tiro meu, fazia um dos bonecos cair. Eu me mantive focada e minha mira não me decepcionava. Não tentei contar, nem pensar, apenas mirei e puxei o gatilho recarregando com um novo pente o mais rápido possível e quando o cronômetro apitou, atirei no último... Eles não vão contar este. Quantos tinha mesmo? Droga...

            -39 acertos!

Eu sorri com a informação e vejo minha equipe comemorar lá atrás e a expressão de satisfeito do Capitão Mason quando devolvi a arma para ele.

            -Muito bem, o ponto é seu.

            -Obrigada.

Ele pega a arma e sorri e com a cara feia do meu novo “amigo”, não resisti em passar perto dele com um sorriso.

            -Se quiser minhas bonecas emprestadas é só dizer... Aí você deixa as armas para as pessoas que sabem usar de verdade.

Eu pisquei para ele que pareceu prestes a me estrangular e saí dali rindo ao perceber como é bom dar o troco a quem merece... Eu poderia ter colocado cocô no quarto dele, mas não fiz.

Ao chegar, meus colegas fizeram sinais de joia para mim e sorriram animados. Eu ri com eles e o Joseph passou o braço pelo meu pescoço apontando para mim.

            -Essa é nossa garota!

Eles riram e Enrico colocou a mão no meu ombro parecendo satisfeito comigo e fico feliz em ter causado uma satisfação na primeira oportunidade.

            -Parabéns, Jill!

            -Obrigada...

            -Na próxima você vem como Capitã.

Ele piscou para mim e todos riram... É claro que o Chris teria vencido também e provavelmente com a pontuação máxima, mas acredito no que eu disse, alguém poderia descontar nele depois e minha atitude acabou sendo uma forma de protegê-lo desses brutamontes.

Durante a próxima hora, o Capitão Mason fez cada um ir a frente atirar e observou atento cada um. Cada equipe ia revezando para treinar e quando o Chris atirou, ele acertou todos os alvos com tempo sobrando, fazendo o Capitão Mason elogiá-lo. Como agora as equipes estavam treinando tiro ao alvo ao mesmo tempo, não olhavam muito para os outros lugares.

Com um barulho alto no outro lado da academia, olhamos para lá e vimos dois policiais de equipes diferentes se empurrarem e começar a discutir. Não deu para ouvir daqui, mas o Capitão Mason correu para lá dando um tapa na cabeça de cada um e fazendo o auxiliar anotar algo na prancheta.

            -Menos um ponto para cada equipe!

Uma briga tola que tirou ponto dos dois lados, do que adianta isso? Talvez assim fique mais fácil provocar depois...

            -Intervalo! Quinze minutos...

Depois do berro do Capitão Mason, todos se dispersaram para os banheiros ou quartos. Eu queria buscar minha água em meu quarto, mas vi o Forest arrastar o Chris de lá e senti um frio na barriga... O que ele está fazendo?

            -E aí, Jill... Você foi muito bem!

Olhei para o Richard que estava com o Joseph, ambos sorrindo amigáveis para mim e retribuo.

            -Obrigada... Só fiz minha obrigação.

            -A Jill sempre atirou bem. – Joseph disse.

            -E eu não sei... Me lembro dos treinos com ela não errando praticamente nada, mas a tensão daqui nos leva a perder a fé em nós mesmos. – Richard sorriu.

            -É só uma competição tola... – Eu sorri – Os demais até parecem amadores atirando perto de nós, vai ficar tudo bem.

            -Não esqueça que o Wesker quer o troféu na mesa dele...

            -E faremos de tudo para conseguir... Apesar de sermos melhores com a mira, ainda tem todo o resto, talvez nos surpreendam. Mas pensamento positivo.

            -Sim, você tem razão... Vamos levar esse troféu para casa.

Rimos ali e olhei para trás procurando pelo Chris e pelo Forest, mas nada deles... Preciso procurá-los.

            -Eu vou pegar minha garrafa de água no quarto...

Eu disse e me afastei com eles sentando ao chão e conversando, parecendo se distrair e com mais uma olhada minha pelo lugar percebo a ausência da piranha do shorts.

Meu coração acelera no peito... Onde você está, Chris?

Eu aperto o passo indo em direção ao meu quarto a princípio, vendo se Forest não o levou para lá, ah, mas eu juro que mato ele se tiver feito isso.

Quando vou colocar o pé na última curva, escuto a voz do Chris e paro para tentar ouvir... Não é a voz do Forest.

            -Vi você atirar... Você é muito bom.

Não... Não pode ser.

Com muito cuidado espio rapidamente e vejo... É a piranha do shorts! Maldito, Forest! Vou te matar, imbecil!

            -Obrigado.

            -Nossa, assim que eu te vi quando chegamos, você me chamou a atenção... Você é muito lindo, Chris.

Vagabunda! Piranha! Descarada!

            -O que vai fazer hoje à noite?

O quê?

            -Temos treinamento, não é...

            -Sim, mas... Digo, depois.

            -Provavelmente dormir para amanhã estar bem disposto.

Sim! É isso mesmo!

            -Ah, e qual é a graça... Podíamos marcar de nos encontrar para conversar melhor.

“Conversar melhor”? Você está zoando, não é...

            -Me desculpe, mas não posso Micaela, tenho que descansar para amanhã.

Ele está pedindo desculpas para ela? Eu mereço...

            -Ah, não faz assim... Juro que valerá a pena, podemos ir para o meu quarto, lá ninguém vai nos incomodar.

O quê? Sua prostituta descarada! Ela está praticamente arreganhando as pernas para ele, como pode existir gente assim?

            -Não vai dar... Quero me concentrar na competição.

            -Ah... Adoro homens sérios e responsáveis. Mas dar uns pulinhos também é bom, não é?

O escuto rir daqui e meu sangue ferve dentro de mim com aquele som... Ela está ganhando um sorriso dele! Está perto dele e olhando aquele sorriso de perto! Eu não aguento isso...

O que eu faço? Não posso chegar metendo o terror, não posso... Droga! Queria quebrar a cara dessa oferecida.

Respiro fundo ouvindo ela cochichar mais alguma coisa e novamente o sorriso dele me faz enlouquecer, mas engulo tudo e dobro corredor em direção deles até meu quarto, mas quando ele me vê, seu sorriso some e um olhar estranho aparece... Eu sustento o olhar dele tentando passar o que eu sentia através de meus olhos e paro um segundo antes de abrir minha porta.

Se fizer isso, vai acabar comigo, Chris...

Quando noto que ela vai virar para ver para onde ele tanto olha, eu entro no meu quarto fechando a porta e rapidamente colocando a orelha encostada nela.

            -Ela é sua ex?

            -Por que a pergunta?

            -Porque ela me assusta quando me encara... Achei que tivessem alguma coisa.

Então por que não perguntou se sou a atual sua sem noção?

            -O que ela é sua?

            -Uma amiga...

As palavras dele me cortaram o coração e sinto minha boca seca como nunca... Não posso com isso, não vou aguentar ver ele nos braços de outra mulher.

            -Perfeito, então... Vai se encontrar comigo hoje?

            -Não posso, Micaela, me desculpe.

Por que você é tão gentil e educado? Seja grosso e asqueroso! Não a trate como o cavalheiro que você é, ou isso atiçará ainda mais o desejo dela...

            -Ah... E amanhã?

            -Quero me concentrar no treino.

            -Eu sei, mas podemos dar uma volta por aí no almoço ou em algum intervalo... Não seja mal comigo, anda, diz que sim.

            -Vou pensar, tudo bem?

O quê? Como é? Vai “pensar”?

            -Está bem... Me avisa quando perceber que quer também.

Meu sangue ferve dentro de mim de um jeito inexplicável... Minha vontade é de abrir essa porta e fazer ela lamber o chão.

            -Tudo bem...

            -Até logo, Chris.

            -Até.

Ouço passos se afastando e caio ajoelhada no chão evitando lágrimas traiçoeiras querendo sair de mim... Foi você quem abriu espaço para isso, Jill, foi você! Mas eu não posso aguentar, não posso ver ou saber que está nos braços de outra mulher. Não vou suportar saber que outra mulher está perto, está sentindo o sabor dos lábios dele, o arrepio do seu toque e o calor do seu corpo... Vou enlouquecer assim!

Eu levanto e vou lavar meu rosto segurando a todo custo meu choro desesperado e com extrema raiva de mim, dele e do Forest... E claro que dessa vadia também.

Pego minha garrafa de água e vou para a porta parando antes de abrir e desejando que ele não estivesse ali parado ainda, porque não sei como olhar para ele escondendo o ciúme extremo que estou sentindo.

Depois de respirar fundo, coloco a mão na maçaneta, mas alguém bate na porta e a encaro desconfiada... Não, Chris... Se eu falar com você agora, não sei o que vai sair da minha boca.

Respiro fundo mais uma vez e abro a porta, mas com certeza não era quem eu esperava... Com um sorriso de vagabunda e um olhar sarcástico, a piranha do shorts me encara parecendo que não bateu na porta errada.

            -Precisamos trocar uma palavrinha, garota.

Ela me encara agora perdendo o sorriso e meu sangue ferve em minhas veias, sentindo a raiva que ela despertou em mim desde a primeira vez em que eu a vi... Isso não vai acabar bem.


Notas Finais


A piranha do shorts vai aprontar, gente!!! kkkkk.
Espero que tenham gostado!
Bjooon :-)


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